Um olho na missa e outro no padre

Publicado em Deixe um comentárioÍntegra

Criada por Ari Cunha desde 1960

jornalistacircecunha@gmail.com

com Circe Cunha e Mamfil   

         Mesmo as mais carolas fiéis da igreja, daquelas que assistem a missa todos os dias, há muito tempo já incorporaram a velha lição que reza: “um olho na missa e outro no padre.” Com isso fica entendido que em que qualquer situação da vida é preciso sempre não se deixar absorver totalmente por tarefas do momento, alheando-se do mundo em volta. Antes é preciso ficar atento também às situações do entorno.

          Essa lição, observada agora, vale precisamente com relação aos acontecimentos relativos à guerra que Israel volta a empreender em resposta aos ataques covardes cometidos pelo grupo terrorista Hamas contra a população civil daquele país no último sábado.

         De lá para cá a imprensa em geral tem se ocupado desses acontecimentos diuturnamente, deixando de lado, ou em segundo plano, as notícias que não param de ocorrer em nosso entorno imediato. Lembrando aqui que o Brasil, não vive, desde janeiro, por conta dos últimos acontecimentos políticos internos, num ambiente de perfeita paz e harmonia, quer entre os Poderes da República, quer entre a população e o atual governo.

         Mesmo sob o aspecto econômico, há, e isso é inegável, uma apreensão generalizada acerca da saúde das contas públicas e de um possível aumento da inflação, com consequente aumento no custo de vida. Nossos problemas internos dão deram um alívio ou deixaram de existir, com a eclosão da guerra os israelitas contra aqueles que insistem em seu aniquilamento.

         Para aqueles que estão no comando do país, as atenções da opinião pública voltadas exclusivamente para o conflito no Oriente Médio, servem como uma luva de pelica, para a implementação de medidas, que em situações normais, seriam quase impossíveis de serem feitas. Por isso, um olho nas guerras, inclusive entre a Rússia e a Ucrânia, que prossegue, e outro nas ações do governo, e nas medidas que seguem sendo criadas pelos Três Poderes.

         Para alguns cientistas políticos a população em geral não gosta de ouvir verdades, preferindo as narrativas e os contos de fadas. Por certo, pelas agruras diárias pela sobrevivência, que têm que suportar, a população procure mesmo um balsamo nos problemas alheios e distantes e com isso encontre algum consolo para seus próprios problemas. Mas o fato é que por suas consequências em cadeia, as guerras além mar cedo ou tarde irão repercutir fortemente em nossa economia interna, piorando o que já vinha sendo um grande pesadelo para muitos.

         É como naquela situação na qual toda a família fica atenta a absorvida pela briga dos vizinho e não percebe que o ladrão entrou, sorrateiramente, pela porta dos fundos e fez a limpa em toda a casa.

A frase que foi pronunciada:

“Nunca no campo do conflito humano tantos deveram tanto a tão poucos.”

Winston Churchill

Conhece?

         Parece implicância. Mas se a música mais executada no Brasil nos últimos 10 anos é “Ex mail ove” seria natural que a publicidade viesse da assessoria da Gaby Amarantos. No lugar disso quem divulga é o Ecad.

Sem base

         Uma das combinações por trás das cortinas é divulgar números absurdos de mulheres que praticam aborto no Brasil. Faltam números precisos e transparentes. Dados assistenciais estão somente disponíveis para o setor público e dados de mortalidade dependem de investigação do óbito. Difícil acreditar que no Brasil, cerca de 800 mil mulheres praticam abortos todos os anos. E que dessas, 200 mil recorrem ao SUS para tratar as sequelas de procedimentos malfeitos. A mesma Organização Mundial da Saúde (OMS), que dizia nada adiantar usar máscaras durante a Covid, aponta que o número de abortos pode ultrapassar um milhão de mulheres.

Obras

Moradores do Lago Norte esperam que o estrago feito no asfalto do primeiro retorno seja resolvido em breve. Que se estenda em mais faixas, que se instale um semáforo, que se transforme em jardim. Mas deixar como está é um absurdo.

História de Brasília

E por falar em justiça, está-se destacando o desembargador Colombo de Sousa, por suas medidas de benefício geral. Primeiro, o casamento gratuito, e, agora, punição para os que utilizam cheques sem fundos. (Publicada em 24.03.1962)

  Oásis inatingíveis

Publicado em Deixe um comentárioÍntegra

Criada por Ari Cunha desde 1960

jornalistacircecunha@gmail.com

com Circe Cunha e Mamfil   

         Guardadas as devidas proporções, a guerra entre o governo palestino e o Estado de Israel, que agora se reinicia e volta a assustar o mundo, torna-se pequena e até insignificante se for comparada a verdadeira guerrilha vivida nas principais metrópoles do Brasil. Por aqui, segundo as estatísticas divulgadas pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, um brasileiro é morto a cada 8 minutos, vítima da violência urbana, que há décadas assola nossas principais capitais. São em torno de 60 mil homicídios a cada ano, muitos dos quais, jamais serão solucionados ou terão os executores identificados, julgados ou presos.

         Em termos de mortes violentas, somos imbatíveis. Para os especialistas e aqueles que buscam explicações para essa mortandade elevada, as causas desse flagelo social podem ser debitadas à falência e a corrupção que se espraiou através das instituições públicas, afetando sobremaneira as áreas de educação e de segurança. Há ainda que mencionar como fontes direta desses morticínios, o próprio sistema judiciário, que parece que tende a abolir as penas e punições aos criminosos, sejam eles cometidos por pessoas comuns e principalmente quando o crime, seja ele qual for, é praticado por pessoa poderosa e com grande trânsito e influência dentro do governo e do Estado.

          Como um crime que acontece às escuras, a corrupção, como reconhece o próprio Ministério Público, se traduz pela violência contra a toda a sociedade, não tanto por seus efeitos diretos e imediatos, mas por suas consequências deletérias e nefastas de longo prazo. Disse o ministro Barroso em palestra na PUC do Rio: “Ninguém quer um Estado policial. Queremos que seja preservado o devido processo legal e o direito de defesa. Mas queremos um Estado onde as pessoas sejam devidamente punidas. Um Estado que puna os empresários que fraudem licitações, os operadores do mercado financeiro que lucrem com insider trading, os gestores de fundos de pensão que desviem recursos. Isso não é Estado policial, é Estado de Justiça.”

Barroso disse ainda na ocasião que, “é preciso enfrentar o equívoco tropicalista que acha que corrupção ruim é a dos outros”. “Não existe corrupção do bem”, avaliou, declarando que a sociedade brasileira precisa enfrentar o sistema atual, onde os que praticam crimes contra a administração pública “frequentam os mesmos banquetes” e se protegem mutuamente.

         Pudesse o Brasil ser livre ou menos afetado por uma espécie de corrupção endêmica, que parece paralisar o Estado, por certo os índices de criminalidade e mesmo a violência urbana diária cairiam vertiginosamente, nos colocando entre os países do primeiro mundo no quesito paz social.   Não temos, como no caso de Israel, movimentos terroristas como o Hamas e outros da mesma periculosidade a atormentar a sociedade e o governo, levando àquele país à um estado de permanente prontidão e segurança interna.  No do Brasil, nossos terroristas são representados por dezenas de quadrilhas do crime organizado, armadas com o que há de mais moderno e letal e que surgem a todo o momento em diversos cantos do país.  De fato, essas quadrilhas vêm ao longo do tempo se especializando e treinando táticas de guerrilha urbana para defender suas fontes ilegais de lucro. O pior é que, por seu poderio econômico, essas quadrilhas investem muito na preparação de indivíduos, e mesmo em campanhas políticas, financiando candidatos, que após eleitos irão, de dentro do Estado, favorecer e proteger o crime organizado e suas atividades.

          Não chega ser surpresa que esse avanço do crime organizado se dá à medida em que o Estado vai sendo enredado pela corrupção, o que ajuda não só na destruição da credibilidade das instituições, como contribui ainda para a sensação correta da pouca efetividade de uma democracia indiferente aos problemas da nação. A questão aqui, nessa comparação desigual entre o morticínio decorrente da guerra ente Israel e palestinos e o que ocorre no Brasil atual, com dezenas de milhares de mortes violentas a cada ano, é que tanto num caso como o outro, a multiplicidade de razões históricas impede que a paz nesses dois cantos do planeta, pareçam sempre miragens distantes ou oásis inatingíveis.

A frase que foi pronunciada:

“A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade é uma coisa muito nossa.”

Jô Soares

Mais barato

Um dos melhores lugares para os celíacos almoçarem em Brasília é a Galeteria Gaúcha, do Lago Norte. Apesar de ter massa na cozinha, o galeto, arroz, cada produto é feito em área diferente o que elimina o risco de contaminação.

História de Brasília

O trabalho é longo, mas ajudará em muito a Procuradoria, tão ciente no cumprimento do seu dever. É preciso apenas uma coisa: justiça para todos. (Publicada em 24.03.1962)

          Programa interno

Publicado em Deixe um comentárioÍntegra

Criada por Ari Cunha desde 1960

jornalistacircecunha@gmail.com

com Circe Cunha e Mamfil   

         Não se sabe que razões levaram a mídia nacional a dar pouca atenção e espaço à uma notícia de grande relevância para o país e que foi veiculada essa semana pela CNN Brasil, dando conta de que caso venha a ser eleito nesse segundo turno, o governo petista irá, logo nos primeiros dias, implementar o que chama de uma “suspensão temporária de regras fiscais”.          O documento interno, preparado, entre outros, pelos ex-dirigentes petistas, José Genuíno e Rui Falcão, que comandam as discussões de bastidores da campanha, prevê, logo no início de governo, a decretação dessa medida excepcional, dada a situação de emergência, que o partido enxerga na área econômica nacional.

         Com essas medidas extraordinárias o governo petista teria em mãos os meios legais necessários para enfrentar o que chamam de caos herdado do governo anterior, possibilitando ao Executivo ampla liberdade para romper as regras fiscais, utilizando o Orçamento livre de amarras e de todas as regras impostas pela responsabilidade fiscal. Em outras palavras, o que poderá acontecer, caso vença o candidato da esquerda, é a decretação do vale tudo, com o orçamento sendo usado, não dentro de critérios técnicos como manda o manual de contabilidade básica, onde as colunas do passivo e ativo ou dos gastos e receitas são preenchidos e executados sob rígida e séria previsões.

         Essa ideia de um plano emergencial , mesmo que temporário, nos traz de volta a um passado recente, onde os planos econômicos se sucediam, de forma contínua, sendo acompanhado apenas pelo tilintar da maquininha de reajuste de preços nos supermercados. É tudo o que o mercado e principalmente as Bolsas não querem. É a reinvenção da roda e a transformação do Brasil num laboratório de testes.

         Esse retorno ao passado, onde a imaginação ia além dos dogmas da economia, custou ao país décadas de atraso e estagnação. A ideia de que o “novo” governo, que de novo nada possui, no andar da carruagem, virá para consertar o país é um perigo e já foi visto no passado, quando essa mesma turma denominava o boom econômico deixado por Fernando Henrique Cardoso de “herança maldita”.

         A baixa inflação e os números recordes de contratações com carteira assinada, provam que a economia brasileira segue, atualmente, seu rumo ascendente, sendo por isso, muito elogiada por diversas instituições internacionais, colocando o nosso país entre as nações que mais rapidamente têm se livrado dos malefícios da pandemia mundial. O que é temeroso e incerto é essa ideia vaga, contida no documento, de “corrigir imediatamente o Orçamento herdado”, “para recuperar a capacidade de investimento do BNDES, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal”, exatamente as instituições que ganharam protagonismo nesse mesmo governo, durante a chamada Operação Lava Jato.

          Com esse verdadeiro pacote de medidas virão as versões remendadas do programa Mais Médicos, a cobrança de imposto sobre grandes fortunas e outras ideias de gênio que nos levaram, a partir de 2014 para o abismo mais fundo de toda a nossa história. Não surpreende que esse documento tenha sido mantido em âmbito interno do partido. Sua divulgação seria perigosa para o presente e principalmente para o futuro .

A frase que foi pronunciada:

“A economia é o começo e o fim de tudo. Você não pode ter uma reforma educacional bem-sucedida ou qualquer outra reforma se não tiver uma economia forte.”

 David Cameron

Beleza

Uma árvore com cachos de flores amarelas no final da L4 Norte chamou atenção por uma semana com a floração. Fila de carros parados para fotografar o presente da natureza.

Protesto

Recebemos da Alemanha a carta da eleitora de 73 anos, Diana M. Pinto Machado, que enfrentou a chuva em Frankfurt e uma fila por 3 quarteirões. Reclamou da falta de respeito aos preferenciais. Grávidas, cadeirantes e idosos não foram considerados pelo Consulado brasileiro.

Surpresa

“Adicionalmente aos procedimentos do caput deste artigo, a identidade poderá ser validada por meio do reconhecimento biométrico na urna eletrônica, quando disponível.” Essa é a única alusão da Resolução Nº 23.669 que dispõe sobre reconhecimento biométrico dentro dos atos gerais do processo eleitoral para as Eleições 2022. Foi uma surpresa usar a o reconhecimento biométrico durante o processo eleitoral, e não apenas anteriormente, como nas últimas eleições. Nenhuma notícia sobre o assunto foi dada antes do sufrágio.

Especiais

O verde que ilumina o Congresso é iniciativa do senador Romário. Trata-se do Dia Mundial da Paralisia Cerebral.

História de Brasília

Nós sabemos que temos professôras demais na Fundação. Novecentas, ao todo, mas nem tôdas estão trabalhando. O ideal seria uma depuração total, trabalhando para quem ganha, e atividade para todo o mundo, e não para um grupo. (Publicada em 11.03.1962)

 Um elefante numa loja de cristais

Publicado em Deixe um comentárioÍntegra

Criada por Ari Cunha desde 1960

jornalistacircecunha@gmail.com

com Circe Cunha e Mamfil   

         Demorou, mas felizmente a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) resolveu enfim, por nota oficial, condenar a tramitação da ação que pede a descriminalização do aborto no Brasil até a 12ª semana de gestação, em pauta na Suprema Corte. Havia por parte dos católicos mais do que suspense, um verdadeiro estranhamento com a posição titubeante da entidade. Muitos acreditavam inclusive que a CNBB não iria se pronunciar sobre o assunto, por acreditar que a aproximação ideológica entre a entidade e o atual governo poderia provocar desentendimentos e outros mal entendidos.

         Através da “Nota pela vida e em repúdio à ADPF 442, a Comissão Especial de Bioética da entidade declarou que a “eliminação voluntária e consciente de uma criança, fere o princípio da inviolabilidade da vida humana garantido pela Constituição Federal de 1988.”  Na nota a CNBB lembra que sociedade brasileira tem como entendimento de que “toda a vida humana é preciosa, tem valor intrínseco irrenunciável e inviolável.” Para os bispos do Brasil a vida humana deve ser protegida com o máximo cuidado, desde o início.

         A CNBB lembrou ainda nesse documento, que o processo em discussão no Supremo Tribunal Federal, no qual os juízes passaram a considerar que um feto de 12 semanas não é um ser de direitos, que “ o ser humano deve ser respeitado e tratado como pessoa desde a concepção.”

          Não é segredo para ninguém que desde o surgimento do Cristianismo, documentos tratam do assunto, sendo que a partir do século XIX o tema passou a ser condenado de forma mais explícita, inclusive com a pena de excomunhão para aqueles que a praticassem. No entanto em 2015, num ato de reconciliação da igreja com as mulheres, o Papa Francisco orientou todos os sacerdotes da igreja que perdoassem as mulheres que tenham praticado o aborto e que peçam remissão desse pecado pelo ato contra a vida do feto.

          Já para a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé o problema do aborto diz respeito também a igreja, já que ela tem consciência bastante clara de que é sua vocação defender o homem contra tudo aquilo que poderia, porventura corrompe-lo ou rebaixá-lo. Por isso mesmo, que o Filho de Deus se fez homem e  portanto não existe homem algum sobre a face da Terra que não seja seu irmão e que não seja chamado a tornar-se cristão e receber a salvação.

         Mesmo para áreas da ciência como a embriologia o assunto é visto com certa prudência e uma boa dose de luz. “O desenvolvimento humano é um processo contínuo que se inicia quando um oócito de origem feminina é fecundado por um espermatozoide, de origem masculina. No Brasil polarizado pela política ideológica, o assunto não poderia ser tratado de outra maneira.

         Durante as últimas eleições a direita foi proibida de veicular provas em vídeos que mostravam que as esquerdas e seu candidato preferido eram ferrenhos defensores da interrupção da gravidez.  Durante toda a campanha o então candidato do sistema escondeu sua posição em favor do aborto, vindo a declará-la apenas após o pleito.

         A Nota da CNBB é importante por deixar claro um assunto que mesmo na igreja, ou naquela parte que ainda possui influência inegável da Teologia da Libertação, que o aborto, quer queiram ou não movimentos como o feminismo, é um ato contra a vida humana. “Não se pode fazer qualquer distinção relevante, científica ou ética, entre um feto com menos 12 semanas e um outro com mais semanas de idade gestacional ou anos de vida.

         Somente a arbitrariedade pode explicar os diversos limites gestacionais dentro dos quais o aborto é permitido em diferentes países ou mesmo em diferentes Estados de um mesmo país. O fruto da geração humana, desde o primeiro momento da sua existência, isto é, a partir da constituição do zigoto, exige o respeito incondicional que é moralmente devido ao ser humano na sua totalidade corporal e espiritual. O ser humano deve ser respeitado e tratado como pessoa desde a sua concepção e, por isso, desde esse mesmo momento devem ser-lhe reconhecidos os direitos da pessoa, entre os quais e antes de tudo, o direito inviolável de cada ser humano inocente à vida.”

         No tocante ao chamado ativismo jurídico, fator que tem aumentado a temperatura política no país, levando a choques diretos os Poderes da República, a posição do Supremo, até agora sobre o aborto, legalizando a prática até as 12 semanas, contraria não só os brios dos legisladores, com parece afrontar a posição da maioria dos brasileiros.

          Segundo dados fornecidos pelo Ipec em 2022, 70% dos brasileiros se dizem contra a legalização do aborto. Na pesquisa apenas 20% dizem ser a favor dessa prática. Trata-se, como se observa, de um tema que pode ser definido concretamente como sendo um elefante numa loja de cristais.

A frase que foi pronunciada:

“Assista um aborto com a parafernália tecnológica mostrando o que acontece durante o processo. Não acredito que continue a favor dessa causa.”

Maria das Dores Muniz

História de Brasília

No intuito de colaborarmos com a Justiça, já que desejam moralizar a história, publicaremos a relação de todos os apartamentos alugados ilegalmente, ocupados ilegalmente, ou fechados, em Brasília. (Publicada em 24.03.1962)

    De vento em popa

Publicado em Deixe um comentárioÍntegra
  • Criada por Ari Cunha desde 1960
  • jornalistacircecunha@gmail.com
  • com Circe Cunha e Mamfil

 

Vídeos que circulam atualmente e em grande quantidade nas redes sociais, têm chamado a atenção de todos para uma calamidade seríssima que parece ter tomado conta da maioria de nossas universidades públicas. Nas imagens, mostradas sem cortes e com muito de realismo fantástico o que se vê são prédios públicos de instituições de ensino superior em avançado estado de ruínas, parcial ou totalmente destruídos por pichações, com muita sujeira e móveis quebrados por todo o canto.

À primeira vista as instalações, do que um dia foi uma faculdade ou coisa parecida, custeada a duras penas pelos contribuintes, parecem abandonadas, tal como aqueles lugares inóspitos e escondidos da sociedade e que habitualmente usados como refúgio por viciados e moradores de rua.  As inscrições, garatujas e cartazes, com apelo do tipo revolucionário espalhados nas paredes, dão conta de que nesse verdadeiro sítio arqueológico moderno, vivem s homens, mulheres e outras espécies das cavernas. É uma gente totalmente abduzida, que se esgueira cotidianamente por corredores e salas escuras e mal cheirosas, naquilo que seria um ambiente onde irão se formar as futuras lideranças do país.  São pessoas, na sua grande maioria oriundas da classe média e alta da sociedade.

Em ambiente com esse, em visível estado de destruição, pouco há o que fazer. São os alunos e mesmo professores que querem tudo do jeito que está. Em algumas outras alas, perdidas no imenso edifício público, alunos e mesmo professores são surpreendidos fumando maconha, sem a menor cerimônia. Um desses vídeo makers, que ousou transpor os portões desse centro de alto saber, pergunta a turma enfumaçada se achavam correto o uso de entorpecentes dentro de um prédio público de ensino. O professor tomou a frente da questão e disse sem a menor cerimônia: depende do que você entende por entorpecente. A turma ri e debocha do anônimo cineasta do sub mundo.

Noutras imagens, alunos são confrontados com questões básicas do tipo: Você sabe definir socialismo ou a diferença entre esse sistema e o capitalismo? Silêncio geral, para a agitação de neurônios. Ninguém sabe ou arrisca um palpite, afinal o que importa esse tipo de assunto se o futuro, acreditam eles, lhes reserva um Estado revolucionário e plenamente satisfatório. Não se sabe o que muitos mestres do ensino superior têm prometido aos seus alunos, mas seja o que for, não é nada do que possa imaginar a sociedade brasileira, que nada sabe sobre o que se passa nas universidades de nosso país.

Em outros vídeos são mostrados comparativos entre as principais universidades do mundo, seus prédios centenários, seus alunos e professores, alguns laureados com Prêmio Nobel em várias áreas do conhecimento. Nesses ambientes do primeiro mundo, podem ser vistos alunos de terno e gravata sentados em salas de aula repletas de recursos didáticos e outras parafernálias da tecnologia científica. Não há pichações, sujeira ou cartazes com apelos e apoios à Países como a Coreia do Norte e outros outsiders do mundo atual.

Nesses ambientes de ensino e pesquisa, o futuro pode ser vislumbrado sem maiores dificuldades. Países com esse nível de universidades dão garantias de que permanecerão no primeiro mundo, cada vez mais distantes e alheios ao que se passa nesses tristes trópicos. Ao menos pode ficar a lição de que em muitas de nossas universidades os planos e projetos para sabotar o futuro vão de vento em popa.

 

A frase que foi pronunciada:

“As crianças aprendem com tudo e qualquer coisa que veem. Eles aprendem onde quer que estejam, não apenas em locais especiais de aprendizagem.”

John Holt

ANVISA

Marcelo Mário Matos Moreira, servidor da Anvisa, deve ficar com a Quinta Diretoria da instituição definitivamente. Tem o jogo de cintura político e o conhecimento científico, qualidades necessárias para a boa gestão. Além de sério e  competente é especialista em regulação.

Referência em tecnologia

Silvio Meira, professor emérito do Centro de Informática da UFPE, é eleito um dos 20 melhores influenciadores de inovação e tecnologia no iBest 2023, recebeu também o título de Eminente Engenheiro do ano de 2023. Meira é um dos grandes estudiosos do impacto da tecnologia na vida humana. É constantemente consultado pelas ideias de trazer o mundo do trabalho, educação e esferas governamentais para lidarem com a velocidade da informação.

História de Brasília

Começaram, novamente, os despejos dos apartamentos invadidos. Como sempre, começaram por baixo. Enquanto isto, um ex-oficial de gabinete do sr. Jânio Quadros, continua com o apartamento sem morar em Brasília, e oficial de Justiça com o despejo na pasta. (Publicada em 24.03.1962)

                     Estrada da perdição

Publicado em Deixe um comentárioÍntegra

Criada por Ari Cunha desde 1960

jornalistacircecunha@gmail.com

com Circe Cunha e Mamfil   

         Para aqueles que exercitam os cinco sentidos para observar e entender o mundo em volta e em nosso caso, o Brasil atual, fica a certeza de que o Estado, essa entidade erigida para o bem estar e proteção do cidadão, exerce muito melhor suas funções, quando não se deixa conduzir pelo canto fácil e enganoso das ideologias de plantão. Aqui como alhures a situação se repete.

         No rico estado americano da Califórnia s políticas impostas pelo partido democrático àquela unidade da federação, tem resultados vistos tanto pelos locais como pelos turistas e quiçá mundo afora. A política de liberalização das drogas, um avanço que se acreditava revolucionário e contra a caretice dos conservadores e de todos os que lutam pela preservação dos costumes e pelo respeito à vida, vai mostrando a sua verdadeira e cruel face.

         Por onde se anda nas cidades desse estado e também em localidades como Miami e Los Angeles, a capital mundial do cinema, o que as imagens  de rua mostram, são hordas imensas de pessoas drogadas dormindo ou perambulando pelas calçadas, em condições sub humanas.  São os novos americanos, vítimas de si próprios e de um sistema que não apenas lavou as mãos para o problema dos tóxicos, como em muitos casos arranjou maneiras duvidosas e indireta  de defende-los.

         Nós já temos nossos zumbis nacionais, representados pelas cracolândias que tomaram conta da maioria das cidades brasileiras. Aqui em Brasília, o observador da cena local pode encontrar esses usuários espalhados pelo centro da capital, no setor comercial e bancário sul, próximo a rodoviário do Plano Piloto e ao longo do eixo monumental, da Torre de TV e adiante. A liberalização desses produtos, como sugerido pelas nossas esquerdas e encampada pelo atual governo, inclusive pela suprema corte, venha como vier, será muito bem acolhida por consumidores e sobretudo pelos traficantes, doravante chamados de fornecedores ou negociantes desses artigos.

         Para a sociedade brasiliense, na sua maioria formada por uma gente conservadora e fiel aos princípios e costumes de paz e respeito, o que se prevê é o aumento dessa multidão de zumbis a vagar pela cidade, em busca de mais drogas e de meios ilícitos para adquiri-las.

         Perdem o tempo precioso com questões que deveriam ficar restritas ao métier das polícias e dos órgãos de segurança e com isso deixamos de lado o principal objetivo do Estado que é o da proteção dos cidadãos. Há, para os que observam todo esse momento difícil que atravessamos, de inversão de valores e propósitos, uma atenção especial voltada sobretudo para os que infringiram as leis e portanto encontram-se em condição de liberdade restrita. Para esses, a preocupação da justiça se volta para o que etiquetaram como “estado de coisas inconstitucionais no sistema carcerário”, ou projetos de partidos visando a institucionalização de regras concedendo cotas prioritárias para ex-presidiários na contratação por empresas, propostas de isenção de pagamento de tarifas de ônibus para presos beneficiados por saidinhas, entre outras medidas visando proteger e dar guarida aos que andam às margens da lei.

          Para o cidadão comum, que luta para sobreviver a tudo isso, resta pagar por essas invenções, que tornam o Estado um benfeitor dos marginais e um tirano contra pessoas de bem. Para os que veem tudo isso, com olhos arregalados de contrariedade, fica a certeza de que não é por esse caminho que chegaremos ao país dos justos. Por essa estrada da perdição, tantas vezes requerida por uma torcida sem juízo, chegaremos, se isso é possível, à um vale onde não haverá mais lugar para pessoas de bem – vale lembrar quem são: as honestas e pagadoras de impostos.

A frase que foi pronunciada:

“Devemos rejeitar a ideia de que cada vez que a lei é quebrada a culpada é a sociedade, e não o transgressor da lei. É hora de restaurar o preceito de que cada indivíduo é responsável por seus atos”.

Ronald Reagan

Pauta

Hoje a ministra do TSE, Edilene Lobo vai ministrar uma aula magna na abertura do curso de pós-graduação latu senso em Direito Parlamentar e Processo Legislativo do Instituto Legislativo Brasileiro (ILB). Às 15h, no Auditório Antonio Carlos Magalhães, na Avenida N2, ao lado da Gráfica do Senado. A apresentação será sobre a importância dos mecanismos institucionais, jurídicos-normativos e legais de promoção da igualdade de gênero e de raça no enfrentamento das desigualdades estruturais da sociedade brasileira.

Contrapartida

Entra governo, sai governo Brasília sempre recebe prefeitos com uma lista de pedidos nas mãos. O primeiro a ser atendido deve ser o que traz a prestação de contas de todas as mudanças que fez na cidade com as últimas verbas recebidas do governo federal. Isso, ninguém vê.

História de Brasília

Na superquadra 302, os peninsulares de Brasília matam as saudades de Nápoles. Roupas de todos os matizes, dependuradas ao vento, dão o colorido napolitano, longe do ambiente exato, mostrando como tanta gente não sabe morar e respeitar uma coletividade. (Publicada em 24.03.1962)

 Estrada da perdição

Publicado em Deixe um comentárioÍntegra

Criada por Ari Cunha desde 1960

jornalistacircecunha@gmail.com

com Circe Cunha e Mamfil   

 

         Para aqueles que exercitam os cinco sentidos para observar e entender o mundo em volta e em nosso caso, o Brasil atual, fica a certeza de que o Estado, essa entidade erigida para o bem estar e proteção do cidadão, exerce muito melhor suas funções, quando não se deixa conduzir pelo canto fácil e enganoso das ideologias de plantão. Aqui como alhures a situação se repete.

         No rico estado americano da Califórnia s políticas impostas pelo partido democrático àquela unidade da federação, tem resultados vistos tanto pelos locais como pelos turistas e quiçá mundo afora. A política de liberalização das drogas, um avanço que se acreditava revolucionário e contra a caretice dos conservadores e de todos os que lutam pela preservação dos costumes e pelo respeito à vida, vai mostrando a sua verdadeira e cruel face.

         Por onde se anda nas cidades desse estado e também em localidades como Miami e Los Angeles, a capital mundial do cinema, o que as imagens  de rua mostram, são hordas imensas de pessoas drogadas dormindo ou perambulando pelas calçadas, em condições sub humanas.  São os novos americanos, vítimas de si próprios e de um sistema que não apenas lavou as mãos para o problema dos tóxicos, como em muitos casos arranjou maneiras duvidosas e indireta  de defende-los.

         Nós já temos nossos zumbis nacionais, representados pelas cracolândias que tomaram conta da maioria das cidades brasileiras. Aqui em Brasília, o observador da cena local pode encontrar esses usuários espalhados pelo centro da capital, no setor comercial e bancário sul, próximo a rodoviário do Plano Piloto e ao longo do eixo monumental, da Torre de TV e adiante. A liberalização desses produtos, como sugerido pelas nossas esquerdas e encampada pelo atual governo, inclusive pela suprema corte, venha como vier, será muito bem acolhida por consumidores e sobretudo pelos traficantes, doravante chamados de fornecedores ou negociantes desses artigos.

         Para a sociedade brasiliense, na sua maioria formada por uma gente conservadora e fiel aos princípios e costumes de paz e respeito, o que se prevê é o aumento dessa multidão de zumbis a vagar pela cidade, em busca de mais drogas e de meios ilícitos para adquiri-las.

         Perdem o tempo precioso com questões que deveriam ficar restritas ao métier das polícias e dos órgãos de segurança e com isso deixamos de lado o principal objetivo do Estado que é o da proteção dos cidadãos. Há, para os que observam todo esse momento difícil que atravessamos, de inversão de valores e propósitos, uma atenção especial voltada sobretudo para os que infringiram as leis e portanto encontram-se em condição de liberdade restrita. Para esses, a preocupação da justiça se volta para o que etiquetaram como “estado de coisas inconstitucionais no sistema carcerário”, ou projetos de partidos visando a institucionalização de regras concedendo cotas prioritárias para ex-presidiários na contratação por empresas, propostas de isenção de pagamento de tarifas de ônibus para presos beneficiados por saidinhas, entre outras medidas visando proteger e dar guarida aos que andam às margens da lei.

          Para o cidadão comum, que luta para sobreviver a tudo isso, resta pagar por essas invenções, que tornam o Estado um benfeitor dos marginais e um tirano contra pessoas de bem. Para os que veem tudo isso, com olhos arregalados de contrariedade, fica a certeza de que não é por esse caminho que chegaremos ao país dos justos. Por essa estrada da perdição, tantas vezes requerida por uma torcida sem juízo, chegaremos, se isso é possível, à um vale onde não haverá mais lugar para pessoas de bem – vale lembrar quem são: as honestas e pagadoras de impostos.

A frase que foi pronunciada:

“Devemos rejeitar a ideia de que cada vez que a lei é quebrada a culpada é a sociedade, e não o transgressor da lei. É hora de restaurar o preceito de que cada indivíduo é responsável por seus atos”.

Ronald Reagan

Pauta

Hoje a ministra do TSE, Edilene Lobo vai ministrar uma aula magna na abertura do curso de pós-graduação latu senso em Direito Parlamentar e Processo Legislativo do Instituto Legislativo Brasileiro (ILB). Às 15h, no Auditório Antonio Carlos Magalhães, na Avenida N2, ao lado da Gráfica do Senado. A apresentação será sobre a importância dos mecanismos institucionais, jurídicos-normativos e legais de promoção da igualdade de gênero e de raça no enfrentamento das desigualdades estruturais da sociedade brasileira.

Contrapartida

Entra governo, sai governo Brasília sempre recebe prefeitos com uma lista de pedidos nas mãos. O primeiro a ser atendido deve ser o que traz a prestação de contas de todas as mudanças que fez na cidade com as últimas verbas recebidas do governo federal. Isso, ninguém vê.

História de Brasília

Na superquadra 302, os peninsulares de Brasília matam as saudades de Nápoles. Roupas de todos os matizes, dependuradas ao vento, dão o colorido napolitano, longe do ambiente exato, mostrando como tanta gente não sabe morar e respeitar uma coletividade. (Publicada em 24.03.1962)

Velhas fórmulas para crises atuais

Publicado em Deixe um comentárioÍntegra
  • Criada por Ari Cunha desde 1960
  • jornalistacircecunha@gmail.com
  • com Circe Cunha e Mamfil

Muitos séculos tiveram que passar até que a humanidade se certificasse que somente uma ínfima minoria, formada por indivíduos  dotados de efetiva sabedoria para construir pontes e consensos deveria ocupar os mais altos cargos públicos e assim dar prosseguimento a períodos de paz ,  harmonia e prosperidade a um povo.

Eleições por si só não possuem o condão de trazer a tona os melhores e mais capacitados indivíduos para o comando de um Estado. O que os Estados mais necessitam são de reais estadistas, imbuídos dos mais verdadeiros sentimentos de pacificação. Eis aí um artigo que está em falta nos dias de hoje. Por mais que se busque não tem sido fácil encontrar estadistas à altura dos delicados desafios de nosso tempo.

O mundo Ocidental, Brasil incluído, vem sofrendo com a pouco ou quase nenhuma oferta de homens públicos devotados à causa humana. Sim à causa humana. Quando se nota que nem mesmo os animais, ditos irracionais, escolhem os menos dotados de destreza e força para manter unidos e salvos dos perigos aqueles que são da mesma espécie, por que então haveria, os homens de desprezar esse ensinamento vindo da natureza? Muito mais urgência e responsabilidade sãos devida à espécie humana.

Os filósofos da Grécia clássica, no século V, acreditavam e pregavam a necessidade de governos exercidos por homens sábios. Para pensadores daquele período como Platão, o Estado deveria ser governado por filósofos refinados e treinados, eleitos por sua compreensão clara da realidade e também por sua incorruptibilidade, sabedoria e virtudes. Indivíduos, que por seu preparo, se achariam imunes aos privilégios e aos bens materiais. Milênios nos afastam dessas ideias, que em seus conceitos gerais parecem tão lógicos e ao mesmo tão simples.

A virtude dos verdadeiros governantes, dotados de sabedoria residia justamente nesse atributo de afastamento da riqueza e do luxo, tidos por esses homens como um lixo tóxico, capaz de desvirtuar os caminhos para a correta condução dos povos. Nessa questão, interessa saber ainda em que ponto, ao longo dessa imensa jornada, nos desviamos desses caminhos virtuosos, forjando lideranças, que não hesitam em conduzir seu próprio povo para guerras sangrentas, ou que se valem dos cidadãos para alcançar a tão cobiçada vida de sibaritas. Não chega a ser grande surpresa verificar que as crises por que passam os países do Ocidente, Brasil incluído, possuem suas origens nesse desprezo pelo receituário clássico.

Por outro lado, não surpreende também que os países que melhor se posicionam nos quesitos referentes ao Índice de Desenvolvimento Humano, possuem governos que, de alguma forma, buscaram lideranças para seus povos no receituário antigo, sobretudo aqueles que ensinam que pessoas de má índole, não resultam em profissionais de grande capacidade humana.

Sabem ou aprenderam esses povos que somente entre os verdadeiros humanos, é possível encontrar governantes preocupados com coisas simples, mas fundamentais como a humanização da nação.  Infelizmente critérios básicos, necessários à um bom governante como virtude e amor por seu povo, parecem já fora do modelo político e anacrônicos, diante de outros apelos mais modernos como esperteza ou capacidade de iludir ou mesmo transformar mentiras descaradas em verdades a serem aceitas, apenas pelo método da repetição constante de falsas narrativas.

 

A frase que foi pronunciada:

“É impossível construir a própria felicidade sobre a infelicidade dos outros.”

Daisaku Ikeda

 

Prioridades

Caso estranho o fim das carroças puxadas a jegues e cavalos. Para o pessoal da reciclagem pagar R$6 pelo litro da gasolina no lugar de arranjar um bocado de capim, é inviável. Cavalos salvos, desempregados perdidos.

 

Prevenir

Entre a QI e QL de 2 a  no Lago Norte uma árvore caiu com a força dos ventos e destruiu a cerca de um morador ao longo da pista. Uma parte pendurada no alto, por onde passam os carros, é um perigo constante. Com nova ventania quem garante que essa peça pesada não caia em carros ou transeuntes?

 

Sem sentido

Instigante o primeiro semáforo antes da L2 Norte para quem segue na Avenida das Nações. Algum engenheiro tentando melhorar o fluxo dos carros inseriu mais um sinal à direita que deveria abrir para acesso à L2 Norte quando fosse possível virar sem perigo. Acontece que as 4 luzes vermelhas acendem sempre ao mesmo tempo inutilizando a proposta de permitir a direita livre.

 

Com saída

De repente, os pedintes nas ruas do DF são muitos, de todos os tipos e por todos os lados. Como é raro alguém andar com dinheiro, a solução já foi dada. Todos têm um pix para indicar.

 

História de Brasília

Desejamos ressaltar, daqui,  a boa acolhida que teve a sugestão desta coluna para que a polícia defenda a cidade contra os barracos. Desta forma, renovamos ao coronel Cairoli o desejo de que as Viaturas da polícia tenham ordem para demover os que desejam invadir terreno alheio com barracos. (Publicada em 24.03.1962)

Amor pela cidade

Publicado em Deixe um comentárioÍntegra

 

Criada por Ari Cunha desde 1960

jornalistacircecunha@gmail.com

com Circe Cunha e Mamfil

Um dos pré-requisitos para a escolha de um candidato a governador de Brasília, e de resto de todas as capitais do país, deveria ser seu amor pela cidade. Mas como essa é uma condição, que no mundo da política, nunca é levada em consideração, a melhor forma de escolha do pretendente acaba sendo feita pelo poder de pressão dos partidos.      Com isso, a ligação do futuro administrador com a cidade é finalizada de acordo com o modelo de traçado pelos caciques políticos, que convenhamos, passa longe daquilo que sonhava a população.

Sem uma ligação afetiva a cidade, que também é organismo dotado de vida própria, a administração logo passa a apresentar falhas, mostrando o desleixo, a tolerância excessiva com o desvirtuamento urbano, entre outras mazelas, que pouco a pouco vão tornando a cidade um lugar menos acolhedor, para dizer o mínimo. Para esses administradores da vida urbana, a palavra preservação, que no caso de uma cidade como Brasília é sinônimo da nova capital, passa ser um empecilho ao governo e às suas metas de gestão.

Para aqueles que entendem minimamente da complexidade urbana, chegará um dia em que, pelo crescimento desordenado e acelerado que a cidade tomou nesses últimos vinte anos, o Plano Piloto, como o conhecemos, deverá ser apartado do restante da Grande Brasília, sob pena de sucumbir as várias alterações que são impostas ao traçado original.

Ou se impõe a preservação do Plano Piloto, em todas as suas escalas, ou será o fim de uma cidade planejada, joia mundial da arquitetura moderna. Para se ter uma breve visão de como a cidade está em caminhando para ser desfigurada, basta percorrer as W3, Sul e Norte, ainda a principal via de comércio da capital, observando como a permissividade, no trato da coisa pública, vem destruindo o traçado original de Brasília.

Nas áreas reservadas aos pontos de ônibus, e que deveriam servir apenas a esse propósito, erguem-se cada dia mais, barracos de lata, que vendem de tudo. Na W3 Norte existe inclusive construções de alvenaria, fincadas lado a lado com as paradas.

Por todo o canto da cidade esses barracos de lata vão sendo construídos, também nas entre quadras, com jardins, alvenarias ou latas estrangulando o passeio público. Trata-se de uma situação anômala, que vai se espalhando e que tem como razão a geração de emprego para populações de baixa renda.

O que ocorre de fato é que a visão política sobre administração de cidade tem que levar em conta o planejamento urbano. Fazer das áreas públicas uma moeda de troca para atendimento de pleitos particulares, mesmo de cunho social é aviltar a cidade e sobretudo seus cidadãos, que pagam os mais impostos do país. O que tem feito a administração do Plano Piloto que não tem impedido a proliferação dessas construções de lata, verdadeiros aleijões arquitetônicos.

É sabido que desde a maioridade política da capital as influências político partidárias tem exercido pressão na escolha de muitos gestores. Esse fato, tem por seus resultados vistos, ajudado a desfigurar a cidade que é Patrimônio Cultural da Humanidade. Para os políticos fatos como esse interessam menos do que o atendimento de pleitos de seus eleitores. O que não entendem ou percebem, é que a cidade é dos brasilienses e de todos os brasileiros e não pertence à classe política, formada na sua maioria quem não demonstra respeito nem amor por uma espaço que é de todos, inclusive da Humanidade, conforme decidiu a UNESCO.

 

A frase que foi pronunciada:

“A prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova evidente de que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento.”

Stanislaw Ponte Preta

 

Jornalistas

Aconteceu no passado e ainda acontece quando um repórter liga para a autoridade e diz: Muito prazer em ouvir o senhor. E a autoridade responde: Também tenho prazer em lhe ouvir, mas nenhum prazer em lhe falar.

 

Eleição

As eleições dos Conselheiros Tutelares pelo país movimentaram a população na escolha de alguém de referência da comunidade com o papel de zelar pelos direitos das crianças e adolescentes, como rege o  Estatuto da Criança e do Adolescente. Trata-se de um papel importantíssimo.

 

 

História de Brasília

Desejamos ressaltar, daqui, a boa acolhida que teve a sugestão desta coluna para que a polícia defenda a cidade contra improvisações. Desta forma, renovamos ao coronel Cairoli o desejo de que as Viaturas da polícia tenham ordem para demover os que desejam invadir terreno alheio com barracos. (Publicada em 24.03.1962)

 

  Homens idealistas

Publicado em Deixe um comentárioÍntegra

Criada por Ari Cunha desde 1960

jornalistacircecunha@gmail.com

com Circe Cunha e Mamfil

         Um dos propósitos que levou o jornalista e fundador do Correio Braziliense, Ari Cunha a criar da coluna Visto, Lido e Ouvido, justamente no dia da inauguração de Brasília, em 21 abril de 1960, era e ainda é, o de voz e vez aos moradores da cidade.  Repercutir e dar visibilidade aos anseios dos pioneiros, que para cá vieram participar da construção da nova capital, se revelou, naquele período em que as comunicações eram ainda precárias, de suma importância para o estabelecimento de uma sociedade, que estava sendo construída juntamente com a capital do Brasil.

         Era por meio desse jornal e principalmente dessa coluna que os primeiros moradores se inteiravam das notícias e viam, muitas vezes, suas reivindicações estampadas no periódico e colocadas publicamente.  Com isso as autoridades tomavam ciência das necessidades mais urgentes dos habitantes, sendo que muitos problemas que surgiam naquela época, eram resolvidos graças a divulgação feita por aquele jornalista.

         Não surpreende que naquele tempo, depois do prefeito, a figura mais importante e com maior capacidade de resolver os problemas da cidade e de seus moradores era justamente o jornalista Ari Cunha. Não por outra razão, seu escritório vivia abarrotado de populares e mesmo políticos, que de uma maneira informal, mas precisa, buscavam soluções para uma cidade que nascia e para uma população, ainda carente dos mínimos serviços básicos de atendimento.

         Não era uma tarefa fácil, por isso mesmo esse trabalho era, muitas vezes estendido noite adentro. Não foram poucas as vezes em que esse jornalista se prontificou a levar as reivindicações dos candangos diretamente para o conhecimento das autoridades.

         As cobranças eram constantes e o jornal e a coluna não davam trégua aos políticos e outras personalidades.  Naqueles anos sessenta, os responsáveis pela gestão da cidade que surgia, ainda guardavam certo temor e zelo profissional pelo que faziam e por isso queriam ver resolvidos todos os problemas que apareciam. O serviço de utilidade pública prestado por esse jornal e particularmente por essa coluna foi de grande valia naqueles tempos de pioneirismo.

          Com o tempo veio a lição de que nada adiantaria defender os brasilienses, sem antes defender a cidade e principalmente sua correta evolução dentro dos parâmetros traçados por seus idealizadores. Com relação tanto ao presidente Juscelino Kubistchek, como a Israel Pinheiro ou mesmo Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, o trânsito do jornalista e suas longas conversas e discussões com esses personagens básicos na construção de Brasília, deram a Ari Cunha a certeza de que a defesa da capital e de seus princípios maiores, era uma missão que se fazia urgente e necessária, à medida em que a cidade foi crescendo.

         Nessa fase, a coluna adquiriu uma linha editorial de defesa intransigente de Brasília, custasse o que custasse. A cidade, a partir da Constituição de 1988 e da maioridade política, transformou-se rapidamente numa grande metrópole. A rapidez do crescimento, trouxe consigo a falta de planejamento. O açodamento dos políticos locais que surgiam e de seus interesses financeiros cuidaram de desvirtuar os caminhos de Brasília.

         Nessa fase. a coluna passou a ser atacada por gente que não se conformava em caminhar na estrada reta da ética. Os tempos eram outros. A fase idealista, daqueles que sonharam com a nova capital para abrigar o homem novo, deu lugar ao que se vê hoje, Quase todos os dias, se ouvem notícias de áreas que são invadidas ou perdidas para grileiros e outros profissionais do crime.

         O crescimento desordenado da cidade, açulado por uma casta de políticos locais sem compromisso com a capital, aumenta a pressão pela ocupação das áreas verdes e todo e qualquer espaço que eles considerem vazios e desocupados. As ações do governo, juntamente com os movimentos originados na própria Câmara Distrital, oscilam ora entre negligência, ora em incentivos abertos à essas ocupações. As discussões sobre novos ordenamentos urbanos da capital, com presença, em sua maioria de pessoas alheias ao conceito de Brasília, só resultam na modificação na carta original de deu sentido a cidade, criando-se novos assentamentos, a maioria sem projetos de impacto ambiental e de infraestrutura, tudo feito para atrair e agradas eleitores.

A frase que foi pronunciada:

“É inútil conhecer a lei sem conhecer as pessoas para as quais ela foi estabelecida.”

Justiniano I

Eleito

Escritores do país estão de olho na eleição de Gustavo Dourado para o PEN Clube do Brasil, instituição presidida pelo escritor, jornalista e pesquisador Ricardo Cravo Albin. A promessa é lutar pela liberdade de expressão.

História de Brasília

Quando rompeu a barragem do Ipê, a unica via de acesso, que era o asfalto, foi levado de roldão. Em menos de 24 horas, a Novacap construiu nova entrada, pelo lado do Gama, e já está pronta. Há muito não se via o verdadeiro ritmo de Brasília. (Publicada em 24.03.1962)