Velhas fórmulas para crises atuais

Publicado em Íntegra
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  • com Circe Cunha e Mamfil

Muitos séculos tiveram que passar até que a humanidade se certificasse que somente uma ínfima minoria, formada por indivíduos  dotados de efetiva sabedoria para construir pontes e consensos deveria ocupar os mais altos cargos públicos e assim dar prosseguimento a períodos de paz ,  harmonia e prosperidade a um povo.

Eleições por si só não possuem o condão de trazer a tona os melhores e mais capacitados indivíduos para o comando de um Estado. O que os Estados mais necessitam são de reais estadistas, imbuídos dos mais verdadeiros sentimentos de pacificação. Eis aí um artigo que está em falta nos dias de hoje. Por mais que se busque não tem sido fácil encontrar estadistas à altura dos delicados desafios de nosso tempo.

O mundo Ocidental, Brasil incluído, vem sofrendo com a pouco ou quase nenhuma oferta de homens públicos devotados à causa humana. Sim à causa humana. Quando se nota que nem mesmo os animais, ditos irracionais, escolhem os menos dotados de destreza e força para manter unidos e salvos dos perigos aqueles que são da mesma espécie, por que então haveria, os homens de desprezar esse ensinamento vindo da natureza? Muito mais urgência e responsabilidade sãos devida à espécie humana.

Os filósofos da Grécia clássica, no século V, acreditavam e pregavam a necessidade de governos exercidos por homens sábios. Para pensadores daquele período como Platão, o Estado deveria ser governado por filósofos refinados e treinados, eleitos por sua compreensão clara da realidade e também por sua incorruptibilidade, sabedoria e virtudes. Indivíduos, que por seu preparo, se achariam imunes aos privilégios e aos bens materiais. Milênios nos afastam dessas ideias, que em seus conceitos gerais parecem tão lógicos e ao mesmo tão simples.

A virtude dos verdadeiros governantes, dotados de sabedoria residia justamente nesse atributo de afastamento da riqueza e do luxo, tidos por esses homens como um lixo tóxico, capaz de desvirtuar os caminhos para a correta condução dos povos. Nessa questão, interessa saber ainda em que ponto, ao longo dessa imensa jornada, nos desviamos desses caminhos virtuosos, forjando lideranças, que não hesitam em conduzir seu próprio povo para guerras sangrentas, ou que se valem dos cidadãos para alcançar a tão cobiçada vida de sibaritas. Não chega a ser grande surpresa verificar que as crises por que passam os países do Ocidente, Brasil incluído, possuem suas origens nesse desprezo pelo receituário clássico.

Por outro lado, não surpreende também que os países que melhor se posicionam nos quesitos referentes ao Índice de Desenvolvimento Humano, possuem governos que, de alguma forma, buscaram lideranças para seus povos no receituário antigo, sobretudo aqueles que ensinam que pessoas de má índole, não resultam em profissionais de grande capacidade humana.

Sabem ou aprenderam esses povos que somente entre os verdadeiros humanos, é possível encontrar governantes preocupados com coisas simples, mas fundamentais como a humanização da nação.  Infelizmente critérios básicos, necessários à um bom governante como virtude e amor por seu povo, parecem já fora do modelo político e anacrônicos, diante de outros apelos mais modernos como esperteza ou capacidade de iludir ou mesmo transformar mentiras descaradas em verdades a serem aceitas, apenas pelo método da repetição constante de falsas narrativas.

 

A frase que foi pronunciada:

“É impossível construir a própria felicidade sobre a infelicidade dos outros.”

Daisaku Ikeda

 

Prioridades

Caso estranho o fim das carroças puxadas a jegues e cavalos. Para o pessoal da reciclagem pagar R$6 pelo litro da gasolina no lugar de arranjar um bocado de capim, é inviável. Cavalos salvos, desempregados perdidos.

 

Prevenir

Entre a QI e QL de 2 a  no Lago Norte uma árvore caiu com a força dos ventos e destruiu a cerca de um morador ao longo da pista. Uma parte pendurada no alto, por onde passam os carros, é um perigo constante. Com nova ventania quem garante que essa peça pesada não caia em carros ou transeuntes?

 

Sem sentido

Instigante o primeiro semáforo antes da L2 Norte para quem segue na Avenida das Nações. Algum engenheiro tentando melhorar o fluxo dos carros inseriu mais um sinal à direita que deveria abrir para acesso à L2 Norte quando fosse possível virar sem perigo. Acontece que as 4 luzes vermelhas acendem sempre ao mesmo tempo inutilizando a proposta de permitir a direita livre.

 

Com saída

De repente, os pedintes nas ruas do DF são muitos, de todos os tipos e por todos os lados. Como é raro alguém andar com dinheiro, a solução já foi dada. Todos têm um pix para indicar.

 

História de Brasília

Desejamos ressaltar, daqui,  a boa acolhida que teve a sugestão desta coluna para que a polícia defenda a cidade contra os barracos. Desta forma, renovamos ao coronel Cairoli o desejo de que as Viaturas da polícia tenham ordem para demover os que desejam invadir terreno alheio com barracos. (Publicada em 24.03.1962)

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