Estrada da perdição

Publicado em Íntegra

Criada por Ari Cunha desde 1960

jornalistacircecunha@gmail.com

com Circe Cunha e Mamfil   

 

         Para aqueles que exercitam os cinco sentidos para observar e entender o mundo em volta e em nosso caso, o Brasil atual, fica a certeza de que o Estado, essa entidade erigida para o bem estar e proteção do cidadão, exerce muito melhor suas funções, quando não se deixa conduzir pelo canto fácil e enganoso das ideologias de plantão. Aqui como alhures a situação se repete.

         No rico estado americano da Califórnia s políticas impostas pelo partido democrático àquela unidade da federação, tem resultados vistos tanto pelos locais como pelos turistas e quiçá mundo afora. A política de liberalização das drogas, um avanço que se acreditava revolucionário e contra a caretice dos conservadores e de todos os que lutam pela preservação dos costumes e pelo respeito à vida, vai mostrando a sua verdadeira e cruel face.

         Por onde se anda nas cidades desse estado e também em localidades como Miami e Los Angeles, a capital mundial do cinema, o que as imagens  de rua mostram, são hordas imensas de pessoas drogadas dormindo ou perambulando pelas calçadas, em condições sub humanas.  São os novos americanos, vítimas de si próprios e de um sistema que não apenas lavou as mãos para o problema dos tóxicos, como em muitos casos arranjou maneiras duvidosas e indireta  de defende-los.

         Nós já temos nossos zumbis nacionais, representados pelas cracolândias que tomaram conta da maioria das cidades brasileiras. Aqui em Brasília, o observador da cena local pode encontrar esses usuários espalhados pelo centro da capital, no setor comercial e bancário sul, próximo a rodoviário do Plano Piloto e ao longo do eixo monumental, da Torre de TV e adiante. A liberalização desses produtos, como sugerido pelas nossas esquerdas e encampada pelo atual governo, inclusive pela suprema corte, venha como vier, será muito bem acolhida por consumidores e sobretudo pelos traficantes, doravante chamados de fornecedores ou negociantes desses artigos.

         Para a sociedade brasiliense, na sua maioria formada por uma gente conservadora e fiel aos princípios e costumes de paz e respeito, o que se prevê é o aumento dessa multidão de zumbis a vagar pela cidade, em busca de mais drogas e de meios ilícitos para adquiri-las.

         Perdem o tempo precioso com questões que deveriam ficar restritas ao métier das polícias e dos órgãos de segurança e com isso deixamos de lado o principal objetivo do Estado que é o da proteção dos cidadãos. Há, para os que observam todo esse momento difícil que atravessamos, de inversão de valores e propósitos, uma atenção especial voltada sobretudo para os que infringiram as leis e portanto encontram-se em condição de liberdade restrita. Para esses, a preocupação da justiça se volta para o que etiquetaram como “estado de coisas inconstitucionais no sistema carcerário”, ou projetos de partidos visando a institucionalização de regras concedendo cotas prioritárias para ex-presidiários na contratação por empresas, propostas de isenção de pagamento de tarifas de ônibus para presos beneficiados por saidinhas, entre outras medidas visando proteger e dar guarida aos que andam às margens da lei.

          Para o cidadão comum, que luta para sobreviver a tudo isso, resta pagar por essas invenções, que tornam o Estado um benfeitor dos marginais e um tirano contra pessoas de bem. Para os que veem tudo isso, com olhos arregalados de contrariedade, fica a certeza de que não é por esse caminho que chegaremos ao país dos justos. Por essa estrada da perdição, tantas vezes requerida por uma torcida sem juízo, chegaremos, se isso é possível, à um vale onde não haverá mais lugar para pessoas de bem – vale lembrar quem são: as honestas e pagadoras de impostos.

A frase que foi pronunciada:

“Devemos rejeitar a ideia de que cada vez que a lei é quebrada a culpada é a sociedade, e não o transgressor da lei. É hora de restaurar o preceito de que cada indivíduo é responsável por seus atos”.

Ronald Reagan

Pauta

Hoje a ministra do TSE, Edilene Lobo vai ministrar uma aula magna na abertura do curso de pós-graduação latu senso em Direito Parlamentar e Processo Legislativo do Instituto Legislativo Brasileiro (ILB). Às 15h, no Auditório Antonio Carlos Magalhães, na Avenida N2, ao lado da Gráfica do Senado. A apresentação será sobre a importância dos mecanismos institucionais, jurídicos-normativos e legais de promoção da igualdade de gênero e de raça no enfrentamento das desigualdades estruturais da sociedade brasileira.

Contrapartida

Entra governo, sai governo Brasília sempre recebe prefeitos com uma lista de pedidos nas mãos. O primeiro a ser atendido deve ser o que traz a prestação de contas de todas as mudanças que fez na cidade com as últimas verbas recebidas do governo federal. Isso, ninguém vê.

História de Brasília

Na superquadra 302, os peninsulares de Brasília matam as saudades de Nápoles. Roupas de todos os matizes, dependuradas ao vento, dão o colorido napolitano, longe do ambiente exato, mostrando como tanta gente não sabe morar e respeitar uma coletividade. (Publicada em 24.03.1962)

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