As lições do sínodo

Publicado em ÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960 Com Circe Cunha  e Mamfil

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Imagem: reprodução da internet

Colocadas na mesma balança, tanto as pretensões e preocupações do Estado laico, como as da Igreja, sobretudo a Católica, com relação às questões das terras e populações indígenas e quilombolas, do desmatamento e das questões climáticas, com seus pesos e contrapesos, oscilam no intervalo de equilíbrio entre um e outro.

Isso equivale dizer que ambos, Igreja e Estado, dentro de suas atribuições específicas, possuem legítimo interesse em manter tão importantes temas dentro do âmbito de atuação de cada uma dessas instituições. Isso não quer dizer que, mudanças ao longo dos anos não tenham alterado o interesse e o foco de cada um desses sujeitos. Em resumo, isso reafirma a tese de que a cada um o que é de seu mister. Seja a César ou a Deus, as relações entre Igreja e o atual governo, dentro dos princípios de um legítimo Estado Democrático de Direito, devem ser mantidas em perfeito equilíbrio, não apenas tendo em vista o poder inegável de cada uma dessas instituições sobre os indivíduos, mas, sobretudo objetivando a tão sonhada paz social.

É fato que, apesar de não haver resolvidos todos os problemas do pós-guerra, a chamada Guerra Fria pela partilha do mundo moderno, já vai longe, perdendo-se na poeira da estrada. O mesmo se pode dizer sobre a Teologia da Libertação, conforme concebida durante o Concílio Vaticano II entre 1962 e 1965. De lá para cá, o mundo mudou muito e aceleradamente, incluindo nesses debates um novo elemento representado agora pelo processo de globalização. Isso não quer dizer, que problemas antigos como a pobreza, a fome, a destruição do meio ambiente e outros males tenham diminuído. Ao contrário, eles ganharam maior dimensão e complexidade, o que passa a exigir, necessariamente uma resposta, tanto do governo como da Igreja, principalmente daquela envolvida com as agruras terrenas dos homens.

O afastamento, do poder, da esquerda, no Brasil, particularmente, se deu, não por imposição e força dessa ou de outra ideologia qualquer, mas tão somente por vontade popular expressa nas urnas. Com isso, o novo governo passou a contar com um legítimo respaldo popular, o que outorga a ele o direito de orientar sua política, inclusive com relação a esses temas tão sensíveis.

O fato é que onde houver palanque para as esquerdas divulgarem suas narrativas sobre o momento presente experimentado pelos brasileiros, ela o fará sem dúvida. Inclusive durante a realização do Sínodo, que reunirá bispos de todo o mundo em Roma no mês de outubro e que terá, entre outros temas, uma discussão sobre a Amazônia.

Qualquer que seja o documento final apresentado ao final desse encontro, condenando as pretensões do atual governo para a região, dois fatos podem ser retirados antecipadamente desse sínodo: o Estado não irá abrir mão da soberania da região, mas, e aí é que é o fundamental, o governo deve, à luz da realidade que se abate sobre aquelas áreas, refletir sobre as consequências de ceder à pressão de poderosos grupos econômicos, do agronegócio e outros, de forma a reorientar, dentro do bom senso, suas políticas para aquela imensa e tão complexa região.

 

A frase que foi pronunciada:

“Estado laico” não significa que aquele que não acredita em Deus tenha direito a impor sua maneira de ser, de opinar e de defender a democracia. Não significa, também, que a democracia só possa ser constituída por cidadãos agnósticos ou ateus. Não podem, ateus e agnósticos, defender a tese de que a verdade está com eles e, sempre que qualquer cidadão, que acredita em Deus, se manifeste sobre temas essenciais – como por exemplo, direito à vida, eutanásia, família etc. – sustentar que sua opinião não deve ser levada em conta, porque inspirada por motivos religiosos. Por tal lógica conveniente e convivente, e desqualificada opinião de agentes ateus e agnósticos, precisamente porque seus argumentos são inspirados em sentimentos “anti-Deus”. Numa democracia, todos têm o direito de opinar, os que acreditam em Deus e os que não acreditam.”

Ives Gandra Martins, é um jurista, advogado, professor e escritor brasileiro.

 

Detran

Nessa madrugada, o Compadre Juarez, da 105 FM, reclamou dos semáforos do DF que ficam vermelhos durante a madrugada. O motorista que não avança o sinal e obedece à lei, caso seja assaltado, certamente não terá o suporte do estado nessas condições. Portanto, deixar os sinais intermitentes na madrugada seria coerente.

 

 

Sequência

Na postagem de Alexandre Garcia veio a frase: “Somos especialistas em saudar mortos; não em evitar mortes.” Foram centenas de comentários e milhares de compartilhamentos. Realmente, esse ano já tivemos tragédias pela terra, em Brumadinho, pela água, no Rio de Janeiro, pelo fogo, no Ninho do Urubu e pelo céu, com Boechat.

Charge do Rafael Lemos. Com exceção ao acidente do jogador Emiliano Sala e à tragédia com o time da Chapecoense, o chargista retrata, na mesma imagem, os tristes acontecimentos que se sucederam neste início de ano no Brasil: as vítimas de Brumadinho, as do Rio de Janeiro, os adolescentes do Flamengo e o jornalista Ricardo Boechat.

 

Integração

Reunião importante com os integrantes da Rede de Vizinhos Protegidos pertencentes à área do 24º BPM. O evento aconteceu no auditório da livraria Cultura do Iguatemi. O major QOPM Nafez Imamy Sinicio Abud Cury está ouvindo a comunidade para melhorar a segurança da região.

 

Novidade

Aos poucos, o gabinete do senador Alessandro Vieira está tomando forma para a implantação do coworking. Junto com os deputados Felipe Rigone e Tabata Amaral, Vieira reunirá seus funcionários que trabalharão lado a lado com os colegas da Câmara. Projetos, orçamentos, discursos, pesquisas, todo o trabalho será de forma compartilhada. Como a prática é inovadora, o que dá para afirmar nesse momento é uma economia de 20% nos gastos de gabinete.

Foto: Pedro França/Agência Senado

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Outra grande missão do novo Secretário unir a classe médica, que está em luta desnecessária, por falta de compreensão e espírito de luta classista. (Publicado em 10.11.1961)

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