VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Em tempos passados, as eleições norte-americanas não ocupavam muito espaço na mídia brasileira. Vivíamos num mundo disperso e as ideias de globalização eram ainda apenas interrogações na cabeça de alguns pensadores e teóricos. Nosso interesse no grande irmão do Norte se prendia ao cinema, moda, novidades no mundo automobilístico e coisas do gênero. Com o processo de interação mundial, provocado pela globalização dos mercados, com a consequente formação de grandes blocos comerciais, a interdependência econômica entre os países se transformou numa realidade presente e inescapável.
Países que, a princípio, rejeitavam a ideia de uma Aldeia Global, foram levados na correnteza de um mundo em rápida transformação. Também a emergência de uma nova tecnologia interligou todo o planeta de modo instantâneo, encolhendo distâncias geográficas e temporais. Hoje, tudo interessa a todos a todo momento. Isto porque o que ocorre a milhares de quilômetros daqui interfere no nosso dia a dia.
Nesse sentido, é possível inferir que o retorno do conservadorismo nos EUA, com um conjunto de promessas de cunho sempre protecionista e nacionalista, trarão consequências também para o Brasil. Em primeiro lugar, porque os EUA representam o segundo mercado para as exportações brasileiras. Também é, naquele país, que estão residindo hoje mais de um milhão de imigrantes brasileiros, na sua maioria, em situação irregular. De toda forma, fossemos estabelecer um ranking para aferir quem mais poderá perder com uma possível volta de Donald Trump ou alguém com um perfil parecido, à Casa Branca, nas próximas eleições, será a turma da esquerda que tomou de assalto o Partido Democrata, mas que não conta com a simpatia da maioria dos americanos interioranos, ou seja, aqueles que não vivem nas capitais, que possuem raízes históricas e, acima de tudo, não escondem o ardor por ideias como nacionalismo e outros.
Não chegará a ser surpresa se as próximas eleições, tanto americanas como as que serão realizadas no Brasil em 2026, marcarem a volta do conservadorismo. No caso do Brasil, o senão ficará por conta de uma modificação nas urnas eletrônicas, com a introdução do voto impresso e da possibilidade real de auditoria do pleito. Caso essas modificações não ocorram, as previsões são de que 26 repetirá 22. O mundo civilizado e onde as regras parecem valer, vive como sempre: entre sístoles e diástoles, com vantagens ora para as esquerdas, ora para a direita. Ao liberalismo, segue sempre o fechamento econômico e o protecionismo. A globalização, com sua pretensão de unir as economias mundiais sob um só comando, finge não se importar com as dicotomias entre esquerda e direita. O que é fato é que, sob o domínio político das esquerdas, o globalismo enxerga maiores oportunidades de avançar.
O nacionalismo ou o patriotismo de direita têm sido um empecilho ao avanço da ideia de aldeia global. Lá como cá, o mundo segue de olho nas oportunidades e brechas para avançar. Nessa marcha da humanidade, nos caminhos traçados pela democracia Ocidental, o que é sempre preciso e urgente é não se desviar dos ideais de liberdade e do respeito às leis, sobretudo aquelas chamadas leis maiores que regem nações e asseguram um ambiente livre de soluções de arbítrio.
A frase que foi pronunciada:
“Restaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos!”
Stanislaw Ponte Preta
Susto
Vida de jogador de futebol é assim. Enquanto está jogando bola, tudo corre bem. Quando resolve pisar na bola, daí os inimigos vibram. Douglas Pereira exagerou na dose e, numa discussão em passeio no Lago Paranoá, resolveu calar a oposição com um tiro para o alto. Sofre as consequências.
Mais opções
Passa por um processo importante a Agência Nacional do Petróleo. Elabora um diagnóstico concorrencial para analisar mecanismos de ampliação na concorrência do mercado de gás. A concentração da Petrobras deve acabar em breve. Muitas universidades poderiam colaborar nesse documento.
Seria assim
Questão intrincada teria sido discutida na Casa de Chá Flor do Abaeté. Multados em R$ 55 milhões, os defensores do “kit covid”. O tal kit não tinha comprovação científica de que protegia contra a Covid. Sem celeumas, os frequentadores da casa de chá tocariam o dedo na ferida. A vacina contra a Covid também não mostrou eficácia, dado que muitos vacinados contraíram o vírus. Pior: na bula era explícito de que não havia responsável técnico.
História de Brasília
A Quadra 48, do IPASE, na W-3, continua sendo a mais esquecida. Lama, descuido e falta de administração. (Publicada em 20.03.1962)