Para governo, fim do Ministério do Trabalho ajudou a reduzir a corrupção

Publicado em Economia

Passados dois meses da extinção do Ministério do Trabalho e da distribuição de suas funções por vários órgão da Esplanada, técnicos da equipe econômica não têm dúvidas de que a medida ajudou a reduzir a corrupção. A pasta, que vinha sendo comandada pelo PTB desde 2016, havia se transformado em um balcão de negócios.

 

Técnicos que avaliaram o funcionamento do Ministério do Trabalho dizem que os esquemas de corrupção eram tocados, quase sempre, pelo alto escalão. Ao contrário de outros ministérios, no Trabalho, o ministro fazia questão de assinar todos os contratos, o que indica uma forma de controle do que deveria ser pago em propina.

 

Esquemas

 

Nos demais ministérios, é a área financeira, que cuida da liberação de dinheiro, a responsável pelo controle de todos os contratos. Os ministros delegam poderes. Na antiga pasta do Trabalho, tudo tinha que ter a chancela ministerial. “O que se pode depreender disso é que era uma forma de manter o controle de todos os esquemas”, ressalta um técnico.

 

Não custa lembrar que, durante o governo de Michel Temer, o então ministro do Trabalho, Helton Yomura, foi afastado e pediu demissão depois de ser alvo de investigação da Operação Espúrio, que apura a concessão de registro sindicais em troca do pagamento de propina. Yomura foi indicado pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson, que cumpriu pena por corrupção no processo do mensalão.

 

Brasília, 18h01min