Joesley Batista deveria estar preso. Ele é uma aberração

Publicado em Economia

É inacreditável o desrespeito de Joesley Batista em relação aos cidadãos de bem desse país, que, se ressalte, são a grande maioria. Ele deveria ser preso, pois é uma aberração. A carta divulgada nesta terça-feira, 5, na qual diz que “mentiu” em um áudio no qual faz sérias acusações a integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é simplesmente inacreditável.

 

Joesley é um corruptor confesso. Admite que construiu o império da JBS baseado em propina e corrupção. Saqueou os cofres públicos na maior desfaçatez. Quando se viu encurralado, conseguiu um acordo de delação muito favorável corrompendo um procurador. Debochou da cara do país e, agora, divulga uma carta pedindo desculpas por mentir.

 

Num país sério, Joesley já estaria atrás das grades. Não é possível que esse senhor continue flanando livremente, gastando dinheiro que conseguiu corrompendo agentes públicos. O Judiciário não pode ser complacente com isso. É preciso criar coragem. O Supremo Tribunal Federal (STF) tem que cancelar o acordo de delação premiada fechado com Joesley e sua turma e dar uma resposta à sociedade. Chega de tanta desfaçatez.

 

Vejam a carta divulgada por Joesley e por Ricardo Saud, pegos em um áudio no qual levantam sérias dúvidas sobre autoridades:

 

“A todos que tomaram conhecimento da nossa conversa, por meio de áudio por nós entregue à PGR, em cumprimento ao nosso acordo de colaboração, esclarecemos que as referências feitas por nós ao Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral da República e aos Excelentíssimos Senhores e Senhoras Ministros do Supremo Tribunal Federal não guardam nenhuma conexão com a verdade. Não temos conhecimento de nenhum ato ilícito cometido por nenhuma dessas autoridades. O que nós falamos não é verdade, pedimos as mais sinceras desculpas por este ato desrespeitoso e vergonhoso e reiteramos o nosso mais profundo respeito aos Ministros e Ministras do Supremo Tribunal Federal, ao Procurador-Geral da República e a todos os membros do Ministério Público.”

 

Brasília, 20h01min