Grael O coronel Dickson, pai de Lars Grael, foi instrutor de paraquedismo do presidente eleito Jair Bolsonaro Lars Grael (foto) é filho do coronel Dickson, que foi instrutor de paraquedismo do presidente eleito Jair Bolsonaro

Bolsonaro é incentivado a manter Ministério do Esporte, mas procura nome de peso para o cargo

Publicado em Esporte

O presidente eleito Jair Bolsonaro está praticamente convencido por integrantes da equipe de transição a manter o Ministério do Esporte em vez de transformá-lo numa espécie de puxadinho da Educação. Entretanto, o blog apurou que ele impôs um desafio a quem o aconselha: a indicação de um nome forte, de peso, praticamente uma grife para assumir a pasta. Dois medalhistas olímpicos estão em debate: Lars Grael, cujo pai teve vínculo com Bolsonaro na carreira militar, e Bernardinho. Nos bastidores, a bancada evangélica faz lobby para que o deputado e pastor Marco Feliciano (Pode-SP) receba a pasta seja como ministro ou secretário.  O nome dele começou a ganhar força nesta quarta-feira. Como o blog antecipou, o atual ministro de Michel Temer, Leandro Cruz, assumirá a secretaria de Esporte do Distrito Federal no governo de Ibaneis Rocha.

Bronze nos Jogos de Seul-1988 e de Atlanta-1996, o ex-iatista Lars Grael é um dos preferidos para assumir o Ministério do Esporte. O fato de ele não ter laços partidários e exibir no currículo passagem pelo cargo de secretário nacional do Esporte agradam. Ele inclusive era o nome predileto do candidato Geraldo Alckmin ao posto. Mas é um elo de Jair Bolsonaro com o coronel Dickson Melges Grael que o anima a convidar Lars.

O pai do iatista foi instrutor de paraquedismo do presidente eleito. Durante a carreira militar, Bolsonaro ingressou na Brigada de Infantaria Paraquedista, no Rio, onde se especializou em paraquedismo. Em 2008, o então ministro da Defesa, Raul Jungmann, condecorou Dickson Grael (em memória) com a Medalha do Mérito Desportivo Militar. Axel Grael representou o pai.

Além de militar, Dickson Grael era formado em Educação Física. Tornou-se um dos maiores incentivadores da carreira esportiva dos filhos Axel, Torben e Lars. Foi atleta nas Forças Armadas (fundista), jogou basquete, vôlei e tênis. É lembrado como um pioneiro do paraquedismo militar no Brasil. Formou-se no “Airbourne School”, Fort Bening, Geórgia, nos Estados Unidos, em 1946. Impulsionou também o paraquedismo esportivo e ajudou a formar clubes em várias cidades do país. Uma deles, em Uruguaiana (RS).

Ouro nos Jogos de Atenas-2004 e no Rio-2016 à frente da seleção masculina de vôlei, e bronze como técnico da equipe feminina em Atlanta-1996, Bernardo Rocha de Rezende, o Bernardinho, é o outro nome sugerido a Bolsonaro. Ele é elogiado como grande planejador e gestor. O presidente foi lembrado por quem defende o convite de que o técnico tem uma trajetória brilhante dentro e fora das quadras.

Lars Grael e Bernardinho têm a favor das indicações o apoio da comunidade esportiva e o caráter ao longo da carreira. Exatamente o perfil que vem norteando a maioria das escolhas de Bolsonaro.

Uma terceira via seria o cientista político Antônio Flávio Testa, voz ativa na transição  quando o assunto é esporte. O brasiliense integra o grupo de transição do novo governo. Havia, ainda, a opção de um militar. A opção era Fernando Azevedo e Silva. Porém, Bolsonaro o nomeou ministro da Defesa. O escolhido ocupou o cargo de chefe da Autoridade Pública Olímpica dos Jogos do Rio-2016, indicado pela então presidente Dilma Rousseff, e ganhou projeção ao organizar os Jogos Mundiais Militares de 2011, no Rio. Nesta quarta-feira, a bancada evangélica, que praticamente definiu a eleição a favor de Bolsonaro, indicou o deputado e pastor Marco Feliciano (Pode-SP).

Correndo por fora, um nome que era apontado como favorito durante campanha eleitoral. Ouro no Pan de Winnipeg-1999, o ex-nadador Luiz Lima, eleito deputado pelo PSL-RJ, é um dos preferidos da família de Bolsonaro para tocar o Ministério. Além de ser do PSL, tem passagem pelo ME de 2016 a 2017 como secretário Nacional de Esportes de Alto Rendimento.. Mas Luiz Lima não quer ser ministro. Eleito deputado, prefere cumprir o mandato de quatro anos em respeito a quem o elegeu.

Há quem diga que Luiz Lima é um dos maiores incentivadores da manutenção do Ministério do Esporte. As outras três vozes buzinando ao pé do ouvido de Bolsonaro são Fernando Azevedo e Silva, Antônio Flávio Testa e o general Heleno, nomeado ministro do Gabinete de Segurança Institucional, mas com passagem pelo esporte.  Ele foi ele foi diretor de comunicação e educação corporativa no Comitê Olímpico do Brasil (COB).

 

 

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