Mane O tamanho do Mané Garrincha é um dos argumentos para a ausência na Copa América. Foto: Gilvan de Souza O tamanho do Mané Garrincha é um dos argumentos para a ausência na Copa América

Indecisão de Flamengo e Atlético-GO trava troca do gramado do Mané Garrincha. Obra custará R$ 28 mil

Publicado em Esporte

A administração do Mané Garrincha aguarda a definição dos locais dos jogos de ida e volta de Flamengo e Atlético Goianiense, pelas oitavas de final da Copa do Brasil (leia atualização ao fim deste post), para fechar o estádio e dar início ao plantio do gramado de inverno (ryegrass). Motivo: quando o serviço que custará R$ 28.076,10 começar, a arena terá de ficar 20 dias sem receber partidas de futebol. Tanto Flamengo quanto Atlético-GO tinham tratam Brasília como alternativa para o mata-mata. No entanto, em entrevista ao blog, dirigentes dos dois clubes praticamente descartaram a utilização do Mané. Enquanto isso, 40 sacos de semente importados dos Estados Unidos, cada um com 22kg, aguardam, em Belo Horizonte, o transporte para Brasília. A tendência é que a obra, prevista para depois da final do Candangão, comece na segunda-feira. O mesmo tipo de piso será instalado no Maracanã e no Mineirão.

Apesar do alto custo do Maracanã e de pendências burocráticas para obter a liberação da Arena da Nação, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, avisou avisou por telefone: “O jogo (de ida, no próximo dia 10) será na Ilha do Governador (RJ). O da volta depende do Atlético-GO”, bancou o mandatário do clube carioca.

O Atlético confirma que procura uma arena fora de Goiânia para receber o Flamengo em 24 de maio. O clube argumenta que receberá o adversário carioca duas vezes, em cinco dias, por duas competições diferentes (Série A e Copa do Brasil), e teme que um dos duelos fique esvaziado. Em 20 de maio, um sábado, Flamengo e Atlético-GO duelam no Serra Dourada pela segunda rodada do Brasileirão. O confronto de volta das oitavas de final da Copa do Brasil será quatro dias depois, em 24 de maio, novamente com mando da equipe goiana.

Daí o interesse do Atlético-GO de jogar em Brasília. O Plano A da diretoria era o Mané. Porém, o diretor de futebol e vice-presidente do clube, Adson Batista, disse ao blog nesta quarta que o alto custo para operar uma partida no DF e dificuldades impostas pela Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) deve levar o clube a optar por Cuiabá (MT) ou Cariacica (ES). Com o veto dos clubes da Série A à venda de mando de campo no Brasileirão, o Atlético-GO planeja usar as próximas fases da Copa do Brasil como fonte alternativa de receita.

“Hoje, isso (mandar em Brasília) é pouco provável. Jogar aí tem um custo alto. A Federação daí coloca muita dificuldade. Tem questão de locação do estádio, é muito inviável financeiramente. Todo mundo quer levar um pouco e no fim dá prejuízo”, reclama Adson Batista. Segundo ele, a Arena Pantanal, em Cuiabá, e o Kleber Andrade, em Cariacica, são os favoritos no momento. O blog entrou em contato com o presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal para comentar a reclamação do Atlético-GO, mas Erivaldo Alves não atendeu. A administração do Mané Garrincha cobra 6% de taxa de ocupação.

O Atlético-GO mandou duas partidas no novo Mané Garrincha. Em 2014, empatou por 1 x 1 com o Vasco diante de 8.957 pagantes na Série B do Campeonato Brasileiro. Em 2015, novamente pela segunda divisão nacional, ficou no 0 x 0 contra o Botafogo. O público pagante no Mané Garrincha foi de apenas 7.822.

 

*ATUALIZACÃO

O diretor de futebol e vice-presidente do Atlético Goianiense, Adson Batista, informou ao blog que o clube decidiu nesta quinta-feira disputar a partida de volta contra o Flamengo pelas oitavas de final da Copa do Brasil no Estádio Kleber Andrade, em Cariacica, no Espírito Santo. O mando de campo foi vendido para o empresário Roni. O duelo de ida será no Rio. “Dia 10 no Rio e 24 em Cariacica”, disse Adson Batista. O Atletico-GO é um dos seis clubes que votou contra o veto ao mando de campo na Série A do Campeonato Brasileiro deste ano no Conselho Técnico da CBF. Os outros foram Flamengo, Fluminense, Ponte Preta, Corinthians e Atlético-PR. A venda está vetada no Brasileirão de 2017, mas continua liberada na Copa do Brasil.