A crise na Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira. O Diário Oficial do Distrito Federal traz na página 47 de hoje um edital de convocação para uma assembleia geral extraordinária amanhã (22/9), às 10h, para deliberar sobre a destituição do presidente da entidade, Erivaldo Alves, eleito em 2016 para o mandato até 2020. Se ele sair, quem assume é o vice Daniel Vasconcelos.
Como mostrou o repórter Victor Gammaro na matéria publicada na última sexta-feira no site do Correio Braziliense, clubes liderados pelo Samambaia e pelo Capital acusam o mandatário da FFDF de infringir o estatuto ao cometer gestão temerária e fraude fiscal e contábil.
Erivaldo Alves é acusado de não ter prestado contas de um repasse de R$ 300 mil feito em 2016 pela CBF à FFDF. Em entrevista ao Correio Braziliense, o dirigente admitiu que houve um “vacilo do seus departamento financeiro” e que teria comunicado aos clubes que o valor seria publicado no balanço de 2017. Em reunião na última sexta-feira, os times filiados não concordaram.
O cartola também alegou que está sofrendo perseguição pessoal e política por ter mandado embora da federação o ex-aliado Neimar Frota, presidente do Samambaia, acusado por Erivaldo de fazer balcão de negócios na FFFDF e ser o pivô de escândalos como venda ilegal de ingressos e o não pagamento de impostos em jogos realizados no Distrito Federal.
Erivaldo Alves pode ser o segundo presidente da FFDF destituído em três anos. Em 2015, Jozafá Dantas sofreu impeachment e deu lugar justamente ao vice Erivaldo Alves. Antes, em 2011, houve intervenção na FFDF durante a gestão de Fabio Simão. Miguel Alfredo de Oliveira Júnior assumiu o cargo.