Marcos Soares Depois de 15 meses no Santos, Marcos Soares está de volta ao futebol candango. Foto: Divulgação/Santos

Técnico revelado no DF fala de sua demissão do Santos após a Copinha

Publicado em Esporte

No Brasil, técnico de divisão de base também não tem estabilidade. A prova mais recente é Marcos Soares. Eliminado pelo Avaí na terceira fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior, o carioca radicado em Brasília foi demitido pelo Santos. Na fase de grupos, venceu o Floresta e empatou com Audax e Rio Branco-AC. Na segunda fase, passou apertado pelo Flamengo-SP. No comunicado oficial, a diretoria do Santos justificou a saída falando em realinhamento administrativo no departamento de futebol de base. Com a proximidade do início do Campeonato Candango, o treinador com passagem por Brasiliense, Brasília, Santa Maria, Ceilandense e Brazlândia no DF, além do Anápolis, em Goiânia, está aberto a propostas.

Na entrevista a seguir ao blog, Marcos Soares, contratado para substituir no cargo o filho de Pepe, Pepinho Macia, explica os motivos da saída do Santos e fala sobre o legado após 15 meses de trabalho à frente das promessas da Vila. Depois de estágios no Bayern de Munique, da Alemanha, no Barcelona e no Atlético de Madrid, ambos da Espanha, o treinador comemora o fato de ter acompanhado de perto o dia a dia do trabalho de Dorival Júnior no Santos.

 

Por que você foi demitido pelo Santos?
A diretoria resolveu fazer uma reformulação geral na categoria sub-20 após o término da temporada, que coincide com a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Penso que pude contribuir bastante para a formação de vários atletas nestes 15 meses, não só como jogadores, mas como pessoas também. Ao mesmo tempo, pude aprender muito por ter trabalhado em um time grande e ver o dia a dia de um treinador como o Dorival Júnior, que é top no Brasil.

Faltou paciência depois da eliminação na Copinha?
No futebol, é normal se falar em trabalho, principalmente na base, mas a gente sabe que as pessoas só querem saber se ganhou ou perdeu. Infelizmente, é uma característica do futebol brasileiro. Nosso elenco era limitado e fomos até onde foi possível.

O elenco era limitado, mas não foi cedo demais sair na terceira fase contra o Avaí depois de uma campanha irregular na fase de grupos?
Várias equipes grandes saíram antes, o próprio campeonato não é parâmetro de nada, pois são jogos a cada dois dias e muita gente que já foi campeã hoje nem está no futebol. O melhor time era o São Paulo e perdeu na segunda fase (para a Chapecoense). O mais importante foi o grau de conhecimento que adquiri nesse tempo todo por lá.

Quem você aposta que, em breve, vai brilhar no time principal do Santos?
Difícil cravar, neste ano subiram o Matheus Oliveira e o Arthur Gomes, dois jogadores muito bons que têm boas chances de ir longe.

O Santos tem muitos brasilienses na base?
Tem, mas nas categorias inferiores. É cedo pra dizer se vão estourar.

Pensa em assumir algum time do Candangão depois da experiência no Santos?
Agora, vou aguardar o que virá de proposta, mas primeiro irei aproveitar a minha família. Eu fiquei longe dela esse tempo todo. Fui demitido na quarta-feira e ainda tenho que ir a Santos na semana que vem resolver tudo direitinho da minha saída. Tenho certeza de que, por tudo que vivenciei e realizei no Santos, algo bacana irá surgir. Sou muito grato pela oportunidade de trabalhar lá por tanto tempo. Essa experiência vai abrir muitas portas.