Palmeiras Palmeiras festeja o gol de Dudu no clássico contra o Corinthians. Foto: Cesar Greco/Palmeiras/Divulgação

10 pitacos sobre o futebol candango, brasileiro e internacional no fim de semana da bola

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1. Campeonato Paulista

Para início de conversa, o clássico entre Palmeiras e Corinthians deveria ser suspenso, adiado, cancelado, como queiram. A indiferença em relação ao torcedor que morreu em mais uma guerra entre torcidas uniformizadas (organizadas nunca serão) foi uma vergonha. A bola rolou como se nada tivesse acontecido. Ouvi de um dirigente que não foi dentrou ou próximo do Pacaembu. Por aí se vê o que pensam os cartolas… Em campo, Lucca incorporou Marcelinho Carioca. E baixou um Marcos em Fernando Prass. A defesa fez lembrar os duelos pela Libertadores no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000. Cuca deu, sim, um nó tático no badalado Tite. E a comemoração de Dudu foi muito bacana. Por falar no pênalti decisivo do Pacaembu, uma cobrança de pênalti também fez a diferença na vitória do São Paulo. Tudo bem, há uma crise de batedores lá no Morumbi — todo mundo erra — mas o Ganso gerou uma crise desnecessária ao dizer que Maicon furou a fila. Um bando de cobradores ruins discutindo quem é menos pior é uma vergonha para o São Paulo. No Santos, Ricardo Oliveira continua mostrando ao Dunga porque merece continuar na Seleção.

2. Campeonato Candango
Os vizinhos goianos definitivamente invadiram o Distrito Federal. Dos oito classificados apra as quartas de final, dois são do entorno. Só faltaram Planaltina-GO e Formosa. Não vou ficar no muro. Na minha humilde opinião, os semifinalistas vão ser: Luziânia, Gama, Brasiliense e Brasília. Por sinal, o duelo do colorado é o mais difícil das quartas de final. Culpa da irregularidade na primeira fase, quando o time teve três técnicos diferentes. Passar pelo Ceilândia vai ser difícil. O Gato chega como favorito. Assim como o Luziânia, ainda não perdeu em 2016. Não vejo o Sobradinho com time para desbancar o Luziânia e muito menos o Santa Maria com cara de zebra diante do Gama. O duelo entre Paracatu e Brasiliense também é uma barbada. Está com pinta de Luziânia x Gama em uma semifinal e Brasiliense x Brasília na outra. Pelo menos é o que diz a minha bola de cristal…

3. Campeonato Carioca
Levir Culpi não é Jesus Cristo, mas tranformou o Fluminense da água para o vinho depois da saída de Eduardo Baptista. O tricolor das Laranjeiras é finalista da Primeira LIga e lidera a Taça Guanabara. Tá faltando ganhar um clássico. Quem sabe a virtual final da segunda fase diante do Vasco, na Arena da Amazônia. Por falar no cruz-maltino, é o terceiro exibição seguida em que a trupe de Jorginho não joga bem. Achei o time com altos e baixas diante do Botafogo e do Flamengo e no empate com o Volta Redonda. Nenê perdeu pênalti? Era importante acertar, mas tem crédito de sobra em São Januário. O Botafogo, repito, tem um elenco limitado, mas comprometido com as ordens de Ricardo Gomes. Mostrou isso, mais uma vez, ao segurar o badalado Flamengo em Juiz de Fora (MG). O rubro-negro está fora da zona de classificação, mas deu uma sorte danada. Seu destino está nas mão do parceiro Fluminense. Se o tricolor derrotar o Volta Redonda e o Flamengo vencer seus últimos dois duelos, entra na semifinal. Do contrário, tem tudo para para mais um mico em 2016. E o Marcelo Cirino, hein? Não fazia gol em clássicos e balançou as redes de Vasco e Botafogo!

4. Campeonato Mineiro
Robinho fez três gols no massacre do Atlético-MG por 7 x 2 (quase 7 x 1) no Mineirão. Parabéns, mas o Galo não precisa de você em jogos contra nanicos. O ex-rei das pedaladas precisa brilhar em jogos à altura dele. De preferência, na Libertadores. Como diz o ditado, empurrar bêbado ladeira abaixo é fácil. Robinho ficou devendo no clássico contra o Cruzeiro. Precisa brilhar diante do Independiente del Valle, do Equador. É o que a massa espera. Quanto ao Cruzeiro, Deivid vai ganhando fôlego, driblando as desconfianças e garantindo o emprego até o início do Brasileirão. Faz um trabalho humilde, mas correto dentro das possibilidades. Ah, e ciente de que Marcelo Oliveira virou uma sombra.

5. Campeonato Gaúcho
O técnico Roger Machado tinha uma série de 10 jogos sem perder à frente do Grêmio no Campeonato Brasileiro do ano passado. Repetiu a marca neste fim de semana no empate por 2 x 2 com o Juventude. Como as quartas de final estão definidas, não vou ficar no muro. Vamos lá… Primeiro colocado geral, o Grêmio vai passar pelo Brasil de Pelotas. O Juventude passa pelo Ypiranga, o São José desbanca o Novo Hamburgo e o Internacional despacha o São Paulo. A goleada colorada por 3 x 0 sobre o Glória foi importantíssima para o Inter assumir o terceiro lugar e evitar um Gre-Nal antes da final.  Por falar no Internacional, parabéns ao clube, que hoje completa 107 anos de história.

6. Copa do Nordeste
A Lampions League vai ter semifinais de arromba. O duelo entre Santa Cruz e Bahia é o mais difícil de prever um vencedor, mas aposto no Bahia. Do outro lado, o Sport, para mim, é uma barbada. Paulo Roberto Falcão tem a missão de parar o artilheiro do campeonato. Com sete gols, Rodrigão é a referência do ataque do Campinense.

7. Campeonato Paraense
Lembra do Charles Guerreiro, campeão brasileiro pelo Flamengo em 1992? Está em situação difícil no Parazão 2016 depois do empate por 1 x 1 com o Paysandu no clássico de domingo. O Remo não tem mais chances matemáticas de chegar às semifinais do segundo turno. O prejuízo começa a ser calculado pelo Leão. Além de ficar fora da briga pelo tricampeonato estadual, o Remo corre o risco de não se classificar para as copas Verde e do Brasil de 2017. O Pará vai ter três clubes na Copa do Brasil do ano que vem. Uma delas já é do Paysandu, campeão do primeiro turno. As outras duas também serão definidas pelo Parazão. Uma será do vencedor da Taça Estado do Pará que. Caso não seja o Paysandu, ficará com a outra equipe que garantir o segundo turno. A última seria do terceiro colocado na classificação geral do Parazão. No momento, o Remo está em quarto lugar, atrás do São Francisco. NO domingo, o Mangueirão foi aberto para 35 mil torcedores, mas o público pagante foi de pouco mais de 23 mil. Muito aquém da tradição de um dos maiores clássicos do país.

8. Campeonato Inglês
Alexandre Pato manteve com a camisa do Chelsea a tradição de fazer ao menos um gol em estreias. O atacante também havia marcado no jogo número 1 com as camisas do Internacional, do Milan, do Corinthians e da Seleção Brasileira. Só não rolou na primeira exibição pelo São Paulo. Torço sinceramente para que Alexandre Pato vingue na Premier League, torço para ele tomar jeito na vida, na carreira. É um bom jogador e a Seleção Brasileira precisa dele bem. Tomara que o novo técnico do Chelsea, Antonio Conte, mantenha Pato no elenco para 2016/2017.  E o Leicester? A cada rodada, o título inédito fica mais perto. Para mim, é disparada a melhor história da temporada no Velho Continente.

9. Onde mais tem campeonato?
Além do Campeonato Inglês, o Italiano vê o circo pegar fogo. A Juventus tem seis pontos de vantagem sobre o Napoli (73 x 67). No Alemão, o Bayern de Munique continua sendo perseguido pelo persistente Borussia Dortmund (72 x 67). No Holandês, o Ajax comanda a tabela de classificação com dois pontinhos de vantagem sobre o Ajax (71 x 69). No Português, o Benfica tem uma folga de cinco pontos em relação ao Sporting (70 x 65). O Francês está resolvido e o Espanhol é questão de tempo…

10. Campeonato Espanhol
Não é de hoje que você me vê escrever aqui que o volante Casemiro tem que ser convocado por Dunga para, no mínimo, ser uma sobra de Luiz Gustavo na Seleção Brasileira. A exibição dele na vitória de virada do Real Madrid sobre o Barcelona, por 2 x 1, mostrou isso mais uma vez. Outra coisa: Marcelo pode ter vários problemas, mas ainda não temos um lateral melhor do que ele. Dunga tem a obrigação de arrumar um jeito de explorar os pontos fortes de Marcelo e proteger o seu ponto fraco. Zidane pode até não ter conseguido isso ainda no time merengue, mas está tentando. Marcelo foi decisivo no clássico. Do outro lado, Neymar ainda precisa aprender muito com o melhor do mundo (Messi) e o número 2 (Cristiano Ronaldo) a ser protagonista, brilhante, decisivo, letal, como foi CR7 no último sábado.