Pôr e derivados: grafia e conjugação

Publicado em português

Eta família maltratada! Ela sofre mais que escravo no tronco. Apanha na grafia e na conjugação. Mas, como nesta vida tudo passa, o martírio do clã pode chegar ao fim. Basta aprender duas regras:

  1. Só o s tem vez. As formas em que soa o fonema z escrevem-se com s (pus, pôs, pusemos, puser, pusesse, compuser, depuséssemos). Por quê? Sem aparecer no infinitivo (pôr), a lanterninha do alfabeto não tem vez na conjugação. É intrusa. O mesmo ocorre com querer (quis, quiser, quisesse).
  1. Olho no subjuntivo. O pretérito e o futuro do sofisticado subjuntivo se formam da 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo sem o –am final. Assim:

Pretérito perfeito: pus, pôs, pusemos, puser(am)

Futuro do subjuntivo: se eu puser, ele puser, nós pusermos, eles puserem

Pretérito do subjuntivo: se eu pusesse, ele pusesse, nós puséssemos, eles pusessem

Os filhotes do paizão conjugam-se do mesmo jeitinho: eu ponho (componho, disponho, deponho, reponho), ele põe (compõe, dispõe, depõe, repõe), nós pomos (compomos, dispomos, depomos, repomos); eu pus (compus, dispus, depus, repus); eu punha (compunha, dispunha, depunha, repunha); que eu ponha (componha, disponha, deponha, reponha). Etc. e tal.