Denúncia de falsificação de identidade
Denúncia de falsificação de identidade Crédito: Fernando Lopes/CB/D.A Press. Denúncia de falsificação de identidade

Servidor da Polícia Civil é denunciado por falsificar carteiras de identidade

Publicado em CB.Poder

ANA MARIA CAMPOS

 

Um servidor de apoio da Polícia Civil do DF foi denunciado pelo Ministério Público do DF por falsificar pelo menos cinco carteiras de identidade e inserir informações falsas no sistema do Instituto de Identificação. A suspeita é de que este caso pode ser a ponta de um esquema maior. Francisco Alves da Silva, lotado no posto de atendimento de Santa Maria, vai responder por corrupção passiva e pelo crime de inclusão de dados falsos em sistema de informação.

 

As falsificações foram descobertas quando agentes da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) cumpriam mandado de prisão preventiva contra um criminoso que apresentou um RG falso para tentar escapar da medida. Os policiais civis desconfiaram da autenticidade do documento porque já o conheciam de outras investigações. Ele foi preso em flagrante.

 

Ao acessar o sistema, viram que o sujeito tinha três identidades emitidas pela própria Polícia Civil. No celular dele, os agentes encontraram troca de mensagens com Francisco e o acerto do pagamento. O servidor cobrava entre R$ 2,5 mil e R$ 3,5 mil de conhecidos, mas o suborno poderia chegar a R$ 8 mil. Outros dois beneficiados foram descobertos na apuração.

 

Investigações continuam

Autores da denúncia, os promotores de Justiça Rodrigo Bezerra e Marcel Bernardi, do Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (Ncap), do Ministério Público do DF, ampliaram as investigações para avaliar agora se há outros integrantes da Polícia Civil do DF envolvidos.

 

Para falsificar os documentos, o servidor teve de driblar o sistema de identificação usado como banco de dados de cidadãos e também para rastreamento de digitais encontradas em cenas de crimes. Um dos alvos da denúncia, Alexandre Silva Moreira, integrante de uma quadrilha de tráfico de drogas, possuía três RGs, dois deles com as mesmas digitais e o outro com os dados biométricos de outra pessoa.