Dermeval Farias Gomes Filho
Dermeval Farias Gomes Filho Arquivo Pessoal Dermeval Farias Gomes Filho

Chamado de “Lavajatista”, promotor do DF tem indicação ao CNMP rejeitada pelo Senado

Publicado em CB.Poder
Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos

Por 33 votos contrários e 15 votos favoráveis, o Plenário do Senado rejeitou ontem a recondução do promotor de Justiça Dermeval Farias Gomes Filho ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), na vaga destinada a membros do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), referente ao biênio 2019/2021. Dermeval iria para o segundo mandato. Ele foi eleito com 312 votos de 315 entre os colegas no MPDFT, em candidatura única e foi indicado pela procuradora-geral de Justiça do DF, Fabiana Costa. A indicação de Dermeval Farias foi aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) em 26 de junho. Mas o plenário reagiu ontem numa guerra contra o Ministério Público e à Lava-Jato. Dermeval teve o nome rejeitado por ter votado a favor do arquivamento das representações no CNMP contra o chefe da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol. Foi chamado por senadores de “lavajatista”.

Votação secreta

A rejeição ao nome de Dermeval Farias foi costurada por senadores liderados por Renan Calheiros (MDB-AL) e Kátia Abreu (PDT-TO), que não escondem a ira com a Lava-Jato e com a força-tarefa de Curitiba. Não há como saber como cada parlamentar se posicionou porque a votação foi secreta. “Estou com a consciência tranquila”, disse Dermeval. A rejeição ao nome do promotor foi criticada pelo senador José Antônio Reguffe (Podemos-DF). O Ministério Público do DF terá agora de escolher outro nome para a vaga da instituição no CNMP.

Demonstração de força política

Antes de rejeitar a indicação do promotor Dermeval Farias, o Plenário do Senado já havia dado uma demonstração de força política contra o Ministério Público, ao vetar também a recondução do promotor Lauro Machado Nogueira para mais um mandato no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Neste caso, foram 36 votos contra a indicação, 24 favoráveis e 1 abstenção. De Goiás, Lauro Nogueira foi indicado pelo Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG), do qual já foi presidente.

Contra o cartel

O deputado distrital Chico Vigilante (PT), presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Legislativa, entrou com representação no CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Procon e Delegacia do Consumidor da Polícia Civil para que seja investigada a abusiva alta nos preços dos combustíveis. O petista aposta que há indícios de combinação de preços e formação de cartel.

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R$ 17.340,00

Valor destinado pelo Detran-DF para a compra de 1700 camisetas para serem utilizadas na Semana Nacional de Trânsito.

Câmara Legislativa garante atendimento a pacientes com câncer

A Câmara Legislativa derrubou nesta semana o veto ao projeto de lei de autoria do presidente da Casa, Rafael Prudente (MDB), e garantiu atendimento em até 30 dias a todos os pacientes com neoplasia maligna, como é conhecido o diagnóstico de câncer. As unidades da Secretaria de Saúde terão que realizar exames e procedimentos médicos em pacientes com suspeita da doença dentro do prazo máximo de 30 dias. “Defendo que a neoplasia maligna deve ser tratada no menor espaço de tempo para obter resultados satisfatórios e eficazes”, disse Prudente. Caso o atendimento não seja realizado dentro desse prazo nas unidades públicas de saúde do DF, o poder público deverá providenciar sua imediata realização na rede privada de saúde. A Lei terá vigência imediata a partir de sua publicação, com o prazo de 180 dias para regulamentação.

Só papos

“Eu jamais apoiei ou fiz empenho pelo golpe”

Ex-presidente Michel Temer, referindo-se ao impeachment de Dilma Rousseff como um ato antidemocrático, na noite de segunda-feira ao participar do Roda-Viva, programa da TV Cultura

“Michel Temer cometeu novo ato de sincericídio, no Roda Viva. Admitiu que eu sofri um golpe de Estado e disse que se Lula tivesse ido para o meu governo não teria havido o impeachment.”

Ex-presidente Dilma Rousseff