O verbo no passado

Publicado em ÍNTEGRA

ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil;

colunadoaricunha@gmail.com;

Charge: Jean Galvão
Charge: Jean Galvão
          Se considerarmos que a educação, em todas as vertentes do conhecimento, constitui a base mais importante do capital de um país, capaz de livrá-lo, de forma segura, das amarras do subdesenvolvimento, teremos que constatar, forçosamente, que o Brasil, pelas imensas precariedades presentes em todo o ensino público, tem pela frente um imenso e árduo caminho a percorrer.
          As disparidades na qualidade entre as escolas públicas brasileiras comparadas a de outros países, inclusive, boa parte das instaladas no continente, não param de crescer. Dessa forma, se o Brasil almeja realmente se libertar do passado de atraso e pobreza pela via da educação, como fizeram países, como a Coreia do Sul, China e outros, necessita pôr em prática, pelo menos nas próximas quatro ou cinco décadas, um intenso e sistemático processo de melhoria do ensino. Isso apenas para iniciar a arrancada que poderá elevar o país à condição de nação de primeiro mundo ainda neste século.
      Curiosamente, nosso país vivenciou, entre a primeira e a segunda metade do século passado, experiências exitosas com as reformas e propostas apresentadas por educadores do porte de Anísio Teixeira, com a Escola Nova, em que o ensino era encarado como necessidade básica de aperfeiçoamento de toda a sociedade.
     Em 1932, ou há quase nove décadas, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho e o próprio Anísio Teixeira promulgaram o Manifesto dos Pioneiros, no qual apareciam traçadas as linhas do escolanovismo, no qual creditavam que, somente com uma profunda renovação do ensino no país, seria possível a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática, em que as diversidades e a individualidades seriam plenamente respeitadas. Nesse sentido, a escola seria, não apenas uma preparação para a vida, mas a própria vida, com igualdade de direitos e oportunidades. Outros educadores revolucionários seguiram por esse mesmo caminho, como Paulo Freire e Darcy Ribeiro, todos conscientes de que só pela educação de qualidade seria possível pensar em desenvolvimento.
A frase que não foi pronunciada
“O analfabeto do século 21 não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender.”
Alvin Toffler, escritor
Charge: Galhardo
Charge: Galhardo
Exemplo
Seis anos atrás, a escola Maple Bear deu um exemplo de disciplina que, certamente, marcou a capital como uma iniciativa de grande valor. Durante um incêndio, diretores, professores, funcionários e alunos sabiam perfeitamente o que fazer. Nada de pânico, nenhum ferido. Hoje, brigadistas se revezam no estabelecimento como prevenção.
Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
No mínimo
Por falar em escola, é uma vergonha que os estudantes não conheçam o Hino de Brasília, de Neusa França. Há certos rituais que despertam o carinho pela cidade e deveriam fazer parte da rotina educacional.
Imagem: virtualscores.com.br
Imagem: virtualscores.com.br
Ir e vir
Pelo interesse público, o DF recebeu 200 novas autorizações, para prestação de serviço de táxi adaptado. O carro onde cabe uma cadeira de rodas é mais caro. Mas a corrida continua com o mesmo valor.
Foto: taxinforme.com.br
Foto: taxinforme.com.br
Estilo
Hoje é dia de Agnaldo Timóteo, no Sesc Seresta, a partir das 19h30, no Pontão do Lago Sul, com a iluminação natural lunar e com entrada franca.
Cartaz: facebook.com/CANTOR.AGNALDOTIMOTEO
Cartaz: facebook.com/CANTOR.AGNALDOTIMOTEO
Outra dica
Começa hoje o evento Movida Literária. Trata-se de um encontro em sete bares: Beirute (Asa Sul e Asa Norte), Pardim, Sebinho, Ernesto, Objeto Encontrado e Martinica. Segundo Jéfferson Assumpção, um dos idealizadores do evento, a ideia é conviver em momentos prazerosos em ambiente de leitura e cultura, onde reúnam-se pessoas para as quais a leitura é interpretada como um exercício harmonioso de atividades. Segue até o próximo dia 7.
Foto: Movida Literária/Divulgação (g1.globo.com)
Foto: Movida Literária/Divulgação (g1.globo.com)
História de Brasília
Quando me perguntaram por que não publiquei a íntegra da carta recebida do dr. Aracaty, delegado do Iapfesp, respondi que é porque ela contém inverdades. Estou investigando nomes, para dar nomes aos bois, o que farei proximamente. (Publicado em 28/10/1961)
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