Diário da alma

Publicado em Deixe um comentárioCrônicas

    Severino Francisco   “Poesia como diário/não escrito”, escreve Maria Lúcia em um dos poemas do último livro, Em voz baixa (Iluminuras). É quase uma senha para ler a sua poesia. Ela escreve uma espécie de diário da alma, numa montagem de versos fragmentados, crônicas poéticas e frases soltas, no limiar da prosa: “Como dizem os índios Krenak, é […]

Iluminações de Manoel de Barros

Publicado em Deixe um comentárioCrônicas

    Severino Francisco   Em 1999, o artista plástico Wagner Hermusche concebeu e dirigiu um projeto de educação ambiental patrocinado por uma grande empresa, batizado por ele de Brasil 500 pássaros.Constava de um livro e de uma exposição com 500 aquarelas de pássaros da avifauna brasileira. Claro que em um projeto dessa magnitude não poderia faltar um poema de […]

Chispas de Nelson Rodrigues

Publicado em Deixe um comentárioCrônicas

  Severino Francisco Fernanda Montenegro participava de um grupo de teatro que encomendou duas peças a Nelson Rodrigues. Ela ficou encarregada de cobrar do nosso profeta do óbvio: “Eu queria falar com o Nelson Rodrigues”, ligava Fernanda para o jornal. Nelson atendia com a inconfundível voz cavernosa: “O Nelson não está”. Quem está falando?”Aqui é o Nestor”, dizia Nelson com […]

Onze Horas

Publicado em Deixe um comentárioCrônicas

  Severino Francisco Enquanto o mundo explode, cuido de coisas mínimas para manter a sanidade. No momento, ocupo-me em constituir um jardim na minha casa. Pode parecer simples, mas não é tão fácil quanto se imagina. Mesmo que tivesse dinheiro suficiente para instalar um jardim completo, existem fatores imponderáveis que interferem no empreendimento.   Moro em um condomínio horizontal fronteiriço […]

A música dos anjos

Publicado em Deixe um comentárioCrônicas

  Severino Francisco Monte Castelo é a minha canção preferida da Legião Urbana. É algo que chega mais perto de uma música dos anjos. Eu sempre a escuto como se fizesse uma prece. Quando a ouvi, pela primeira vez, tive a vaga impressão de que as palavras cantadas por Renato Russo me eram familiares. E, de fato, logo, mais que […]

Brasil em transe

Publicado em Deixe um comentárioCrônicas

  Severino Francisco Nelson Rodrigues foi assistir ao filme Terra em transe, de Glauber Rocha, que estreava nos cinemas em 1968, com um amigo. A certa altura, o amigo perguntou ao nosso profeta do óbvio o que estava achando do filme e Nelson respondeu: “É um texto chinês, só que de cabeça para baixo”. O camarada riu muito, mas quando saíram […]

A Brasília de Behr

Publicado em Deixe um comentárioCrônicas

  Severino Francisco Nicolas Behr é um menino nato, não importa que ele já tenha ultrapassado a curva dos 60. Na década de 1980, quando estreou na poesia marginal, com livrinhos mimeografados, parecia um surfista da piscina de ondas. Hoje, a sua estampa é de um venerável cientista da Academia de Ciência Brasiliana.   Mas é só mirar nos seus […]

Abóbora de jabuticabeira

Publicado em Deixe um comentárioCrônicas

Severino Francisco           Em tempos de confinamento, vários amigos reaparecem misteriosamente. E um deles é Luiz Martins, professor da UnB e poeta. Ele me diz que, com a reclusão imposta pelo coronavírus, a gente presta mais atenção aos objetos, aos acontecimentos e à paisagem da casa.         Luiz mora em um condomínio rural de Sobradinho, estava mirando […]

Poeta Aldir Blanc

Publicado em Deixe um comentárioCrônicas

    Severino Francisco João Bosco e Aldir Blanc formaram uma dupla tão inspirada quanto Tom Jobim e Vinicius de Moraes, Nelson Cavaquinho e Guilherme Brito, Jards Macalé e Waly Salomão, Romário e Bebeto. Aldir pertence à linhagem dos letristas-poetas, dos poetas-compositores, inaugurada por Vinicius de Moraes. Segundo José Miguel Wisnik, eles constituem a tradição de uma gaia ciência brasileira, […]

Dad Squarisi

Publicado em Deixe um comentárioCrônicas

Severino Francisco           As colunas que Dad Squarisi publica no Correio são minicursos inteligentes, ilustrados, bem-humorados e leves. Você aprende e se diverte. Não há método pedagógico mais eficiente. Ela contribuiu para alfabetizar, desasnar e lapidar várias gerações de brasilienses no trato com a língua portuguesa. Se tenho alguma dúvida insanável, ligo para a Dad e ela […]