Série brasileira Seus olhos estreia em quatro plataformas nesta quarta-feira

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Seus olhos leva a temática LGBTQIA+ aos catálogos de Looke, Amazon Prime Video, Now e Vivo Play com muito romance e leveza

Seus olhos é uma série LGBTQIA+ que amplifica olhares e narrativas sobre formas possíveis de amor e re-existências”. Assim as roteiristas e diretoras Julia Rufino e Angélica Di Paula definem a produção que chega hoje os catálogos de Looke, Amazon Prime Video, Now e Vivo Play.

Em sete episódios, o público acompanha a história livremente inspirada na vida real do romance entre Lia (Lucia Bronstein) e Verônica (Angélica Di Paula), com direito a traumas, questionamentos e descobertas. “É uma história de amor mas também fala de transformações humanas, inseguranças, desejos e medos”, completam Julia e Angélica em entrevista ao Próximo Capítulo.

Para as diretoras, o fato de o roteiro de Seus olhos ter partido de uma história de fora da ficção acaba fazendo com o que o público se identifique mais. “Quando iniciamos a escrita do roteiro por vezes resgatávamos trajetórias pessoais e de pessoas próximas para compor as personagens, sempre enfatizando a relação cinematográfica de que o espectador acompanha aquelas vidas através do buraco da fechadura, trazendo mais camadas e mais humanidade para cada personagem”, atestam.

“As protagonistas contemplam uma gama pouco representada, estamos falando de lésbicas e transgêneros, cujas existências muitas vezes são retratadas apenas a partir da ótica da violência, da dor e do sofrimento. A apresentação de novas narrativas afeta positivamente não apenas aqueles que se veem representados, mas também o olhar do espectador que recebe a obra”, ensinam as diretoras e roteiristas.

Além de divertir, Seus olhos é uma forma de resistência, de protesto e de chamar a atenção para uma questão que ainda precisa de sair dos guetos e entrar nas rotinas da sociedade. “A série é destinada a todes, mas sabemos que será vista majoritariamente por um público nichado. A intenção é que a série faça parte da construção de novas narrativas, criando condições para que novos padrões e éticas ganhem força na nossa sociedade e que isso evolua até que o respeito e o amor sejam mais fortes do que qualquer tipo de preconceito”, diz a dupla.

Duas perguntas // Julia Rufino e Angélica Di Paula

Mostrar uma relação lésbica como a principal de uma série ainda coloca a produção num nicho? Ou essa barreira vem sendo derrubada, com todos os públicos querendo ver uma boa história?
As histórias sempre fizeram parte da construção do nosso imaginário. Tanto no nível individual como no coletivo, elas contribuem para criar e moldar padrões. Na nossa sociedade as histórias que vimos desde a infância na grande maioria das vezes foram as histórias românticas entre homens e mulheres. As referências no audiovisual que existem abordando a temática LGBTQIA+ são geralmente baseadas em um padrão heteronormativo, reforçando estereótipos, preconceitos e a falta de referências sobre o assunto.

Qual é a importância de uma série como essa num ano como esse e num país em que crimes homofóbicos são praticados diariamente?
Entendemos ser urgente a produção nacional de materiais artísticos de fácil acesso que contemplem a diversidade humana de forma direta e natural com qualidade desde o roteiro até a finalização. Como uma resposta de resistência, abordamos na série pontos universais e humanos em nossas personagens. Retratamos nossas diferenças mas ressaltamos também os pontos que nos unem. A narrativa inclui a realidade de opressão e marginalização das personagens, apesar de não tornar esses os pontos centrais da história.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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