Crítica: Frontier

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Série da Netflix em parceria com a Discovery Canadá, Frontier traz a disputa do mercado de peles no Canadá. Mesmo com Jason Momoa como protagonista, a produção não se sustenta

Veredito: Ruim

O sucesso de atrações como Vikings faz com que as emissoras e produtoras de séries tentem apostar em tramas que tenham um apelo histórico e também violento. Assim surgiu Frontier, seriado feito em uma parceria entre Discovery Channel Canadá e Netflix, com criação de Peter Blackie e Rob Blackie, que estreou na plataforma em 20 de janeiro.

A série se passa em 1700 e mostra a disputa no mercado de peles na América do Norte. Na produção, há várias pessoas envolvidas no comércio no Canadá, mas o principal embate fica por conta de Declan Harp (Jason Momoa) e Lord Benton (Alun Armstrong). Harp é um meio-irlandês e ex-soldado que decide entrar na disputa com Benton após a morte da mulher e do filho, causadas pelo Lord. Benton domina boa parte deste comércio e está à frente da Hudson’s Bay Company, maior companhia do mercado.

Apesar da rivalidade entre Harp e Benton, a história começa mostrando Clenna Dolan (Lyla Porter-Follows), o irmão dela e Michael Smyth (Landon Liboiron), um trio extremamente pobre tentando roubar um barril de pólvora de uma embarcação de Lord Benton. Eles acabam sendo pegos, o irmão de Clenna é morto, ela é presa e Michael é usado por Benton para chegar até Harp, sob a condição de não matar Clenna, por quem ele é apaixonado. Michael é levado até Fort James em busca de Harp. Lá conhece o Padre James Coffin (Christian McKay), um clérigo bêbado e aproveitador, e Grace Emberly (Zoe Boyle), administradora de uma cervejaria e dona de todas as informações da pequena região.

Os problemas de Frontier

Um dos grandes problemas de Frontier é que a trama é confusa. O primeiro episódio revela vários personagens, mas eles não são de fato apresentados, o que dificulta o entendimento da história. Além disso, são poucos personagens com carisma. Se você forçar, pode gostar de Grace, que é uma personagem feminina forte, e do Padre James, por ser um grande bobão e, de certa forma, um alívio cômico dentro de uma trama extremamente dark e violenta. Outro ponto complicado da série é a questão do ritmo lento.

Sem grandes nomes no elenco, fica a cargo de Jason Momoa carregar a série, o que não é o suficiente. Até porque Momoa parece estar sempre fazendo o mesmo personagem — o Khal Drogo, de Game of thrones. A primeira temporada possui apenas seis episódios e, quem conseguiu assistir até o final (definitivamente, não foi meu caso), diz que são deixadas muitas tramas em aberto, que devem ser respondidas na segunda temporada já confirmada pela Netflix e pelo Discovery Channel Canadá.

Com uma produção tão ruim e sem liga, fica a pergunta: por que renovar Frontier e acabar com Marco Polo? Se era para apostar em produção histórica, que a Netflix permanecesse a contar a história do explorador italiano.

SERVIÇO
Frontier
Primeira temporada com seis episódios disponível na Netflix.

Adriana Izel

Jornalista, mas antes de qualquer coisa viciada em séries. Ama Friends, mas se identifica mais com How I met your mother. Nunca superou o final de Lost. E tem Game of thrones como a série preferida de todos os tempos.

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