Karolini Bandeira*- Mais uma vez, o alto déficit de servidores da Polícia Civil de São Paulo (PCSP) foi exposto por profissionais da área. Desta vez, a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia de São Paulo (SINDPESP), Raquel Gallinati, falou sobre os cargos vagos em entrevista ao programa A Voz da População.
De acordo com a delegada, o déficit no quadro da corporação ultrapassa 14.000 servidores. “Temos uma morosidade na abertura de concursos e também temos candidatos que foram aprovados e não foram nomeados. A gente vê um completo descaso e incompetência com a população por parte do governo”, denunciou.
Último concurso
O último concurso da PCSP foi realizado em 2018 e ofertou 250 vagas para delegados. Puderam participar o candidato com graduação em direito, CNH na categoria “B” (ou superior), e com dois anos de atividade jurídica ou de efetivo exercício em cargo de natureza policial civil. Na ocasião, a remuneração inicial foi de R$ 9.507,77.
Também no mesmo ano, a PCSP lançou outro edital com 800 oportunidades para escrivão e outras 600 vagas para investigadores de polícia. Os postos receberam vencimento de R$ 3.743,98 e foram destinados a candidatos com nível superior em qualquer curso. Ambos os concursos foram organizados pela Vunesp.
885 policiais convocados em 2020
Em 2020, o Governo de São Paulo anunciou a nomeação de 885 profissionais na PMSP, sendo 32 delegados, 600 investigadores, 54 agentes de telecomunicação, 30 papiloscopistas, 86 auxiliares de papiloscopista e 83 agentes policiais. Após a nomeação, esses candidatos também tomarão posse e, em seguida, iniciarão o curso de formação na Academia de Polícia Dr. Coriolano Nogueira Cobra (Acadepol). A turma iniciou as aulas do curso de formação inicial em dezembro de 2020, com uma duração média de seis meses.
*Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer