O governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), se pronunciou, pela primeira vez, sobre as denúncias de irregularidades no concurso da Polícia Militar do Estado. O certame foi realizado em agosto e contou com a presença de quase 70 mil inscritos.
De acordo com o comunicado, a banca organizadora da seleção, o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), e os policiais já tomaram conhecimento sobre as acusações de que um dos profissionais admitidos não teria concluído o ensino fundamental e possui diversas passagens pela polícia.
“Caso haja comprovação de que algum candidato fez uso de meio ilícito durante a realização das provas, ou que não cumpre os demais requisitos previstos nas outras etapas do concurso, todas as medidas administrativas e judiciais serão aplicadas”, informa em nota.
O Cebraspe também manifestou preocupação com as denúncias. “Se for constatado por meio eletrônico, estatístico, visual, grafológico ou por investigação policial, que o candidato se utilizou de processo ilícito, suas provas serão anuladas e ele será eliminado do concurso público. Esclarece-se que o Centro já se colocou à disposição da polícia e é o maior interessado em esclarecer os fatos”.
Sobre o concurso
O concurso PM AL ofertou 1060 vagas de nível médio, sendo 1.000 para soldados e 60 para oficiais. Os inscritos deveriam possuir ensino médio completo, idade entre 18 e 30 anos, altura mínima de 1,65 para homens e 1,60 para mulheres e Carteira Nacional de Habilitação na categoria B. Os contratados receberão remuneração de R$4.250,06 (soldado) e R$2.768,17 (oficial).