De acordo com o Instituto Semesp, o Distrito Federal possui 34% de escolaridade líquida voltada ao ensino superior, sendo considerada a maior taxa do país e a única a estar de acordo com a meta 12 do Plano Nacional de Educação, que tem o intuito de elevar o índice educacional de graduação aos 33% até 2024.
Estima-se que, em 2019, dentro da rede privada, foram realizadas mais de 183 mil matrículas em cursos presenciais e de ensino a distância. Além disso, é avaliado que as instituições particulares detém a maior parte dos estudantes dos cursos presenciais do Distrito Federal, chegando a 75,8%.
Os números, divulgados no ano passado, fazem parte da 11ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil, responsável por reunir dados em âmbito nacional, regional e estadual sobre o tema. As tabelas e gráficos que compõem o material são baseadas no Censo da Educação Superior 2020, realizado pelo Inep, com informações coletadas em 2019.
No DF, grande parte dos alunos, a nível superior, está presente no Centro Universitário de Brasília (CEUB), considerado uma das maiores instituições de graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado da região. Oferecendo cursos variados para a população de Brasília há mais de 50 anos, a universidade possui o compromisso de discutir e atualizar constantemente propostas e projetos pedagógicos dos cursos oferecidos.
“Essa discussão e atualização constantes dos documentos institucionais nos permite, entre outras ações, definir o perfil do egresso do CEUB, visando atender ao mundo do trabalho atual e às necessidades regionais e nacionais. Oferecemos o ensino integrado à pesquisa e à extensão, pois acreditamos que esses conhecimentos são indissociáveis na formação”, informa Getúlio Américo Moreira Lopes, reitor do CEUB.
Com o lema “mais do que chegar longe, queremos transformar”, o CEUB busca envolver a criação de oportunidades para o desenvolvimento de cidadãos capazes de transformar a sociedade. De acordo com Getúlio, a rede de ensino acredita e investe na educação que capacita um novo profissional, o forma por meio da aquisição de conhecimentos teóricos e práticos, mas que, além disso, o transforma como ser humano, consciente do seu papel na sociedade e com condições de exercê-lo com postura ética, moral e excelência.
Hoje, o CEUB possui grande visibilidade além do ensino, em razão dos projetos de iniciação científica, com mais de 250 pesquisas em desenvolvimento, e com bolsas das agências de fomento públicas, como CNPq e FAPDF, além de bolsas institucionais.Com a implementação de diversas ações de extensão institucionalizadas junto às disciplinas curriculares, a universidade estima já ter formado mais de 100 mil profissionais em toda a sua trajetória.
Além disso, outro destaque importante surgiu em 2021, com a criação do Centro de Inovação e Estudos Sociais, cujo objetivo é promoção de parcerias estratégicas com empresas e entidades privadas e públicas em inovação tecnológica e conhecimento; a promoção da integração do CEUB com o setor produtivo para geração e transferência de tecnologia e; a captação de recursos junto às entidades de apoio à C, T & I.
A atenção com o desenvolvimento educacional dos estudantes tornou o CEUB referência não apenas na capital, mas também em âmbito nacional. Para Getúlio, a tradição e a inovação sempre nortearam a organização pedagógica acadêmica e esses preceitos fazem parte da consolidação da empresa no mercado. “Acreditamos que a observação e o cuidado com a melhoria dos processos permitiram a construção da referência nacional”, celebra.
Entretanto, para o centro universitário, o reconhecimento da instituição voltado aos cursos fornecidos não é o único motivo para comemorar. Para o CEUB, as conquistas mais recentes que também devem ser festejadas envolvem, especialmente, a capacidade da rede em manter a sua proposta pedagógica no meio da pandemia, onde houve grande restrição para a continuação do ensino presencial.
Além disso, a instituição buscou agir rápido diante do novo cenário que se desdobrou no DF. De acordo com o reitor, com apenas três dias da divulgação das orientações governamentais e da ANVISA, determinando o isolamento social e a suspensão das atividades presenciais no ensino superior, o CEUB ofereceu condições adequadas para o seu funcionamento, de forma remota. Para ele, essa realidade só foi possível em razão de toda a experiência em inovação e educação continuada vividas ao longo dos anos.
“Ter contribuído para que o corpo docente, técnico administrativo e discente, durante esse período de isolamento, pudessem dar continuidade aos seus sonhos, foi o nosso maior desafio. Contudo, conseguimos auxiliar para que a experiência da pandemia fosse menos nociva, em especial aos jovens que, no auge da sua busca pela vida acadêmica, tiveram de forma abrupta a interrupção do convívio”, relembra o reitor.
Futuro da educação superior
Getúlio avalia que, nos últimos anos, a abertura e o aumento do número de cursos e vagas, tanto no presencial como a distância, atendeu uma grande demanda represada de indivíduos que ansiavam pela formação superior. Por isso, para ele, devido a esse acontecimento, se faz necessário redobrar atenções.
“Precisamos ficar atentos para mantermos a qualidade que justifique a expectativa dos alunos em termos de melhoria de competência e habilidades para o mundo do trabalho”, reforça. Visando esse fato, os próximos passos da rede envolvem a manutenção da sua constância por novos métodos de ensino através da tecnologia e da atualização do seu acervo, assim como o atendimento às demandas dos profissionais de diferentes áreas de conhecimento e, claro, dos seus alunos.
“Temos a certeza de que os ensinamentos vividos mostraram que só é possível estar em condições de atendimento às mudanças globais e às situações adversas com essa compreensão e preparo para o enfrentamento de futuros desafios”, destaca.
Qual o futuro do ensino superior?
A velocidade com que têm ocorrido as mudanças no mundo globalizado e no mundo das tecnologias imprimirão, no ensino superior, uma necessidade constante de revisão de seus projetos pedagógicos para atender de forma adequada às necessidades do mundo do trabalho, o qual também se encontra em constante transformação.
Como a educação a distância está transformando o Brasil?
Ampliando o número de vagas e o atendimento para aqueles que não tiveram oportunidade de cursar o ensino superior em seu tempo, em razão de atendimento às necessidades diversas e para aqueles que possuem o perfil adequado para a educação a distância.
Por que o ensino superior é importante e necessário?
A formação acadêmica, de nível superior, é o caminho adequado para o desenvolvimento de uma sociedade igualitária e justa, pois permite a formação de profissionais com a compreensão da ética e dos valores sustentáveis para o desenvolvimento da humanidade, bem como na nossa realidade, para atendimento ao exercício das profissões regulamentadas.