Autor: Paloma Oliveto
Veterinária de Sorocaba usou método da impressão 3D para reconstituir parte da pele do animal, perdida em atropelamento

Um gatinho da cidade de Sorocaba (SP) foi beneficiado pela técnica de impressão 3D. O método foi utilizado em uma clínica da cidade para salvar a vida do animal, que foi atropelado e perdeu parte da pele na região lombar e na coxa. A impressão 3D está revolucionando a medicina, permitindo criar órgãos e implantes com grande precisão.
Quando soube da história do gatinho, a veterinária Luciana Vieira Guimarães decidiu salvar o gatinho e fez cirurgias para tentar recuperar a pele. Contudo, os meios naturais não deram certo, e ela optou por usar tecidos artificiais. A cirurgia foi feita no início do mês. No início do ano, outro bichinho de Sorocaba foi beneficiado, este ano, com a impressão digital de tecido artificial. Trata-se da cadela Sofia, que teve a pálpebra reconstituída.
De acordo com Luciana, o gato responde muito bem ao tratamento. “O tempo de recuperação vai reduzir pela metade. O sofrimento diminui muito, o que é bom para ele”, disse. Ela destaca o caráter inovador do método. “Nunca tinha visto algo parecido, isso será muito bom para usar em vários animais, em diversas situações”, destacou.
O responsável pela técnica é o bioengenheiro norueguês Andreas Kaasi, dono da empresa Eva Scientific, incubada no Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS). Ele explica que os tecidos artificiais são biocompatíveis e ricos em colágeno. De acordo com ele, que para alcançar os resultados, foi necessário um ano de pesquisa. Ele ressalta uma das principais vantagens da técnica: a agilidade na recuperação. “Ela torna a transformação melhor e mais rápida”, diz.
A expectativa é que o pequeno paciente logo esteja pronto para ganhar um lar. Segundo Luciana, o nome do gatinho ainda não foi escolhido: ela está entre Frank e Jack.
(Com informações da Prefeitura de Sorocaba).
Preocupados com a saúde e o controle da natalidade dos animais resgatados das ruas, veterinários criam projeto de castração. A parceria é feita com quem recolhe cães e gatos abandonados. Juntos, cuidam dos bichos antes de doá-los

Há quem retire cães e gatos abandonados e esquecidos nas ruas para buscar um lar que os acolham. São membros de organizações não governamentais e protetores independentes espalhados pela cidade que se dedicam ao trabalho de proteção animal. Mas, antes de encontrar um novo dono para eles, é preciso cuidar da saúde e fazer o controle da natalidade desses animais. Para reforçar esse time de resgate, médicos veterinários se voluntariam para ações de parceria com essas Ongs. Eles oferecem serviços de castração de cães e gatos, a preço mais baixo, além de conscientizarem quem resgata esses bichos.
Com isso, há mais ou menos um ano, nasceu o Projeto C.O.R.J.A — sigla que significa Castração Organizada, Responsável, Justa e Acessível. A iniciativa surgiu a partir da união de 40 médicos veterinários que, com o Hospital Veterinário da UPIS, fazem um mutirão de castração. Cães e gatos recebem atendimento de qualidade no pré-operatório, como avaliação médica veterinária, eletrocardiograma, exames de sangue e ultrassonografia. Já os tutores ganham doações de vermífugos, repelentes contra pulgas e carrapatos, além de orientações e conhecimento sobre o bem-estar dos animais.
A ideia é de que as Ongs e os protetores independentes façam doações conscientes. Ou seja, eles precisam entregar os animais castrados e bem cuidados aos novos tutores, e o projeto auxilia esse processo ao oferecer um tratamento de nível alto. “O objetivo da campanha é, sobretudo, melhorar a qualidade de vida dos animais. O controle de natalidade é um passo. Nós fazemos uma avaliação bem criteriosa e um pós-operatório bem delicado, a fim de obter sucesso em cada ato cirúrgico”, detalha o médico veterinário e professor universitário Rômulo Vitelli Rocha Peixoto, também coordenador do projeto.
Rômulo conta que o projeto foi o primeiro a ser aprovado pelo Conselho Regional Medicina Veterinária do Distrito Federal (CRMV-DF) por conseguir as exigências para esse tipo de ação. “Nós temos o ofício autorizado pelo órgão. Dentre aos vários projetos de castração que existe aqui, somos os únicos a ter conquistado tal feito. E isso é muito bom para a continuação do nosso trabalho.”
A educadora física Ana Lúcia Vieira é voluntária da Ong Projeto Adoção São Francisco, que resgata animais de rua vítimas de maus-tratos. Em março deste ano, a instituição levou nove animais (sete cães e dois gatos) para a última edição do Projeto C.O.R.J.A. Segundo ela, castrar é um ato de amor e de responsabilidade, pois, além de evitar a superpopulação de animais abandonados, também traz benefícios, como a diminuição do risco de câncer de mama e de infecção uterina nas fêmeas. No caso dos machos, diminui o risco de câncer de próstata. “Fiquei sabendo do mutirão de castração por meio de veterinários parceiros da nossa organização. Todos os animais que doamos são castrados”, conta Ana Lúcia.
Sobre o trabalho oferecido por esses profissionais, Ana Lúcia só tem elogios. “Nos deram um tratamento cinco estrelas e, acima de tudo, trataram os cães e gatos com muito respeito, profissionalismo e amor”, emociona-se. “Fomos agraciados com uma excelente palestra para esclarecer temas como castração responsável, zoonoses, doenças sexualmente transmissível, cuidados com higiene animal e cuidados pós-operatório.”
Antes da cirurgia, o animal recebe uma anestesia que o manterá dormindo. “Inicialmente, é feita uma medicação por meio de injeção na veia para sedar o animal, mas, a anestesia é inalatória”, explica o veterinário Rômulo. Depois, um pequeno tubo de plástico é inserido no canal respiratório do paciente. No macho, a incisão é feita alguns centímetros acima do escroto, onde é feita a remoção dos testículos. Na castração da fêmea, a incisão é feita no abdômen para retirar os ovários e o útero. Todo o esforço será feito para manter o animal saudável. Quando a cirurgia acaba, ele é monitorado em uma área de recuperação até que acorde e esteja bem para ser liberado.
Saiba mais
Os médicos veterinários voluntários do C.O.R.J.A não cobram pela mão de obra da castração. Porém, há um custo do procedimento. Os preços são acessíveis, bem abaixo do mercado e o valor cobrado é usado para a compra dos materiais usados na cirurgia e para os gastos de manutenção do projeto.
Pesquisa mostra que cães e gatos reforçam a imunidade do bebê durante a gestação e nos três primeiros meses de vida. Mais um motivo para grávidas jamais abandonarem os melhores amigos

Sabe aquela história de “estou grávida e por isso estou me desfazendo do meu cachorro/gato”? O resultado de uma pesquisa canadense reforça que, além de cruel, essa desculpa não faz o menor sentido, do ponto de vista da medicina. A epidemiologista pediátrica Anita Kozyrskyj, maior especialista mundial na microbiota intestinal (conjunto de bactérias que habitam os intestinos) provou que ter pets em casa durante a gestação diminui o risco de o bebê sofrer de alergias e de obesidade.
De acordo com a pesquisadora, que estudou análises fecais de um grande número de crianças nascidas no Canadá, ser exposto à sujeira do pelo e das patas dos animais desde a gestação até os 3 meses de vida cria uma imunidade precoce nas crianças. O estudo, baseado em dados recolhidos ao longo de 20 anos, demonstrou que bebês cujas mães tinham pets em casa apresentavam um número duas vezes maior de duas bactérias “do bem”, a Ruminococcus e a Oscillospira, conhecidas por diminuir os riscos de desenvolvimento de alergia e obesidade, respectivamente.
“A exposição aos pets afetam a microbiota intestinal indiretamente — do cão para a mãe, e da mãe para o feto — durante a gestação, assim como nos três primeiros meses de vida do bebê”, conta a pesquisadora. O estudo também mostrou que esse benefício à imunidade ocorre mesmo na cesária, tipo de parto que, conhecidamente, diminui as chances de fortalecimento do sistema imunológico.
Então, antes de pensar em mandar o cão ou o gato fazerem as trouxinhas, as futuras mamães devem se lembrar que, além de eles não merecerem o abandono, os pets estão fazendo um enorme bem ao futuro melhor amiguinho.
Nesse fim de semana, o que não falta é evento pra cachorrada bater pata por aí! Anote na sua Agenda Pet

Sábado
— Encontro de Pugs: os pugs do Gama convidam os AUmigos para o encontro da raça, a partir das 8h, na Clínica Veterinária Império Animal. Haverá sorteio de brindes.
— Encontro de Spitz Alemão: vai ter muito leãozinho junto, a partir das 13h30, no Dog Plaza Inn Hotel, que fica na QI 5, chácara 93 do Lago Sul (atrás do Gilberto Salomão). Haverá sorteio de brindes.
— Picolé pros auaus: a sorveteria Oni-Uno, na quadra 103 do Sudoeste, vai distribuir, a partir das 14h, o geLATE para a cachorrada. É um gelato feito exclusivamente para os cães. Para guardar o evento na memória, a loja vai tirar foto dos clientes e imprimir na hora. Eles garantem que o geLATE ficou bom pra cachorro!
— Festival de comida japonesa: o Nipo Festival, que acontece hoje, sábado e domingo no Clube Nipo-Brasileiro (Setor de Clubes Sul, Trecho 1), aderiu à cultura Pet Friendly e abre as portas à cachorrada. A organização pede que os tutores só levem animais dóceis e não desgrude deles para evitar incidentes. Além disso, o Nipo recomenda não levar os AUmigos à noite, quando o som dos shows pode estressá-los. O evento é pago: R$ 10 (inteira).
— Feirinha de adoção do Abrigo Fauna e Flora: das 11h às 16h, na comercial da 108 sul. O abrigo precisa de jornais velhos, em qualquer quantidade.
— Mega Bazar Solidário do Projeto São Francisco: das 10h30 às 15h. Peças a partir de R$ 5, para ajudar a encher as barriguinhas de tantos AUmigos cuidados pelo projeto. Não haverá adoção nesse dia. O evento acontece na QE 19, Conjunto I (final da rua à direita), Guará 2.
— Ferinha de adoção independente: a partir das 10h na 306 sul, atrás da petshop Bicho Chique
— Feirinha de adoção de gatos e cães resgatados no Noroeste: das 10h às 16h na loja Cia da Terra, que fica na QI 13 do Lago Norte.
— Pizza vegana em prol de Valente: durante todo o mês de abril, o lucro da venda da pizza vegana (molho de tomate, refogado de espinafre, alho poró, ratatouille amêndoas tostadas) da Dona Lenha da 413 norte será revertida para o tratamento do cão Valente. Ele foi resgatado com as patinhas quebradas e precisa da colaboração de todos.
Domingo
— Café da manhã no Cão Q Mia: a partir das 8h, um café da manhã na petshop, com desconto de 10% no banho e tosa e nas rações Premier. A loja fica na QNA 16, lote 7, Taguatinga Norte.
— Café da manhã na entrequadra da 216/416 norte: às 9h, na grande área verde, o Caminho de Casa monta a banquinha embaixo das árvores com opção de quitutes veganos, entre outras delícias. Os cães são mais que bem-vindos.
— Feirinha de adoção do Abrigo Fauna e Flora: das 11h às 15h no Petz (SIA).
Depois da maratona de atividades, uma dica para o domingo é um passeio despretensioso pela orla do Lago, no Pontão (SHIS, quadra 10). Além da bela vista, tutores e cães podem fazer caminhadas pelo calçadão e reabastecer as energias nos muitos quiosques que vendem água de coco. Entre os restaurantes, o Mormaii recebe os cães na área da varanda. A marca associada ao surf, aliás, tem uma linha própria de coleiras, peitorais, comedouros e tapetinhos em forma de prancha para os AUventureiros. Fofo.
Domingo passado, o Bento passeou pelo pontão. O veredito:

Quando estão entediados, os melhores amigos são capazes de colocar a casa abaixo. Aprenda a lidar com a destruição, evitando prejuízos e dor de cabeça

Eles são fofos e engraçadinhos. Mas tiram qualquer um do sério quando o assunto é destruição. Filhotes ou cães muito ansiosos podem colocar a casa abaixo, levando os tutores ao desespero. Que o diga a jornalista Michelle Macedo, 28 anos. Ela é tutora de Tommy, um SRD lindo e sapeca de oito meses, que já deu cabo de DOIS sofás da casa dela.
“Ele fica grande parte do tempo sozinho porque saio para o trabalho pela manhã e volto à noite. Ele está tentando destruir a casa toda. Já comeu parede, já comeu o fio da internet duas vezes, já comeu um sofá, que joguei fora, aí comprei outro, e ele já comeu o outro, comeu a casinha de madeira MDF… Fora sandália, que é comum”, enumera Michelle. Ela ressalta que, quando está em casa, Tommy se comporta como “príncipe”. “Mas, quando está sozinho, ele tem muita energia, fica estressado e a forma de botar essa energia para fora é destruindo as coisas”, diz a tutora.
Tommy entrou na vida de Michelle aos 45 dias de vida, quando foi adotado pela jornalista. Ela conta que, nos fins de semana, consegue levá-lo para passear pela manhã e à noite. Mas, durante os dias úteis, nem sempre ela consegue sair com Tommy de manhã. “Dentro da minha rotina, estou tentando encaixar dois passeios”, afirma.
De acordo com a equipe de adestramento e comportamento da Cão Cidadão, empresa criada pelo zootecnista Alexandre Rossi, o “Dr. Pet”, o real motivo da destruição de objetos é a falta de atividade. Na natureza, os cães gastariam a maior parte do tempo buscando alimentos, abrigo, água, etc. Em casa, sozinho e sem ter o que fazer, o cachorro vai criar uma forma de se entreter, seja roendo o sofá ou escalando a pia da cozinha. E, como os objetos domésticos são manuseados pelos tutores, os cães os atacam para parecer mais próximos a ele, explicam os profissionais da empresa. Uma dica é mexer bastante nos brinquedos dos pets, para deixar o cheiro neles e, assim, estimular o animal a brincar com o que deve, e não com os móveis.
Veja o que diz a equipe da Cão Cidadão:
“A primeira coisa a se fazer quando trazemos um cão para casa é disponibilizar brinquedos próprios para ele. Há inúmeros modelos de brinquedos, desde aqueles que apitam e fazem barulho ao serem apertados, como aqueles que soltam a comida ou petiscos quando manuseados.
Disponibilize brinquedos de texturas e tamanhos variados. Vale comprar pelúcias, brinquedos de borracha, cordas, panos, bolinhas ou qualquer outro que julgue seguro para seu amigo peludo. Dessa forma, ao chamar a atenção enquanto ele estiver rasgando o sofá, você poderá direcioná-lo para o objeto correto.
Mas, não basta comprar dezenas de brinquedos e deixá-los largados pela casa. O melhor brinquedo para seu cão sempre será você e tudo aquilo que você gostar, e é por esse motivo que eles teimam em pegar nossos celulares, controle remoto, sapatos, etc. Sendo assim, é imprescindível que você valorize bastante aqueles brinquedos largados no chão. Brinque com eles quando possível e dê atenção ao seu pet sempre que ele estiver com um dos brinquedos na boca.
Tão importante quanto as dicas anteriores, é o controle dos locais e móveis que o animal terá acesso, pelo menos nos primeiros meses de vida, quando o cão possui maior necessidade de destruição. Evite deixar exposto qualquer objeto da casa que ele possa estragar ou se machucar.
Existe no mercado pet produtos amargos, que trabalham como repelentes para que o cão não destrua o objeto desejado, mas, em muitos casos, o repelente só vai adiantar quando utilizado em conjunto com as dicas anteriores.
A ajuda de um profissional adestrador nessa fase vale bastante a pena. Poucas aulas são necessárias, para que um filhote aprenda o que deve ou não ser feito em casa. Lembre-se: viver em harmonia com sua nova família é tudo o que ele mais quer.”
Olha só o que Tommy aprontou:
Aos 2 meses, ele foi separado da mãe e vendido no mercado pet da Tailândia. Agora, ele está sendo cuidado e preparado para voltar à vida selvagem

Esse macaquinho tem apenas 2 meses e é órfão. Ele foi resgatado na Tailândia, das mãos de uma pessoa que o mantinha ilegalmente como pet. Ao chegar à sede da Fundação dos Amigos da Vida Selvagem da Tailândia (WFFT), Mongkook não parava de chorar, procurando pela mãe. Segundo os funcionários da ONG, é quase certo que ela foi morta, na frente do macaquinho, uma prática ilegal, porém comum no Sudeste Asiático, onde filhotes são frequentemente roubados.
O destino desses animais, que não têm histórico de domesticação e, portanto, nunca deveriam ser extraídos da vida selvagem, são variados: vendidos como pet, treinados para dançar em shows de entretenimento ou mortos para abastecer o comércio da medicina tradicional. O preço de um macaco pode chegar a US$ 1 mil. Não à toa, a população da espécie Macaca leonina declinou 30% nas três últimas gerações.
Na fundação, onde chegou em 28 de março, Mongkood ainda chora pela mãe. Para oferecer conforto ao pequeno órfão, ele ganhou dois bichinhos de pelúcia, dos quais não se desgruda: um rso branco e um gato amarelo. Contudo, o macaquinho está sofrendo. “Ele ainda está confuso e chora pelos cuidados e amor da mãe”, disse a WFFT, em um post. “Nós faremos o que for possível para fazer a transição dele do cativeiro à liberdade. Por enquanto, está sob cuidados 24 horas por dia. Deixe a vida selvagem selvagem e não como pets”, escreveram os funcionários da fundação.
Veja galeria de fotos do macaquinho:
É possível identificar doenças antes que elas se manifestem, durante o check-up anual. Ideal é fazer consultas semestrais e exames a cada 12 meses

Foi durante o check-up anual que a labradora Safira, 4 anos e sete meses, foi diagnosticada com um câncer, o mastocitoma grau II. Graças à detecção precoce, a cachorrinha foi encaminhada a uma oncologista e operada uma semana depois da consulta. Com o tratamento adequado e a tempo, Safira recebeu alta em 4 de fevereiro e foi considerada curada.
Os tutores de Safira não tinham o hábito de fazer o check-up anual. “No primeiro ano da Safira, eu muito não ligava para quase nada. Dava as vacinas e estava tudo certo”, conta o analista de sistemas Jose Clavijo. Quando a labradora tinha 2 anos, passou para outra veterinária, que explicou a necessidade de fazer hemograma e exame físico antes de vacinar. Daí surgiu o hábito de submeter a cachorra à varredura, que inclui hemograma completo, perfil hepático e renal, triglicerídeos, colesterol e creatinina, entre outros.
Na fase do controle do câncer, também era feito o eletrocardiograma e a ecografia. Esse último exame foi incorporado ao check-up anual de Safira, mesmo depois da alta. Além do rastreamento, Safira se consulta semestralmente com a veterinária.
“O check-up permite identificar um problema cedo, antes de a doença se manifestar, o que ajuda no tratamento e na recuperação do pet”, conta Camila Lozano, veterinária da Petz. De acordo com ela, o ideal é fazer uma visita ao veterinário a cada seis meses. A partir de exames de rotina, é possível identificar diferentes doenças, antes mesmo de os sintomas se agravarem. “Quanto mais cedo for feito um diagnóstico preciso para o tratamento, maiores serão as chances de sucesso e de recuperação do pet”, explica.
Durante a consulta, são avaliados os níveis de hidratação, peso, temperatura, pressão e batimentos cardíacos. Além de apalpar e observar o pet, o veterinário faz um o exame de sangue, para checar possíveis infecções ou anemias. Caso necessário, ele indica novos exames específicos para um diagnóstico mais preciso. Nos bichinhos mais velhos, as funções renais e do fígado também são analisadas.
A importância do check-up
- É fundamental para evitar a insuficiência renal, uma das complicações mais comuns e prejudiciais para os gatos, já que não existe vacina para prevenção deste problema. A doença é mais comum em pets de meia idade e idosos.
- Permite ao tutor conversar com o veterinário para tirar todas as dúvidas em relação à saúde e à manutenção dos cuidados com o pet.
- Com o exame físico e o exame de sangue, doenças transmitidas por agentes como carrapatos e pulgas, por exemplo, são evitadas, além de prevenir doenças renais, hepáticas, periodontais, obesidade e neoplasias.
- As observações feitas pelos veterinários são fundamentais para detectar complicações com antecedência. Assim o pet pode ter um diagnóstico precoce e responder melhor ao tratamento.
- Antes de fazer uma viagem, o check-up é ainda mais importante, já que o pet poderá ter contato com outros animais e com ambientes desconhecidos, o que aumentam os riscos de doenças. O ideal é fazer a consulta pelo menos com um mês de antecedência.
- O veterinário verifica se está em dia e orienta sobre a vacinação (múltipla, antirrábica, contra giárdia e gripe), assim como o controle de pulgas, carrapatos e vermes.
Na Páscoa, nada de oferecer chocolate para os pets. A substância age como veneno no organismo dos animais. Opte por petiscos naturais para não deixá-los de fora da comemoração

Um olhar pidão como esse do Bento faz qualquer um se derreter. A vontade é presentear o melhor amigo com um ovo de chocolate, para celebrar a Páscoa. Isso, porém, pode colocar a vida do pet em risco. Se o chocolate é uma guloseima para humanos, no organismo dos animais, ele age como veneno. “O fígado dos cães e gatos não metaboliza direito uma substância presente no chocolate, chamada teobromina, que está relacionada com a quantidade de cacau. Quanto mais cacau, mais teobromina o produto contém e mais tóxico ele é”, explica a veterinária Keila Regina de Godoy, da PremieR pet.
Quanto mais escuro e amargo o chocolate, maior o percentual de cacau e, consequentemente, mais tóxicos para os animais. No entanto, o chocolate ao leite e o chocolate branco também fazem mal e não devem ser oferecidos aos pets. “Como a teobromina age intensamente no organismo, pode ocorrer aumento de contrações musculares, excitação nervosa, micção em excesso, elevação da temperatura corporal, respiração acelerada, taquicardia, vômitos e diarreia. A gravidade do quadro varia de acordo com a quantidade ingerida”, esclarece Keila.
A veterinária diz que, apesar de os casos letais serem raros, existe alta incidência de indisposições gastrointestinais, especialmente em animais pequenos e jovens, devido à quantidade de toxina em relação ao peso do pet. “Além do risco de intoxicação e do mal-estar, o chocolate pode acarretar em outros males ao organismo do animal, como a obesidade e suas complicações”, alerta. Para evitar surpresas desagradáveis, a veterinária recomenda que não se deixem ovos e bombons em locais acessíveis a cães e gatos. Eles podem se sentir atraídos pelo cheiro, pela embalagem e “roubar” sem que os tutores percebam. Também é fundamental orientar as crianças para que não ofereçam a guloseima.
De acordo com a Associação Norte-Americana de Medicina Veterinária, os estimulantes do chocolate circulam no organismo por um bom tempo: em casos severos, os sintomas podem durar por 72 horas. Por isso, no caso de ingestão acidental, é muito importante levar o animal ao hospital veterinário.
A empresária Niely Gonçalves, da Cookie Pet Biscoiteria lembra que, nem por isso, os melhores amigos precisam ficar sem um agrado na Páscoa. Ela sugere mimar os pets com biscoitos e minibolos naturais, livres de conservantes, corantes e refinados. Produtos à base de alfarroba, que dispensa açúcar na fabricação dos produtos, é outra opção. “Além de não conter estimulantes como cafeína e teobromina, ela é rica em vitaminas e minerais”, diz. Mas ela faz um alerta: “São petiscos e devem ser oferecidos com moderação”.
Para quem ficou apaixonado pelo Bento vestido de coelho, ele avisa que foi fotografado pela Paula Leon, da Paulinha Leon Fotografia
ONG promove visitas de cães a idosos e pacientes de hospital. Os Dr. Pet levam alegria e carinho, e ajudam no processo de recuperação

Dizem que o amor cura. Quem vê a reação de idosos e crianças surpreendidos com a visita de amigos de quatro patas não tem dúvida disso. Desde agosto do ano passado, a ONG Pet Amigo leva alegria a moradores de instituições de longa permanência e do Hospital de Apoio de Brasília (HAP). De acordo com a presidente da ONG, a veterinária Nayara Brea, a ideia surgiu quando ela fazia parte da Associação de Voluntários do HAP, onde pacientes com câncer terminal recebem assistência paliativa. “Apresentei uma palestra para os servidores sobre a pet terapia e escrevi o projeto para ser avaliado pela comissão de controle e infecção hospitalar. Foram três meses até implantar, e a primeira visita foi 25 de agosto com dois cães, o golden Enzo e a lhasa apso Millie”, conta. Hoje, são oito cães participantes.
Também conhecida como Terapia Assistida por Animais (AAT, sigla em inglês), a pet terapia já é um procedimento bastante conhecido nos Estados Unidos e na Europa, onde pesquisas científicas já demonstraram os benefícios à saúde dos pacientes. Ainda que não possam curar doenças, os “doutores” de quatro patas melhoram o bem-estar físico e mental de pessoas de todas as idades. “As evidências sugerem que a AAT pode ter um efeito positivo sobre o bem-estar psicossocial, emocional e físico”, afirma a enfermeira Julia Havey, da Universidade de Loyola, nos Estados Unidos. Ela conduziu um estudo mostrando que pacientes que se recuperavam de cirurgia ortopédica assistidos por animais precisavam apenas da metade dos medicamentos para dor administrados àqueles que não contavam com o auxílio dos Dr. Pets.
Cavalos, coelhos, peixes, porquinhos-da-índia, cães e gatos costumam ser usados nesse tipo de tratamento, embora esses dois últimos sejam os mais comuns. Na ONG Pet Amigos, apenas os cachorros participam. Entre os benefícios já encontrados por pesquisas científicas, estão a redução de estresse, ansiedade e depressão, além da melhora da auto-estima e das habilidades sociais. Outros benefícios já constatados em estudos foi a melhora motora e a motivação para se exercitar. Entre os pacientes que mais podem se beneficiar, estão os em tratamento oncológico, em reabilitação física, com estresse pós-traumático e aqueles com distúrbios e transtornos mentais. Crianças submetidas a procedimentos como tratamento dentário, que pode deixá-las temerosas, também podem relaxar, na presença do melhor amigo.

Há duas semanas, a repórter Gabriella Bertoni, do Correio, acompanhou a visita de quatro pets terapeutas ao Lar dos Velhinhos Maria Madalena, no Núcleo Bandeirante. Com lacinhos na cabeça, lenços no pescoço e de banho tomado, eles passaram a tarde com os idosos, internos da instituição. A equipe proporcionou momentos de alegria e descontração aos anfitriões. Foi assim que dona Norma Faria Almeida, 92 anos, conheceu Paola, a diabética schnauzer de 12 anos. Após ganhar algumas carí-cias, logo a cachorrinha estava no colo da senhora que, sorridente, aproveitava o chamego ao lado das amigas. “É muito amor, nos faz tão bem. Eu tinha cachorro quando era jovem e sinto muita falta dele. Quando eles vêm aqui, sempre os pego no colo e os abraço”, contou Norma, que vive há 12 anos naquele lar.
Depois de brincar com os animais, Olívia Dutra de Sousa, 90 anos, contou que adora receber a visita desses amigos peludos. “Eles são tão lindos, com as fitinhas no cabelo. Tirei foto e abracei muito.” Ela também mora há 12 anos na instituição e escolheu, entre seus 60 vestidos, um especial para receber os animais. O enfermeiro responsável pelo Lar dos Velhinhos, Diogo Victor Pinheiro, explicou a importância desses encontros. “Os grupos fazem muita diferença. Alguns têm pouco contato com a família e a vinda dos voluntários os deixam mais felizes. Com os cachorros, é ainda mais especial, já que muitos tiveram animais quando mais jovens e relembram do passado.”
Segundo Nayara Brea, todos os cães são treinados por uma equipe. “Depois de passar pela seleção, nós fazemos testes para conhecer o comportamento deles. Todas as visitas têm que ser muito controladas, para não ter problemas com o bicho, como ele se assustar com algum barulho”, disse. Para participar da seleção, o cão precisa atender a pelo menos três comandos: “Senta, para e fica”. Os tutores precisam, ainda, responder a um questionário sobre o comportamento do animal. A partir do primeiro ano de vida do cachorro, ele já pode começar a fazer parte das visitas. Só para quando o tutor não quiser ou se o animal ficar incapacitado.
Como participar
» Não é necessário ser tutor de um animal. É possível fazer parte do projeto em outras áreas, como na administração das visitas ou na criação de conteúdo para o blog, que está em fase de implementação.
» Quem tiver interesse em inscrever o cachorro, o grupo abre seleção de três em três meses. Após avaliação do comportamento do animal, para saber se são calmos e dóceis, eles passam por um treinamento.
» O pét, que precisa ter pelo menos um ano, não pode reagir a estímulos, como barulho ou movimentos bruscos, e tem que gostar mais de estar com as pessoas do que com outros animais.
» Durante as visitas, o animal pode ficar até 40 minutos com o paciente, participando de brincadeiras e de atividades lúdicas. Depois, ele descansa por dez minutos.
Contato: projetopetamigo@gmail.com
Veja só a alegria do seu Mathias, na visita ao Lar de Idosos Espaço Convivência:
Ela é mais comuns do que se imagina. Saiba quais as principais causas da doença hepática em cães e gatos

Doença hepática não é uma exclusividade dos humanos: ela pode afetar os pets. O fígado desempenha inúmeras funções no organismo, portanto, é de extrema importância que esteja funcionando bem. Para isso, alguns cuidados devem ser tomados. Se o bicho recusar água e ração, se estiver apático, com o corpo amarelado, procure atendimento veterinário — pode ser algum mal hepático.
Essas doenças podem ser agudas ou crônicas. As principais causas são intoxicações, infecções virais ou bacterianas, distúrbios do trato biliar, distúrbios vasculares congênitos, doenças metabólicas, parasitas (como a leishmaniose, causada pelo mosquito-palha) e neoplasias. Além disso, o uso prolongado de medicamentos também pode complicar o fígado. Algumas raças têm maior disposição ao problema, como yorkshire terrier, west highland white terrier e maltês. Entre os gatos, são mais predispostos os persas e os himalaios”, explica a veterinária Blenda Costa Carneiro.
A instrutora de fitdance Juliana Lauermann, 21 anos, passou dificuldades com o yorkshire Frederico. Logo após a adoção do animal, ela descobriu que tinha a condição conhecida como shunt (desvio hortossistêmico), o que derrubava a taxa glicêmica dele. “Ele (o Frederico) não comia, não tomava água. Corri para o consultório veterinário. Os exames de sangue estavam sempre irregulares e ele era internado com frequência”, relembra a jovem.
Em uma das vezes em que o Frederico foi internado, passou um mês em observação no consultório. Durante esse período, foi alimentado com ração própria para pacientes hepáticos, porém, os exames diagnosticaram o controle do shunt e o início de uma outra doença no fígado. Resultado: passou 15 dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). “Comecei a me preocupar mais com a alimentação correta e com a limpeza da casa. Vez ou outra, quando estávamos comendo, caía alguma coisa no chão e ele comia. Hoje em dia, o cuidado para ele não comer o que não deve é redobrado”, ressalta.
Logo após a saída do Frederico do hospital, Juliana procurou uma veterinária especialista em homeopatia que prescreveu fórmulas para ajudar na desintoxicação e uma dieta. “A alimentação dele (Frederico) está à base de frango, batata, cenoura, abóbora e quiabo”, revela.
Para a veterinária Ana Catarina Viana Valle, especialista em homeopatia, acupuntura e fitoterapia animal, vale a pena suspender a ração industrializada como precaução. “O fígado é um órgão muito importante e, na alopatia, temos poucos recursos para tratá-lo. Deve-se administrar medicamentos menos agressivos e oferecer alimentação natural ao pet. Esse é o segredo de uma vida longa e saudável”, diz.
A veterinária Camila Coité Correto também vê com bons olhos a dieta in natura, além de rações terapêuticas. “O manejo dietético adequado é parte importante do tratamento das hepatopatias porque o fígado está intimamente envolvido no metabolismo dos nutrientes. Tanto as rações quanto a alimentação natural são compostas por níveis proteicos e minerais adequados, a fim de reduzir os danos hepáticos, sendo a alimentação natural mais flexível na adequação às necessidades individuais”, argumenta.
Camila enfatiza: o tratamento para males de fígado deve ser decidido por um veterinário. “É essencial a realização de exames. A partir deles, serão dadas as orientações adequadas. Deve-se observar, sobretudo, filhotes subdesenvolvidos, que não ganham peso. No mais, é fornecer alimentos de boa qualidade e evitar contato com parasitas”, aconselha.
O yorkshire Frederico precisou de cuidados intensivos para se recuperar de um mal hepático. “Ele não comia, não tomava água”, relata a dona, Juliana Lauermann


