Categoria: internet
A escrita ligeira e certeira de Santiago Nazarian em “Veado assassino”
Depois de cinco anos escrevendo o que chama de “livro-pesquisa”, Santiago Nazarian resolveu mergulhar em um projeto, digamos, ligeiro. Para tal, criou um personagem muito específico e uma trama nada convencional. Em Veado assassino, 13º romance do autor, um adolescente não binário assassina um presidente de extrema direita. A ação já ocorreu quando tem início a narrativa. Na verdade, o livro apresenta uma conversa entre o protagonista e um interlocutor cuja profissão não está explícita. Pode ser um jornalista, um psicanalista ou outro profissional.
Novo livro de Bernardo Carvalho imagina o mundo pós-pandemia
O último gozo do mundo começou a tomar forma como uma novela curta feita sob encomenda. O escritor Bernardo Carvalho estava em casa, isolado por causa da pandemia, e topou a encomenda de um produtor de cinema para escrever uma história que se passasse logo após a quarentena. O combinado era o produtor pagar uma quantia mensal em troca do trabalho do autor. O contrato não seguiu adiante, mas o livro, sim. O romance que chega às livrarias pela Companhia das Letras é descrito como uma distopia, mas é tão próximo da realidade atual que pode ser lido como uma visão catastrófica para o que nos espera após a pandemia, caso ela acabe.
Jia Tolentino: internet, feminismo e monetização do eu sob a perspectiva de uma millennial
Jia Tolentino ficou famosa na adolescência, quando participou do reality show Girls vs Boys, edição Porto Rico. Não tinha ainda 17 anos, mas, naquela época, por volta de 2005, já conhecia bem a internet. Nascida no Canadá, filha de imigrantes das Filipinas e criada no Texas, Jia foi uma dessas adolescentes que mergulharam com tudo na internet no momento em que as redes sociais começavam a redesenhar a maneira como as pessoas, especialmente os jovens, se relacionavam. Era o início do século 20, ela passou por todas as plataformas, teve blogs muito cedo, se expôs sempre com bastante ênfase, mas também se entregou com vontade à reflexão sobre o que tudo isso significava e como essa exposição estava transformando as relações e o mundo do consumo.