União é de todos: apoiadores serão livres para defender presidenciáveis diversos, de Lula a Bolsonaro

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As filiações ao União Brasil nos últimos dias foram feitas mediante o compromisso de liberdade para que os novos partidários possam escolher quem quiser para presidente da República. A legenda terá em seus palanques pelo Brasil afora apoiadores de presidenciáveis dos mais variados credos, de Bolsonaro a Lula, passando ainda por João Doria e quem mais chegar.

No DF, por exemplo, a intenção do senador Reguffe, mais novo filiado e pré-candidato ao GDF, é manter distância regulamentar da campanha presidencial, já que seu eleitorado está distribuído por várias matizes ideológicas. No Ceará, os deputados do União também planejam cuidar da própria vida. Na Bahia, conforme o leitor da coluna já sabe, já se desenha o “Luneto” — Lula e ACM Neto, que concorrerá ao governo estadual.

Duplo objetivo

A filiação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ao Republicanos, tira mais uma legenda da órbita do governador de São Paulo, João Doria, e da base de apoio do vice-governador Rodrigo Garcia na corrida ao Palácio dos Bandeirantes. Tarcísio ainda buscará outros apoios no entorno dos tucanos. Ele quer ampliar seu tempo de exposição na tevê aberta para tentar chegar ao segundo turno. Se conseguir, será a primeira vez que um governador de São Paulo, candidato à reeleição, ficará fora da rodada final.

Dupla vitória

A Frente Parlamentar de Energia Renovável comemorou a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de cassar a liminar que dava às térmicas a óleo o direito de participar do leilão de dezembro. “Foi uma vitória e tanto. Servirá também de argumento para questionar os jabutis incluídos na privatização da Eletrobras com relação à compra de energia das térmicas a gás”, diz o presidente da Frente, deputado Danilo Forte (PSDB-CE).

Lula com Khalil

Pré-candidato ao governo de Minas Gerais, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Khalil, conversou com Lula esta semana. O apoio do PT às pretensões eleitorais do mineiro está cada vez mais perto.
Vai você
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Dos deputados federais presentes aos eventos do presidente Jair Bolsonaro no Ceará — gente do calibre de Domingos Neto e Capitão Wagner, os mais votados —, o escalado para falar foi um suplente de 10 mil votos, Jairo Bezerra. É que nenhum dos outros quer acoplar a imagem ao presidente na terra onde Ciro Gomes e Lula têm a preferência do eleitorado. Jairo, porém, cumpriu a missão e arrancou gargalhadas da plateia ao dizer que seguiria Bolsonaro até se fosse para a Ucrânia.
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Até aqui, todos iguais/ A pesquisa desta semana foi vista pelos presidentes dos partidos como um sinal de que a tal terceira via ainda não tem um candidato que obrigue os demais a sair do páreo. E a contar pela posição, não dá para desprezar Sergio Moro (foto) como opção viável para representar este segmento.
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Por falar em Doria…/ Os 2% que ele apresenta na pesquisa do Datafolha desta semana reforçam a tese do grupo que tenta apeá-lo da disputa presidencial. Afinal, como governador de São Paulo e comandante de um governo bem avaliado, deveria estar melhor.
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Esperteza não/ O presidente do MDB, Baleia Rossi, e Simone Tebet, pré-candidata à Presidência da República, jantaram com Doria e deixaram claro que não é hora de falar em vice ou algo que o valha. Definição mesmo só lá para final de maio, início de junho. Quem for afoito para tratar qualquer coisa nesse sentido desde já, vai terminar isolado.
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Marília Arraes e Lula/ Em Pernambuco, a deputada Marília Arraes se filiou ao Solidariedade, mas não abandonou o candidato petista ao Planalto. Suas imagens de pré-campanha mostram uma foto dela ao lado de Lula, informa o site de Ricardo Antunes. Só tem um probleminha: os petistas acenam com o apoio a Danilo Cabral (PSB) e, se for formalizada a coligação, ela não poderá usar a imagem do ex-presidente.

Eduardo Leite está fadado a encontrar um partido dividido

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Jogada de risco

Independentemente da decisão que tomará nos próximos dias, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, está fadado a encontrar um partido dividido. O esforço de um grupo do PSDB para que ele permaneça no partido fez ressurgir o clima de guerra que antecedeu a prévia de novembro. A contar pelos discursos de bastidores das duas alas, nada levará os tucanos a se aglutinarem em torno de um nome, seja João Doria, escolhido candidato da legenda, seja Leite.
Para completar, no PSD, onde há um grupo simpático a Jair Bolsonaro e outro interessado em apoiar Luiz Inácio Lula da Silva, a união também não será tão fácil, embora haja uma vontade do presidente do partido, Gilberto Kassab, em conseguir ampliar esse apoio. Nesse sentido, qualquer decisão que Leite tomar hoje será arriscada. Porém, na política, vale o ditado: “Quem não arrisca não petisca”. A contar pelos telefonemas que recebeu, Leite decidiu reavaliar seu ingresso no PSD e vai aproveitar esses 10 dias para refletir.

Pressão por reajustes, o maior desafio

A prevalecer o reajuste dos policiais previsto para este ano, o governo terá que encontrar, ainda, recursos para atender as categorias que se mobilizam para garantir a correção inflacionária. Na lida, estão os servidores da Receita Federal, que fazem um ato, hoje, em Brasília, os do Banco Central e outros.

Mais um tijolinho

De grão em grão, João Doria trabalha para tentar tornar sua candidatura irreversível dentro do PSDB. Na filiação de Alessandro Vieira ao partido, por exemplo, o senador mencionou a necessidade de cumprir “compromisso”. Entre os tucanos paulistas, a declaração foi vista como um recado ao gaúcho: foi feita uma prévia, ele foi escolhido e brigar com o PSDB de São Paulo não fará bem a ninguém que pretenda representar o partido numa corrida presidencial.

A dupla missão do general

No papel de candidato a vice numa chapa encabeçada por Jair Bolsonaro, o quase ex-ministro da Defesa, Walter Braga Neto, terá dupla função: primeiro, manter a comunidade militar fechada com a reeleição do presidente da República. Em segundo, garantir que, independentemente do desenrolar de um possível futuro governo Bolsonaro, não terá impeachment pela frente.

Conservadores divididos em Goiás

O apoio de Bolsonaro à candidatura do deputado Vitor Hugo (PL-GO) ao governo goiano deixa o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) com a missão de unir os demais partidos de centro em torno do seu nome. Até aqui, essa unidade não se confirmou.
Briga alagoana respinga no Congresso/ Pegou mal o fato de o senador Renan Calheiros (MDB-AL) respaldar as críticas de Lula ao Parlamento. Renan, porém, tem uma meta para este ano: derrotar Arthur Lira em Alagoas. O senador fará tudo o que estiver ao seu alcance para derrubar o adversário. Até criticar o Parlamento do qual faz parte, com os canhões voltados para a Câmara dos Deputados.
Terreno no céu I/ Assim os petistas se referem à possibilidade de o PT apoiar Guilherme Boulos (PSol) para a Prefeitura de São Paulo, em 2024. Se nem quando o PT estava mal nas pesquisas o partido desistiu, não será agora que tem esperança de eleger Lula presidente mais uma vez.
Terreno no céu II/ Desde que Boulos anunciou que não correrá ao  governo de São Paulo este ano, circula no PSol a notícia de que Lula teria oferecido apoio do PT para que Boulos concorra à Prefeitura, daqui a dois anos. O ex-presidente, porém, só se esqueceu de combinar com o diretório paulistano de seu partido, que é quem decide sobre a candidatura local.
A volta de Delcídio/ O ex-senador Delcídio Amaral (foto) circulou por Brasília dia desses. Num passeio pela cidade, foi parado para tirar as tradicionais selfies. Absolvido, no ano passado, de todas as acusações relacionadas à suspeita de organização de fuga de Nestor Cerveró, Delcídio é candidato a deputado federal pelo PTB de Mato Grosso do Sul.

Governo busca novo discurso para alfinetar Doria

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O governo não trará isso a público agora, mas, internamente, já começou a colocar em dúvida a capacidade da CoronaVac em conter a infecção pela covid-19. Isso porque tanto no Chile quanto no Uruguai, países nos quais as coberturas vacinais foram exemplares, o avanço da doença continuou, assim como as internações hospitalares. Não por acaso, Jair Bolsonaro fez apelos à Pfizer para que antecipe o envio de imunizantes ao Brasil. Oficialmente, o discurso é o de garantir a oferta de doses à população, mas, na seara política, há quem diga que o presidente está se armando para tentar tirar do governador João Doria, de São Paulo, o discurso da vacina. Essa disputa ainda terá muitos lances mais à frente — pode apostar.

Freio de arrumação

Esse foi o motivo da reunião ministerial desta semana: trazer um alinhamento do discurso do governo sobre a recuperação da economia e também questões da saúde. Com a vacinação acelerada, o Palácio do Planalto considera que, até o final do ano, a tempestade provocada pela CPI da Covid terá passado. O ministro Paulo Guedes (Economia), por exemplo, foi direto ao mostrar o cenário de recuperação e mais confiança com a vacinação ampliada.

Mais um ingrediente

Como se não bastassem as desconfianças de que a MP da Eletrobras resultará em aumento de despesa, e não de lucro para o governo, o tema ganhou mais um entrave. A Associação de Empregados da Eletrobras apresentou denúncia ao Tribunal de Contas da União (TCU) de irregularidades e inconstitucionalidades na proposta.

Bem apimentado

O documento enviado ao TCU elenca vários dispositivos da medida provisória. Diz, por exemplo, que a “descotização trará um aumento estrutural das tarifas para as famílias brasileiras, além de ser uma quebra de contrato válido até 2042, ano que termina a concessão das usinas em cotas”.

Vai sobrar e sem divisão

Com a tendência do Supremo Tribunal Federal (STF) de conceder a todos os governadores o direito de não comparecer à CPI da Covid, foi por água abaixo a estratégia do governo de tentar jogar a tragédia da pandemia no colo dos gestores estaduais. Eleitoralmente, os governistas já admitem reservadamente que Bolsonaro será o mais prejudicado e que os governadores que forem chamados vão jogar a granada de volta para o governo federal. O ex-governador do Rio Wilson Witzel, por exemplo, vai hoje à comissão tendo Bolsonaro como alvo.

Compensa aí, talkey?

Ciente da baixa de popularidade provocada pela pandemia, o governo aposta que consegue virar o jogo no ano eleitoral, ou no final do segundo semestre deste ano, quando a cobertura vacinal estiver mais ampla e a economia apresentar mais sinais de recuperação com a retomada do emprego. Mas os estrategistas palacianos acreditam mesmo é no aumento do valor do Bolsa Família, com a troca do nome para alavancar simpatias.

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Assim não vai/ O PT tem pedido o palanque de Alexandre Kalil para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Belo Horizonte. Mas, no papel de candidato, Kalil já avisou que tende a fazer sua campanha em carreira-solo, independentemente da disputa entre o PT e Bolsonaro.

Vai sobrar para todo mundo/ Com base naquilo que disse o ex-secretário de Saúde de Manaus, Marcellus Campelo, à CPI da Covid, a tragédia da capital amazonense tem muitos culpados. Os senadores garantem que ninguém será poupado.

Enquanto isso, no interior paulista…/ Barretos terá lockdown total a partir de sábado. A ocupação de leitos está em 100%, e há uma fila à espera por UTI. Por uma semana, vai fechar tudo. Fala-se até em postos de gasolina.

Assunto para meses/ O presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Ricardo Liáo, e a vice-presidente do Grupo de Ação Financeira Internacional (Gafi), Eliza Madrazo, participam, hoje, da abertura da 3ª edição do Congresso de Prevenção e Combate à Lavagem de dinheiro e ao Financiamento ao Terrorismo Internacional. O evento vai até 3 de setembro, com painéis e discussões para troca de conhecimento nessa área.

Quando entrar setembro/ Transmitido de São Paulo, o congresso promovido pelo Instituto de Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo reunirá on-line autoridades como os ex-ministros da Justiça Sergio Moro e Nelson Jobim, que foi também ministro da Defesa. Jobim falará em 1º de setembro; e Moro, no dia seguinte.

Risco de CPI da Covid-19 é alto

Publicado em coluna Brasília-DF

Depois das duras cobranças dos senadores ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ficou difícil o governo escapar da CPI da Covid-19. Os líderes do governo dizem que o ministro se saiu bem e a oposição avalia que somente uma comissão de inquérito permitirá que se apure as responsabilidades por problemas no atendimento à população. No meio desse caminho, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), tentará ganhar mais uns dias, porém não tem como negar se todos os requisitos regimentais estiverem cumpridos.

Pacheco teve votos do governo e da oposição, e prometeu adotar uma postura de independência em relação ao Planalto. Diferentemente de Arthur Lira (PP-AL), Pacheco não deve a eleição ao presidente Jair Bolsonaro, e, sim, ao consenso que conseguiu criar na Casa, em parceria com o ex-presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP). E não deseja quebrar a confiança de seus pares atropelando o regimento, se as premissas para a CPI estiverem preenchidas.

É pegar ou largar

No ano passado, Jair Bolsonaro propôs um auxílio de R$ 200, o Congresso subiu para R$ 500 e o presidente elevou para R$ 600. Agora, com as contas mais apertadas, essa manobra para ficar bem junto à população não vai funcionar. A base do governo terá que se contentar com o valor que for proposto pelo Executivo e ponto.

Lupa nos gastos
A oposição, porém, começou a vasculhar todos os gastos do governo para confrontar o Planalto com discursos do tipo “não tem dinheiro para o auxílio, mas tem para outras despesas não tão urgentes”. E, dessa vez, não terá a controvérsia do leite condensado.

MDB vai dar trabalho
Pelo simples fato de o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga, ser do Amazonas, onde a situação da pandemia da covid-19 é dramática, o governo já esperava que ele fizesse muitas cobranças ao ministro da Saúde. Mas o que não se esperava era que outros senadores do partido, considerados aliados do governo, seguissem pelo mesmo caminho.

Projeto Dória em xeque
Com a inclusão do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, no leque de opções tucanas para 2022, está claro que o governador João Dória, de São Paulo, pelo menos até aqui, não conseguiu unir o partido. E reza a lenda que quem não consegue unir a própria turma, tem dificuldades de convencer os outros.

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Base, o retorno/ Aos poucos, Bolsonaro vai se reaproximando daqueles aliados dos quais tirou cargos no governo, por causa da eleição para Presidência da Câmara. O deputado Hildo Rocha (MDB-MA), por exemplo, um dos coordenadores da campanha de Baleia Rossi (MDB-SP), fez parte da comitiva à Base de Alcântara.

Começaram as entregas/ A viagem ao Maranhão foi justamente na semana em que o Diário Oficial da União trouxe a exoneração de um aliado de Hildo Rocha no governo para dar lugar a um apadrinhado do deputado Aluísio Mendes (PSC-MA), eleitor de Arthur Lira (PP-AL).

Vem mais/ Aliás, a turma do Congresso não tira os olhos do DOU e das nomeações da Câmara. Depois que Lira exonerou os ocupantes de cargos em comissão, estão todos interessados em saber quem será agraciado com a ocupação dessas vagas.

Quem já foi rei…/ A briga interna do PSDB ressuscitou alguns personagens. Além de Aécio Neves (MG), que estava mergulhado, o grupo de WhatsApp da bancada trouxe comentários do tipo “saudades de Geraldo Alckmin”.

Eleição de 2022 está por trás do veto de Bolsonaro à vacina chinesa

Vacina chinesa
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Nem sabatina, nem operações da Polícia Federal. O que pega fogo agora pela manhã na politica são as declarações do presidente Jair Bolsonaro, desautorizando o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no acordo para compra da Sinovac, a vacina chinesa contra covid-19.

Há constrangimento no Ministério da Saúde e já tem algumas autoridades inclusive em consultas ao Congresso e à Justiça, uma vez que, se a vacina for eficaz e aprovada cientificamente, não há motivos para toda essa reação por parte do presidente da República.

O ministro Pazuello afirmou, nessa terça-feira (20/10), que a vacina do Instituto Butantã será a “vacina do Brasil”, numa tentativa de zerar a guerra ideológica envolvendo a vacina produzida inicialmente na China e dar segurança para que o país possa começar a vacinação já primeiro semestre do ano que vem.

O constrangimento no Ministério da Saúde, diante das declarações do presidente Jair Bolsonaro, que, em letras garrafais, respondeu a apoiadores no Facebook que a vacina chinesa não será comprada. O presidente falou a apoiadores, que lhe cobraram explicações sobre a compra da vacina chinesa. O presidente, então, partiu para cima do ministro, disse que a vacina era de João Dória e que a população brasileira não serviria de cobaia.

O receio agora entre os técnicos é que o presidente não permita que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) certifique a Sinovac. Bolsonaro considera que Dória quer usar a vacina como plataforma eleitoral para 2022 e, daí, dizem aliados do presidente, a reação ao acordo fechado por Pazuello.

O Brasil tem outras três vacinas em testes, a da AstraZeneca (Universidade de Oxford), a da Pfizer e a Jansen. O problema é que a está mais adiantada hoje no Brasil é a Sinovac, em parceria com o instituto Butantã.

Governo Bolsonaro quer “copyright” em estados de potenciais adversários

Bolsonaro em sergipe
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Aconselhado por amigos a impor uma marca, o presidente Jair Bolsonaro decidiu mesclar a conclusão de obras iniciadas em governos anteriores com projetos de seu governo. Hoje, por exemplo, está em Pariquera-Açu (SP), no Vale do Ribeira, para lançar a pedra fundamental de uma ponte que tem previsão de investimentos da ordem e R$ 15 milhões em recursos federais. Recentemente, a cena se repetiu no Paraná, com a pedra fundamental que marca o início das obras de duplicação de estrada em Foz do Iguaçu (PR).

Até aqui, os dois projetos têm algo em comum: O Paraná é terra do ex-juiz Sérgio Moro, que já foi apresentado como um possível candidato a Presidência da República. Em São Paulo, o governador João Dória anunciou em entrevista ao CB.Poder que não pretende concorrer à reeleição, algo que abre a perspectiva de ser candidato a presidente em 2022, contra Bolsonaro e com a vantagem de ter o governo de São Paulo como ponto de atração de aliados.

Até aqui, adversários do presidente Jair Bolsonaro diziam que ele apenas estava concluindo obras “dos outros”. O presidente agora age para mostrar que não é bem assim.

Em tempo: Vale lembrar que as obras não são do político A ou B. São da população como um todo. Afinal, são construídas com o dinheiro do contribuinte que paga impostos. No caso da obra paulista lançada hoje, assessores do governo afirmam ser necessária, porque há um hospital que atende a região e é preciso facilitar o acesso. Assim, o governo uniu o útil, o atendimento à população, ao agradável, colocar a marca do presidente Jair Bolsonaro na região em que ele nasceu e que é governada pelos tucanos.

Desafio sobre ICMS de Bolsonaro visa eleição

Bolsonaro governadores ICMS
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Coluna Brasília-DF

O desafio do presidente Jair Bolsonaro aos governadores para baixar o ICMS dos combustíveis foi uma forma de o capitão dividir essa conta com vários atores políticos, potenciais adversários dele em 2022. E, no grupo, há quem esteja disposto a dobrar a aposta, obrigando a União a dividir todas as suas contribuições exclusivas com os estados. A equipe econômica sabe desse perigo e, por isso, não fez coro à declaração do presidente.

Quem teve a reação mais contundente, chamando o presidente para o ringue, foi o paulista João Doria, que já foi seu aliado. Entre os comandantes dos estados, Doria é visto hoje como o nome mais forte contra Bolsonaro. As apostas são de que essa confusão está apenas no início e a reforma tributária promete esquentar esse clima.

Hora de abrir…

Vai chegar ainda antes do carnaval um pedido de informações do Congresso ao Ministério de Minas e Energia para que remeta ao parlamento detalhes dos contratos da Eletrobras. É que o projeto de privatização da companhia contém um artigo que mantém a garantia da União a todos os contratos. Ou seja, o que não for pago, fica no seu, no meu, no nosso.

…mais uma caixa-preta

Na justificativa, o autor do pedido de informações, Alencar Santana Braga
(PT-SP), alerta que o referido projeto não esclarece quais os contratos em que a União é garantidora, tampouco os valores dessa garantia. Técnicos mencionam nos bastidores um montante de R$ 19 bilhões, uma dívida que pode sobrar para a União mesmo depois de a empresa privatizada.

Se um condenado pode…

… Wilson Santiago também pode. Em conversas para arregimentar votos em favor do deputado acusado de recebimento de propina e suspenso do mandato por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello, parlamentares citavam casos antigos. Por exemplo, o do senador Acir Gurgacz e do deputado Celso Jacob. Deu certo.

Agora, aguenta

A esperança de parte dos congressistas, ontem à tarde, era de que o voto aberto deixasse as excelências constrangidas em preservar a permanência do deputado Wilson Santiago. Ocorreu o inverso. O Congresso preferiu passar o recado de que quem afasta parlamentar é o plenário e o eleitor. A novela, porém, não acabou. Santiago continuará na Casa, mas sob intenso desgaste na rua.

Adeus, amigos/ A secretária nacional de Justiça, Maria Hilda Marsiaj Pinto, vai deixar o governo. Num grupo de amigos do WhatsApp, ela explicou que deu sua contribuição ao país e vai “viver a vida”. Marsiaj se casou no ano passado com um espanhol. Ela atuou na força-tarefa da Lava-Jato, foi subprocuradora-geral da República. Veja quem está cotado para substituí-la.

Por falar em WhatsApp…/Circula na rede um vídeo do deputado Marcelo Freixo defendendo a descriminalização das drogas. O problema é que vem acompanhado de um texto dizendo que, se for aprovado, estará liberado o oferecimento nas escolas. Isso não está na fala do deputado, mas é o entendimento de parte dos usuários do WhatsApp.

A ponte/ Davi Alcolumbre foi tratado no almoço do presidente Jair Bolsonaro com ministros e chefes de poderes como a ligação mais forte do Planalto com o parlamento, obviamente, depois dos líderes do governo.