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Com reajuste, governo espera pôr fim à greve dos servidores

Se depender da área política do governo, o reajuste salarial de 5% para todo o funcionalismo está garantido. A avaliação no Palácio do Planalto é de que as greves, em especial a dos auditores-fiscais da Receita Federal, vão pressionar ainda mais a inflação, ponto que incomoda todos os brasileiros — e, segundo aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), impede a melhoria da popularidade.

Com o aceno do Planalto aos servidores — a área econômica, agora, estuda de onde sairá o dinheiro —, o governo espera conter as paralisações e expor categorias que permanecerem mobilizadas por reajuste. A ideia é montar um discurso que possa colar nos grevistas a tarja de greve política, apenas para prejudicar Bolsonaro eleitoralmente. Os próximos dias serão usados para que se faça as contas a fim de tentar resolver a equação antes do 1º de Maio.

Assim não dá

Militares têm avaliado que o governo Bolsonaro acabou expondo as Forças Armadas. A história da compra de Viagra e de próteses penianas é um exemplo. E já há quem diga que pode ficar pior se o ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, for candidato a vice-presidente.

Deles não
O governo quer tirar de cena qualquer projeto de lei que venha de parlamentares de partidos de esquerda. A ordem é só bater bumbo sobre propostas que tenham origem na base governista — leia-se Centrão.

Resta o apoio de Geraldo Alckmin
Embora seja o segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, o pré-candidato do PSB ao governo de São Paulo, Márcio França, não conseguiu um leque de alianças para sustentar a sua candidatura. Daí, a aposta é que ele terminará desistindo da empreitada. O Ipespe, por exemplo, sequer colocou um cenário para avaliar o peso do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) no apoio a França. Fez falta.

Tipo exportação
Única montadora produzindo veículos eletrificados (híbridos, plug-in e movidos a célula combustível) na América Latina, a Toyota do Brasil exportará para os Estados Unidos o motor 2.0 para o Corolla Cross, a partir de setembro.

Nem vem/ Com o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) encostando em Ciro Gomes (PDT) nas mais recentes pesquisas de intenção de voto, a avaliação de parte do tucanato é que ninguém vai conseguir tirar dele a candidatura presidencial. “Se já era difícil remover, agora, com o crescimento, a situação melhora bastante”, diz um integrante da cúpula do partido.

Disputa gaúcha/ No Rio Grande do Sul, a campanha para o Senado tem chamado mais a atenção do que a corrida para o governo estadual. É que haverá uma disputa ferrenha entre a ex-senadora Ana Amélia Lemos (PSD), que foi vice de Geraldo Alckmin na eleição passada, e o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos). Por fora, corre o senador Lasier Martins, do Podemos.

Veja bem/ Mourão não precisará renunciar ao cargo de vice-presidente para concorrer. Basta não assumir a Presidência da República durante a campanha. Portanto, pode continuar despachando na vice normalmente.

Mudança de amigo/ Dia desses, na reunião com a bancada do Amapá, Bolsonaro praticamente ignorou o ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (União Brasil). Agora, por ali, a prioridade é o deputado federal Acácio Favacho (MDB).

Denise Rothenburg

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