Mais um motivo para a reforma

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A liminar do ministro Ricardo Lewandowski que obriga o Poder Executivo a pagar a parcela do reajuste dos servidores em janeiro de 2018 será mais um argumento a ser usado pelo governo em busca de votos em prol da reforma previdenciária. É que, se a liminar for mantida pelo pleno do STF, o Poder Executivo terá de tirar R$ 2,2 bilhões dos investimentos para destinar ao pagamento dos salários. Logo, se continuar nesse ritmo, ou os parlamentares reformam a Previdência para tentar conter as aposentadorias na faixa dos 50 anos no serviço público ou não terão recursos para as emendas ao Orçamento.

Tá frio

Pesquisa do governo aponta um descompasso entre os indicadores econômicos e o sentimento das pessoas: 29% consideram que o pior já passou e 66% acreditam que pode piorar ainda mais. Quando perguntadas se o país melhorou, 12% responderam que sim, 20% afirmam que continua igual e 67% responderam que piorou.

A culpa é deles

Quando perguntados se a situação é desdobramento da conjuntura econômica ou da política, 78% jogam o peso em cima dos políticos. Porém, a avaliação do presidente Michel Temer sofreu pequena melhora. Está quase na casa dos 7% de ótimo e bom. Não é nada, não é nada… Não é muita coisa.

Abre a porta, ministra Cármen Lúcia!

A Anajus cobrou resposta da presidência do STF para participar da audiência da Fenajufe para tratar da transformação dos técnicos judiciários de nível médio para nível superior, tema tratado pela coluna. A associação vai distribuir hoje dossiê sobre o Projeto NS (Nível Superior) a todos os ministros do Supremo e aos presidentes dos tribunais superiores e regionais da União em todo o país alertando sobre o impacto da proposta. A documentação inclui vários casos de impacto no caixa nos estados.

Lá foi assim I

Em setembro de 2009, a então governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, moveu ação direta de inconstitucionalidade contra a norma do Tribunal de Justiça do Estado (TJRN) de nível superior para os técnicos. A relatora, ministra Cármen Lúcia, votou pela constitucionalidade. O ministro Marco Aurélio de Mello foi contra: “Enquadrar aqueles servidores que prestaram concurso fazendo frente apenas à exigência de nível médio nas escalas próprias de vencimentos de nível superior é, a meu ver, driblar a exigência do concurso público”, disse ele, à época.

Lá foi assim II

Como resultado da decisão do STF, o TJRN foi obrigado a equiparar os salários. O resultado é que lá não haverá aumento para os servidores, até 2022, em razão do aumento da folha de pagamento.

A mensagem da 2ª turma

Vários candidatos a réu na Lava-Jato comemoraram o arquivamento do pedido de abertura de inquérito para investigar o senador Benedito de Lyra e o deputado Arthur Lyra, ambos do PP de Alagoas. A esperança é de que os ministros liberem todos aqueles que estejam pendurados apenas por delação.

Sala cheia/ Primeiro dia útil do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (foto), foi de agenda cheia. Vários deputados foram até o Planalto pela primeira vez. Um deles desembarcou no 4º andar, perguntando onde ficava a Secretaria de Governo.

Falta mostrar serviço/ Um líder, entretanto, adverte: “Marun é grande, mas não pode ser apenas um muro das lamentações. Tem que resolver”.

Tempo de confraternizar/ O presidente Michel Temer confirmou o tradicional café da manhã com jornalistas para esta sexta-feira, 22. No mesmo dia, deve seguir para São Paulo, onde passará o Natal com a família.

Depois de Dilma…/ A jornalista Valéria Monteiro, ex-apresentadora da TV Globo, participou da reunião do PMN neste fim de semana em São Paulo. Valéria, que anunciou sua intenção de se candidatar à Presidência da República, não confirmou filiação, mas se disse tocada pelo entusiasmo com que foi recebida.

Meu garoto!

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Quando tomar posse hoje à tarde, o titular da Secretaria de Governo, Carlos Marun, vai receber como primeira sugestão chamar os ministros um a um e pedir que eles reforcem a campanha pró-reforma previdenciária em todas as entregas de obras e serviços patrocinados pelo governo federal. O ministro a ser citado como exemplo do que deve ser feito, nesse caso, é o das Cidades, Alexandre Baldy, o mais novo da equipe do presidente Temer.

Baldy foi a Niterói entregar casas populares, concluídas depois de sete anos de paralisação. Fez questão de citar que as obras só estavam prontas porque o governo do presidente Michel Temer melhorou a economia, graças a medidas aprovadas pelos congressistas. Pediu até aplausos aos deputados que votam de acordo com a orientação do governo e foi atendido. A deputada Soraya Santos (PMDB-RJ), presente ao evento, ficou emocionada e contou aos colegas. Marun vai avisar aos demais que é assim que se faz.

Reguffe, o vice

Pré-candidato do Podemos à Presidência da República, o senador Álvaro Dias (PR) sondou o senador Reguffe (DF), que continua sem partido, para compor a chapa. Reguffe agradeceu, mas garantiu que se mantém firme no propósito de cumprir todos os oito anos do mandato que lhe foi confiado pelos eleitores do Distrito Federal.

Prioridade I

A aposta do governo é a de que os petistas não poderão voltar suas atenções à reforma da Previdência ao longo do mês de janeiro, porque estarão dedicados a preparar o terreno para o julgamento do ex-presidente Lula. A aposta é verdadeira. Tudo o que o PT deseja hoje é Lula candidato e vai se dedicar a isso.

Prioridade II

O governo vai aproveitar janeiro para disseminar o texto da reforma da Previdência como algo que proporcionará um equilíbrio maior entre o sistema público e o privado, cortando privilégios de quem quer se aposentar na faixa dos 50 anos com benefício integral.

Onde mora o perigo

Aliados do presidente Michel Temer alertam que o efeito “self fulfilling prophecy”, (a profecia autorrealizável) é o que mais incomoda hoje a reforma da Previdência e em dois sentidos: primeiro, a profecia de que, se não aprovar a reforma, a economia sai completamente dos trilhos. Em segundo lugar, essa história de que não terá votos (é, aí, não terá mesmo).

O homem CPI/ O senador Hélio José (PMDB-DF) começou a coletar assinaturas em busca da CPI do setor elétrico no ano eleitoral.

Climão/ Aliados do governo consideraram um exagero do Planalto divulgar uma nota desautorizando o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Há quem diga que, se o presidente Michel Temer estivesse em Brasília, teria resolvido tudo com um simples telefonema.

Pro ano, gente!/ Os senadores transformaram a sessão de ontem numa romaria de discursos em homenagem ao presidente da Casa, Eunício Oliveira (foto). Sabe como é, era preciso uma compensação, depois das crises entre Eunício e os deputados, que sempre reclamam da falta de paciência do senador no comando das sessões do Congresso.

Apelou, perdeu/ Advogados saíram cabisbaixos ontem, depois da aprovação da renegociação das dívidas do Funrural no plenário do Senado. Agora, prometem fazer uma fezinha para tentar um veto. Só tem um probleminha: Temer não vai brigar com os deputados por causa de um projeto que passou por acordo nas duas Casas. A tendência é a sanção.

Perdas & ganhos na Previdência

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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tem alertado em todas as reuniões com parlamentares que, se a reforma previdenciária não for votada este ano, quem vai ganhar é o PT do ex-presidente Lula. Portanto, avalia ele, é melhor votar agora e tirar o assunto da Câmara no ano que vem do que deixar para fevereiro. Aliás, o governo já avisou: o tema não sairá de pauta no ano eleitoral. Portanto, a ordem ainda é “não deixe para 2018 o que você ainda pode fazer agora”. Afinal, se a economia piorar, quem perderá são os governistas.

Façam as contas

A bancada do Distrito Federal, que hoje não tem um só voto favorável à reforma previdenciária e conta com pelo menos dois pré-candidatos ao GDF, vem sendo chamada a fazer as contas: se nada for feito, não haverá recursos para cumprir promessas de campanha. Apenas para pagar as contas, em especial, as aposentadorias. Nunca é demais lembrar que os servidores já receberam salários em parcelas. Para isso se repetir logo ali, não falta muito.

Por falar em candidatos
a governador…

Os cálculos feitos pelo Planalto indicam que, entre os senadores, será mais fácil aprovar a reforma previdenciária. É que ali há muitos interessados em concorrer a governos estaduais, em que as contas vão de mal a pior sem a reforma.

Livro-ouro

Se tem um ministro que ninguém consegue enrolar quando o assunto é votação na Câmara, é o da Casa Civil, Eliseu Padilha. Ele tem uma apostila, com os nomes de todos os deputados da base aliada, como cada um votou nos projetos importantes do governo, a perspectiva de voto na reforma previdenciária e quem tem poder de influência sobre cada um (prefeitos, governadores, empresários, mãe, sindicatos etc).
É isso que tem servido de base nas conversas com cada líder sobre o tema, desde que o governo começou a contagem dos votos. Hoje, está na casa dos 290.

Já viu ponte com nome de vice?

Da conversa com o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa,
o PSB extraiu apenas uma certeza: o
magistrado não será candidato a vice em hipótese alguma. Logo, se o quiserem, terá
que ser no papel de ator principal.

Nem tanto

A empolgação do PSB com Joaquim Barbosa não é lá essas coisas. Para se ter uma ideia, o presidente do partido, Carlos Siqueira, ficou fora do encontro. Tinha outro compromisso em Salvador.

Um voo com Kassab/ O presidente Michel Temer vai nesta sexta-feira a Campinas com o ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, para visitar o complexo que abrigará o acelerador de partículas.

E o Loures, hein?/ Já era esperado que o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures virasse réu no processo que apura o caso da mala com R$ 500 mil, aquela que ele carregava com ar de assustado pelas ruas de São Paulo. Novidade, dizem os peemedebistas, só se ele resolver envolver outros na história.

Tem, mas acabou/ A decisão do TRE do Rio que tornou o ex-prefeito Eduardo Paes (foto) inelegível enterrou o nome que o PMDB considerava lançar para o governo estadual. A ordem agora é buscar uma aliança com algum outro partido e fazer bancada na Câmara estadual e federal.

Festa na Agricultura/ Eleito com o apoio unânime das 27 federações do país para um mandato de mais quatro anos, o presidente da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA), João Martins da Silva Júnior, toma posse hoje, às 10h, com uma solenidade no espaço Unique. O presidente Michel Temer confirmou presença.

Desafio tucano

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Às vésperas da convenção que deve fazer de Geraldo Alckmin presidente do PSDB, os tucanos têm dilemas que vão muito além da reforma previdenciária. Por exemplo, quem tiver a curiosidade de saber por que o governador não apresenta um bom índice nas pesquisas pré-eleitorais basta sentar-se à mesa numa roda de jovens endinheirados de São Paulo. Por ali, diz-se que a confiança no partido ficou abalada depois que o presidente licenciado da legenda, Aécio Neves, foi objeto de gravação por parte do empresário, hoje preso, Joesley Batista. Agora, vem mais esse baque da quebra de sigilo do senador. Nesse ritmo, se Alckmin quiser recuperar esse eleitorado, terá de demonstrar que esse episódio foi um caso isolado.

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Aécio, por sua vez, não vê a hora de se dedicar exclusivamente à própria defesa e se voltar ao fortalecimento do partido em Minas Gerais, algo que fará a partir de amanhã, depois da convenção nacional. Enquanto isso, Alckmin terá de se desdobrar para governar São Paulo e percorrer o país tentando mostrar aos eleitores que podem confiar nele “sem medo de ser feliz”. O slogan, usado no passado pelo PT, agora cabe como uma luva nos sonhos dos tucanos de retomada do poder.

O jeitão da coisa
Pelo andar da carruagem, os deputados tentam arrancar até o último centavo do caixa da União com a promessa de votar a reforma da Previdência. Porém, não planejam cumprir a parte deles no acordo. Tem muita gente com saudade dos tempos em que as excelências negociavam o mérito das propostas e não um ganho eleitoral.

A culpa é da “patroa”!
Já tem parlamentar ensaiando a justificativa de que a esposa mandou ficar em casa na semana de 20 de dezembro para ajudar nos preparativos de Natal. E, sabe como é, a última semana de funcionamento do Congresso sempre é esvaziada. Até orçamento só sai por acordo.

A culpa é do “patrão”!
A falta de quorum vai fazer “sobrar” ainda para Michel Temer. É que o governo foi com tanta sede punir quem votou a favor da denúncia contra o presidente que agora faltaram votos. O peemedebista obteve, em outubro, 251 votos favoráveis. Precisava de, pelo menos, mais 57 para completar os 308 necessários à aprovação da reforma.

Depois não reclama
O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, comentava ontem numa roda que em seu estado, hoje, há apenas um trabalhador da ativa para cada inativo. Daqui a pouco, vai ficar impossível sustentar as aposentadorias dos servidores públicos. Ainda assim, o partido dele,
o PSD, resiste a fechar questão.

CURTIDAS

Novo DEM/ O Democratas faz sua convenção no próximo dia 14, quando receberá um grupo de deputados oriundos do PSB, incluindo Danilo Forte (CE), Heráclito Fortes (PI) e Tereza Cristina (MT).

Deixa quieto/ Ao contrário do PSDB, que realiza convenção neste sábado para a troca de comando, o DEM não vai mexer com o seu presidente, senador José Agripino. Não interessa a ninguém fazer marola na cúpula partidária neste momento.

Se melhorar, estraga/ Na avaliação dos Democratas, o partido está bem na foto, com Rodrigo Maia na Presidência da Câmara; Mendonça Filho, no Ministério da Educação; e ACM Neto, na prefeitura de Salvador. Não precisa tumultuar a direção partidária, tirando holofotes dessas três vitrines importantes.

[FOTO2]
Enquanto isso, no PT…/ Caíram as chances de Fernando Haddad como plano B para a disputa presidencial e subiram as do ex-governador da Bahia Jaques Wagner (foto). Essa gangorra vai continuar até a eleição, caso Lula não consiga ser candidato.

Colaborou Paulo de Tarso Lyra

A reedição de 2006

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Os petistas já ensaiam a seguinte campanha: “Não vote em partidos que podem ferir os seus direitos”. Planejam, assim, retomar, no tema reforma da Previdência, a mesma estratégia feita contra o PSDB em 2006. Naquele ano, Lula, candidato à reeleição, acusou Geraldo Alckmin de querer privatizar tudo, e o PSDB passou o segundo turno na defensiva. Por essas e outras é que nas últimas reuniões para tratar da reforma da Previdência foi dito que é muito melhor votar logo do que deixar para depois. Afinal, se a economia reagir rapidamente, conforme previsão da Fazenda, o discurso de dias melhores compensará qualquer outro. Falta, entretanto, combinar com o eleitor.

O maior castigo

O que mais tem incomodado os Vieira Lima são os filhos. Alguns não conseguem mais frequentar a escola, em Salvador. Uma crueldade com crianças, que não podem ser responsabilizadas pelos erros dos pais. Porém, fica o alerta para as excelências que insistem nos malfeitos.

Crimes sem castigo

Desde a cassação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, o Conselho de Ética da Casa parece fadado a olhar para o tempo, esquecendo todos os deputados relacionados à Lava-Jato. É aí que repousa a tranquilidade de muitos.

Depois do PMDB…

Que PSDB que nada… O partido mais pressionado para apresentar os votos necessários à reforma previdenciária é o PSD, do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Se nem os partidários do ministro se mexerem em prol da proposta, o PR, por exemplo, fará corpo mole.

Por falar em Meirelles…

Na noite de terça-feira, técnicos da Fazenda fizeram marcação cerrada, dentro do plenário da Câmara, em favor da medida provisória do Repetro, que definiu os subsídios às petroleiras. Aproveitaram para jogar contra o projeto de lei do Funrural, apresentado depois que a MP perdeu a validade.

Último argumento

A frase que o líder do governo, André Moura, teria dito sobre apenas 170 votos pró-reforma chegou a provocar oscilações no mercado financeiro, o que levou os deputados a desconfiarem de que as declarações haviam sido combinadas para deixar a base na saia justa, com algo do tipo: “Tá vendo? Se a economia desandar, a culpa é de vocês”. O líder negou que houvesse mencionado número de votos, mas o recado ficou.

O número mágico/ Na reunião do DEM sobre a reforma da Previdência, o deputado Cláudio Cajado (BA, foto) foi direto: “Estou pronto para votar a reforma. Arrume os 307, eu serei o 308”. Todos querem ser o 308.

Muro das lamentações/ Ponto de encontro dos parlamentares nas noites de votação da Câmara, o gabinete do primeiro-vice presidente da Casa, deputado Fábio Ramalho, virou área onde os deputados vão reclamar da insistência do governo em votar a reforma da Previdência. Na terça-feira, a coluna contou: de cada dez, apenas três se diziam favoráveis ao texto.

Quem está tomando conta “da lojinha”?/ O presidente Michel Temer tornou a reforma previdenciária praticamente pauta única por esses dias. Assim, quem cuida dos outros temas é o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o novo posto Ipiranga do governo.

Por falar em governo… / O ministro Antônio Imbassahy vai ficando. Como diz o deputado Mauro Pereira (PMDB-RS): “Aquele cargo é uma máquina de moer políticos: o sujeito assume, fica três meses prometendo, três meses não cumprindo e outros três na frigideira”.

O Jogo de Meirelles

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As declarações do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de que o governo não estará com Geraldo Alckmin em 2018 podem parecer desastradas à primeira vista, porém, tiveram um objetivo: ver se levam os tucanos a tomarem uma decisão mais firme em direção à reforma da Previdência. Afinal, se a economia se recuperar mais um pouco, mas não o suficiente para fazer do próprio Meirelles candidato, Alckmin terá toda a chance de obter o apoio do PMDB. Entretanto, se desde já o PSDB se exime de ajudar o governo, não pode querer ser ajudado no ano eleitoral pelos peemedebistas. Simples assim.

Em tempo: o jogo foi entendido, porém, o DEM, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, considera que Meirelles exagerou no tom. Para forçar o PSDB a adotar uma posição, o ministro, que já tem até marqueteiro, jogou 2018 na avenida antes da hora, atropelando o esforço pró-reforma. Agora, o trabalho da semana, que seria contagem de votos e conquista de mais alguns, vai incluir também a tentativa de aplainar o desconforto causado pelas declarações de Meirelles. Nesse caminho, se a reforma da Previdência sobreviver, será um milagre.

Vai assim mesmo
O PT aproveitará a conclusão do voto do relator do processo contra Lula no TRF da 4ª Região para reforçar o discurso de perseguição ao ex-presidente. A ordem é dizer que se o petista for condenado é para afastá-lo da eleição. Porém, ele não deixará de enviar seu recado ao eleitor, ainda que seja por bilhetes do cárcere.

Queimou a primeira
Dentro do PMDB, que vê com simpatia a candidatura de Geraldo Alckmin, há quem diga que só tem um jeito de o presidente Michel Temer recuperar o PSDB para votar a reforma da Previdência: fazer mais um aceno em direção a Geraldo e dar um chega pra lá na candidatura de Meirelles. O gesto precisa vir até amanhã.

Ouro no Pará I
A 6ª Turma do TRF da 1ª Região julga amanhã a ação que suspendeu o projeto de mineração de ouro da empresa canadense Belo Sun no município de José Porfírio, centro-oeste do Pará. O MP e a Funai alegam que o projeto não está adequado para funcionar em área indígena, mesmo a mais de 12km do território protegido.

Ouro no Pará II
Políticos e moradores da região, inclusive indígenas, protestam contra a ação do MP, de olho nos investimentos de R$ 1,2 bilhão calculados pela mineradora, uma das maiores do mundo.

Valeu, Huck!
O Instituto Paraná Pesquisas procurou saber a opinião dos eleitores sobre Luciano Huck desistir de concorrer à Presidência da República. Dos 601 entrevistados, 82,7% consideram que o apresentador acertou. Só 11,9% acham que ele errou. O restante não soube responder. Sinal de que não teria tantos votos assim.

Revolta brasileira I/ O ex-deputado José Lourenço, hoje com 84 anos e disposição para briga como nos velhos tempos de PFL, tomou um susto ao chegar ontem à porta da agência do Banco do Brasil na cidade do Porto. Tudo fechado e um pedido de desculpas. “Eu chorei. De revolta. São 40 mil brasileiros em Portugal sem atendimento do Banco do Brasil”, diz ele, que já enviou um e-mail para o presidente Michel Temer com suas reclamações.

Revolta brasileira II/ Nem em Lisboa o BB manterá sua agência, reduzindo os serviços a um escritório. “Esses altos funcionários do banco que moram aqui não querem trabalhar. Conheço vários empresários portugueses que exportam para o Brasil, para a Argentina, e que jamais foram procurados por um funcionário do Banco do Brasil. Ora, se querem clientes, têm de correr atrás. Não correm porque são preguiçosos!”, diz o ex-parlamentar, que foi colega de Temer na Câmara por quase 20 anos.

Pizza, não, obrigada!/ Os deputados que foram ontem à casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, saíram reclamando do cardápio. A pizza deixou a desejar. Se quiser manter a pauta da reforma da Previdência, dizem alguns, melhor mudar o menu.

História e direito/ Os políticos têm uma maratona de lançamento de livros hoje. Na Biblioteca do Senado, às 18h30, o jornalista Ângelo Castelo Branco lança o livro Marco Maciel, um artífice do entendimento (foto). No mesmo horário, no Espaço Cultural do STJ, o ministro João Otávio Noronha, a jurista Ana Frazão e o procurador do DF Daniel Mesquita autografam o Estatuto Jurídico das Estatais.

Temer na roda

Publicado em coluna Brasília-DF

“Não tire do seu horizonte ser candidato a presidente”, disse o deputado Beto Mansur ao presidente Michel Temer há três semanas. Temer arregalou os olhos, entrelaçou as mãos. Porém, não disse daquela água não beberei. A discussão de ser ou não ser candidato à reeleição foi tema das conversas palacianas em abril deste ano. O baque causado pelas ações do ex-procurador Rodrigo Janot fez com que os aliados de Temer recolhessem os flaps, a ponto de o presidente proibir que se falasse no assunto. Porém, desde que o governo enterrou a segunda denúncia contra o presidente, o tema voltou à baila. Afinal, os indicadores econômicos havia tempo não apresentavam resultados tão bons.

Obviamente, a ala que torce pelo sucesso do presidente e até por sua candidatura sabe do desgaste fruto das prisões de Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures, Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha. Especialmente os três primeiros, muito ligados a Temer. Mas, como dizem por aí, quem é que não tem um amigo ou um parente que, ao longo da vida, se desviou do caminho? Por essas e outras, trata-se de um ensaio. Dá para notar que os aliados de Temer jogam esse balão ao vento para ver se há chances de pouso seguro ou vai explodir no ar. A conversa de Mansur com Temer, relatada pelo próprio deputado, é sinal de que os aliados querem ver como a política se comporta diante desse cenário.

O próprio Temer, internado no hospital para um cateterismo, nega veementemente qualquer movimento em prol de uma candidatura. Nunca é demais lembrar que Fernando Henrique Cardoso fazia o mesmo em 1994, antes de ser anunciado candidato. É de praxe.

Huck à beira
de uma decisão

Em conversas reservadas, amigos de Luciano Huck garantem que ele recebeu um ultimato da TV Globo: se quiser ser candidato, tem que sair em dezembro. A emissora não quer ser acusada de campanha antecipada. Embora pressionado por muitos para concorrer à Presidência da República, Huck está a um passo de dizer que prefere continuar com seu trabalho.

Onde mora o perigo

O fato de os aliados de Michel Temer jogarem o nome dele na roda da campanha elevou a temperatura entre alguns aliados. Se não for muito bem amarrado, pode terminar contaminando ainda mais o clima para votação da reforma da Previdência.

Onde mora a segurança

Outros, entretanto, têm outra leitura: consideram que ou o presidente joga a pré-candidatura no ar, ou o governo corre o risco de ficar sozinho, com cada um cuidando da própria vida.

PSDB terá chapa única

Embora ainda tenha dois pré-candidatos a presidente do partido colocados, o PSDB já definiu uma chapa única para o diretório nacional. Nesse ritmo, há quem diga que chegar à solução de um candidato único não está tão distante quanto parece.

Toffoli de resultados/ Desde que assumiu a vaga no Supremo Tribunal Federal, em 2009, o ministro Antonio Dias Toffoli contabilizou 67,7 mil decisões e, segundo as estatísticas de seu gabinete, baixou mais de 50 mil processos. Tem hoje o menor número de processos em acervo. Nem todo esse trabalho impediu que os colegas dele de STF colocassem um apelido só por causa do pedido de vistas do foro privilegiado. “Empatoffoli”. Mui amigos.

Ajudinha a Sartori/ Se tem algo que o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (foto), não pode reclamar é de falta de apoio do governo federal. Ontem, três ministros de Estado, o da Casa Civil, Eliseu Padilha, que é gaúcho, o da Secretaria de Governo, Moreira Franco, e o dos Transportes, Maurício Quintela, foram até Porto Alegre para marcar a liberação de
R$ 240 milhões destinados à construção da ponte sobre o Rio Guaíba. Melhor que isso só o Grêmio vencer o Lanus na próxima quarta-feira.

Pensando bem…/ Parte dos jornalistas dedicados à cobertura da política local no Rio de Janeiro correm o risco de virarem setoristas do complexo penitenciário. Que tristeza.

Eis alguém que merece todas as honras/ Políticos, jornalistas e empresários têm encontro marcado hoje pela manhã no Cemitério Campo da Esperança para o adeus ao vice-presidente do Correio Braziliense, Evaristo de Oliveira. O enterro está marcado para o meio-dia.

Uma fritura no dendê

Publicado em coluna Brasília-DF

Bastaram as especulações sobre o ingresso do titular da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, no PMDB da Bahia para que os peemedebistas baianos girassem o botão do fogareiro sob o ministro. Partiram dali também os primeiros acordes para fazer de Carlos Marun ministro no lugar de Imbassahy.

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O PMDB da Bahia não quer Imbassahy no partido para ser candidato ao Senado. Ainda que seu maior líder, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, esteja na cadeia, a intenção é deixar o irmão Lúcio Vieira Lima, hoje mais recolhido, como o protagonista do partido no estado, a fim de tentar garantir a reeleição para deputado federal e, quem sabe, se nada mudar, ter alguém no Congresso capaz de puxar o processo de Geddel ao…foro privilegiado. Lúcio, deputado e hoje sob investigação por causa dos R$ 51 milhões encontrados num apartamento em Salvador, poderia, segundo avaliação de muitos advogados, tentar levar o processo do irmão à instância superior, uma vez que se trata do mesmo caso.

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Por essas e outras, ainda que o STF decida daqui a alguns dias sobre o fim do foro privilegiado para crimes comuns, os parlamentares hoje investigados vão trabalhar para que a mudança seja aplicada apenas aos novos processos e não àqueles em curso hoje no Supremo. Essa questão ainda é nebulosa por ali. E o lobby dos parlamentares nunca foi tão forte nessa direção.

O “bode” da Previdência

No jargão parlamentar, “bode” é algo incluído no texto para ser retirado logo ali na frente, de forma a preservar outros pontos. É assim que muitos parlamentares veem a ideia de aumentar o tempo de contribuição previdenciária de 30 para 40 anos.

O cálculo deles

Analistas do mercado financeiro fizeram chegar ontem a seus executivos a seguinte avaliação: ou os líderes partidários mergulham em suas bancadas em busca dos votos para aprovar a reforma previdenciária em 2017 ou o país viverá uma enrolação até o fim do ano. Todas as bancadas estão “furadas”, dizem os observadores.

E o Funrural, hein?

A Frente Parlamentar de Agricultura (FPA) não parece mais tão forte quanto esperava. Seus integrantes tentaram mobilizar o plenário da Câmara para votar a medida provisória do Funrural, mas os deputados foram embora. No fim da semana que vem, a MP perde a validade. Segunda-feira, será feita uma nova investida para tentar votar a proposta.

CURTIDAS
Menos, Marun, menos/ O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) recebeu o seguinte aviso dos amigos: “Mergulhe. Você falou tanto que pode ter inviabilizado a sua nomeação daqui a alguns dias”.

Moral do jantar/ Apesar do otimismo do presidente Michel Temer e de seus ministros, alguns parlamentares do PMDB não foram ao jantar do Alvorada na quarta-feira em represália pela não-posse de Marun. E completam com o seguinte recado: “Presidente, não conte comigo para a reforma da Previdência”. Simples assim.

Livre para sair/ Heráclito Fortes (PSB-PI) e José Reynaldo Tavares (MA) vão receber uma carta do presidente do PSB, Carlos Siqueira (foto), autorizando-os a sair do partido.

Evaristo de Oliveira/ Gentileza, educação, fino trato, correção e preocupação com as pessoas podem ter vários sinônimos no dicionário. Mas, ao longo de 20 anos de trabalho no Correio Braziliense, eu convivi com mais um: Evaristo de Oliveira. Que seu exemplo seja um farol a guiar a grande família dos Diários Associados e que Deus conforte dona Regina, filhos e netos, a quem deixo aqui meus mais sinceros sentimentos de solidariedade nesse momento difícil. Obrigada por tudo, dr. Evaristo.

Um ex-ministro no cargo

Publicado em coluna Brasília-DF, Política

É assim que uma parcela expressiva da base do governo se refere, desde ontem à tarde, ao ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy. O tucano ganhou sobrevida de alguns dias para que Michel Temer possa contornar a situação com o PSDB, de forma a não perder votos pró-reforma por ali, e ver como ficam os outros partidos em relação a Carlos Marun, que já é tratado como o futuro ministro.

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Não é preciso ir muito longe para ver a fritura que a base está fazendo com Imbassahy. Nas agendas do Planalto, por exemplo, a do presidente aparece recheada de deputados. A do ministro, ontem, não tinha nem um parlamentar. Há quem diga que, guardadas as devidas proporções, Imbassahy passa pelo desgaste a que muitos já foram submetidos nos mais diferentes governos até chegar a hora em que pedem demissão. Questão de dias ou horas.

Eletrobras sai do forno
Entre a posse de Baldy e o jantar no Alvorada, o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, assinou o projeto de lei que trata da remodelagem da Eletrobras. Um dos pontos de destaque é a possibilidade de os interessados abaterem os encargos, como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). O ministro calcula que em 2019 será possível uma energia mais barata para o consumidor.

Resta um
Temer, entretanto, não fez o mesmo em relação à medida provisória que trata do Funrural. A MP, que vence em 30 de novembro, volta à pauta ainda hoje de manhã. Grande parte dos produtores defende a proposta, porque permite o pagamento com uma alíquota menor no ano que vem, e, em 2019, a escolha entre faturamento ou folha para cálculo do valor a ser pago. Hoje, tudo incide pela receita bruta, e o Funrural tem que ser pago, uma vez que já foi considerado constitucional pelo STF. Se a MP não for aprovada, a Receita terá liberdade para a cobrança dos débitos.

“Temer tem uma vantagem sobre Itamar Franco: acertou a equipe econômica de primeira. Itamar teve quatro ministros antes de encontrar Fernando Henrique Cardoso. Perdeu oito meses”

Do sucessor de FHC na Fazenda, embaixador Rubens Ricupero, em entrevista ontem ao programa CB.Poder

O processo está em curso
Selada a posse de Alexandre Baldy no Ministério das Cidades, o governo mostra à base que está cumprindo o processo de redução do espaço do PSDB, ampliando o dos demais aliados e “empoderando” o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Ainda que o resto seja pactuado para sair do papel apenas depois da votação da reforma da Previdência, o governo acredita que está amarrando tudo direitinho para chegar aos 308 votos.

Liberou geral/ Raríssimas vezes na história, um presidente da República disse aos congressistas que poderiam derrubar um veto. Pois isso foi feito ontem no caso dos prefeitos. Tudo pela reforma da Previdência.

Festa goiana/ A última vez que políticos de Goiás tinham tomado o Planalto com gritos de guerra, com direito a fogos de artifício na Esplanada, foi na posse de Íris Rezende como ministro da Justiça. Ontem, Baldy repetiu o grito de guerra. Os aliados dele, porém, não sabiam sequer onde ficava o Ministério das Cidades. Aí, ficou difícil providenciar fogos para a transmissão do cargo.

Pergunta que não quer calar/ Imbassahy é jeitoso, de fala mansa. Marun não tem essa diplomacia. É franco, como a maioria dos gaúchos. Por isso, muitos deputados ontem se entreolhavam, dizendo: “Quem vai reagir a um ‘não’ do Marun se ele realmente for ministro?”

Troca no comércio/ O líder do DEM, Efraim Filho (foto), assume na próxima semana a presidência da Frente Parlamentar do Comércio, cargo em que está hoje Rogério Marinho. A ideia da frente é ganhar tanta importância quanto a poderosa Frente Parlamentar do Agronegócio.

O capitão das reformas

Publicado em coluna Brasília-DF

Se tem um personagem com o qual o presidente Michel Temer não pretende brigar enquanto procede a reforma ministerial é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). No papel de comandante da Casa e da pauta de votações, ele capitaneará a reforma previdenciária e, por tabela, a ministerial. A ideia no Planalto é que passe por Rodrigo inclusive a nomeação do futuro ministro das Cidades e as demais mudanças na equipe.

Até aqui, a reforma está no seguinte pé: a) Os partidos fizeram chegar a Temer que as mudanças pedidas de forma intensa nos últimos meses se referiam apenas aos espaços do PSDB no governo e não dos outros partidos; b) A parte tucana nas Cidades está feita, falta Antonio Imbassahy (secretaria de governo), que Temer manterá na equipe, em outro ministério; c) O partido que arrematar Cidades terá de ceder algum outro espaço na Esplanada para manter o equilíbrio na base; d) Se houver consenso entre os partidos para indicar um nome em comum para essa pasta, melhor. É nessa batida que termina hoje a semana de “decantação” da saída de Bruno Araújo do Ministério das Cidades.

Seguro eleitoral I
A pré-candidatura de Manuela D’Ávila, a ser apresentada oficialmente na convenção do PCdoB neste fim de semana, tem a missão de estancar as pressões para que os comunistas fechem logo apoio a um candidato. A ordem é ficar numa posição mais confortável para aguardar a evolução da conjuntura. A política está de um jeito que nem o PCdoB, que sempre apoiou o PT, se mostra disposto a fechar logo com o antigo aliado.

Seguro eleitoral II
Hoje, o PCdoB está sob forte pressão tanto do PT de Lula quanto do PDT, que pretende lançar o ex-ministro Ciro Gomes. Marina Silva, da Rede, (ainda) não entrou na roda de buscar o PCdoB. Se nenhum deles decolar, ou lá na frente o partido considerar melhor seguir sozinho no primeiro turno, sempre poderá dizer que essa era a sua primeira opção.

Cravo & ferradura
Políticos do Rio de Janeiro tratam como pule de dez a Alerj tirar Jorge Picciani da cadeia na sessão de hoje, da mesma forma que o Senado deu fim ao recolhimento noturno de Aécio Neves. Há dúvidas, entretanto, sobre a devolução do mandato. Assim, mandariam o deputado para casa, para não deixar o desgaste tão grande para o colegiado. Afinal, no ano que vem, tem eleição, e alguns da base de Picciani resistem a arcar com essa decisão.

Se arrependimento matasse…
… Jorge Picciani, talvez, não estivesse na cadeia. Em 2014, o todo-poderoso presidente da Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro pensou em não concorrer a mais um mandato eletivo. Terminou candidato. Agora sãos os filhos, seus herdeiros políticos, que vão pensar duas vezes antes de bater o martelo diante da incerteza do voto.

CURTIDAS

Temer lá fora…/ Em janeiro, antes de o país ingressar de vez na campanha eleitoral, o peemedebista aproveitará para exercitar a diplomacia presidencial. Vai a Cingapura, Malásia, Vietnã, Indonésia e Timor. Na volta, passa uma semana em Brasília e, em seguida, embarca para o Fórum Econômico Mundial do Ocidente, em Davos, na Suíça.

… num discurso para dentro/ Em Davos, o Brasil será homenageado. É que há uma confiança muito grande de que o país é uma grande potência, ainda que tenha “variações conjunturais”, conforme avaliação de diplomatas de outras nações que observam a economia nacional. A ordem é aproveitar para, mais uma vez, mostrar o que o governo tem feito de positivo.

O professor Sarney I/ O ex-presidente José Sarney (foto) embarca, na semana que vem, para Guadalajara, no México, onde vai ministrar a Conferência Magistral (aula magna) do dia de abertura da FIL 2017, a Feira Internacional do Livro, considerada a maior do mundo em língua espanhola.

O professor Sarney II/ O ex-presidente brasileiro falará 50 minutos sobre o livro e a internet. Há tempos, seus aliados não o veem tão animado com um evento em que pretende responder se a internet matará o livro. Sarney falará sobre a história da literatura e fará reflexões sobre a escrita. Do alto de seus 87 anos, com vários livros publicados, realmente tem muito a dizer.