Clima pré-teto

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Ex-servidores comissionados do Superior Tribunal de Justiça estranharam o valor de suas rescisões trabalhistas. Faltaram as horas extras. Um deles diz que ficaram pendentes de pagamento cerca de R$ 2 mil. Quem procurou o setor de recursos humanos para saber do dinheiro saiu de mãos abanando. A assessoria do Tribunal afirma que essa despesa não ficará para o ano que vem: “O STJ trabalha para quitar todas as pendências com ex-colaboradores até o fim de dezembro”.

Em tempo: O teto de gastos ainda não está valendo, porque ainda precisa ser votado no Senado. A hora que o teto estiver valendo, dizem alguns, a situação poderá ficar pior.

Dessa vez, passa
O governo desistiu de punir, pelo menos, parte dos ausentes à votação do segundo turno da PEC de gastos na Câmara. O deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP), candidato a prefeito de Ribeirão Preto encabeça a lista de perdoados. Se estivesse em Brasília para votar, Nogueira perderia o debate e o adversário, que tem o apoio do PMDB, nadaria de braçada.

Ontem & hoje
O deputado Sílvio Costa (PTdoB-PE) passou o dia tentando animar os eleitores do deputado João Paulo (PT-PE) lembrando a primeira eleição do petista para prefeito, em 2000. Naquele período, conta o deputado, Roberto Magalhães (PFL) liderava todas as pesquisas e perdeu. A esperança do deputado é que a história se repita neste domingo.

Enquanto isso, no Rio de Janeiro…
O prefeito Eduardo Paes avisou a amigos que não pretende se aposentar depois de entregar o cargo, em janeiro de 2017. Há quem acredite que ele será candidato a governador em 2018, ainda que seja por outro partido.

Entressafra
Assessores do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, consideram que o mau humor em relação à Lava Jato não se restringe aos políticos investigados. A imprensa, na avaliação deles, também entrou nesse clima. Mas isso, garantem, não tirará o ânimo da força-tarefa. O contribuinte agradece.

Vôos, vinhos & política
Os companheiros de viagem do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ao Azerbaijão foram escolhidos a dedo a fim de discutir cenários para 2017, quando a Casa escolherá seu novo presidente. Há, pelo menos, três pré-candidatos a bordo: O próprio Rodrigo, o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), e o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI). Além deles, estão o líder do PP, Aguinaldo Ribeiro (PB), o do PPS, Rubens Bueno (PR), e o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA). Na ida, param em Madri. Na volta, em Lisboa.

CURTIDAS
Galanteio na Defesa/ Não faltaram piadinhas e brincadeiras no esforço entre os ministros em busca da paz entre os Poderes na reunião de ontem. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, se desdobrou tanto que, lá pelas tantas, saiu-e com esta, dirigindo-se à presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia: “A senhora é a nossa fada-madrinha!”.

Amigos de infância?/ Quem viu o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, na mesma reunião jura que pareciam amigos de longa data. Bastava Renan fazer um aparte para o ministro responder e vice-versa. Momento lindo.

Em nome do filho/ Moraes demonstrou que leva jeito para agradar. Lá pelas tantas, ele disse que Maceió era, em 2014, a cidade mais violenta do Brasil em número de homicídios. Hoje, é a 12ª mais segura. O elogio não veio por acaso. O governador de Alagoas é Renan Filho.

Por falar em Renan…/ Ele foi quem mais falou e pediu apartes na reunião de ontem, sobre segurança pública no Itamaraty. A cada vez que pedia a palavra, Renan mencionava seu passado de afinidades do setor. Tudo vinha acompanhado de comentários do tipo, “quando eu fui ministro da Justiça”, “quando eu presidia a Frente do desarmamento…”. Sabe de tudo!

Tutti Amici

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Apontado pelos investigadores como o “gestor financeiro” do ex-deputado Eduardo Cunha, o empresário Lúcio Funaro está acomodado no mesmo pavilhão reformado da Papuda que abriga o ex-senador Luíz Estevão. Desde julho, quando Funaro foi para a cadeia fisgado pela operação Sepsis, um desdobramento da Lava-Jato, ele se aproximou de Estevão, que cumpre pena desde março. Os dois descobriram muita coisa em comum além da fama de bons de conversa e do amor ao dinheiro. Quem tem acesso a ambos, garante que surgiu ali uma grande amizade e, quem sabe, futuros negócios.

Sem lenço…
Um veto do presidente Michel Temer à lei que reformou cargos e carreiras terminou por deixar à deriva no serviço público 504 servidores da área de tecnologia da informação (TI). São profissionais que foram tirados de suas respectivas carreiras para compor a nova carreira de Analistas de TI, criada justamente para cumprir a recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) no quesito terceirizações.

…com responsabilidade
Só no Datasus, área de saúde, esses servidores fiscalizam, cada um, R$ 42 milhões em contratos. Eles estão em romaria ás autoridades e congressistas para tentar reverter a situação. Afinal, continuam trabalhando, recebendo, porém, sem pertencer a qualquer carreira do serviço público. Ou seja, estão no limbo.

BNB de muitos governos…
Está para ser nomeado diretor de Controle e Riscos do Banco do Nordeste Jefferson Cavalcante Albuquerque, atual superintendente de Logística. Ele já ocupou a superintendência de Controles Internos, Segurança e Gestão de Riscos e, por isso, entrou na lista de gestores do banco denunciados pelo Ministério Público Federal em 2014, por suspeita de um rombo de R$ 1,2 bilhão.

… e muitos cargos
Jefferson esteve no banco no governo petista e agora permanece sob a gestão de Michel Temer e está indicado justamente para o lugar que hoje é ocupado por um funcionário da Receita Federal, Manuel Lucena dos Santos. Vem briga grande por aí.

Alexandre de olho
O ministro da Justiça, Alexandre Moraes, está preocupado com o crescimento das ligações da política com o crime organizado, em especial, no Nordeste. Não será surpresa se enviar, por exemplo, alguns observadores para acompanhar de perto a disputa em Caucaia, onde há suspeitas de influência do PCC no pleito.

CURTIDAS

Michel e Marcela/ O principal objetivo de Michel Temer na viagem ao Japão, além de, é claro, reforçar os laços afrouxados no governo Dilma, será vender o pacote de investimentos do projeto Crescer. Se conseguir algum sinal positivo aí, terá feito um gol. Caso contrário, dizem as más-línguas, será apenas a apresentação da primeira-dama considerada a mais bonita do mundo, que já faz sucesso por esses dias na Índia.

No cinema/ Nem todos os poLíticos passam os últimos dias dedicados a campanhas de segundo turno. Aguinaldo Ribeiro, líder do PP n a Câmara, por exemplo, assistia na última sexta-feira ao filme “Relatos Selvagens”. Diante do que viu ao longo de 2016 na política, o título é sugestivo.

Na eleição/ O PSol paraense está em pé de guerra. Tudo porque, depois de Lula, foi a vez do PMDB de Jader Barbalho e do ministro da Integração, Helder Barbalho, apoiar Edmilson Rodrigues em Belém. Candidato não nega apoios em segundo turno, mas também não impede confusão no partido.

Por falar em PT…/ Há lugares em que Lula ainda faz muito sucesso. Em Recife, por exemplo, o candidato João Paulo Lima, que tenta retomar a prefeitura do PSB, é apontado como “O Lula da região metropolitana”.

A hora dos “jacarés”

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Com o presidente Michel Temer a caminho da Índia e Rodrigo Maia interinamente na Presidência da República, abre-se a porta da esperança para o projeto da Repatriação da mesma forma que se abriu a da anistia ao Caixa Dois de campanha no passado recente. Naqueles dias em que Waldir Maranhão assumiu a Presidência da Casa, a anistia entrou em pauta. O mesmo querem fazer alguns parlamentares para incluir agora os parentes de políticos na Repatriação. Têm para isso os próximos dez dias em que Rodrigo estará no comando do país.

Em tempo: Entre os parlamentares, há quem chame projetos como esse de “jacarés”. Ficam por ali, parados, de molho na gaveta, e, quando o sujeito está distraído,… “Nhac!”

Em nome do filho
Condenado a 19 anos de prisão, com o cumprimento de parte da pena em regime fechado, o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) até cogitou a delação priemiada, mas mudou de ideia porque não tem como não deixar de citar o filho.

Chama o Exército!
Com a Mendes Júnior fora das obras da transposição do São Francisco, a previsão é de atraso de mais um ano para a conclusão dos trechos sobre responsabilidade da empresa. Para que isso não ocorra, o deputado Danilo Forte (PSB-CE) sugeriu ao presidente Michel Temer que use o Batalháo de Engenharia para a empreitada.

PT na reforma
Os petistas ficarão com a relatoria da reforma política. O nome na roda é o do deputado Vicente Cândido (PT-SP). É uma forma de o presidente da Casa, Rodrigo Maia, prestigiar seus aliados na eleição para o comando da Câmara.

E o Ciro, hein?
Quem acompanha as articulações de Ciro Gomes para concorrer à Presidência da República pelo PDT aposta em carreira-solo. Ou seja, sem alianças. O PT, como já dito aqui, prefere um dos seus a seguir com alguém que não se cansa de criticar os petistas.

CURTIDAS

Acessório/ Não são poucos os personagens da Lava Jato que passeiam pela orla de Salvador. Dia desses, Ricardo Pessoa, da UTC, foi visto caminhando pelo condomínio Interlagos, de Bermuda, camiseta, tênis e… Tornozeleira.

Juntos I/ O líder do PSD, Rogério Rosso, está em Londres, representando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, num evento. Sinal de que as rusgas da campanha pelo comando da Casa estão superadas.

Juntos II/ A proximidade entre Rodrigo e Rosso promete tirar o líder do PSD da campanha de Jovair Arantes para presidir a Câmara no ano que vem. Mas essa é outra história.

Por falar em história…/ O reporter fotográfico Roberto Stuckert Filho, o Tuca, que registrou todo o governo da presidente Dilma Rousseff, brindará todos os interessados em política com um livro sobre os bastidores do período em que acompanhou a rotina da primeira mulher a comandar o Brasil. Leitura obrigatória.

Treino & jogo

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Mal terminou a votação da Proposta de Emenda Constitucional sobre o teto de gastos em primeiro turno, petistas e antigos aliados da presidente Dilma Rousseff decidiram que o melhor a fazer no momento é cumprir tabela nesse tema e centrar fogo na reforma da Previdência, um assunto que cala fundo no coração de todas as famílias. Para completar, vai ferver em 2017, mais perto das eleições de 2018. No PT, há quem se refira a esse debate como a “porta da esperança para o partido”.

É aí que o governo terá que ter todo o cuidado na estratégia de comunicação da proposta, para não soar como o fim dos direitos. É dessa reforma, avaliam muitos, que sairá o discurso para as eleições.

Próxima temporada
Passado o teto de gastos, o governo começará a dizer que todo esse esforço inicial será em vão se não houver uma mudança em relação às regras para aposentadorias e pensões, em especial, a idade mínima. Essa será a narrativa para embalar a reforma da Previdência.

Alvo I
Inicialmente, os governistas jogaram no PT a responsabilidade por não votar a proposta que dá um pedaço das multas da repatriação para os estados. Porém, nos bastidores, todos apontavam para o governo, que não mobilizou seus mais 350 votos. Estão todos aguardando para ver quando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, partirá com toda a sua força para cima do líder André Moura (PSC-SE), a quem muitos líderes tratam até hoje como o homem de Eduardo Cunha.

Alvo II
Quem viveu os tempos de Cunha presidente da Casa não se esquece que, no início de 2015, o então líder do governo, Henrique Fontana, perdeu o cargo porque não conseguia conviver com o todo-poderoso comandante da Casa. Agora, é o aliado de Eduardo Cunha que vive o mesmo problema.

Manguinhos versus BR
A Refinaria de Manguinhos recorreu à Justiça para obter informações sobre todos os repasses financeiros da BR Distribuidora ao Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis) entre 2006 e 2016. A informação havia sido pedida extrajudicialmente, ou seja, de forma amigável. Porém, a resposta da subsidiária da Petrobras foi parcial. A BR Distribuidora admitiu ter pagado 758 mil reais em contribuições sindicais na última década e alegou que os demais repasses são sigilosos.

CURTIDAS

Virou padrão/ Os governistas agora sempre fazem a seguinte conta quando se trata da aprovação de projetos na Casa: Não pode ser abaixo do placar do impeachment, 367 votos. Ontem, foram 366, com todo o esforço e a ajuda de alguns favoráveis ao antigo governo, caso de Sílvio Costa (PTdoB-PE).

Feitiços & feiticeiros eleitorais I/ Ainda que o PT esteja enroscado na Lava-Jato, os aliados do candidato petista à prefeitura de Recife, João Paulo Lima, recorrem à operação para tentar ampliar votos no segundo turno. Numa mensagem apócrifa encaminhada por WhatsApp, simpatizantes do petista distribuem acusações contra o prefeito-candidato em 12 tópicos, que vão desde a citação de Geraldo Júlio na lista da Odebrecht até menções sobre o avião da campanha de Eduardo Campos.

Feitiços & feiticeiros eleitorais II/ A mensagem termina assim: “Você pode até não votar em João Paulo, agora, cuidado para não ter a decepção de ver a Polícia Federal a qualquer momento amanhecer na porta da casa de Geraldo Júlio”.

Seguro & estômago/ Como se não bastasse o jantar no Alvorada na noite de domingo, os deputados tiveram outra comilança na noite seguinte. Enquanto a votação dos destaques da PEC dos gastos públicos rolava no plenário, a sala de café anexa de transformou num self-service. As excelências consumiram 10 Kg de feijão tropeiro, 15 kg de arroz, 30 Kg de mandioca, 20 Kg de frango, 30 Kg de carne de solo, três leitoas e 20Kg de costela de porco. Fora o torresmo e os doces caseiros. Toda essa comida foi levada pelo deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), que decidiu brindar os colegas com um jantar para que ninguém saísse dali na hora da votação. Deu certo.

No mais…/ Que Nossa Senhora Aparecida nos ilumine! Hoje e sempre! Feliz Dia das Crianças!

Setor elétrico vai mudar

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Nas poucas horas em que estava ontem fora do Ministério de Minas e Energia para aprovar o teto de gastos em primeiro turno, o deputado Fernando Filho (PSB-PE) tinha que fugir dos interessados em saber como será o novo projeto para o setor elétrico. Fernando Filho só deixou antever o seguinte: “O governo anterior não deixava o setor ter mais de 6% de lucro. E ninguém quer investir para ganhar menos de 11%”, comentou. A nova proposta de regulamentação será anunciada ainda este mês.

Lula e o PT

Os deputados e senadores petistas estão muito mais dedicados a voltar à velha forma oposicionista do que propriamente defender o ex-presidente. Nos bastidores, há quem diga que caberá a Lula, alvo de nova denúncia ontem, cuidar da própria defesa.

Lula e Ciro

A ideia de Lula, de fazer de Ciro Gomes seu candidato a presidente, conforme divulgado nessa coluna na semana passada, é rechaçada por aliados de Ciro. “Lula não consegue eleger nem prefeito, vai conseguir fazer presidente da República?!” dizem os pedetistas ligados ao ex-ministro. Sem defesa, nem do PT, nem do PDT, Lula está cada vez mais sozinho.

Ciro e o PT

Os petistas são unânimes em afirmar que Ciro Gomes não é o melhor nome para representar o partido na sucessão presidencial. O momento, para o bem ou para o mal, é de reafirmação e reconstrução da legenda com nome próprio.

Meus comerciais, por favor

A Proposta de Emenda Constituicional do teto de gastos caiu no gosto das excelências. Prova disso foi o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP), candidato a prefeito de Ribeirão Preto nesse segundo turno, discursar em favor da proposta em pleno horário nobre.

PTN vira Podemos

Com 13 deputados, o PTN da deputada Renata Abreu (SP) se prepara para mudar seu nome para “Podemos”, que ficou famoso na Espanha. Ela avisa, entretanto, que o seu “Podemos” não terá nada a ver com o espanhol. “Não seremos de esquerda e nem de direita.Vamos construir algo novo”, diz ela.

Até eles/ Deputados que votaram contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff e eram classificados como “governistas roxos” nos tempos do PT estavam bastante à vontade no Alvorada na noite de domingo. Incluindo, aí, João Carlos Bacelar e José Rocha, ambos do PR da Bahia. “O PR quase todo ficou com Dilma, mas agora está com o governo”, explicou Rocha.

Pensando bem…/ Os deputados do PMDB que acompanham há tempos o jeitão de Michel Temer (foto) atribuíam ontem, ao resultado da votação da PEC 241, o “poder da gentileza” do atual presidente. Sabe como é, depois de um período em que a presidente não gostava dos salamaleques da política, os parlamentares estão em fase de namoro com o peemedebista dado ao cumprimento dos protocolos e signos políticos

… Oração nunca é demais…/ Ontem pela manhã, depois do jantar com os parlamentares, o presidente Michel Temer recebeu nos mesmos salões o conselho da Rede Vida de Televisão, presidido pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, que tem ainda a presença do arcebispo de São Paulo, Dom Odílo Scherer, e de Dom Fernando Figueiredo.

…Nem de Menos/ Aproveitaram para fazer uma oração na Capela de Nossa Sra do Alvorada, que agora retomou suas atividades. No final do governo Dilma, a capela tinha sido transformada em escritório para abrigar parte dos assessores.

O conforto dos Sarney

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No final de 1996, um acordo entre os partidos permitiu que a base aliada ao governo de Fernando Henrique Cardoso aprovasse a reeleição em 1997 para valer no ano seguinte. Agora, 20 anos depois, está em gestação um princípio de acordo para acabar com esse direito em 2017 para valer já em 2018. Assim, o presidente Michel Temer tiraria de cena qualquer receio do PSDB e do DEM de que, se o governo der certo, ele seja chamado a pleitear um novo mandato.

As conversas sobre o fim da reeleição têm chamado a atenção do grupo do ex-presidente José Sarney, no Maranhão. Tudo porque, se a ideia emplacar, tira o governador Flávio Dino (PCdoB) da briga pelo cargo. Falta combinar, entretanto, com o presidente do Senado, Renan Calheiros, que tem o filho governador de Alagoas, com possibilidade de concorrer a mais um mandato.

As suspeitas da PF
Entre os policiais federais restam hoje poucas dúvidas de que o superintendente da regional de São Paulo, Disney Rosseti, vai substituir em breve Leandro Daiello Coimbra no comando geral da Polícia Federal. Para quem não se lembra, o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, se reuniu com Rosseti por quase duas horas, antes de propalar aos quatro ventos em Ribeirão Preto que haveria novidades na Lava Jato. A fala do ministro ocorreu justamente na véspera da prisão de Antonio Palocci. Depois daquela reunião, Disney Rosseti já veio duas vezes a Brasília.

Nova ciumeira
Deputados __ e até ministros __ têm olhado com ar de inveja para o ministro de Desenvolvimento Social, Osmar Terra. Há quem diga que ele é um dos poucos com recursos para dar prosseguimento aos projetos da pasta. Para completar, ainda tem a bela e suave primeira-dama, Marcela Temer, para ajudá-lo a promover as ações voltadas às crianças. Se brincar, está em construção aí um candidato forte ao governo do Rio Grande do Sul.

Novo governo & velhos vícios
Eram 15 os deputados que ameaçavam fazer greve contra a PEC do teto do gasto público, caso o governo não nomeasse logo o ministro do Turismo, Marx Beltrão. É a turma do toma-lá-dá-cá jogando sobre o governo de Michel Temer o mesmo veneno que aplicava à administração Dilma Rousseff.

PCdoB no divã
Tem gente desconfortável com o fato de Jandira Feghali ter transformado a campanha dela para a prefeitura do Rio de Janeiro numa espécie de plebiscito sobre o #ForaTemer. Deu no que deu. Há quem defenda os comunistas passem a tratar dos assuntos da população (saúde, previdência, segurança, educação) e deixe que o PT fique remoendo o passado.

CURTIDAS

Pais & filhos/ Diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o embaixador Robert Azevêdo começa sua visita a Brasília, nesta segunda-feira (10), num evento pelo qual sente particular orgulho: a inauguração da loja de sua filha Luisa Farani no shopping Iguatemi, a partir das 17h. A estilista brasiliense despertou as atenções do mundo da moda e da primeira-dama Marcela Temer, que escolheu um vestido criado por Luisa para acompanhar o marido no desfile de 7 de Setembro.

Guerra de Titãs I/ Enquanto o governo se preocupa com a PEC do teto de gastos e remoe a sessão de sexta-feira, quando nem André Moura registrou presença, o mundo jurídico se divide entre a PEC e a disputa das duas vagas ao Conselho Nacional de Justiça, uma na Câmara, outra no Senado. A decisão está prevista para os próximos dias.

Guerra de Titãs II/ No Senado concorrerm Henrique Ávila e Octávio Orzani. Ávila, mestre em Direito Processual na PUC-SP, é sócio do escritório carioca Sérgio Bermudes e tem o apoio do ministro Gilmar Mendes e do presidente do Senado, Renan Calheiros. Orzani, servidor de carreira do Senado, mestre e graduado na USP, e em Salamanca (Espanha). Foi delegado da PF e ainda trabalhou no Ministério da Justiça.

Guerra de Titãs III/ Na Câmara, a briga envolve Ana Luísa Marcondes e Felipe Cascais Sabino Bresciani. Ünica mulher na disputa, Ana Luísa é servidora federal, doutoranda na Universidade de Buenos Aires e assessora-chefe do Conselho Naiconal do Ministério Público. O adversário dela é sub-chefe adjunto de Assuntos Jurídicos da Casa Civil e servidor de carreira do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). O chefe imediato de Bresciani, Gustavo Rocha, tem feito campanha entre os deputados para emplacar o subordinado.

Água mole em pedra dura…

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Setores da Polícia Federal estão muito preocupados com os rumores de novas mudanças no grupo de delegados que integra a força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba. Policiais federais foram alertados por amigos dentro do governo que os alvos agora são aqueles que estão desde o início da operação, Márcio Anselmo e Érika Marena.

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Érika, para quem não se lembra, é aquela delegada considerada a madrinha da operação. Foi ela quem a batizou de Lava-Jato. E Márcio Anselmo é hoje uma espécie de “pai” da investigação. Se o governo mexer aí, em especial com a perspectiva de delação de Marcelo Odebrecht, vai dar problema.

Assim não dá
Deputados estão incomodados em ter de votar a reforma da previdência estadual, conforme acordo que começa a ser cogitado entre governadores e o governo Michel Temer. Parlamentares avaliam que, em 2018, os deputados estaduais estarão com fama de bonzinhos e prontos para serem candidatos a federal, enquanto os congressistas de hoje estarão no desgaste com o eleitor.

Rixa tucana
Mal o governo respirou com a aprovação do teto de gastos na comissão especial, surgem outros problemas no horizonte. As declarações do governador do PSDB, Beto Richa, jogando um balde de água fria na aplicação da nova matriz curricular definida pela MP da reforma no ensino médio foram vistas como mais um capítulo nas rusgas entre PMDB e PSDB. Por sorte, o Instituto Teotônio Vilela divulgou um artigo elogiando as mudanças.

Duelo em Minas…
O candidato a prefeito de Montes Claros, Rui Muniz (PSB), fez transbordar a disputa velada entre o deputado Júlio Delgado e o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda. Júlio quer a troca do candidato e a expulsão do prefeito do partido, porque Muniz disputou o primeiro turno foragido e só apareceu depois que passou a vigorar o prazo que proibia prisão em flagrante por causa da eleição.Lacerda defende que se espere a decisão da Justiça Eleitoral.

…Vai rachar o PSB
Lacerda, quando perguntado se será candidato a governador de Minas Gerais, responde que “o ex-prefeito de Belo Horizonte é sempre um candidato natural”. Júlio, por sua vez, tem mais tempo de PSB e, a amigos, tem dito que Lacerda não terá apoio do partido.

CURTIDAS

Alckmin na roda…/ A presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (foto), no show em homenagem ao centenário do nascimento de Ulysses Guimarães, fez com que o dono da Universidade Paulista, João Carlos Di Gênio, amigo do governador, cometesse um deslize protocolar: ele esqueceu do representante do governo federal, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e cumprimentou todas as autoridades citando apenas o governador. Também pudera. Os ministros foram embora antes do show. Alckmin ficou até o final.

…Cheio de graça…/ Num grupo de jornalistas que o bombardeavam com perguntas durante o coquetel logo após o show, Alckmin remodelou para a política um mandamento de etiqueta para esses tipos de evento, seguido à risca desde a década de 1950 por senhoras de dieta. Os quatro esses: surgir, saudar, sorrir e sumir!

…E perto do povo/ De Brasília, Alckmin seguiu para Cuiabá. Ele está em fase de périplo por 12 estados assinando convênios com hospitais universitários para continuidade dos testes de vacinas contra a dengue produzidas pelo Instituto Butantã de São Paulo. Foi o jeito que os aliados dele encontraram de colocar o governador nos holofotes fora de seu estado natal.

Até aqui, tudo bem/ O presidente do PSDB, Aécio Neves, não está nem um pouco incomodado com as andanças do governador paulista. Em conversas com amigos, ele tem dito que, se for para deixar o PSDB em evidência, ninguém vai reclamar.

O último dos moicanos

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O último dos moicanos

O esforço do ex-presidente Lula para que o PT apoie Roberto Cláudio para prefeito de Fortaleza está diretamente relacionado ao projeto do petista de deixar as portas abertas para fazer de Ciro Gomes seu candidato a presidente em 2018. Ciro, hoje no PDT, é considerado um dos poucos nomes da política capaz de ir para o “tudo ou nada” contra o PMDB ou a trinca de pré-candidatos de PSDB – Aécio Neves, Geraldo Alckmin, José Serra.

O próprio Lula tem dito em conversas reservadas que os processos contra ele têm potencial para tirá-lo do jogo daqui a dois anos. E, se nada mudar, qualquer candidato do PT estará fadado a repetir o resultado que o partido obteve nessa eleição municipal. E Ciro, avalia Lula, com o apoio dos partidos de esquerda, teria pelo menos 15% dos votos. Esse percentual, combinado com uma pulverização dos partidos que apoiam Michel Temer, colocaria o ex-ministro no segundo turno. Diante desses cálculos, Ciro é hoje um jogador a ser acompanhado de perto.

Par de Valetes
O fato de ser Aécio Neves __ e não o diretório pernambucano do PSDB __ a anunciar o apoio neste segundo turno a Geraldo Julio, em Recife, e Antônio Campos, em Olinda, é uma forma de o presidente do PSDB tentar empatar o jogo com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, dentro do PSB. Hoje, Alckmin tem o aval do vice-governador, Márcio França, enquanto Aécio busca o grupo de Pernambuco.

Par de Reis
Em São Paulo, entretanto, quem acompanha o jogo de Alckmin de perto, garante que ele será candidato à presidente da República, ainda que não seja pelo PSDB. Se o governador for para o PSB, o jogo de Aécio hoje em Pernambuco tende a somar zero.

Par de Ases
Dentro do grupo aecista, a ideia é jogar com a data das prévias no partido de modo a evitar que Geraldo Alckmin tenha prazo para pleitear a candidatura por outra legenda. Ou seja, lá para o início de 2018.

O jogo deles
Com a decisão do Superior Tribunal de Justiça, de colocar os processos contra governadores dependentes de autorização das assembleias legislativas, o toma-lá-dá-cá vai imperar entre deputados e executivos estaduais.

CURTIDAS

Dona Lu e as sandálias da humildade/ A primeira-dama de São Paulo, Lu Alckmin, disse adeus às grifes que fazem a cabeça da maioria das socialites e mulheres de políticos. A pedido do marido, fez voto de pobreza. Só usa roupas da assistência social. No geral, aliados de Alckmin reforçam: “Quem é bela não precisa de “perequetê”.

Marcela na área/ A estreia da primeira-dama, Marcela Temer, outra que não é dada a exibir o alto luxo, pelo menos, nas aparições públicas, foi vista como um sucesso no Planalto. Que ninguém se surpreenda se, num futuro não tão distante, ela enveredar numa candidatura a deputada.

Temer no foco/ Nem Marcela, nem a guerra de 2018. As atenções do presidente hoje estão voltadas à votação do teto de gastos. Enquanto não for aprovado, ele não cuidará de outros temas.

E o Haddad, hein?/ O que mais se ouve nas rodas políticas de São Paulo é que Fernando Haddad teria lugar num segundo turno em qualquer outro partido, que não o PT. “Haddad é um tucano filiado ao PT”.

Decifra-me ou te devoro

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Passada a sua primeira eleição enquanto partido, a Rede Sustentabilidade de Marina Silva já sofre dissidências, com a saída de um grupo do Rio de Janeiro e de dois militantes de Porto Alegre. A carta encabeçada por Luiz Eduardo Soares, porta-voz da Rede no Rio de Janeiro, para justificar esse afastamento, foi recebida com desprezo pela cúpula do partido de Marina Silva. Isso porque os argumentos citados, como o apoio ao impeachment e o fato de o partido fazer o que Marina deseja, foram refutados. No caso do impeachment, foram dias de debates.

“Eles é que não entenderam a Rede e fizeram uma campanha voltada para o eleitorado da esquerda, que já estava com Marcelo Freixo. Desprezaram aquele eleitor que votou em Marina em 2016. É muito fácil culpar os outros pela derrota”, diz Pedro Ivo, um dos coordenadores de organização da Rede, muito ligado a Marina.

A cobrança
Deputados e senadores do PMDB vão começar a pressionar o partido para que seus personagens enroscados na Lava Jato comecem a se explicar bem antes de 2018. De olho na sobrevivência, há quem diga que não dá para entrar numa campanha estadual com essa espada sobre a cabeça do partido.

Soneto de separação
A disputa em São Paulo no primeiro turno entre PSDB E PMDB e a final em Porto Alegre, nessa segunda rodada, serão monitoradas com cuidado para não refletir nas votações dos projetos das reformas. Se for para brigar, que seja só na eleição de 2018.

Não é por aí
Segundo turno é tempo de agregar quem votou nos outros candidatos. Não será espezinhando o PMDB que os finalistas vão vencer. Afinal, dizem alguns, nos votos do PMDB pode estar a chave para a vitória.

Santo de casa/ O governador do Ceará, Camilo Santana, perdeu a eleição em Barbalha, sua cidade natal. Seu candidato era Fernando Santana (PT), mas quem ganhou foi Argemiro Sampaio (PSDB). Seus aliados avisam que é mau agouro para 2018.

Vai ferver…/ Petistas que sobreviveram nesta campanha pretendem cobrar do partido que pare com essa história de tratar José Dirceu (foto) como “guerreiro do povo brasileiro”.

…E embolar/ Afinal, já tem gente no partido dizendo que Dirceu não é um “preso político” e sim um “político preso”.

Daí pra Lula…/ O receio dos petistas é que essa pressão chegue a Lula, o maior nome do PT. “Aí, não!”, dizem outros.

vitoriosos e derrotados rumo a 2018

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Os recados dados pelo eleitor, ontem, vão guiar os próximos passos dos políticos com projetos ousados para a eleição presidencial. Quem saiu animado do pleito foi o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o presidente do partido, Aécio Neves. Aécio, entretanto, ainda tem que passar pelo segundo turno em Belo Horizonte, enquanto Alckmin terminou a noite em comemoração final. Ele se mostrava mais feliz pelos movimentos que adotou ao longo do processo do que propriamente pela vitória — que já vem sendo atribuída ao fato de João Doria se apresentar como um gestor e não como um “poste de Geraldo”.

Dentro do PSDB paulistano, Alckmin deu uma “cotovelada” nos aliados do ministro das Relações Exteriores, José Serra, ao fazer de João Doria candidato a prefeito da maior cidade do país. É bom lembrar que Andrea Matarazzo, serrista, seguiu para o PSD de Gilberto Kassab. De comum acordo com Serra, Matarazzo virou candidato a vice na chapa de Marta Suplicy, desta feita, candidata pelo PMDB. A dupla terminou em 4º lugar, deixando o PMDB com o signo da derrota e Serra com a missão de correr para se livrar do prejuízo, se quiser mesmo ser candidato a presidente da República pelo PMDB.

Por falar em PMDB…
A derrota do PMDB no Rio de Janeiro é outro dado relevante. O prefeito Eduardo Paes fez uma Olimpíada aplaudida pelo Brasil e pelo mundo, mas não conseguiu transformar esse sucesso em votos para o candidato que praticamente impôs ao partido, apesar de todas as dificuldades de Pedro Paulo, em especial, no eleitorado feminino, depois da história de ter batido na mulher. A derrota no Rio não só tira de Paes o verniz capaz de levá-lo a pleitear uma candidatura presidencial, como deixa o partido no Rio de Janeiro sob o perigo de perder mais terreno em 2018. Para completar a tragédia eleitoral peemedebista, o candidato Marcelo Crivella (PRB) já afirmou que não quer conversa com o PMDB, apontado como parceiro do PT na Lava-Jato,. Conversará apenas com os eleitores. Agora, o PMDB, rejeitado, não quer saber de Michel Temer ajudando Crivella no segundo turno. O que, aliás, já é dado como certo no Planalto: o presidente ficará fora até para que depois não digam que puxou algum candidato para baixo.

E o DEM, hein?
Quem se apresenta firme no jogo para 2018 é o prefeito de Salvador, ACM Neto, reeleito ontem com mais de 70% dos votos. Sua gestão, para lá de bem avaliada, será observada com mais atenção nos próximos anos, até porque, dentro do DEM, seu nome já é citado como um possível candidato a presidente, embora ele se coloque mesmo para concorrer ao governo da Bahia.

A Rede furou…
Esse primeiro turno mostrou ainda que o eleitor “se lixou” para padrinhos. Prova disso foi o fraco desempenho da Rede de Marina Silva, que mostrou não ter lastro hoje para arrastar multidões. A sigla disputará o segundo turno em Macapá contra o ex-senador Gilvam Borges (PMDB), aliado do ex-presidente José Sarney. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente fez campanha, os candidatos tiveram um desempenho abaixo do que o partido classificaria de “modesto”.

… E o PT definhou
Ex-petista, Marina Silva termina esse pleito como o seu antigo partido. O PT esperava emplacar, pelo menos, quatro candidatos num segundo turno para se considerar vivo eleitoralmente rumo a 2018: São Paulo, Porto Alegre, Recife e Fortaleza. Os resultados tiveram efeito de um jato d’água nas pretensões petistas. O partido foi para o segundo turno apenas em Recife e por uma margem muito pequena. Para completar, os eleitores dos demais candidatos, mantidas as atuais condições de temperatura e pressão, tendem a seguir com Geraldo Júlio, uma vez que eleitores do DEM e do PSDB são tradicionalmente resistentes a votar no Partido dos Trabalhadores. Lula pode até tentar alavancar, mas, diante de uma rejeição geral aos padrinhos, periga atrapalhar.

O PSol brilhou
O PSol, por sua vez, se apresenta no cenário político como um possível herdeiro dos eleitores desencantados com o PT. No Rio de Janeiro, por exemplo, o partido chegou ao segundo turno. Resta saber se saberá ampliar ou se comportará como o PT na década de 1980, que se mostrava avesso a alianças. Se o PSol se isolar à esquerda com os históricos aliados do PT tende ao fracasso.

Enquanto isso, em outras capitais…
A primeira temporada eleitoral de 2016 mostrou que a política repete o que prevalece na internet, onde o mundo é segmentado. Haja vista a ascensão de integrantes de pequenos e desconhecidos partidos a segundos turnos. Em Curitiba, por exemplo, o ex-prefeito Rafael Greca, do PMN, vai concorrer contra Ney Leprevost, de uma coligação de pequenos partidos. Em Vitória, Amaro Neto, do Solidariedade, tem apenas uma sigla tradicional na coligação, o DEM, e vai enfrentar, em 30 de outubro, o prefeito-candidato Luciano Rezende (PPS). Vale registrar: com o número de segundos turnos inferior ao que estava previsto, a tendência é Brasília retomar o seu movimento e as votações das reformas. Já não era sem tempo.

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