Quem parte e reparte…

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… Fica com a melhor parte. Capitaneado pelo ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, o PMDB baiano acaba de indicar o presidente da Companhia Docas da Bahia (Codeba). Entra o técnico Pedro Dantas e sai José Rebouças, que havia sido indicado pelo senador Otto Alencar, do PSD. Otto é aliado ao PT e, em maio, votou contra a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff. O prefeito de Salvador, ACM Neto, havia indicado Luiz Carrera, ex-chefe da Casa Civil da prefeitura. Porém, depois que o DEM levou a Presidência da Câmara, estão todos tratando de dizer que está de bom tamanho.

Linear versus seletivo
A disputa no governo para o contingenciamento de R$ 20 bilhões, mais uma vez, contrapõe a ala política à econômica. A área política quer preservar saúde e educação. A econômica quer cortar igual em todos os setores.

Reflexo zero
Os aliados que aconselham Eduardo Cunha a renunciar para não serem constrangidos a votar a cassação dele no plenário não leram a Constituição. O §4º do artigo 55 é claro ao mencionar que uma renúncia só surte efeito depois da apreciação do parecer pela cassação em plenário. O dispositivo foi aprovado em 1994, depois que uma leva de parlamentares renunciou para escapar da cassação no escândalo dos anões do Orçamento.

Por falar em Cunha…
O deputado sabe que existe ainda um pedido de prisão pendente de análise por parte do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki. Portanto, uma renúncia seria correr um risco antes da hora.

De si para si
Aliados da presidente afastada, Dilma Rousseff, consideram que os eventos dos quais ela tem participado não têm agregado novos votos contra o afastamento definitivo. Nem mobilizado liderança com capacidade de mudar a opinião de senadores. A partir da semana que vem, a ordem é investir numa programação que possa trazer esse efeito.

Ciro na roda
Enquanto a maioria dos políticos cuida das campanhas municipais, Ciro Gomes (foto) aproveita para percorrer o país com vistas a 2018. Com o PT desgastado, a cúpula pedetista está convicta de que o ex-ministro pode ter o apoio do partido de Lula na hora de buscar um candidato para chamar de seu.

Tour palaciano I/ O presidente em exercício, Michel Temer, aproveitou a calmaria da segunda-feira para transitar no Palácio do Planalto. Foi ao quarto andar, andou pelos gabinetes e avisou: “Eu não conheço o palácio. A partir de agora, farei isso mais vezes”.

Tour palaciano II/ Depois da passadinha na Casa Civil, Michel Temer foi ao segundo andar, onde almoçou com os ministros da Justiça, Alexandre de Moraes, e do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, e aproveitou para discutir a segurança das Olimpíadas. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, só não foi porque está acamado com uma virose.
É a pesquisa!/ O bom humor de todos no Planalto tem uma explicação: os números do Datafolha, que indicaram no fim de semana que 50% dos entrevistados preferem Temer a Dilma.

Enquanto isso, na agenda oficial…/ O presidente em exercício recebe esta semana o apoio da maçonaria.

Um líder sob teste

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O governo não vai trocar seu líder, André Moura, assim, de sopetão, só porque o candidato Rogério Rosso, defendido pelo deputado, perdeu a Presidência da Câmara para Rodrigo Maia, do DEM. “A hora é de juntar, e não de espanar”, comenta-se no Palácio do Planalto. O líder, entretanto, terá que entregar o que o governo deseja: resultado nas votações. Se não der, aí sim, estará sob risco. A aposta é de que Moura é bem capaz de se “adaptar”. Resta saber se terá prestígio diante do novo eixo de poder, deslocado da sua “turma”, aquela que seguia o comando de Eduardo Cunha e agora está pulverizada. O Centrão, aliás, acabou enquanto grupo político com poder de dominar a cena na Câmara, haja vista a pequena quantidade de votos destinada a Rosso, comparada com os quase 300 que compunham o grupo.

Nova temporada
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não pretende estimular, tampouco barrar, as comissões parlamentares de inquérito (CPIs) e pode, inclusive, se chamuscar nesse campo com a sua base eleitoral, no Rio de Janeiro. É que está para ser instalada a CPI da Lei Rouanet, que dificilmente deixará de chamar para deporem artistas radicados no Rio.

O dia em que o PTdoB…
A primeira pessoa a chegar à reunião do PT defendendo o voto em Rodrigo Maia no segundo turno foi o deputado Sílvio Costa (PTdoB-PE): “Vocês enlouqueceram? Querem ficar isolados? É um erro político! Isso aqui é o parlamento, não o governo!! Vocês querem dar a vitória a Eduardo Cunha?”, disse Sílvio, com sua verve tradicional.

…Mandou no PT
A partir daí, a tendência de seguir o PSol e não votar no segundo turno esmoreceu. O PT ontem à noite, logo depois do resultado, comentava que o lance da hora é ver como reagirá o Centrão.

Abaixo da cintura
Uma das mágoas do grupo que apoiou Rogério Rosso é com o deputado Alberto Fraga (DEM-DF). Há quem aposte que o zun-zun-zum das fitas de Durval Barbosa — aquelas que derrubaram José Roberto Arruda — influenciou alguns deputados. O fato de Fraga ser do DEM foi um agravante.

Entre 9 e 10 de agosto
Diante do resultado de ontem na Comissão de Constituição e Justiça, ninguém duvida que a cassação de Eduardo Cunha será um dos primeiros temas quando o Congresso voltar do recesso, mas não deve ser na primeira semana. Isso porque a legislação eleitoral deixou a temporada de convenções das eleições municipais aberta até 5 de agosto. Logo, vai se esperar esse período para garantir o quórum alto prometido por Rodrigo Maia.

CURTIDAS

É por aí/ Antes de fechar o apoio a Rodrigo Maia na madrugada de ontem, o líder do PR, Aelton de Freitas, telefonou para o ministro dos Transportes, Maurício Quintela, para saber se a bancada poderia seguir por esse caminho. Quintela pediu 10 minutos e, depois, ligou para Freitas dando sinal verde.

Quem te viu, quem te vê/ Enquanto Luiza Erundina fazia seu discurso de candidata pelo PSol na disputa pela Presidência da Casa, alguém do PT cochichava: “E o governo Itamar?”, citando o período em que o partido, numa posição radical, proibiu Erundina de ser ministra e ela terminou punida por aceitar o cargo.

Essa cadeira tem dono/ Na Presidência da Câmara, a cadeira de espaldar mais alto tem uma placa sobre a mesa colocada estrategicamente à sua frente: “Favor não sentar”. Ontem, uma pessoa distraída terminou ocupando esse posto. Delicadamente, uma representante do cerimonial se aproximou e pediu que aquela cadeira ficasse vazia. “É preciso respeitar a liturgia e a simbologia do cargo.”

Por falar em simbologia…/ A visita do presidente Rodrigo Maia ao chanceler José Serra foi um gesto para agradecer o esforço do ministro de Relações Exteriores na véspera, quando, depois de duas horas de agonia, a Embaixada do Brasil em Santiago finalmente localizou o registro de nascimento, provando que Rodrigo Maia tem nacionalidade brasileira, embora nascido no Chile, nos tempos do exílio de seu pai, César Maia.

O governo e Rodrigo

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Distância regulamentar, mas…

O governo manteve um certo afastamento da eleição da Presidência da Câmara, mas ontem, não deu. Diante da candidatura de Marcelo Castro (PMDB-PI), o Planalto ingressou para jogar no sentido de tirá-lo do segundo turno. Embora do PMDB, Castro é tido como alguém que poderia instalar um pedido de impeachment contra Michel Temer. Afinal, enquanto relator da reforma política, ele desconheceu a orientação partidária e fez o projeto que estava em sua cabeça. Do quarteto com chances, era considerado o menos confiável para o governo.

Em tempo: Temer passou o dia no celular, ao ponto de ser interrompido no encontro com prefeitos no fim da manhã, para receber informes de cada movimento. Diante da dificuldade em unir a base e certo de que virá um rosário de cobranças hoje ao seu gabinete, o presidente em exercício viajou para São Paulo. A agenda foi apenas uma desculpa para só voltar ao dia a dia da política depois que baixar a poeira da disputa pela Presidência da Casa.

Pacote de bondades
Antes das duras medidas que virão pela frente, Temer trabalha para marcar sua gestão com um rol de boas notícias na área social. Depois do reajuste do Bolsa Família, vem a prioridade de acesso aos programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida, a lares com crianças vítimas de microcefalia.

Reforço
O ex-ministro do Esporte Aldo Rebelo, mesmo fora do Congresso, agiu para tirar seu partido do colo de Marcelo Castro. Por telefone, ele lembrou a alguns que Rodrigo Maia havia ajudado na eleição do comunista, quando Severino Cavalcanti perdeu o mandato. Para completar, enquanto relator da reforma política, cumpriu todos os acordos fechados com o PCdoB.

Terrorismo
A presença de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ontem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) frente a frente com os deputados foi a senha para deixar o recurso para análise posterior. Agora, até agosto, Cunha tentará organizar outro jogo para se segurar até janeiro do ano que vem. Faltou combinar com os adversários.

E Serra salvou Rodrigo
No fim da manhã, ao averiguar a documentação do candidato do DEM, a Mesa Diretora da Câmara percebeu a falta da certidão que comprovasse a nacionalidade brasileira (Rodrigo nasceu no Chile e foi registrado na embaixada). Sem a certidão brasileira, não poderia disputar o comando da Casa. Corre daqui, corre de lá, o ministro de Relações Exteriores, José Serra, acionou a Embaixada do Brasil em Santiago para que buscasse o documento. No início da tarde, estava resolvido. Foi por pouco.

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Os currais de cada um/ Morador da mesma rua em que funciona a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o deputado Heráclito Fortes (foto) faltou ao almoço com o presidente Michel Temer esta semana. Nem mesmo a deputada Tereza Cristina (PSB-MS), que foi pessoalmente convidar o colega, conseguiu tirá-lo de casa. “Não posso deixar os vereadores e o prefeito de Currais.”

O prestígio de cada um/ Nunca antes na história deste país um prefeito e três vereadores se sentiram tão prestigiados. Um deles chegou a ligar para a família, apenas para informar que Heráclito deixou de ir encontrar o presidente da República para ficar com eles. No pequeno município do Piauí, o deputado obteve 1.200 votos.

Aperfeiçoamento/ O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, recorreu a cursos de treinamento na área de imprensa, conhecido como media training. Os amigos, entretanto, consideraram exagero: “Até que parece que ele precisa”, comentaram alguns deputados.

Hora do chá de camomila/ A senha para o recesso branco dos senadores foi a briga entre Ronaldo Caiado e Lindbergh Farias ontem, no Senado (leia detalhes no blog da Denise, em www.correiobraziliense.com.br).

Guerra de carimbos

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Numa campanha curta e diante de uma profusão de candidatos, as alas da Câmara ligadas ao governo se viram como podem para detonar o adversário. Da mesma forma que alguns tentam carimbar Rogério Rosso como o candidato de Eduardo Cunha para ver se enfraquecem a candidatura dele, o centrão agora se refere a Rodrigo Maia (DEM-RJ) como o candidato de Lula “a fim de atrapalhar o impeachment”. Como a eleição é em dois turnos, o objetivo dos centristas é, na segunda rodada, transformar a eleição em um plebiscito contra ou a favor do impeachment e repetir o placar de 367 a 137. Falta combinar com o adversário. Maia foi um dos propulsores do impeachment e, se for por esse caminho, base contra base, e num jogo de carimbos à margem da política, quem vai perder é o governo.

O “x”da profusão

O surgimento de tantos candidatos a presidente da Câmara tem um motivo translúcido: a falta de instrumentos para o toma lá dá cá em que a política nacional se viciou ao longo dos anos. Não há uma presidência de comissão ou demais cargos da Mesa Diretora para contemplar quem retirar candidaturas. Para completar, quem sentar naquela cadeira assumirá a presidência da República em setembro, quando Michel Temer irá à China.

De ovos & galinhas

O deputado Paulinho da Força (SD-SP) ainda tentava ontem um acordo para que o centrão ficasse com o mandato-tampão e o PSDB com 2017. O problema é que, dizem alguns, não dá para confiar em todos os representantes do grupo. “Daqui a seis meses, o cenário é outro e quem acreditou no acordo terminará prejudicado”, dizia um tucano.

Contabilidade I

Sem o toma lá dá cá tradicional, os partidos fazem suas contas. O centrão aposta que Rogério Rosso (PSD-DF) tem 120 votos; Rodrigo Maia (DEM-RJ), 90; e Giacobo (PR-PR), 70. Os demais, avalia o grupo, estão com menos de 30.

Contabilidade II

Fora da contagem do centrão, o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) aposta no relacionamento pessoal para emplacar seu nome: “Aqui, o que conta na hora de eleger é a simpatia e o respeito aos colegas”, diz ele.

De olho em 2018 I

As razões para o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, elogiar tanto a candidatura de Rogério Rosso ao comando da Câmara vão além das qualidades de agregador do líder do PSD. A ideia é tentar fazer com que Rosso saia de um potencial adversário a aliado, candidato ao Senado. Falta combinar com o próprio Rosso e os eleitores.
De olho em 2018 II

Rodrigo Rollemberg se aproveita para tentar ganhar pontos na frente de outro adversário, Tadeu Filippelli, do PMDB. No papel de assessor especial do presidente Michel Temer e instalado no 3º andar do Planalto, Filippelli não tem muita liberdade para se mover nesta seara das candidaturas ao comando da Câmara, sob pena de terminar irritando outros partidos aliados ao governo.

Haja energético I/ Um grupo de integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara promete fazer de tudo para liquidar ainda hoje a votação do parecer sobre o recurso que Eduardo Cunha (foto) apresentou. Há quem diga que será uma prévia da eleição jogada até a madrugada.

Haja energético II/ A eleição, marcada para esta quarta-feira, também não será tranquila. A expectativa é a de que vare a madrugada, como ocorreu quando da eleição do azarão Severino Cavalcanti (PP-PE), em 2005, quando o PT, com dois candidatos, perdeu.

A hora delas!/ Alguns candidatos espalharam moças bonitas pela Câmara distribuindo panfletos. Rosso e Carlos Gaguim (PTN-TO) saíram na frente nesse quesito. “Eu estou com a campanha na rua. São tantos candidatos que quem obtiver 50 votos estará no segundo turno. Essa história de Centrão não existe. Agora, é cada um por si”, diz Gaguim.

Clube do Mickey/ Alguns candidatos tiveram o trabalho de pesquisar: pelo menos 16 deputados são considerados votos perdidos para a Presidência da Casa. Estão no exterior e não devem voltar a tempo de eleger o futuro comandante.

O preventivo de Michel

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A fala de Michel Temer ontem em São Paulo, sobre não ter preocupações eleitorais e ficar satisfeito de conseguir colocar o país nos eixos em dois anos e meio, foi um recado direto para manter na órbita do governo todos os partidos da base aliada que pretendem lançar candidatos a presidente: PSDB, DEM, PPS, PSB. Nesse sentido, cita ainda as duras medidas que virão. Temer sabe que, na hora das medidas amargas, muitos partidos ou pré-candidatos a presidente que hoje lhe dão respaldo serão os primeiros a correr. E é isso que ele quer evitar.

Olho vivo

Os empresários estão “abismados” com a ousadia de políticos que continuam pedindo vantagens em troca de projetos. Mesmo depois do petrolão, a reclamação com os achaques continua forte nos bastidores.

Paternidade

Com a Lava-Jato passando o rodo no partido, os petistas estão num verdadeiro jogo de empurra sobre quem é ligado a quem, em especial ao vereador Alexandre Romano, preso na Operação Pixuleco II, a 18ª fase da Lava-Jato. Em recente depoimento, o deputado José Guimarães afirmou aos procuradores que o padrinho de “Chambinho” é Jilmar Tatto.

Alvos

O discurso político dos procuradores da Lava-Jato ontem em Curitiba, sobre a sociedade cansada do “casamento” de agentes políticos com a corrupção tem como primeiro endereço os deputados da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, que vão votar o recurso do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. O segundo é aquele grupo que planeja engavetar as 10 medidas contra a corrupção e por aí vai.

Insegurança geral

A autorização do governo para que a Casa da Moeda imprima passaportes sem a numeração perfurada em todas as páginas fez soar o alerta na Polícia Federal. “Pode ter brasileiro pedindo passaporte para vender por um bom preço”, avisa Luiz Boudens, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais. Boudens lembra que os passaportes brasileiros são os mais valorizados pelo crime organizado por causa da diversidade étnica do país.

“Da sabedoria busquei a humildade; da humildade clamei por justiça”

Enredo da escola Estado Maior da Restinga, em 2016, aquela que recebeu dinheiro de propina via Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do PT, represo ontem

MMA/ Nos bastidores, a aposta é a de que se Sérgio Machado (foto), algum dia, cruzar na rua com Jader Barbalho, Renan Calheiros ou Edison Lobão, apanha. Já o ex-presidente José Sarney, um cavalheiro à moda antiga, prefere um duelo.

A Esfíngie I/ Todos que tentam puxar assunto sobre sucessão na Câmara com o presidente em exercício têm a mesma resposta: “Ficaria muito feliz se você fosse o candidato, mas busque consenso dentro da base”.

A Esfíngie II/ Temer já recebeu pelo menos dois potenciais candidatos, Rogério Rosso (PSD-DF) e Heráclito Fortes (PSB-PI). Júlio Delgado (PSB-MG) pediu uma conversa e aguarda a marcação da audiência.

Depois de Maranhão…/ Com o Judiciário em recesso, Marco Aurélio Mello aproveita para dar uma palestra em Coimbra, Portugal, num seminário de verão sobre o papel do Direito nos desafios globais. Sabe como é, passada a quebra de sigilo de Waldir Maranhão, nada como uns dias fora do país.

Jogos de Espiões

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Jogos de espiões
Cientes de que simpatizantes da presidente Dilma Rousseff lotados no Planalto repassam informações de governo à inquilina do Palácio da Alvorada, assessores de Michel Temer têm feito chegar dados errados até ela. Ontem, Dilma postou às 8h56 no Twitter que o governo tomava medidas nocivas ao negar o reajuste ao Bolsa Família. Uma hora depois, lá estava o presidente em exercício comunicando uma correção de 12,5% nos valores do benefício, três pontos percentuais acima do que havia sido proposto pela petista.

A ausência do aumento do Bolsa Família na agenda de Temer foi proposital. Agora, o Planalto tem certeza de que há espionagem na Casa, e os espiões de Dilma também sabem que, às vezes, a informação que chega até eles não é bem a atitude que o presidente em exercício adotará.

Quem pariu Mateus…
Alguns senadores fizeram de tudo para ver se o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avançava o sinal e dizia que o governo não deseja o reajuste salarial dos servidores públicos. Especialmente Kátia Abreu, ex-ministra de Dilma, que fez questão de ir ao jantar com o ministro na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros. Meirelles não escorregou na casca de banana. “O governo tem seus números, mas não vou invadir a seara do Legislativo”, respondeu, mais político que os próprios congressistas.

…Que o embale em $$
Para uma maioria, o recado está dado: se o Congresso quiser dar o aumento, caberá aos parlamentares, mais cedo ou mais tarde, arrumar dinheiro para pagar a conta.

De olhos bem abertos
A presença de antigos aliados de Dilma Rousseff no jantar com Meirelles foi uma demonstração de que os votos em torno da presidente afastada não são tão sólidos quanto ela imagina. Em especial, os do PTB, bancada que compareceu em peso ao encontro com o ministro.

Renan, Dilma e Temer
Entre senadores aliados de Michel Temer cristaliza-se a ideia de que a visita do presidente do Senado, Renan Calheiros, a Dilma Rousseff foi uma espécie de recado para que o presidente em exercício nomeie logo Max Beltrão (PMDB-AL) como ministro do Turismo. Se o fizer, também terá problemas, porque cobrirá um santo e deixará outros ao relento, uma vez que o governo passará a ter dois ministros de Alagoas e nenhum de Minas Gerais.

Lula, o indiscreto
Sabendo que certamente suas ligações são gravadas, o ex-presidente Lula tem feito piadas com os amigos que demoram a procurá-lo. “Você não tem ligado mais para mim… Está com medo de ser preso?”, diz o ex-presidente, soltando a voz.

Caixinha
A assessoria de Dilma comemorou ontem os R$ 70 mil arrecadados para custear as viagens da presidente afastada. Só tem um probleminha: A hora de voo do Legacy cedido à presidente fica em torno de R$ 20 mil. Ela conseguirá preços bem mais em conta se, em vez do avião da FAB, de 12 lugares, buscar jatos menores, nas companhias de táxi-aéreo.

Jucá, impávido
Quem vê o senador Romero Jucá (foto), do PMDB de Roraima, tão dedicado aos assuntos do parlamento sai certo de que ele não se preocupa com as denúncias que têm envolvido seu nome. Ontem, mesmo depois do depoimento de Nelson Mello, da Hypermarcas, ele nem se abalou.

Seu papel é esse!
Líder na Câmara, o deputado André Moura (PSC-SE) recebeu ordens expressas do Planalto para defender o governo das acusações de que tem agido para proteger o presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha, e, assim, tentar evitar a cassação do mandato. Moura, que é aliado de Cunha, cumpriu a missão. Daí a entrevista no fim da tarde de ontem.

Emendas suspensas

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Os líderes do governo começam agora a Trabalhar no sentido de convencer os deputados e senadores a desistirem das emendas ao Orçamento que representem novas obras. É que a fonte secou. Na área de Transportes, o desembolso de R$ 1 bilhão por mês para investimentos encolheu para R$ 1 bilhão por ano. Agora, o governo autorizou R$ 4 bilhões para esse setor e destinará a conclusão das obras em andamento, com prioridade ao que falta para concluir e aos corredores de escoamento de produção. Só no Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit) são 66 obras paradas.

Eduardo e Michel I
Num encontro com o presidente em exercício, Michel Temer (PMDB-SP), no Palácio do Jaburu, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teria ido explicar por que não pretende renunciar à Presidência da Casa neste momento. Cunha não gostou de ver Temer discorrer sobre a escolha de um candidato único para ocupar o cargo, como se ele estivesse vago. Cunha avalia que tem todo o direito de se defender e nada indica que uma renúncia lhe garantiria esses direitos.

Eduardo e Michel II
O Planalto confirmou a ida de Cunha ao Jaburu. Cunha disse que não esteve lá. Quando a coluna comentou, via mensagem de texto, ao deputado, que a assessoria do Planalto confirmou o encontro, Cunha respondeu apenas “eles se enganaram. Não estive lá”. Então, tá.

A mala que pesa
Foi consenso na reunião do Comitê de Infraestrutura ontem no Planalto que as malas despachadas nos voos nacionais devem ser cobradas à parte pelas companhias aéreas. Não há consenso, entretanto, sobre a taxa de conexão. Aliás, hoje, as pessoas querem mesmo os voos diretos. Não faz sentido cobrar a mais de quem faz conexões.

Enquanto isso, no setor elétrico…
A ideia é reformular tudo, inclusive refazer a modelagem para os leilões da área de energia de agosto e outubro deste ano, de forma a colocar regras capazes de atrair os investidores. A avaliação do atual governo é de que os últimos leilões foram um fracasso. Ops! O ministro da área era Edison Lobão. Do PMDB. Para não deixar Lobão mal, a equipe de Temer tem dito que quem dava a palavra final sobre esse setor era Dilma Rousseff.

Meia-volta
O presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Gastão Vieira, vem sendo assediado para retornar ao PMDB. Emissários peemedebistas procuraram-no para dizer que, se ele voltar ao partido, poderá permanecer no cargo. Gastão Vieira hoje é cacique do Pros. No PMDB, era índio. Mas não é totalmente fora de cogitação que possa alcançar um protagonismo maior nesse momento. Afinal, o senador Edison Lobão e seus aliados enfrentam maus bocados por causa da Lava-Jato.

Tudo como dantes // O embaixador do Reino Unido, Alex Ellis, esteve no Planalto ontem para dizer de viva-voz à equipe de Michel Temer que a saída de seu país da União Europeia em nada muda a intenção de estreitar relações comerciais com o Brasil.

Tudo diferente // Embora a iniciativa da conversa tenha sido do diplomata britânico, foi a primeira vez que o embaixador foi convidado a ir ao Planalto.

Acelera, Janot!!! // Até os assessores do procurador-geral, Rodrigo Janot (foto), consideram que ele está demorando muito para concluir os inquéritos relacionados a políticos, especialmente os senadores. Não adianta Janot correr esta semana. É que, com o recesso dos tribunais superiores a partir de sábado, os processos só vão deslanchar em agosto. E olhe lá.

As agruras dos líderes // Na reunião palaciana ontem pela manhã, os líderes governistas reclamaram bastante. O da Câmara, André Moura (PSC-SE), reclamou do presidente interino da Casa, Waldir Maranhão. “Não dá mais.” Falta combinar com Eduardo Cunha. Rose de Freitas (PMDB-ES), líder no Congresso, disse que chegou e encontrou um caos, com medidas provisórias quase vencendo. Para completar, o líder do Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), lembrou que o impeachment só sai na segunda quinzena de agosto, em meio aos Jogos Olímpicos.

Lava-Jato na Esplanada reforça impeachment

Publicado em coluna Brasília-DF

Em suas avaliações mais reservadas, os petistas calculam que, diante da prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, o partido perdeu qualquer chance de dizer que o coração do governo Dilma Rousseff e de seu antecessor, Lula, estava blindado contra malfeitos e distante da caixa-preta partidária que perpassou a administração da Petrobras. O esquema estava dentro do Planejamento, pasta considerada chave e integrante do chamado núcleo duro em qualquer administração. Diante disso, integrantes do próprio PT consideram que a chance de Dilma negociar um retorno se esvai.

A tese de levar para dentro da Comissão Especial do impeachment a delação de Sérgio Machado contra o PMDB também cairá em desuso. Em termos de escândalos, tem para todos os partidos.

Ela fica, mas…
A senadora Gleisi Hoffmann conversou por telefone com Lindberg Farias (PT-RJ), pra dizer que não iria ontem à comissão do Impeachment, mas, na semana que vem, pretende reassumir seu posto na defesa de Dilma. Ela só sairá do colegiado se quiser.

…vai ter que engolir
Até aqui, a comissão especial foi cortês e solidária com a senadora petista. Porém, na hora em que o debate esquentar, e tem esquentado todos os dias, há dúvidas sobre o uso de luvas de pelica.

Turbulência & Custo
A investigação de ontem colocou mais uma lupa sobre braços da Lava-Jato em Pernambuco. A ordem agora será cruzar dados da Consulcred com o laranjal estourado na Turbulência no início da semana. Os investigadores consideram que esse braço do esquema não era pequeno, até porque passaram pela Consulcred R$ 32 milhões, praticamente 1/3 do que a PF calcula ter sido desviado.

Efeito Orloff
Adversários de Renan Calheiros viram uma certa defesa pessoal nas reclamações da Mesa Diretora do Senado apresentadas à Justiça contra a busca e apreensão na casa de uma senadora (Gleisi Hoffmann). Algo do tipo, “eu posso ser você amanhã”. Nenhum senador quer passar pelo constrangimento de busca e apreensão sem ordens do STF.

Sobraram as pedaladas
Primeiro, Dilma Rousseff perdeu o direito a usar o helicóptero. em seguida, foi a vez do avião presidencial. Agora, não poderá nem andar de motocicleta com Carlos Gabas, alvo de uma condução coercitiva ontem. Restou apenas… A bicicleta.

A hora deles e delas
A Casa vive o período das agruras dos cônjuges. Primeiro, foi a mulher do senador Telmário (PDT-RR). Ontem, o marido da senadora Gleisi.

Além de Moro
Até aqui, os políticos tratavam Sérgio Moro como um justiceiro que destoava da Justiça de um modo geral. Agora, com a decisão do juiz Paulo Bueno de Azevedo (foto) dentro da Operação Custo Brasil, os políticos consideram que esse comportamento será geral.

Olha a foto!
O repórter fotográfico Alan Marques lança hoje à noite o livro A máquina de Acelerar o tempo, com reflexões e conversas com renomados profissionais da área sobre a arte do fotojornalismo contemporâneo. Leitura obrigatória para fotógrafos, jornalistas, estudantes e, ainda, as fontes retratadas nas imagens, a partir das 19h, no SIG Quadra 2 lotes 420/ 430/ 440 — City Offices Jornalista Carlos Castello Branco, Cobertura C13.

PMDB indica deputado para Turismo

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O presidente em exercício, Michel Temer, vai desagradar o PMDB da Câmara se ouvir conselhos de aliados e nomear uma mulher para o ministério do Turismo. É que uma parcela dos deputados peemedebistas se reuniu e fechou o nome do deputado Newton Cardoso Júnior para o lugar ocupado até a última quinta-feira por Henrique Eduardo Alves. O líder da bancada, Baleia Rossi (SP), levou a decisão ontem ao Planalto. Conforme antecipou a coluna na semana passada, é a bancada do PMDB de Minas Gerais, uma das maiores da Câmara, em movimento a fim de garantir um ministro para chamar de seu.

Evangélicos também querem

Ao mesmo tempo em que Baleia Rossi puxa para a sua bancada, a Confederação Brasileira de Turismo tenta emplacar o deputado Roberto de Lucena (PV-SP), pastor evangélico, que foi secretário de Geraldo Alckmin.

Santo de casa…

O pronunciamento de quase duas horas do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, tinha apenas um objetivo: sensibilizar aqueles deputados que o elegeram para o comando da Casa em 2015 a votar pela suspensão do mandato e não a cassação.

…Não faz milagre

Até mesmo entre os aliados de Eduardo Cunha, o pronunciamento foi visto como mais do mesmo do que ele tem dito ao longo do processo. A diferença é que ali foi tudo dito de forma organizada. A maioria dos aliados continua com a tese de que, enquanto Cunha for presidente da Câmara, ficará difícil tentar emplacar apenas uma suspensão. A avaliação é de que a cassação é questão de tempo.

Lula em movimento

O ex-presidente tem contactado diversos senadores a fim de avaliar o quadro dos votos pró-Dilma no plenário da Casa. Ele tem recebido a seguinte informação: quem disser que está tudo resolvido, está chutando. Seja para um lado, seja para o outro.

Pesos & medidas

Desde a campanha de 2014, ficou uma nuvem sobre o avião que serviu a campanha de Eduardo Campos e onde ele morreu de forma trágica. Agora, com a Operação Turbulência, desencadeada ontem, esse tema até aqui evitado por toda a classe política voltará com força. Numa disputa eleitoral, entretanto, o assunto é considerado de potencial bélico bem menor do que o desvendado pela Lava-Jato, a bomba H dos escândalos políticos.

Discretíssimos/ Saraiva Felipe e Mauro Lopes, os dois deputados que fizeram questão de acompanhar in loco o pronunciamento de Eduardo Cunha no auditório do Hotel Nacional tiraram o bóton parlamentar antes de entrar na sala.

Mudou de vez/ Mauro Lopes, para quem não se lembra, é aquele que foi ministro da Aviação Civil de Dilma por menos de um mês. Saiu para votar contra o impeachment e votou a favor. Ontem, ao atender o telefone, na hora em que estava acompanhando o pronunciamento de Cunha, disse “não posso falar agora, vim dar um apoio moral”.

Cardozo é pop/ O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo (foto) mal conseguiu comer um queijo quente no Cafezinho do Senado. Quando chegou, um grupo de professoras que estava ali com a senadora Vanessa Grazziotin fez fila para tirar fotos ao lado dele.

E o Bolso, hein?/ Diante da comoção com o Brasil diante de casos de estupro, há quem diga ser difícil Jair Bolsonaro escapar ileso desse processo.

Pula fogueiraiaiá!!!!/ A semana parlamentar terminou ontem. Ficará apenas a comissão do impeachment, ouvindo depoimentos. Até os senadores têm se referido a essas sessões de oitiva de testemunhas como uma tortura.

Discurso para o futuro

Publicado em coluna Brasília-DF

Cientes de que reverter o impedimento de Dilma Rousseff é missão praticamente impossível, os senadores petistas mudaram o foco na comissão especial do impeachment. Em vez da defesa pura e simples da presidente afastada, uma reunião recente fechou como estratégia tentar se diferenciar do governo Michel Temer na questão econômica, a fim de reconquistar o eleitorado com vistas a 2018. Integrantes do PT passaram, então, a dizer diariamente que, quando o partido era governo, havia uma preocupação maior com os programas sociais. As imagens estão prontas para compor o horário eleitoral deste ano nos municípios e da próxima eleição presidencial.

O governo Temer já percebeu esse jogo. Daí, a ideia de fazer um pronunciamento à nação, defendida por alguns ministros, para que Temer possa apresentar a real situação recebida da gestão de Dilma. O problema é que, com a Lava-Jato no calcanhar do governo e ministros caindo, está difícil centrar todo o fôlego nos assuntos econômicos. Os senadores petistas, hoje na oposição, têm mais tempo de organizar o discurso. Resta saber se vai colar.

Além das multas
A perspectiva de rejeição das contas eleitorais do PT deixa a área financeira do partido insone e não é apenas por causa da suspensão do fundo partidário ou do pagamento de multa. O que tira o sono é o risco de o partido perder a imunidade tributária e ser obrigado a pagar impostos de forma retroativa. Nos tempos do mensalão, quando essa hipótese foi levantada, o Congresso mudou a lei e ligou a suspensão da imunidade a decisões do TSE sobre as contas partidárias. Agora, pelo visto, não haverá escapatória. Os valores ainda não foram calculados, mas é coisa para milhões.

“O Brasil é grande, mas não sabe ser”
Gui Brandão, embaixador, do alto de seus 87 anos e com a experiência de quem já rodou o mundo

Ruim sem ela…
O governo age para tentar deixar em frequências diferentes as denúncias de pagamento de propina ao presidente do Senado, Renan Calheiros, e o processo de impeachment de Dilma. A ordem dos peemedebistas é, daqui para frente, repisar com mais ênfase aos senadores que os agentes econômicos esperam apenas o afastamento definitivo de Dilma para dar algum fôlego à economia.

Retorno I
Gilberto Kassab quer nomear o ex-ministro das Comunicações Juarez Quadros para o conselho diretor da Anatel. Quadros, um bem-sucedido consultor na área de telecomunicações e hoje muito ligado ao conselheiro da Anatel Anibal Diniz, já sinalizou que aceitaria o convite. Ele assumiu o ministério como titular do cargo em 1998, no governo Fernando Henrique, depois da morte de Sérgio Motta.

Retorno II
A ideia de Kassab é nomear Quadros na vaga de Rodrigo Zerbone, que termina o mandato em novembro. Quanto a João Rezende, o polêmico presidente da Anatel ligado ao ex-ministro Paulo Bernardo, Kassab não tem alternativa, a não ser mantê-lo. O período dele no colegiado termina apenas em dezembro de 2018.

CURTIDAS

Se dizem que nem cunhado é parente…/ Expedito Machado Neto, Dide, queria se filiar ao PSDB e disputar um mandato de deputado federal e, apesar da roubalheira do pai, pensou em manter o projeto. O senador Tasso Jereissati (foto), porém, vetou a filiação. Embora Dide seja casado com uma sobrinha da mulher do tucano, não é momento de misturar as coisas.

Dupla do barulho/ José Dirceu e Eduardo Cunha são vistos nos bastidores como “aqueles que podem ajudar a passar o Brasil a limpo”. Cunha, dizem alguns, a partir de amanhã, começa a se preparar para essa etapa.

Por falar em Cunha…/ O número de delatores que menciona algum envolvimento de Eduardo Cunha no esquema da Lava-Jato já ultrapassou a casa da dezena.

Custo & benefício/ Com as eleições municipais logo ali, os pré-candidatos a presidente da Câmara fizeram as contas e descobriram que o eleito terá, na prática, menos de três meses no comando.