Categoria: coluna Brasília-DF
Levy Fidelix diz que será presidente da Câmara se Bolsonaro vencer
A ambição do santo de casa
Candidato a deputado federal, o presidente do PRTB, Levy Fidelix, tem dito que será presidente da Câmara, em caso de vitória de Jair Bolsonaro. Para quem não se lembra, Levy comanda o partido do candidato a vice, o general Hamilton Mourão, aquele que, conforme antecipou a coluna Brasília-DF ontem, criticou o 13º salário e o adicional de férias.
Antes de se apresentar para comandar a Câmara, Levy tem ainda que passar pelo crivo do eleitor paulista e dar muitas explicações ao Tribunal Superior Eleitoral. As irregularidades no uso dos recursos do fundo partidário são recorrentes na agremiação. As análises de 2009 a 2012, por exemplo, detectaram mais de R$ 1 milhão aplicados irregularmente, segundo informações disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Tanto é que o TSE pediu devolução ao erário de parte dos valores recebidos pelo partido.
Diante de tanta confusão, já tem gente no grupo aliado a Bolsonaro disposta a dar uma chega pra lá geral no partido do vice. Não dá para Mourão dizer que quer moralizar o Brasil, e até criticar as leis trabalhistas, se o seu próprio partido tem as contas sob suspeita de irregularidades no TSE.
O tiro no pé do general
Ainda que o general Mourão tenha tentado reduzir o estrago da sua declaração sobre o 13º salário, a campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) dedicará os próximos dias a explorar a crítica. Ontem, por exemplo, o tucano mostrou em seu programa de tevê a página deste blog, que publicou a notícia em primeira mão. Se você ainda não viu o vídeo, está lá. Não menciona “planejamento gerencial”, nem tampouco foi descontextualizada.
O estrago está feito
Alckmin sabe bem o que uma declaração mal colocada pode causar. Em 2006, quando disputou contra Lula, ele passou todo o segundo turno jurando que não privatizaria o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e a Petrobras. A defensiva lhe tirou votos naquele ano. Agora, embora Bolsonaro tenha desautorizado o general, e o próprio Mourão tenha recuado, a suspeita está lançada.
Onde pega
Mourão é preparado, demonstra conhecimento de economia em suas exposições e já disse que a reforma constitucional pode ser feita por uma comissão de notáveis, sem passar pelo Congresso. Esses detalhes somados serão fartamente explorados nas redes sociais para dizer que o capitão Bolsonaro pode estar apenas servindo de ponte para um mandato do general.
CURTIDAS
Temer isolado/ Agora, no 3º andar do Planalto, onde está o gabinete presidencial, até os funcionários têm acesso controlado às salas usadas pelo presidente da República. São quatro estações de portas de vidro espalhadas no corredor. Ou seja, está no fim aquela história do sujeito que vai visitar um assessor do outro lado e termina na sala de Michel Temer ou da chefia de gabinete sem ser convidado. Para passar ali agora, só com autorização formal.
Histórias de Roriz I/ O ex-governador do DF Joaquim Roriz não perdia a chance de dar conselhos a aliados interessados em saber como ele conquistava a simpatia da população local. Certa vez, chamado a uma reunião da campanha de José Serra, em 2002, ele não titubeou: “Tem que fazer que nem eu: dar cesta básica, leite, lote”. Serra arregalou os olhos. Enquanto candidato, não tinha como fazer isso.
Histórias de Roriz II/ Cristovam Buarque, depois de perder a eleição para Roriz, quis saber de alguns eleitores mais humildes o porquê do voto no oponente. A resposta deu aos aliados do petista — que ouviram a história — a razão do sucesso: “O Cristovam fez o saneamento, mas se não fosse o Roriz, eu não estava aqui, no meu lote”.
Paulo Guedes está quieto, mas o general Mourão voltou a abrir mais um pouquinho daquilo que pode ser feito, caso Jair Bolsonaro vença a eleição. Em palestra no Clube dos Diretores Lojistas (CDL) de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, ele mencionou a necessidade de “implementação séria” da reforma trabalhista e sacou o 13º como uma das “jabuticabas” brasileiras.
“Como a gente arrecada 12 (meses) e pagamos 13? O Brasil é o único lugar onde a pessoa entra em férias e ganha mais”, disse. “São coisas nossas, a legislação que está aí. A visão dita social com o chapéu dos outros e não do governo”, comentou. A palestra, disponível no YouTube, promete ser mais uma polêmica para o candidato administrar. Até aqui, o 13º era considerado quase que uma cláusula pétrea. Pelo visto, no futuro será rediscutido. Assista a fala de Mourão no vídeo abaixo (a partir dos 20 minutos e 25 segundos):
Os partidos e Eliana
Candidata ao governo do Distrito Federal, Eliana Pedrosa (Pros) que se prepare. Alguns adversários já entraram em contato com seus respectivos aliados no Rio de Janeir, a fim de coletar todas as informações a respeito dos contratos que a colocaram como ré no processo que envolve o Detran-RJ.
Pressão sobre Bolsonaro…
Meio esquecido no debate do SBT, Jair Bolsonaro não ficará tão protegido nos demais confrontos. Especialmente, agora que os médicos já disseram que ele poderá inclusive participar de debates depois de receber alta, a ordem nos adversários é não baixar a guarda.
…gera reação
Cientes de que o teor emocional pós-facada está acabando, Bolsonaro não ficará inerte. A intenção é anunciar mais alguns ministros para mostrar que pode agregar personalidades a um futuro governo, caso seja vitorioso. É a aposta para o tudo ou nada no primeiro turno.
Onde mora o perigo
Com a reeleição de Rui Costa caminhando para a definição ainda no primeiro turno, os petistas começam a se preocupar em manter a mobilização em prol de Fernando Haddad, caso o candidato do PT esteja no segundo turno da sucessão presidencial.
Enquanto isso, na turma da terceira via…
Aliados de Geraldo Alckmin temem uma migração de votos para Ciro Gomes, o candidato do PDT, que, no espectro político fica entre o PT de Fernando Haddad e o PSDB.
… a história ensina
Em 1989, Leonel Brizola era visto como o candidato capaz de derrotar Fernando Collor no segundo turno, porque era considerado mais palatável aos eleitores tucanos. Da mesma forma, dizem muitos, Ciro é visto hoje como um candidato à direita do PT. E como já chamou o MDB de “quadrilha”, seria certeza de não ter Romero Jucá como líder do governo.
CURTIDAS
A “canja” de Suplicy/ Candidato ao Senado, Eduardo Suplicy (foto), do PT, tem feito campanha em bares de São Paulo em parceria com o deputado Paulo Teixeira. Dia desses, depois da conversa com os eleitores, ele soltou a voz com a sua marca registrada Blowing in the wind, de Bob Dylan. Ninguém saiu correndo.
O discreto/ Quem acompanhou in loco a palestra do general Hamilton Mourão, em Uruguaiana, considera que a conversa dele com Paulo Guedes na semana passada foi justamente para dar subsídio econômico a essas explanações do general Brasil a fora. Portanto, não estaria sozinho nas reflexões sobre o 13º salário.
Mourão e Palocci/ Na mesma palestra, Mourão comparou Antonio Palocci a Adhemar de Barros, o “rouba, mas faz”.
Mourão e FHC/ O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu um elogio meio atravessado do general: “Não morro de amores por ele, mas a questão econômica foi muito bem tratada pela equipe que ele escolheu”.
A outra eleição/ Nem todo o Brasil está de olho 24 horas na eleição presidencial ou para os demais cargos em disputa em 7 de outubro. Os advogados estão mais voltados para a sua própria eleição. Hoje, por exemplo, o pré-candidato à Presidência da OAB-DF, Max Tedesca lança o movimento OAB para todos, na Asbac, 20h.
A carta de Fernando Henrique Cardoso tentando chamar os simpatizantes do PSDB à razão levou os dois extremos a refletirem sobre tomar a mesma direção. Jair Bolsonaro, o líder das pesquisas, escondeu o general Hamilton Mourão, tirou o economista Paulo Guedes dos debates pelo Brasil afora e, até a semana que vem, fará uma carta de apreço à democracia e respeito às diferenças. Fernando Haddad, por sua vez, vem sendo aconselhado a caminhar na direção da “coesão nacional”, economia de mercado e reformas consideradas essenciais para o ajuste fiscal de que o país necessita.
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Ambos, entretanto, enfrentam problemas com esses textos. A turma de Bolsonaro considera que não é hora de fazer concessões ao centro, sob a máxima de que, “em time que está ganhando, não se mexe”. E, da parte do PT, prevalece hoje a tese de que qualquer passo rumo ao centro deve ser feito apenas no segundo turno. A ordem é chegar lá só com as propostas já colocadas pela coligação e deixar as concessões para o segundo turno.
Interpol seletiva I
Acabou a fase de oba-oba com os alertas vermelhos na Interpol. Em pelo menos dois casos, a polícia internacional retirou nomes da lista de mais procurados, acolhendo justificativas de perseguição política. O primeiro havia sido feito pelo Brasil, no caso do advogado Rodrigo Tacla Durán, alvo da Lava-Jato que colocou em xeque a imparcialidade do juiz Sérgio Moro.
Interpol seletiva II
Agora, na semana passada, houve o mesmo em relação a Rafael Corrêa, o ex-presidente do Equador. Para muitos, o recado está dado: as ordens devem ser fartas de provas, como no caso do banqueiro Alberto Cacciola e do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato.
Memória
Para quem não se lembra, Cacciola é aquele banqueiro, ex-dono do banco Marka, preso por crimes contra o sistema financeiro cometidos durante o governo Fernando Henrique. Fugiu e foi preso seis anos depois no Principado de Mônaco. Passou três anos em Bangu. Pizzolato, condenado no esquema do mensalão petista, também foi para a Itália e terminou extraditado em 2015. Saiu da Papuda em outubro do ano passado.
A hora do tudo ou nada
Os tucanos concluíram que não há mais saída nesta reta final, a não ser atacar dos dois extremos, tanto Jair Bolsonaro quanto Fernando Haddad. Se os candidatos do PSL e do PT forem ambos ao segundo turno, ficará difícil os tucanos apoiarem formalmente um ou outro. Henrique Meirelles também entrou nessa toada, mas com uma diferença: desde o início da campanha, se coloca como alguém que ajuda o país. Logo, não terá como recusar ajuda a quem vencer.
CURTIDAS
A rainha do impostômetro/ Ex-ministra da Agricultura de Dilma Rousseff, a senadora Kátia Abreu (PDT-TO) (foto), candidata a vice na chapa de Ciro Gomes, vai lembrar que foi uma das maiores vozes contra a CPMF no governo Lula, quando ainda era do DEM. Ela foi uma das defensoras de se colocar o medidor de impostos no centro de São Paulo e todos os dias levava o tema ao plenário do Senado.
Prioridade petista I/ Na andança de Fernando Haddad em Recife ontem, o senador Humberto Costa (PT-PE), candidato à reeleição, e Marília Arraes, candidata a deputada federal, caminharam colados ao presidenciável. Costa foi escalado para falar na transmissão via internet.
Prioridade petista II/ Humberto está em terceiro nas pesquisas para o Senado. São duas vagas. Marília é vista como a esperança para puxar por outros deputados federais do partido. Lá, quem está mais à frente para a Câmara é João Campos, do PSB, filho do ex-governador Eduardo Campos.
E a Dilma, hein?/ A ex-presidente Dilma Rousseff continua em forma. Dia desses, provocou gargalhadas em Betim e virou a anedota preferida dos políticos do próprio partido. “Estou aqui com o Fernando Pimentel, e com o Fernando Haddad. Dois Haddads. Não, dois Pimentéis. Não, um Fernando!”.
Candidatas dos mais variados partidos foram à Justiça para obter os 30% de recursos para financiamento de campanha. Em Goiás, por exemplo, candidatas como Eulinda Brito, do PSD, que é procuradora, só conseguiram algum depois da ação judicial. Os partidos, por sua vez, correm para atender às candidatas que recorrem aos tribunais. É que, a menos de um mês da eleição, não dá para correr o risco de ver os recursos represados, porque o partido descumpriu ordem judicial e só garantir a liberação depois das eleições. Nessa hora do desespero, qualquer centavo é considerado bem-vindo.
Caladinho aí
Depois de o general Hamilton Mourão, candidato a vice, ser enquadrado por Jair Bolsonaro, chegou a vez de Paulo Guedes. Por ordem do “chefe”, o economista cancelou, de última hora, um encontro com empresários no Credit Suísse, ontem em São Paulo. O receio agora é a turma do mercado pisar forte no freio. Ao que tudo indica, já pisou.
Ninguém segura
O general Augusto Heleno, que tem papel central na campanha de Jair Bolsonaro, foi escalado para tentar conter as falas de Mourão. Mas, quem conhece o candidato a vice assegura que Heleno não conseguirá cumprir essa missão. Afinal, como já dissemos aqui, general não bate continência para capitão. Porém, se Bolsonaro for eleito, a história é outra. Para o presidente da República, todos têm que bater continência.
Por falar em Bolsonaro…
Os médicos não deram qualquer previsão de alta hospitalar para o candidato do PSL, Jair Bolsonaro.
Agora ou nunca I
A equipe do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, tratava o debate da Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida (SP), como a chance para tentar arrancar votos de Jair Bolsonaro e daqueles que rejeitam o PT. A ordem era reforçar que seu plano econômico não trará de volta a CPMF e, de quebra, se colocar como o candidato com experiência administrativa, algo que Jair Bolsonaro não tem.
Agora ou nunca II
A avaliação dos tucanos é a de que a saída para tirar Geraldo Alckmin do atoleiro está no programa exibido ontem, que traz a mensagem de que os extremos não são bons para o país. O comando tucano considera que os próximos dias serão cruciais para levar os eleitores a essa reflexão.
CURTIDAS
Tete a tete tucano/ O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, teve uma conversa a portas fechadas com Fernando Henrique Cardoso. O ex-presidente ficou de ajudar a conter a debandada de aliados.
Por que não te calas?/ Um dos que o grão tucano deve conversar é o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (foto), que tem dito cobras e lagartos a respeito do candidato.
Ciro versus Haddad/ O candidato do PDT, Ciro Gomes, chegou a Aparecida disposto a partir para cima do candidato do PT, Fernando Haddad, que teve ontem à noite seu primeiro debate.
Sentiram o tranco/ A equipe do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, organizou uma carreata com um festival de fogos em frente ao centro de eventos da Basílica de Aparecida, local do debate entre os presidenciáveis. Esse era o único confronto de primeiro turno que o deputado tinha planejado participar, nessa reta final.
Nas conversas de bastidores durante jantar na casa publicitário Nizan Guanaes, parte dos representantes de bancos, do agronegócio, de grandes empresas nas áreas de telecomunicações chegaram ã seguinte conclusão: Querem eleger qualquer um, menos “um representante do PT”. Por isso, muitos que planejavam votar em Geraldo Alckmin, do PSDB, agora começam a migrar para Jair Bolsonaro (PSL), de forma a tentar liquidar a fatura no primeiro turno e “evitar o PT”. Só tem um probleminha: a proposta de Paulo Guedes, de recriação de um tributo parecido com a CPMF, assustou a muitos. E, se brincar, fará refluir essa onda.
Ciente do apoio dos endinheirados de São Paulo e da possibilidade dessa turma sair correndo na próxima semana, caso cresça essa linha de recriação da CPMF,Bolsonaro se apressou em desmentir o volta do imposto do cheque e a tirar fotos com papel e caneta em mãos, e, depois, andando pelos corredores do hospital Albert Einstein, onde continua internado. A ordem é passar a ideia de que quem manda é ele e não Paulo Guedes. Na dúvida, um pedaço do PIB vai esperar um pouquinho antes de seguir em bloco para o capitão.
Agro é guerra I
O jantar na casa de Nizan Guanaes não foi para discutir as eleições e sim o setor agropecuário, o motor da economia nacional, junto com o presidente da Confederação Nacional da Agricultura, João Martins, que se coloca como a voz nacional do agro. No mesmo dia, o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Nabhan Garcia, se reuniu com empresários em defesa da candidatura de Bolsonaro.
Agro é guerra II
A UDR e a CNA hoje brigam pela primazia de representação do setor e a UDR, ao que tudo indica, levará a melhor. Nabhan é quem dará as cartas na seara do agronegócio, em caso de vitória de Jair Bolsonaro. Ele está para Bolsonaro como aquele sujeito que compra apartamento na planta e acompanha toda a construção. Abraçou o projeto quando ninguém acreditava que pudesse dar certo.
“A grandeza da crise brasileira não está no texto constitucional e sim na fraqueza de seus aplicadores nos três Poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário”
Do jurista Ives Gandra Martins, em seminário sobre os 30 anos da Constituição, promovido pela Fecomércio em São Paulo.
Sutis diferenças
As centrais sindicais se dividiram entre Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT). O petista promete revogar a lei trabalhista. E o pedetista rever a legislação. Os demais apoiam as mudança na legislação. Vai ser mais um tema a gerar polêmica no Congresso no ano que vem.
CURTIDAS
Em busca do anti-PT/ Ciro Gomes, do PDT, passa a jogar em duas frentes: A daqueles que não desejam o PT e daqueles que rejeitam Bolsonaro. Tenta ocupar o lugar que Geraldo Alckmin até aqui não conseguiu alcançar, o daquele que venceria tanto Haddad quanto Bolsonaro. Vai começar a bater pesado na tecla de que Haddad, se eleito, representará Lula administrando o país da cadeia. O primeiro embate entre os dois será hoje no debate da TV Aparecida.
Os “oitentões” I/ O debate da Fecomércio sobre os 30 anos da Constituição reuniu juristas do porte de Ives Gandra martins, Bernardo Cabral e Ney Prado. Todos já passaram dos 80 anos e continuam estudando e refletindo sobre o país.
Os oitentões II/ No debate, ficou patente que, apesar dos avanços, o texto precisa de reformas urgentes, em especial, a política. A maioria defendeu o voto distrital e também mudanças na forma como o Supremo Tribunal Federal (STF) delibera.
Os oitentões III/ Ali, houve um consenso de que o Brasil não tem um STF mas 11 Supremos Tribunais Federais. Foi nessa turma que o novo presidente do Supremo, Dias Toffoli, foi se inspirar há algumas semanas, quando lançou a ideia de valorizar o colegiado e tentar evitar o que chamou de 11 ilhas.
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Sds
Denise Rothenburg
(61) 9987-1610
Numa reunião a portas fechadas num hotel em São Paulo, os bolsonaristas fecharam várias estratégias para esta reta final de primeiro turno. A primeira delas é dar ao candidato a vice, general Hamilton Mourão, um discurso lastreado no modelo de controle civil do país nos últimos 30 anos e que essa receita não será alterada. Até aqui, avaliam os aliados de Jair Bolsonaro, o discurso de Mourão é considerado um entrave à campanha. Ontem, por exemplo, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, bateu duro na declaração em que o general se referiu a famílias chefiadas por mães e avós como “fábricas de desajustados”. “Isso é uma ofensa às mães que criam seus filhos com dificuldade, com sacrifício, às vezes dois, três filhos, sozinhas. Às avós, que são verdadeiras heroínas. É lamentável esse tipo de declaração”, afirmou o tucano.
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Paralelamente às falas de Mourão, os bolsonaristas preparam o discurso para o segundo turno, quando os temas econômicos estarão mais visíveis. A ideia é levar a campanha do candidato para o centro, abusar das expressões “liberal-democrata” e defender a economia de mercado como pilar do resgate da dívida social. A ordem é destacar a expressão “resgate da dívida social”. Afinal, dizem aliados do capitão reformado, quem quer vencer tem de caminhar para o centro.
Fácil & difícil
Os estrategistas de Jair Bolsonaro concluíram que, enquanto a campanha estiver voltada para o anti-Lula, o candidato deles nada de braçada. Quando chega a hora de discutir política pública, a equipe e o próprio candidato escorregam. Nesse ponto, conforme a coluna já escreveu há alguns dias, seus estrategistas consideram que o candidato terminou preservado.
Fácil agora, difícil
no segundo turno
Para alívio do candidato, esses estrategistas consultaram especialistas em pesquisas, que lhes garantiram que, a esta altura do campeonato, o capítulo política pública só será explorado no segundo turno.
Santo de casa
Os coordenadores políticos da campanha do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, estão convictos de que a melhor forma de o candidato tentar ganhar fôlego nesta reta final é reconquistando os votos dos paulistas e paulistanos e apostando forte ainda em Minas Gerais. Se não for por aí, adeus.
Precauções jurídicas
Autoridades do governo de Michel Temer começaram a consultar medalhões da advocacia para saber o que o futuro lhes reserva em 2019. O cenário não é nada bom. Seja para o presidente, seja para os ministros. Ninguém, entretanto, pensa em sair do país em 1º de janeiro.
Por falar em Temer…
Em São Paulo, os adversários do candidato do MDB ao governo, Paulo Skaf, passaram a massificar a mensagem de que o emedebista é o candidato de Temer. É uma tentativa de desgastar Skaf e deixar que ele chegue enfraquecido ao segundo turno.
Companheiros I/ No voo que o levou para São Paulo, ontem no fim da manhã, a fim de participar de reuniões de coordenação da campanha de Bolsonaro, o general Augusto Heleno (foto) sentou-se ao lado de um padre francês. Lá pelas tantas, entra o tema eleição, e o padre pergunta em quem
o general votaria para presidente. Na hora, o general conta que pensou: “Pronto, vou dizer que voto no Bolsonaro, e o padre vai se benzer”.
Companheiros II/ A preocupação
do general não durou 10 segundos. Ao ouvir que Heleno votaria em Bolsonaro, eis que o padre sorri e diz: “Ah, sou amigo da Marie Le Pen”. O general suspirou aliviado.
Eu sou legal!/ O candidato do PT, Fernando Haddad, sentiu o desgaste no fim de semana em que o governador de Minas, Fernando Pimentel, mencionou o indulto a Lula como o primeiro ato de governo do postulante petista a presidente da República. Por isso, disse, com todas as letras, que não dará a liberdade ao ex-presidente e respeitará a decisão da Justiça.
Eu sou legal II!/ A avaliação é de que os votos do PT, com ou sem indulto, Haddad terá. Ele quer agora é conquistar aqueles eleitores que votam em candidatos de centro, porém, rejeitam totalmente Jair Bolsonaro.
O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, tem dito que sua missão agora é repetir o que fez João Doria na eleição para prefeito em 2016. Bastou o prefeito-candidato Fernando Haddad, à época, subir um pouco nas pesquisas para que Doria ampliasse os ataques ao PT. O tucano venceu no primeiro turno. É por aí que o candidato do PSL pretende jogar, tirando do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, o discurso de porto seguro do antipetismo, que o ex-governador tentou emplacar.
Alckmin, por sua vez, volta ao discurso de anti-Bolsonaro, com pitadas de anti-PT. Ele vai intensificar na tevê a mensagem de que é o único capaz de derrotar, seja Haddad, seja Bolsonaro. Aliados do PSDB consideram que, até aqui, a “onda Geraldo” não apareceu. A contar pelo andar da carruagem, virou marola. Porém, o tucano também sonha em repetir Doria, que saiu dos 6% e venceu.
“Não pode ficar assim”
Quem está fora do país e acompanha as eleições não se conforma com o silêncio em torno dos financiadores de Adelio Bispo, o criminoso que esfaqueou Jair Bolsonaro. Regina Swift, brasileira radicada nos Estados Unidos, criou um abaixo-assinado em change.org com advogados brasileiros para exigir apuração: “Quem banca Adelio? O povo quer saber”. Em menos de oito horas no ar, a petição estava com quatro mil assinaturas.
Nada muda no Brasil. Bolsonaro é um Lula de farda. Será festejado e usado pela elite enquanto interessar”
Do ex-deputado Paulo Delgado (PT-MG),
um dos principais críticos do próprio partido
Foram eles!
Já tem tucano dizendo, em conversas reservadas, que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso conspirou contra Geraldo Alckmin. E petista dizendo que o governador-candidato de Minas Gerais, Fernando Pimentel, conspira contra Fernando Haddad.
A meta de Ciro
Estrategistas de Ciro Gomes calculam que, se ele chegar cabeça a cabeça com Fernando Haddad na última semana da eleição, terminará levando a diferença para passar ao segundo turno, com os votos daqueles eleitores que não querem os extremos na final.
A enquete de Toffoli I/ Em sua primeira entrevista depois da posse, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli (foto), pediu que levantassem a mão os jornalistas desconfiados da segurança do voto na urna eletrônica. Ninguém se manifestou.
A enquete de Toffoli II/ Alguns jornalistas até ficaram com vontade de erguer o braço, porém, ninguém se mexeu, porque consideraram que não dava para ficar nessa polêmica, transformando o presidente do STF de entrevistado em entrevistador. Faz sentido.
Ana Amélia e Kátia Abreu/ As senadoras que concorrem à vaga de vice, Ana Amélia (PP-RS), de Geraldo Alckmin, e Kátia Abreu (PDT-TO), de Ciro Gomes, tomam caminhos distintos. Enquanto a gaúcha ataca o PT, Kátia bate forte no general Mourão, vice de Bolsonaro, sobre a frase de que famílias sem pai e avô são fábrica de desajustados. “Um filme de terror de péssima qualidade. O Brasil tem 30 milhões de mulheres que chefiam suas famílias. Tem certeza de que essa dupla quer governar o meu país? É muita pretensão”, afirmou.
Esquisito/ A apreensão de US$ 16 milhões em relógios de luxo, joias e dólares na comitiva da Guiné Equatorial, a 23 dias do primeiro turno, deixou muita gente de orelha em pé.
Colaborou Renato Souza
A aposta do meio jurídico é de que a Procuradoria-Geral da República deixará para 2019 o oferecimento de denúncia contra o presidente Michel Temer no caso da suspeita de propina nos portos. É que, embora a Polícia Federal esteja investigando o presidente agora, os fatos se referem a 2014, quando ele ainda era vice. E, reza a legislação, um presidente só pode ser processado por atos relativos ao mandato.
Enquanto o processo não vem, Temer aproveita para tentar dar uma arrumada na biografia, entregando obras pelo país. Ele coloca na conta de seu governo, por exemplo, a transposição do rio São Francisco, projeto que foi paralisado na administração Dilma Rousseff e que o presidente retomou.
Enquanto Bolsonaro
se recupera…
Aliados do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, traçam um “plano C” para a hipótese de o candidato não se recuperar a tempo de conseguir fazer campanha no segundo turno. E a solução passará por quem tiver um discurso mais moderado.
… a intriga corre solta
A entrevista que o príncipe Luiz Phillipe de Orléans e Bragança concedeu à revista Crusoé vem sendo citada entre os aliados de Bolsonaro como um tiro para tentar afastar o presidente do PSL, Gustavo Bebianno. Na entrevista, embora, cercado de “não sei se foi isso e não houve cobrança direta”, o príncipe faz insinuações de que teria suspeitado de uma cobrança indireta de dinheiro para ser vice na chapa.
Apostas
Quem arrisca fazer cálculos sobre bancadas põe o MDB e o PP disputando cabeça a cabeça a hegemonia na Câmara. Porém, nada de números tão espetaculares. As contas indicam que os partidos majoritários farão, no máximo, 55 parlamentares. O PT vem no segundo pelotão, com algo em torno de 40 deputados.
Moral da história
Quem vencer a eleição presidencial terá que conversar com o partido de Michel Temer, hoje criticado por todos os candidatos.
Destinos cruzados/ O governador do DF, Rodrigo Rollemberg, e o de São Paulo, Márcio França, passaram boa parte da posse de Dias Toffoli conversando. Ambos estão com dificuldades de fazer deslanchar as campanhas.
Os recados do pacificador I/ Dias Toffoli assumiu a Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) com a missão de pacificar a Casa e atender todos os públicos. O primeiro gesto foi fazer do ministro Luís Roberto Barroso o orador em nome da Corte. Barroso, há alguns meses, protagonizou uma discussão acalorada com o ministro Gilmar Mendes, chamando-o de “pessoa horrível”.
Os recados do pacificador II/ A escolha de Barroso deixou Toffoli à vontade para, em seu próprio discurso, citar a necessidade de diálogo entre os ministros e de respeito às diferenças, e a importância da generosidade e do afeto. Para bons entendedores, é hora de deixar de lado cenas acaloradas em plenário.
Arthur, o cabo eleitoral/ Presente à posse de Toffoli, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (foto),
do PSDB, conversou com Geraldo Alckmin por telefone, há três semanas, quando alertou o tucano sobre a necessidade de apresentar uma proposta econômica para a Amazônia e a Zona Franca. Combinaram uma visita de Geraldo ao estado. “Recebi o Álvaro Dias, que é meu irmão, mas tive a alegria de não estar lá para receber o Ciro Gomes, que fala bobagem com pose. Ele representa o atraso”, diz.
O movimento que geralmente ocorre a poucos dias da eleição, desta vez, parece mais acelerado e, pelo andar da carruagem, aponta para transformar Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) em maiores apostas para as próximas semanas. Em São Paulo — onde o Ibope mostrou Alckmin e Ciro em ascensão, enquanto Jair Bolsonaro subiu apenas um ponto, de 22% para 23% —, há quem assegure que já está em curso a migração: o eleitor tem deixado de lado seu candidato preferido para apostar em alguém com capacidade de derrotar quem ele mais rejeita.
No quartel-general bolsonarista, a subida do candidato nas pesquisas em todo o país, depois do atentado, era considerada fava contada. Porém, não se esperava tão pouco em São Paulo. Por isso, há quem esteja disposto a mudar a imagem do postulante ao Planalto, tornando-o mais “paz e amor”. E, conforme a coluna publicou em primeira mão na quarta-feira, os apoiadores do candidato do PSL vão pregar ainda o voto branco e o nulo, a fim de reduzir a quantidade de votos válidos e tentar assegurar a vitória logo na primeira rodada. Pesquisa não decide eleição, mas dita movimentos. E, enquanto uns seguem para o voto útil, outros pregam o nulo e o branco.
Queda de braço no PT I
Fernando Haddad foi a Curitiba, ontem, certo de que, à noite, ele e Manuela D’Ávila estariam num ato em São Paulo prontos para virarem a chapa de Lula. O novo parecer do escritório das Nações Unidas jogou um balde de água fria.
Queda de braço no PT II
Os sinais ontem eram os de que um grupo do partido ainda pretende jogar no sentido de manter a pressão para que o ministro Celso de Mello libere a candidatura, ainda que seja por liminar, até que o STF julgue o mérito. Porém, essa ala perde força diariamente. O PT não quer passar as próximas semanas, cruciais da campanha, nessa novela, ainda mais depois que Haddad cresceu na pesquisa do Datafolha.
O que eles temem
Bastou o presidente Michel Temer passar a atacar os candidatos a presidente da República para que, em menos de uma semana, voltassem as notícias sobre pagamento de propina. Desta vez, com direito a áudios que o delator apresentou para mostrar que combinava horários de pagamento com o coronel Lima, fiel aliado de Temer.
Calendário
O prazo de 15 dias solicitado pela Polícia Federal para conclusão do inquérito em que o presidente
é citado foi visto como mais um agravante para o candidato do MDB, Henrique Meirelles. É que, embora o ex-ministro da Fazenda não tenha a ver com o caso, o partido segue na roda das notícias negativas.
Sem boca livre I/ As autoridades em Brasília começam a se adequar aos novos tempos de orçamentos mais modestos. Os convidados para o coquetel de comemoração da posse do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli (foto), e do vice, Luiz Fux, terão de desembolsar R$ 250 por cabeça.
Sem boca livre II/ A entrada será mediante um código fornecido ao convidado apenas depois do envio do comprovante de pagamento ao cerimonial. O mesmo sistema foi adotado para o jantar no dia da posse
do presidente do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio de Noronha.
Menos, general!/ A turma mais ligada a Jair Bolsonaro não gostou de Hamilton Mourão ter dito em alto e bom som, durante entrevista à Globonews, que era a primeira opção de Jair Bolsonaro para a vaga de vice na chapa. Afinal, fez parecer que os movimentos anteriores não passaram de teatro. E não é bom um candidato passar a imagem de que não
é sincero em suas conversas políticas.
O adeus a Ubirajara Timm/ Referência na aquicultura no país e responsável pela introdução de trutas no Brasil, Ubirajara Timm dedicou a vida a transformar o setor pesqueiro num segmento mais profissional e moderno. Uma das frases preferidas dele, segundo amigos, era “tendência não é destino”.
O corpo será velado hoje, das 8h às 11h, na capela 10 do Campo da Esperança. De lá, seguirá para o crematório em Valparaíso.
Há alguns dias, quando o candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, fazia campanha, na feira central de Ceilândia, ao lado do governador-candidato, Rodrigo Rollemberg, a segurança retirou um sujeito, em atitude considerada suspeita, que portava um facão e recolheu a arma. Em janeiro, o ônibus em que a comitiva do ex-presidente Lula viajava no Sul do país foi apedrejado. Agora, esse atentado a Jair Bolsonaro completa o círculo e acende o sinal de alerta na Polícia Federal. A avaliação da PF é de que nenhum candidato está totalmente seguro.
Aqueles que conversaram ontem com policiais garantem que algumas possíveis situações de perigo para os candidatos, como a do sujeito com facão no dia de Ciro e Rollemberg na feira, já foram evitados. Nunca se sabe onde um sujeito tomado pelo desequilíbrio — por enquanto, é assim que eles tratam esses casos — atacará. A ordem é reforçar especialmente os serviços de inteligência.
O representante
Enquanto Bolsonaro estiver fora de combate, quem o representará é o candidato a vice, general Hamilton Mourão, que, ontem, num primeiro momento, acusou o PT pelo atentado. Pelo visto, os ânimos vão continuar acirrados.
Vai sem ele
Apoiadores de Jair Bolsonaro convocaram manifestações em várias cidades para manter a campanha do candidato viva nas ruas. Será a prova dos nove da mobilização sem a presença do deputado que lidera as pesquisas de intenção de voto.
Próximos capítulos 1
Analistas ontem eram unânimes em afirmar que, depois do atentado, Jair Bolsonaro se manterá na liderança e conquistará apoios. Mas, daqui a alguns dias, o fato de o candidato defender a liberação de armas de fogo e, em alguns casos, incitar a violência contra adversários, deve voltar à baila.
Próximos capítulos 2
Ninguém arrisca dizer quando Jair Bolsonaro voltará à campanha. Mas seus apoiadores desejam algo bastante voltado à religiosidade do povo brasileiro.
E o PT, hein?
A decisão do ministro Celso de Mello de negar a liminar liberando a candidatura de Lula não deixa outra opção ao partido, se não organizar a passagem do bastão para Fernando Haddad. Apesar das resistências, deverá ser mesmo em 11 de setembro.
Ficou para depois/ O atentado a Jair Bolsonaro parou o Brasil. Pelo menos, no Palácio do Planalto. A reunião que tratava das medidas provisórias para a criação de fundos patrimoniais e a definição do modelo de gestão dos museus teve que ser suspensa. A ordem é retomar ainda hoje, depois do desfile.
É para ontem 1/ O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que presidia a reunião, foi chamado para o encontro em que o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, fez um relato ao presidente a respeito da segurança dos candidatos e, juntos, decidiram reforçar a atuação.
Por falar em Temer…./O presidente pretende continuar a defesa do governo e os ataques a Geraldo Alckmin via vídeos no Twitter, como aqueles em que citou a participação do PSDB no seu Ministério. Agora, entretanto, diante do atentado a Bolsonaro, vai baixar a bola.
… está tudo meio nebuloso/ O atentado também jogou em segundo plano as denúncias de que o presidente teria recebido propina. As apostas da classe política são as de que esse tema só volta à baila com força em janeiro.
Os hinos de cada um/ O ministro da Justiça, Torquato Jardim (foto), abriu as comemorações de 7 de setembro com uma exibição da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional (que continua fechado), no saguão do Ministério. Ao final, Torquato brincou: “Ficou faltando um quarto hino!” O maestro Claudio Cohen fez aquela cara de quem não estava entendendo, e o ministro cantarolou a melodia que todo flamenguista canta com a mão sobre o peito.
“Eu sou Fluminense!!!, retruca o maestro.
Paz e democracia a todos neste 7 de Setembro