Categoria: coluna Brasília-DF
Coluna Brasília-DF
Com tanto serviço no PSL, Eduardo Bolsonaro (SP) tem agora o discurso perfeito para, se quiser, desistir da sua indicação para embaixador do Brasil em Washington. Até agora, o 03 não tomou essa decisão, mas, entre os aliados de Eduardo, há quem diga que, enquanto o partido não estiver pacificado, o deputado vai ficando por aqui. Aliás, a crise terminou por tirar o deputado da viagem do presidente à Ásia e ao Oriente Médio.
Sai pra lá
O PSL, apesar de grande, não tira fôlego nem da reforma previdenciária, nem dos outros projetos relacionados à pauta econômica. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já avisou que não quer saber de polêmica de partido nas reuniões para tratar da pauta. Cada um que cuide de sua bancada. Aliás, a do PSL já vem sendo apelidada de “a ‘pancada’ do PSL na Câmara”.
Enquanto isso, no mercado…
A bolsa de valores subiu por causa do cenário externo e a perspectiva de aprovação da reforma da Previdência. Porém, a guerra no PSL e a tal declaração do ex-líder Delegado Waldir (GO), de que iria “implodir” o presidente se fosse destituído, ajudaram o dólar a seguir o mesmo caminho. É o saldo de um partido de governo oposicionista.
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Enquanto o PSL ferve, o PT começa a pressionar para que a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decida logo o habeas corpus em que a defesa do ex-presidente Lula pede a suspeição do ministro da Justiça, Sérgio Moro, enquanto juiz da Lava-Jato. Para os petistas, esse seria o melhor dos mundos, porque levaria o caso de volta à fase de denúncia e, de quebra, reforçaria o discurso da inocência do ex-presidente para a campanha eleitoral do ano que vem. É aí que o PT jogará nos próximos meses.
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Até agora, como já é conhecido, só votaram o relator Edson Fachin e a ministra Cármen Lúcia, ambos contra o pedido de Lula. Faltam Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e o decano Celso de Mello. Os petistas estão esperançosos nessa suspeição do ministro mais popular do governo Bolsonaro, o único que, a preços de hoje, derrotaria o presidente num segundo turno, conforme mostrou a última pesquisa de intenção de voto divulgada pela revista Veja. Quem conhece os ministros do STF, entretanto, duvida que eles estejam dispostos a mexer nisso agora. Primeiro, a segunda instância, que já é confusão para mais de metro.
Vão ter que engolir
Ainda sem relatório aprovado, a CPI do BNDES busca a prorrogação por mais 15 dias, pelo menos, para tentar votar o parecer do relator, Altineu Côrtes (PL-RJ). Se não conseguir, a ideia é buscar uma brecha jurídica que permita encaminhar tudo ao Ministério Público. Nem que seja uma denúncia assinada pelos deputados. Há quem diga que os documentos angariados são suficientes para colocar muita gente na cadeia.
Mourão e Moro bem na fita/ O ministro da Justiça, Sérgio Moro, visitou Pernambuco para acompanhar in loco os projetos de segurança. A viagem se dá dias depois de o governador Paulo Câmara ser mencionado de forma deselegante pelo presidente Bolsonaro. Já o presidente em exercício, Hamilton Mourão, anunciou o Exército atuante na limpeza das praias.
Democracia em debate I/ O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e o
ex-presidente Sepúlveda Pertence abrem hoje à noite o XXII Congresso de Direito Internacional, no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). Os temas deste ano são sistemas de governo e crise da democracia. A moderação da abertura estará a cargo do ministro do STF Gilmar Mendes.
Democracia em debate II/ O programa é bem extenso. Até quinta-feira, serão 10 painéis de discussões dentro do XXII Congresso Internacional, incluindo violação de dados pessoais, desinformação, riscos à democracia, cortes constitucionais e o populismo judicial.
Homenagem/ Hoje, na abertura, às 20h, haverá homenagem póstuma ao ex-deputado Sigmaringa Seixas, defensor incansável da democracia, falecido em 25 de dezembro do ano passado.
Com a redução de despesas obrigatórias, Congresso quer aumentar emendas de bancadas
Coluna Brasília-DF
A nove quartas-feiras do fim do ano legislativo, o Congresso já está com o relatório preliminar do Orçamento de 2020 praticamente fechado, esperando apenas a mensagem retificadora do projeto da Lei Orçamentária, com a redução das despesas obrigatórias, a fim de abrir espaço para investimentos — em especial, emendas de bancada.
A ideia é aproveitar a economia com o fim dos 10% de multa do FGTS — algo que os deputados calculam render uma economia de R$ 5 bilhões. É quase o total das emendas de bancada, R$ 6,6 bilhões, que passam a ser de liberação impositiva, R$ 248 milhões para cada estado e o Distrito Federal.
Muitos estados terão apenas esses recursos para investir e mostrar algum serviço ao eleitor. Daí, enquanto muitos se divertem com a guerra interna do PSL, os pragmáticos vão pressionar para garantir esses recursos.
Visão dos otimistas
Reunião de líderes verifica amanhã quais as chances de se chegar a um acordo para votação da reforma tributária e definir a pauta para essa reta final de 2019. Ninguém bota muita fé na apreciação da tributária, muito menos numa pauta extensa para essa reta final de 2019.
Mergulhado
Ligado ao governador de São Paulo, João Doria, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, não convidou Jair Bolsonaro a ingressar na legenda. A ordem do momento é ficar quieto e ver como é que fica o jogo lá na frente.
Cada um na sua
Kassab está dedicado a fortalecer o partido para as eleições municipais. Em São Paulo, por exemplo, o PSD irá de Andrea Matarazzo. “A lógica das eleições municipais é fortalecer os partidos. Alianças estaduais e nacional vêm depois dessa fase”, diz ele, que considera cedo para que se faça qualquer análise mais acurada sobre o cenário de 2022.
A hora deles
O novo presidente do MDB, Baleia Rossi, quer aproveitar esse fim de ano para tentar chegar a um consenso sobre as propostas de reforma tributária que tramitam na Câmara e no Senado. Nesse trabalho, aproveitará para dar mais visibilidade aos governadores do partido, Ibaneis Rocha, do Distrito Federal; Helder Barbalho, do Pará; e Renan Filho, de Alagoas. Afinal, são os governadores que vão puxar essas discussões, caso o governo federal não consiga se organizar a tempo de entrar nessa discussão.
» CURTIDAS
O trunfo de Eduardo/ Do alto de quem já foi primeiro-secretário da Mesa Diretora da Câmara, cargo conhecido como a “prefeitura da Casa”, Eduardo Gomes sabe perfeitamente onde aperta o calo dos antigos colegas. Ali, construiu uma rede de amigos que lhe abrirá as portas para a articulação política, não só entre os partidos de centro, bem como da oposição.
Novo tique entre os deputados / Quem entra agora em qualquer sala para reuniões no Parlamento olha logo para o colo do sujeito para ver se ele está com o celular equilibrado na perna. Outros chegam a ações extremadas, com olhar sob a mesa para ver se não há um aparelho de escuta. É que essa história de gravações não é de hoje e, agora, confirmado que deputados gravaram seus colegas e até o presidente da República, ninguém se sente tranquilo.
O desafio de Joice I/ Ao deixar o posto de líder do governo, Joice Hasselmann perderá a condição que lhe permitia participar das reuniões de cúpula da Casa e, de quebra, a legião de jornalistas que a seguia Salão Verde afora. A luta agora será para permanecer na ribalta como pré-candidata a prefeita de São Paulo.
O desafio de Joice II/ A primeira tarefa, a que muitos institutos de pesquisa já se dedicam, é saber qual o percentual de votos que ela conseguiu por causa de Jair Bolsonaro e aqueles que conquistou por conta própria.
Ninguém se mexe/ Os profissionais da política entraram em modo observação. Ninguém se mexe até saber onde vai essa guerra no PSL. O saldo, no momento, é pró-Bivar, por causa da composição do diretório e a liderança da bancada na Câmara.
Não será surpresa se Joice Hasselmann ganhar o controle do PSL em SP
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A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) sai das articulações do Planalto e fica livre, inclusive, para tomar conta do PSL paulista. Afinal, ela ficou ao lado do presidente Luciano Bivar e do líder, delegado Waldir. Não será surpresa se ganhar o controle do partido em São Paulo.
Certo & duvidoso
Joice sabe que, hoje, tem mais espaço para ser candidata a prefeita de São Paulo pelo PSL do que pelo DEM, que tem um problema: o vice-governador Rodrigo Garcia joga com o PSDB de olho no apoio dos tucanos para concorrer ao governo do estado em 2022, quando João Dória deve deixar o posto para ser candidato a presidente da República. E Garcia não quer Joice fazendo marola nos seus planos.
Eduardo Gomes chega para ajudar Bolsonaro a superar crise no PSL
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Com trânsito em todos os partidos, o novo líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), chega para ajudar o presidente a superar a crise no PSL arregimentando apoios em outras agremiações. Esse trabalho será lento e gradual e começa a partir da semana que vem, tão logo o Senado aprove a reforma da Previdência. A ideia é aproveitar este final de ano para buscar apoios, organizar a votação da reforma tributária, que tramita simultaneamente na Câmara e no Senado.
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Ainda hoje, Eduardo Gomes se reúne com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para conversar sobre o que será possível votar ainda este ano. A avaliação geral é de que, diante do tumulto na seara política, é melhor fechar o ano com a reforma previdenciária e esperar 2020 para tratar de outros temas. Inclusive, mudanças na regra de ouro e a reforma administrativa, que desembarcam no Congresso na próxima semana. A regra de ouro em vigor não permite endividamentos para cobrir despesas correntes (salários e aposentadorias, por exemplo).
Ajudinha I
Eduardo Gomes desembarca na liderança do governo junto com 19 novos projetos de suplementação orçamentária, que aterrissaram no Congresso por esses dias, num total de quase R$ 40 bilhões. O maior deles, de R$ 34 bilhões, tem o próprio líder como relator. Refere-se ao pagamento do governo à Petrobras, como parte da revisão da cessão onerosa.
Ajudinha II
Nesses projetos de suplementação, estão ainda várias emendas de deputados e senadores ao Orçamento da União, em especial, as áreas de saúde e transportes com recursos para o Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit), onde se concentram emendas de bancada.
Caldo de galinha e água benta…/ Ao pedir desculpas ontem pelo post sobre a prisão em segunda instância publicado no perfil do presidente Jair Bolsonaro no Twitter, o vereador Carlos Bolsonaro confessa que escreve nas redes sociais do chefe da Nação. Os mais fiéis aliados já cansaram de avisar que o melhor é deixar o presidente cuidar de seu próprio Twitter.
Frase / “Não subestime a nossa capacidade de criar problemas para nós mesmos”
Do ex-ministro da Justiça e ex-deputado José Eduardo Cardozo, referindo-se ao PT ainda nos tempos do governo Dilma Rousseff. O PSL de hoje tem muita semelhança com o PT de ontem.
Por falar em PT…/ O partido concentra hoje toda a sua aposta no julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a prisão em segunda instância. Não por acaso, eram os petistas a maioria dos manifestantes em frente ao STF na tarde de ontem.
Toffoli a la Marco Maciel/ Às da política, o ex-vice-presidente Marco Maciel sacava a seguinte frase quando havia uma crise ou algo complicado a resolver: “Não vamos fulanizar”. É essa máxima que o STF seguirá nesse período em que trata da prisão em segunda instância.
Por falar em passado…/ Nunca antes na história desse país se ouviu em alto e bom som o líder do partido do presidente da República chamando o chefe da Nação de “vagabundo” como fez o delegado Waldir (PSL-GO). Algo está fora da ordem.
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O líder do PSL, delegado Waldir (GO), mais uma vez se juntou ao PSol, PT e PDT. Desta vez, a confusão levou o presidente da comissão especial que analisa da aposentadoria dos militares, José Priante (MDB-PA), a suspender tudo até segunda ordem.
O resultado foi o líder do governo, Vitor Hugo (PSL-GO), afastado da comissão, correr ao telefone e fazer apelos a cada deputado, de forma a tentar criar um clima favorável à votação na próxima semana. Se o ambiente político não melhorar, não vota tão cedo. “O ritmo da votação hoje depende desse entendimento”, diz Priante.
Bombeiros de olho
Os parlamentares consideram ponto pacífico a inclusão de bombeiros e policiais militares na reforma da aposentadoria das Forças Armadas, mas há o risco de ressurgir a tese de que essas categorias devem ser discutidas em cada estado. Se ocorrer, compromete a aprovação da proposta. José Priante garante que esse ponto está pacificado, mas há quem considere que todo o cuidado é pouco.
Enquanto isso, no Planalto…
Ao chegar da visita ao general Villas Boas, o presidente Jair Bolsonaro foi direto para a reunião de deputados do PSL, no Planalto, onde eles foram consultar sobre a necessidade de tirar Delegado Waldir da liderança. Conforme antecipou ontem a coluna ontem, é o primeiro movimento.
Últimos acordes
Está tudo praticamente acertado para que o Senado conclua a reforma da Previdência na semana que vem. A partir daí, o governo não terá mais refresco: ou monta uma base ampla ou não conseguirá fazer valer a sua vontade.
Adeus pauta ideológica
Ninguém aposta um vintém sequer nas pautas ideológicas do governo, como novos projetos sobre armamentos, e até mesmo o pacote anti-crime do ministro Sérgio Moro. O que dá para tocar são as reformas econômicas e o Orçamento de 2020.
PT na lida/ Os deputados do PT comentam reservadamente que se Lula não conseguir a liberdade até o final do ano, não terá outro jeito senão aceitar o regime semi-aberto.
Por enquanto não teve pizza, mas…/ Nos embates políticos da CPI do BNDES, a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) tem reiterado que não aceitará “pizza”. Porém, não perdeu a gentileza com os colegas. Já passava da hora do almoço quando ela encomendou salgados para dar aquela enganada na fome e não suspender os trabalhos. Todos os deputados foram agraciados com coxinhas, quibes e
pães de queijo.
Leitura obrigatória I/ O Exército reeditou o livro de Gilberto Freyre, Nação e Exército, de 1949, com um prefácio do chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, general de Divisão Richard
Fernandez Nunes.
Leitura obrigatória II/ Freyre faz uma reflexão das relações civis-militares, num texto que, 70 anos depois, não perdeu a atualidade. Na contracapa, a mensagem: “A verdade, porém, é que o país onde o Exército seja a única, ou quase a única, força organizada, necessita de urgente organização ou reorganização do conjunto de suas atividades sociais e de cultura para ser verdadeiramente Nação. (…) Nação desorganizada não é Nação; é apenas paisagem”.
A disputa da semana no PSL: afastar o deputado Delegado Waldir
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Os aliados do presidente Jair Bolsonaro percorrem o plenário em conversas com outros deputados, no sentido de formar maioria para afastar o deputado Delegado Waldir (GO) do cargo de líder do partido na Câmara. A avaliação do grupo é a de que ele passou dos limites ao obstruir a votação da medida provisória da reforma administrativa e, de quebra, ainda tirou o líder do governo, deputado Major Vitor Hugo (GO), da comissão especial que analisa a aposentadoria dos militares.
A ordem é tentar obter o controle da legenda na Câmara. E, se possível, até mesmo conquistar o comando do partido de Luciano Bivar, no embalo da operação da Polícia Federal de ontem, que teve o presidente do PSL como alvo. Se não for possível, aí sim aproveitam a “visita” da PF a Bivar para deixar a legenda. Mas nada é para já. A data-limite estabelecida pela Justiça para que Bivar apresente as contas partidárias dos últimos cinco anos é a próxima segunda-feira, quando Bolsonaro já estará em viagem à Ásia. Até lá, a guerra continua.
Preparem o espírito
Quem conhece a cabeça dos juízes da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal aposta que a tendência é a condenação de Geddel Vieira Lima e de seu irmão Lúcio, por lavagem de dinheiro e associação criminosa, por causa dos R$ 51 milhões encontrados no apartamento em Salvador.
Empacou de vez
Senadores estão cada vez mais resistentes a aprovar o nome de Eduardo Bolsonaro para embaixador do Brasil em Washington. Essa visão começa a contaminar também a perspectiva de trocar o nome de Eduardo pelo do atual chanceler, Ernesto Araújo. Nos bastidores, afirmam que esse preço vai subir tanto quanto o do petróleo.
R$ 500 verde a amarelo
O que levantou o governo do presidente Jair Bolsonaro na pesquisa da XP Investimentos, divulgada ontem, foram as ações na economia, mais precisamente a liberação de R$ 500 das contas do FGTS.
Pinta de candidato
A entrevista do ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) ao programa CB.Poder, segunda-feira, foi lida pelos adversários como um ensaio de quem deseja concorrer ao GDF. A preços de hoje, a centro-direita irá dividida. Há quem diga que, se o PT for inteligente, deve trabalhar o apoio ao socialista.
Comparações/ Quem pergunta ao senador major Olímpio como está o PSL, ele responde de bate-pronto: “Uma maravilha. Melhor que isso, só pão com b…”.
Por falar em PSL…/ O senador Flávio Bolsonaro aos poucos vai se soltando. Ontem, foi à tribuna do Senado falar sobre o projeto de cessão onerosa dos recursos do pré-sal e agradecer aos colegas pelo tratamento dado ao Rio de Janeiro na distribuição dos valores. Aproveitou para fazer os comerciais do presidente Jair Bolsonaro: “Ele é generoso, não quer o poder pelo poder”, disse, aplaudido por alguns.
O pacificador/ Hélio Lopes, também conhecido por Hélio Bolsonaro, tomou a frente das conversas para tentar pacificar o partido. Ontem, puxou Felipe Franceschini num canto do plenário para um longo bate-papo. Há quem diga que está realmente aprendendo a fazer política.
Livro & eleições/ O consultor político Osmar Bria lança hoje, às 16h, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, o livro A fórmula do voto – Vença a eleição com Inteligência Emocional. Especialista em programação neurolinguística, Bria revela em sua obra estratégias emocionais para treinar pré-candidatos a mandatos eletivos, algo que já deu o que falar na eleição passada. Vale a leitura.
Caso Lula seja solto, PT percorrerá o país para dizer ele é inocente
Coluna Brasília-DF
No caso de o Supremo Tribunal Federal (STF) entender que a prisão só deve ocorrer depois de esgotados todos os recursos, o que pode resultar na libertação do ex-presidente Lula, o PT percorrerá o país dizendo que seu maior líder é inocente, ainda que ele tenha outros processos e os recursos a respeito da condenação estejam pendentes nas instâncias superiores.
Afinal, Lula tem dito que só sai se for inocente e se a tese da prisão em segunda instância for derrubada, a ideia dos petistas é aproveitar esse final de 2019 para amplificar a narrativa da inocência e, assim, preparar terreno para as eleições municipais.
Em tempo: O PSL, tão perdido em suas brigas internas, não se preparou para o julgamento desta quinta-feira, da prisão em segunda instância. É Carlos Bolsonaro versus senador Major Olímpio, Jair Bolsonaro versus Luciano Bivar, e dos deputados entre si.
O lado B da soltura
A hipótese de o STF derrubar a tese da prisão em segunda instância e Lula ficar livre não é considerada ruim pelos aliados do presidente Jair Bolsonaro. É que, assim, avaliam, será mais fácil manter a polarização PT versus Bolsonaro, deixando os demais personagens em segundo plano.
Problema real I
“Os sinais de retomada da atividade econômica ainda são dúbios”, diz a Instituição Fiscal Independente (Ifi) no relatório de acompanhamento das contas públicas que acaba de sair do forno. A indústria, ainda sob os efeitos da crise, e a situação do mercado de trabalho segue desfavorável para a criação de empregos formais em razão das incertezas que cercam o cenário econômico e da contenção de custos pelas empresas.
Problema real II
Os investimentos públicos caíram à metade se comparados com 2014. Para completar, as despesas obrigatórias continuam crescendo. Todo o esforço de corte tem sido nas discricionárias (investimentos e custeio da máquina pública). Ou seja, o ajuste fiscal, diz o relatório, é de “baixa qualidade”. E se continuar assim, a confiança externa não vem.
Vai sobrar…/ Para quem não acompanhou o fim de semana: Carlos Bolsonaro chamou o senador Major Olímpio de “bobo da corte” e ouviu como resposta “moleque” e que o presidente deveria “providenciar uma internação psiquiátrica” para 02. Essa briga só atrapalha o deputado Eduardo Bolsonaro.
… para 03/ Embora Major Olímpio diga que votará a favor da indicação de Eduardo Bolsonaro para embaixador do Brasil em Washington, a situação faz crescer a imagem de que os filhos mais atrapalham do que ajudam o pai. A foto de 03 com a camiseta zombando dos movimentos LBGT no fim de semana também não ajuda.
Terceiro milagre/ Há quem diga que a decisão do presidente do STF, Dias Toffoli, de colocar a prisão em segunda instância na sessão desta quinta-feira, foi tomada numa conversa com o ex-presidente José Sarney em Roma, onde participaram da cerimônia que transformou irmã Dulce em Santa Dulce dos Pobres.
Fernanda Montenegro, 90 anos/ A atriz será homenageada nesta quarta-feira, 16, data de seu aniversário, com uma sessão especial na Câmara dos Deputados.
Bolsonaro não gostou de sermão de arcebispo contra a direita
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O governo levou um susto com o sermão de Dom Orlando Brandes na missa matinal, na qual o arcebispo de Aparecida disse: “temos um dragão do tradicionalismo” e se referiu à direita como “violenta” e “injusta”. E terminou essa parte da homilia dizendo: “Estamos fuzilando o Papa, o Sínodo, o Concílio do Vaticano II. Parece que não queremos vida”. Bolsonaro não gostou.
Bolsonaro e a Igreja
A ida do presidente Jair Bolsonaro à Basílica de Aparecida foi vista por setores do governo e da própria Igreja como uma forma de tentar amortecer o mal-estar entre ele e parte da Igreja Católica. É o primeiro presidente a passar o dia da Padroeira em Aparecida, mas isso ainda não acabou com o desconforto.
Nem adianta reclamar com o Papa
O governo também está incomodado com o fato de o Papa Francisco ter uma reunião com os governadores de estados da Amazônia, 28 deste mês, no dia seguinte ao encerramento do sínodo. O motivo não é a reunião em si, mas o fato de a Rede Eclesial Pan-Amazônica organizar o encontro sem sequer um convite ao governo federal. Soou, para alguns na área governamental, como uma provocação, algo que está longe do papel da Igreja.
Partidos querem limitar janela de troca de legenda antes das eleições
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Os partidos e seus principais caciques preparam uma reforma política para fechar todas as portas de troca de legenda, deixando aberta apenas uma janela para que a mudança seja feita no período de 30 dias que antecedem a marca de um ano antes da eleição. A ordem é acabar com essa história de permitir que a criação de um partido, ou mesmo a fusão de agremiações, possa servir de pretexto para que os deputados pulem de legenda.
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A proposta, em gestação nos jantares de Brasília, faz sentido. Vem como uma luva para evitar que os puxadores de votos, caso de Bolsonaro, possam organizar um partido na undécima hora da sucessão presidencial e levar com ele uma penca de deputados. Diante do saco de gatos que virou o PSL, há muitos no centro da política com receio de movimentos mais ousados, com novas agremiações.
O prazo de um ano das eleições também não é à toa. Assim, todos conhecerão com antecedência a força de cada um. Sozinho, o governo não conseguirá barrar a proposta. E, até aqui, não há quem a conteste entre seus potenciais aliados. Portanto, caberá ao presidente aceitar a regra do jogo eleitoral que for definida pelos congressistas, a cada dia mais distantes do governo.
Espelhados
A guerra interna do PSL deixa o partido de Jair Bolsonaro tão confuso quanto era o PT nos tempos em que a legenda de Lula se refestelava nos salões de Brasília. Lá atrás, vários deixaram o PT quando Lula empreendeu a reforma da Previdência e também houve muita gente descontente no escândalo do mensalão. Agora, no PSL, com denúncias de laranjas e por aí vai, não está muito diferente.
Curtidas
BFF/ O líder do MDB, Eduardo Braga (AM), e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) estão num momento “best friend forever”. Invariavelmente, conversam no plenário e, dia desses, chegaram juntos ao Senado. Em política, isso não é coincidência.
Foco no Rio/ O MDB do Rio de Janeiro virou terra arrasada desde que seus principais caciques foram para a cadeia — Sérgio Cabral, Eduardo Cunha e Jorge Picciani. Por isso, tem muita gente de olho nessa amizade entre o líder emedebista e o 01.
Missão quase impossível/ O ex-senador Chiquinho Escórcio (MDB) telefonou para Alberto Fraga dia desses e foi direto: “Você agora não é mais coronel da PM”. Antes que Fraga pudesse perguntar por que, o rápido Chiquinho saiu-se com esta: “Você agora é bombeiro!” É Fraga quem tem ajudado a acalmar os ânimos do presidente quando a crise aperta entre Bolsonaro e o Congresso.
Festa em Curitiba em suspense/ Calma, pessoal! Nada a ver com Lula e, sim, com a turma que está no complexo Médico Penal. Lá, sempre tem uma confraternização de fim de ano para os detentos, mediante autorização do juiz corregedor dos presídios ou da Vara de Execução Penal. A deste ano ainda está sob risco. Até agora, a autorização não chegou ao Conselho da Comunidade de Curitiba, que é quem organiza o evento.