Agências na mira do governo…

Publicado em Política

Blog da Denise publicado em 15 de outubro de 2024, por Denise Rothenburg

Os problemas que o país atravessa na área de energia elétrica e aqueles que ocorreram no setor de mineração com as barragens de rejeitos expuseram as falhas das agências reguladoras na fiscalização e cobrança dos serviços — e vão ampliar as cobranças dos partidos. Em Roma, onde participou do II Fórum Internacional Esfera, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu a remodelagem das agências, que “aprenderam a parte ruim do governo anterior, que é não entender o que é harmonia entre os Poderes e decisão judicial”. Ele criticou o fato de que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não busca o diálogo. Nas entrelinhas, ainda atacou a demora da agência em agir em vários casos, dizendo que “lugar de banana é na vitamina”.

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…e dos partidos/ Enquanto Silveira faz as críticas, os partidos, nos bastidores, buscam indicar os integrantes das agências. Até aqui, o ministro de Minas e Energia só pôde indicar um diretor. Os demais não saem este ano. Porém, a queda de braço para as futuras indicações começou dentro do Centrão.

Hora de acertar o jogo

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pretende deixar os temas polêmicos para depois das eleições municipais. Esta semana, vai se dedicar a conversar com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre como ficam as emendas parlamentares. Até o final deste segundo turno, é preciso resolver essa pendência.

Menos um

Com o escândalo dos testes de HIV errados em laboratório de um parente do Doutor Luizinho (PP-RJ), enterram-se as chances de o parlamentar vir a ser o nome do partido para cargos na Mesa Diretora da Câmara. Seria muito desgaste, conforme avaliam alguns deputados.

Antes tarde…

Escondidos no pugilato do primeiro turno, os temas de interesse direto da população finalmente chegam à campanha eleitoral paulistana. Foi preciso a tragédia das chuvas para que as consequências das mudanças climáticas entrassem no debate.

Olho no lance I/ A deputada Bia Kicis (PL-DF) não perde uma chance de espetar o governo. Em suas redes sociais, ela incluiu, esta semana, as cenas de Lula com a imagem de Nossa Senhora Aparecida no Pará e, ao fundo, alguém grita: “Vai roubar a Santa!” Eis que a deputada completa: “Aplausos só quando a imagem foi devolvida. Acho que era de alívio”.

Olho no lance II/ Bia cita, ainda, o fato de Lula ter levantado a imagem de Nossa Senhora Aparecida, enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro foi proibido de tocar na imagem, em 2022, com direito a nota da Arquidiocese. A deputada pedirá explicações.

De mudança/ O consultor do Senado Fernando Meneguin foi convidado a assumir o comando do instituto a ser criado pelo grupo Esfera, instituição criada pelo empresário João Camargo para servir de ponte entre setor público, privado e sociedade civil.

Lide Panamá/ O grupo Líderes Empresariais (LIDE), do ex-governador de São Paulo João Doria (foto), vai abrir um escritório no Panamá, a ser comandado pelo empresário André Bianchi, sócio-fundador da Global Networking. É a 21ª unidade internacional.

 

Milton e o alerta para mudanças climáticas

Publicado em Sem categoria

Coluna publicada em 10 de outubro de 2024, por Carlos Alexandre de Souza, com Denise Rothenburg e Eduarda Esposito

O impressionante rastro de destruição do furacão Milton nos Estados Unidos é o mais novo alerta da força devastadora da natureza em tempos de mudanças climáticas. No Brasil, ainda são recentes os efeitos da temporada de incêndio, bem como a trágica cheia no Rio Grande do Sul. Não faltam motivos para governos enfrentarem de forma definitiva a escalada da crise ambiental no século 21.

Chama a atenção, nos EUA, a mobilização preventiva das autoridades antes da chegada do cataclismo provocado por Milton. O presidente Joe Biden, por exemplo, alertou, ontem e hoje, sobre a necessidade urgente de a população do estado da Flórida abandonar as áreas de risco. O governo estadual também tem se mostrado diligente para evitar mortes.

Está claro que a qualidade e a velocidade da resposta dos poderes públicos a eventos extremos serão, cada vez mais, um fator-chave para mitigar os efeitos de tragédias climáticas. Para apresentar melhores resultados, a coordenação entre União, estados e municípios não deve ser apenas emergencial.

Furacão fake

Assim como ocorreu no Rio Grande do Sul, autoridades norte-americanas tiveram de atuar para conter outra tragédia de nossos tempos: a desinformação. O presidente Biden repudiou as declarações espalhadas por Donald Trump de que a ajuda às vítimas do furacão seria de apenas US$ 750. “Que coisa ridícula de se dizer. Não é verdade”, reagiu o chefe da Casa Branca.

Maldade digital

No Brasil, o governo Lula acionou a Polícia Federal (PF) para investigar fake news na tragédia gaúcha, em maio. Para o ministro Paulo Pimenta, tratava-se de uma ação orquestrada. “O que leva uma pessoa sentar atrás de um computador e produzir desinformação e divulgar isso de forma industrial? É difícil até entender, no meio de uma tragédia, o que leva uma pessoa a fazer uma coisa dessas”, disse, em entrevista.

Estremecidos

A eleição municipal deixou sequelas na relação entre o PP e o PL no Senado, e arrisca rachar estratégias da oposição por lá. O presidente do PP, Ciro Nogueira, disse com todas as letras que o ex-presidente Jair Bolsonaro, aconselhado pelo senador Rogério Marinho (PL-RN), “cometeu o erro absurdo” de não apoiar a candidatura da prefeita Adriana Lopes (PP) à Prefeitura de Campo Grande. À Globonews, Nogueira disse ainda que pessoas do PL “com projetos pessoais não pensaram no presidente”.

Mágoa eleitoral

Marinho foi coordenador do PL para as eleições municipais. Nogueira chegou a pedir a Bolsonaro que ele apoiasse Adriana, mas não conseguiu convencê-lo. Porém, atribui tudo a Marinho. Agora, com Adriana no segundo turno e Beto Pereira (União Brasil) fora do páreo, a tendência é de o PL ficar com Adriana, que já tem o apoio da senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra de Bolsonaro.

Tributária é desafio

O plano de trabalho da reforma tributária a ser apresentado pelo relator Eduardo Braga (MDB-AM), na semana que vem, ficará no limite para aprovação este ano. E o maestro será o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Se ele sentir firmeza na manutenção das alterações que o Senado fará ao texto, mandará ainda este ano para a Câmara. Caso contrário, ficará para análise no ano que vem.

Muita calma nessa hora

O PSB anunciou apoio a Davi Alcolumbre (União-AP) na disputa para presidente do Senado, mas vai demorar para fazer o mesmo em relação à Presidência da Câmara. O presidente do partido, Carlos Siqueira, tem dito a amigos que o quadro ali ainda está muito confuso para qualquer decisão.

Plano para 2025

A JBS planeja exportar para o Brasil os produtos de suas empresas italianas de presunto San Daniele, parecido com o Parma, porém mais suave e com um processo de fabricação mais elaborado. A ideia é começar essa exportação no próximo ano.

Cooperação internacional

Nos voos da FAB que partem do Líbano com famílias que fogem da guerra, há cidadãos uruguaios e paraguaios. Eles embarcaram a pedido de seus respectivos países. Segundo o Itamaraty, trata-se de um procedimento de praxe em tempos de crises, e que brasileiros também foram ajudados antes por outros Estados. Um trabalho de diplomacia em prol da vida humana.

 

As duas missões de Eduardo Bolsonaro

Publicado em Artigo

Coluna publicada em 5 de outubro de 2024, por Denise Rothenburg

O deputado Eduardo Bolsonaro (SP) assumirá a presidência do PL com duas missões: a primeira, é fazer o enfrentamento ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A segunda, é preparar uma candidatura ao Planalto. “Eu é que pensei nisso. Alexandre de Moraes não vai voltar atrás. Temos de ter alguém que possa combatê-lo. Eduardo, como deputado federal, tem imunidade”, contou o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. “Eu não tenho imunidade. Ele me prendeu por causa de uma arma do meu filho. Se é um deputado, não pode fazer isso”, avaliou Valdemar.

Vale lembrar 1
Perguntado se o cargo de presidente do PL pode transformar Eduardo Bolsonaro no candidato do partido ao Planalto, em 2026, a resposta foi um animado “lógico!” “Não tenha duvida disso. Ele é muito dedicado, percorreu o país ajudando os candidatos do partido, fora a atividade internacional que exerce”, afirmou Valdemar. A função de Eduardo será política. Valdemar é quem continuará com a parte administrativa, no posto de vice-presidente. É o PL abrindo mais espaço para o bolsonarismo-raiz.

Vale lembrar 2
Foi Eduardo que, em outubro de 2018, antes do primeiro turno, afirmou com todas as letras: “Se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo”. Dias depois, pediu desculpas pelo Twitter. Mas, pelo visto, a guerra continua.

A culpa é do Xandão
Valdemar atribui o fato de Jair Bolsonaro ter ficado distante da campanha de Ricardo Nunes (MDB), em São Paulo, por não poder falar com o ex-presidente. “E o pior é que não posso falar com Bolsonaro. Não posso falar com o maior dono dos votos do meu partido. E a candidatura do Ricardo é também dele (Bolsonaro), que indicou o vice”, disse Valdemar.

Enquanto isso, no PT
Muitos apostam que uma boa parte dos militantes do PT não se jogará de corpo e alma nas ruas de São Paulo, neste fim de semana, em prol da candidatura de Guilherme Boulos, do PSol. Alguns dizem que o deputado é o candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e não do partido.

BH em suspense
Quem conhece “cheiro de eleição”, passou a apostar que o candidato do Republicanos a prefeito de Belo Horizonte, Mauro Tramonte, repetirá a sina de Celso Russomano em São Paulo. Lidera boa parte
da corrida eleitoral, mas não chega.

CURTIDAS
Madrinhas/ A deputada Bia Kicis (PL-DF) praticamente se mudou para São Paulo por esses dias, em campanha pela candidata a vereadora Zoe Martinez, sua ex-assessora na Câmara. Aliás, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também fez questão de dar uma força por lá.

As voltas que o mundo dá/ Em política, os ódios não são eternos. O ex-presidente Fernando Collor participa de carreatas em Maceió para tentar eleger o sobrinho Fernando Lyra Collor, filho de Pedro Collor, que denunciou o escândalo que levou ao impeachment do ex-presidente, em 1992.

O jogo dos erros/ Aliados de Alexandre Ramagem consideram que, se não houver segundo turno na cidade do Rio de Janeiro, a culpa é do próprio candidato. Na campanha, ele focou seu discurso na segurança pública, um tema espinhoso no Rio, e só pensou em colar em Bolsonaro nesta reta final.

Depois da eleição…/ É a pauta econômica que vai pedir passagem em Brasília. E essa guerra começa na semana que vem.

O risco de Lula

Publicado em Eleições

Coluna publicada em 3 deoutubro de 2024, por Denise Rothenburg

Com a aprovação do governo oscilando para baixo, conforme registrou a última pesquisa Quaest, a avaliação de setores do PT é a de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá que refazer toda a estratégia de comunicação dos atos governamentais e dobrar o cuidado com os aliados. Se não houver uma recuperação rápida, a tendência é a turma zarpar em busca de outras alianças rumo a 2026.

O União Brasil, por exemplo, é aliado, tem ministros, mas concorre contra o PT e a esquerda em várias cidades. Além disso, já se sabe que o partido tem no governador de Goiás, Ronaldo Caiado, um pré-candidato ao Palácio do Planalto. Nesse sentido, ou o governo recupera popularidade a fim de mostrar-se mais competitivo do que os adversários, ou os ministros terminarão por deixar o governo.

Em tempo: os petistas sabem que, com uma pauta econômica pesada no Parlamento, não dá para prescindir de aliados nesse momento. Tudo será feito para que as questões eleitorais de 2026 fiquem restritas ao ano eleitoral, de forma a manter uma base capaz de sustentar os projetos governamentais.

E tem mais

As investigações sobre desvio de recursos de emendas ao Orçamento, por enquanto, está focada no Maranhão e em Sergipe. Se a lupa ampliar o alcance, vai atrapalhar os planos do governo de manter uma base no Parlamento e a eleição para a Presidência da Câmara entrará no imponderável.

O centro reina

A avaliação dos políticos é de que o centro da política sairá vitorioso da eleição, no próximo domingo. Significa que quem quiser ter sucesso em 2026, terá que lhe render homenagens daqui para frente.

Racha prejudica

A disputa pela Presidência da Câmara ameaça tirar do centro esse poder todo. Divididos e magoados, eles não conseguirão chegar a 2026 tão fortes quanto pretendiam, ainda que saiam das urnas com um maior número de prefeituras.

Lula em fúria/ O presidente ficou irado ao descobrir que a internet do avião presidencial não funcionava. Em meio a palavrões, comentava que qualquer avião “mequetrefe” tem internet e ali não funcionava. Não dá para um chefe de Estado ficar incomunicável por horas.

Tem motivos/ Aliados de Lula dizem que, desde o 8 de janeiro, quando estava fora de Brasília e quase sofreu um golpe de Estado, o presidente não fica sem comunicação com o Planalto — onde a avaliação é na linha do “orai e vigiai”.

Campanha não tem fim/ Com o término do horário eleitoral gratuito de rádio e tevê nos municípios, restará o pugilato na internet. Território preferido de Pablo Marçal, em São Paulo, e dos bolsonaristas que apoiam Alexandre Ramagem, no Rio de Janeiro. Marçal, por exemplo, promete partir para o tudo ou nada.

Fafá é patrimônio/ A cantora Fafá de Belém (foto), uma das joias do Pará, teve seu trabalho transformado em patrimônio cultural de natureza imaterial do estado. A lei foi sancionada, esta semana, pelo governador Hélder Barbalho (MDB). Viva Fafá!

 

Te cuida, Ibaneis

Publicado em Política

Blog da Denise publicado em 1º de outubro de 2024, por Denise Rothenburg

Sem eleição neste ano, os políticos do Distrito Federal fazem suas apostas para 2026. No PL, por exemplo, desde que a carreira do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres foi destruída, um grupo de bolsonaristas planeja retirar o apoio ao governador Ibaneis Rocha para o Senado. Ibaneis é do MDB, e o PL tem, pelo menos, duas candidatas para concorrer a um mandato de oito anos no Parlamento: Michelle Bolsonaro e a deputada Bia Kicis. Tal e qual a de Michelle, a candidatura de Bia vem sendo mencionada em várias reuniões, na sede nacional do partido.

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Com as duas dispostas a concorrer ao Senado, e Ibaneis Rocha no páreo, alguém vai sobrar. As contas do PL indicam ainda que a esquerda detém 35% dos votos no DF. Logo, dois nomes estarão sob risco, se houver três candidatos. Até agora, o nome de Bia para o Senado circula apenas em conversas aqui e ali. Porém, quando candidatura “cria pernas”, ninguém segura mais.

Amazonas em suspense

Alguns municípios do Amazonas estão preocupados com a alta abstenção nas eleições do próximo domingo. É que, com a seca, o nível dos rios baixou e comunidades de várias cidades estão isoladas. Sem condições de navegação e sem estradas, muitos eleitores não conseguirão votar.

É o que tem para hoje

Por enquanto, o presidente Lula e todos os demais líderes globais não conseguiram emplacar um discurso de paz nem, tampouco, de mediação entre os países que estão em guerra. Mas o Brasil tem tido sucesso no resgate de brasileiros em áreas de conflito. É nisso que o governo Lula vai se concentrar.

Chuva de 2º turno

Os partidos já fizeram as contas e acreditam que a maioria das grandes cidades terá segundo turno. Logo, será difícil o Congresso funcionar a pleno vapor em outubro. A tendência é deixar os temas mais polêmicos
para novembro.

Administrativa no horizonte

Até aqui, muito se falou da reforma tributária, mas, se houver uma brecha, o presidente da Câmara vai puxar a reforma administrativa. O governo, porém, quer apostar apenas na reestruturação de carreiras, sem cortes de benefícios.

Pânico no MDB…/ Os emedebistas consideram questão de honra ter o prefeito Ricardo Nunes (foto) no segundo turno da eleição paulistana. Se conseguir manter a maior cidade do país, terá mais peso para 2026.

… e no PT/ Os petistas vão centrar fogo em São Paulo por esses dias. A maior tragédia para o partido seria ficar fora do segundo turno na maior cidade do país. Ainda que o candidato Guilherme Boulos seja do PSol, tem o apoio de Lula, mas é preciso botar os militantes nas ruas.

Onde mora o perigo/ O PT coloca como ponto de honra ampliar o número de prefeituras que administra. Afinal, se não obtiver sucesso agora, os aliados de 2022 correm o risco de procurar outros parceiros na próxima eleição presidencial.

E o Caiado, hein?/ A aposta, hoje, é a de que a direita irá muito dividida para a eleição de 2026. É que os bolsonaristas não querem saber de apoiar Ronaldo Caiado. A ideia deles é focar em algum nome que se identifique mais com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

 

Marçal, o eleito da antipolítica

Publicado em politica

Coluna publicada em 27 de setembro, por Carlos Alexandre 

Eleição só se define com a divulgação dos resultados. Mas, a dez dias do pleito na maior cidade do país, observa-se uma provável disputa no segundo turno entre o candidato da situação, Ricardo Nunes (MDB), e um adversário da oposição, Guilherme Boulos (Psol). O fenômeno Pablo Marçal (PRTB), após dois episódios repugnantes de violência ocorridos em debates entre os postulantes à Prefeitura de São Paulo, aparentemente desacelerou na preferência dos eleitores.

Ainda há tempo para reviravoltas, e as pesquisas eleitorais podem cometer imprecisões, mas é razoável supor que o interesse dos paulistanos por Pablo Marçal alcançou o teto. Até porque, afora as arruaças ocorridas nos últimos dias, não se tem grande conhecimento sobre propostas inovadoras ou impactantes do candidato para a capital paulista.

Mesmo assim, chama a atenção Marçal ainda acumular uma quantidade expressiva de intenções de voto. Nem tanto pelas características do candidato — agressivo, truculento, grosseiro —, mas talvez pelo que ele representa. Marçal é a personificação da antipolítica, e é grave isso ocorrer na cidade mais rica do país, onde supostamente os eleitores teriam mais meios de se informar e qualificar o voto.

Mesmo que fique fora do segundo turno, o que é prematuro afirmar, Marçal é um sintoma preocupante do divórcio entre sociedade e a política como instrumento civilizatório.

É com elas

As eleições municipais deste ano passarão pelo crivo de mais uma mulher. A ministra Isabel Galotti tomou posse ontem do cargo de corregedora-geral da Justiça Eleitoral, em cerimônia realizada no Tribunal Superior Eleitoral. A presidente da corte, ministra Cármen Lúcia, considerou ser uma “sorte para o Brasil” contar com os serviços da magistrada em favor da justiça. Formada em direito pela Universidade de Brasília, Isabel Galotti é também ministra do Superior Tribunal de Justiça.

Em guerra

A Coalizão Indústria, uma associação de 14 entidades empresariais, renovou os ataques do setor à chamada “invasão chinesa”. Para a associação, o país oriental adota “práticas predatórias” de comércio, o que ameaça investimentos para as empresas brasileiras de R$ 826 bilhões até 2027. A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), por sua vez, prevê um déficit de US$ 135 bilhões no saldo da balança comercial brasileira em 2024.

Dois fronts

Após emitir alertas de novos temporais, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, veio a Brasília defender os interesses do estado. Ao participar de uma feira de turismo na capital federal, informou que as cidades gaúchas estão em condições de receber visitantes e o aeroporto Salgado Filho será reaberto no próximo mês.

Promessa é dívida

Leite também cobrou os recursos federais prometidos para a recuperação do estado. “Há espaço, tenho absoluta convicção, para evitar que corte aquilo que se anunciou para o RS. Nós não vamos aceitar, vamos nos mobilizar e vamos garantir a pressão para que esses cortes não aconteçam”, disse o governador.

Reforço

As Forças Armadas vão atuar em mais 600 localidades para garantir a segurança na votação e na apuração das eleições deste ano. O reforço dos militares atende às demandas de 12 estados, incluindo sete capitais. Ao todo, o Ministério da Defesa dará 123 apoios logísticos e 481 apoios de segurança. Em 2020, mais de 28 mil militares foram convocados para o primeiro
turno das eleições.

Bate-bola

Na antessala do CB.Debate sobre hidrogênio verde, realizado ontem, já era possível perceber a qualidade das discussões que viriam a ocorrer no auditório do jornal. No aquecimento dos motores, os convidados anteciparam alguns temas, como o desafio de financiamento e infraestrutura. Mas houve espaço para assunto da maior relevância: a rodada do futebol da quarta-feira.

Reconhecimento

O Correio Braziliense é finalista do Prêmio Sociedade Brasileira de Imunizações (SBI), com a reportagem “Cinco décadas do programa de imunização no Brasil”. Os vencedores serão conhecidos na próxima sexta-feira, em São Paulo. Assinada por Isabel Dourado, a reportagem reconstitui a história da vacinação no país e os desafios do programa de imunização após a pandemia de covid 19.

 

No Senado, um alerta em favor do planeta

Publicado em Senado

Coluna publicada em 26 de setembro de 2024, por Carlos Alexandre 

Em resposta à calamidade climática que se abateu sobre o Brasil com as queimadas, o Senado Federal promoveu ontem uma discussão relevante sobre o meio ambiente. Em contraste com o silêncio perturbador da maioria esmagadora do Congresso Nacional, mais preocupada com as eleições municipais do que com os incêndios que provocam danos ambientais e econômicos em todo o país, raros parlamentares conduziram o debate que reuniu autoridades e especialistas no meio ambiente.

Presidida pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO), a sessão contou com a presença de mais três parlamentares, a saber: Leila Barros (PDT-DF), Margareth Buzetti (PSD) e Rosana Martinelli (PL), as duas de Mato Grosso — estado com maior número de focos de queimadas no país neste ano.

O debate, de aproximadamente quatro horas de duração, foi de alto nível e com muitos alertas para a classe política. Pelo menos três temas considerados urgentes dependem da Câmara e do Senado: aprovação de mais recursos do Orçamento da União para a área ambiental; revisão da legislação para ampliar as punições aos incendiários e desmatadores; e aprovação de projetos voltados à educação e conscientização da sociedade para a importância de proteger a natureza e prevenir catástrofes.

Parada dura

Presente ao encontro, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, disse que, neste momento, o maior desafio das equipes em campo é com incêndios que atingem florestas primárias (que não deveriam queimar) e matas em áreas de difícil acesso. Mencionou duas localidades: Serra do Cachimbo, no Pará, e Ilha do Bananal, no Tocantins — a maior ilha fluvial do mundo. “Só dá para chegar de avião ou helicóptero”, comentou.

Sai mais barato

Proteger o meio ambiente custa caro, mas sai mais barato do que refazer o que o fogo destrói. O fundador do MapBiomas, Tasso Azevedo, apresentou a conta: a área ambiental precisa assegurar recursos fixos da ordem de R$ 2 bilhões/ano para promover políticas de prevenção e de mitigação dos efeitos das queimadas.

Aperto no peito

A gravidade do problema se impôs até sobre a polarização política, tão presente no cotidiano brasileiro. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) fez questão de dizer que, em relação às mudanças climáticas, está “se afastando das brigas políticas”. “Precisamos estar todos juntos”, declarou a senadora. Comentou que está passando por uma severa crise de asma, agravada pela fumaça das queimadas que tomou conta do céu de Brasília nas últimas duas semanas.

Nem para atleta

Outra senadora que também passou sufoco com a seca implacável de Brasília é Leila Barros. Atleta de elite e integrante da Seleção Brasileira de vôlei, a ex-jogadora precisou recorrer à nebulização recentemente para suportar a fumaça e o ar seco da capital federal. Por causa do clima árido, foi preciso dar um tempo na rotina de partidas de beach tennis, segundo Leila.

Parabéns

A Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) considera um avanço o relatório do senador Vital do Rêgo (MDB-PB) sobre o projeto de lei do Combustível do Futuro. Na avaliação da frente, o projeto contribui para dar mais segurança jurídica a um setor que pode atrair R$ 200 bilhões em investimentos.

Unidos na eleição

O Tribunal Superior Eleitoral lançou a campanha “Pela democracia, com todas as diferenças” como forma de estimular o respeito à tolerância política. O vídeo toma como exemplo um grupo familiar de rede social, no qual os parentes brigam por causa de divergências partidárias. “Democracia é a gente concordar que pode discordar. Eleição é a festa da união. Participe, mas respeite o resultado. Quando a democracia vence, todos vencem”, afirma a mensagem do TSE.

Doação digital

O Tribunal Superior do Trabalho anunciou a doação de 860 monitores e 330 computadores para ampliar a inclusão digital no Distrito Federal. Os aparelhos serão utilizados por cerca de 400 crianças, jovens e adolescentes que participam de cursos de informática oferecidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Parceria sólida

O presidente do TST, ministro Lelio Bentes Côrrea, comentou a doação. “Para muita honra do nosso tribunal, que é o tribunal da justiça social, esse ato, muito mais do que uma doação de equipamentos, simboliza essa comunhão de interesses” em preparar os jovens brasilienses para a transformação digital.

Pelo futuro

O governador do DF, Ibaneis Rocha, agradeceu o gesto. “É uma satisfação enorme contar com o apoio do Tribunal Superior do Trabalho. Esta não é a primeira vez que eles fazem uma doação ao GDF, e continuaremos a trabalhar juntos para melhorar a capacitação e o futuro desses estudantes”, disse.

 

O que as eleições de 2024 dizem sobre 2026

Publicado em Eleições

Coluna publicada em 24 de setembro de 2024, por Carlos Alexandre

 

A preços de hoje, as eleições municipais começam a emitir sinais para 2026. O primeiro indicativo que se tira é de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se quiser tentar um quarto mandato à frente do Palácio do Planalto, precisará novamente recorrer a uma ampla aliança partidária, como fez em 2022. A exemplo de 2020, o PT enfrenta dificuldades nas disputas regionais. E isso terá reflexos na próxima disputa majoritária.

Analistas evocam o antipetismo como uma das razões para explicar o encolhimento do partido nas urnas. De fato, os números das pesquisas eleitorais reforçam essa perspectiva. Mas é preciso sublinhar, ainda, a dificuldade do PT em renovar seus quadros. Lula ainda é a maior força política da legenda — na verdade, ele transcende o petismo —, mas não pode fazer verão sozinho.

No campo da direita, observa-se que o bolsonarismo ganhou novos matizes. Se antes os defensores da pauta conservadora orbitavam em torno da figura do ex-presidente, atualmente, é possível diferenciar políticos mais ou menos próximos da constelação bolsonarista. Bolsonaro fez questão, inclusive, de se diferenciar de novos fenômenos, como Pablo Marçal.

Meu legado

Paralelamente às questões partidárias, o governo Lula tem pouco mais de dois anos para defender a administração das críticas de um adversário nas urnas. Um dos pontos fortes que poderão ser destacados ao eleitor é a retomada de políticas sociais, como o combate à fome e o reforço do Bolsa Família.

Está devendo

Mas ainda precisam vir à mesa os avanços fiscais. O desemprego vem caindo, a inflação está sob controle, mas os juros ainda são uma amarga realidade a bloquear o consumo e o investimento. Passada quase metade do terceiro mandato de Lula, o governo ainda não conseguiu convencer sobre a austeridade fiscal.

Esse ou aquele

Do lado da oposição, são cada vez mais evidentes os movimentos de atores que podem ou não se aproximar do bolsonarismo nos próximos meses. Um exemplo é o prefeito Ricardo Nunes, que caminha para o segundo turno sem aderir de corpo e alma ao discurso do ex-presidente. Da mesma forma age o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, ex-ministro.

Sempre Minas

É em Minas Gerais, mais uma vez, que a balança pode definir os rumos para 2026. O governador Zema (Novo) e o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD), tendem a ocupar campos opostos. E as maiores cidades do estado estão divididas entre esquerda e direita. A julgar pelo cenário de 2024, tudo indica que 2026 será uma disputa voto a voto.

Aposta alta

A ordem de prisão decretada contra o cantor Gusttavo Lima entornou o caldo da discussão sobre a regulamentação dos jogos de azar. Como se já não bastasse o problema do vício dos apostadores, é preciso afastar as suspeitas de lavagem de dinheiro que pairam sobre essas atividades. É um tema espinhoso para o Congresso, na volta das eleições.

Mulheres na mira

Não foi à toa que a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, alertou para a violência que assola mulheres nas eleições. O atentado contra a candidata à prefeitura de Guarujá (SP) Thaís Margarido (União) mostra como o país precisa conter a sanha assassina que contamina a política.

Atentado em SP

No último domingo, o carro de Margarido foi alvejado por cinco tiros no bairro de Santa Cruz dos Navegantes, após uma caminhada eleitoral na região. Além da candidata, duas crianças e uma assessora estavam no veículo. A polícia de São Paulo trata o caso como tentativa de homicídio.

Balas e votos

Seis anos após a execução de Marielle Franco e Anderson Gomes, é chocante ver que a política ainda se faz à bala e não pelo voto.

Margem no horizonte

Avança a passos largos a exploração de petróleo na Margem Equatorial. O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse ontem, em evento no Rio de Janeiro, que o governo está na fase “quase final” para obter a licença de estudos de viabilidade na região. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, sinalizou na mesma linha. “Nossas necessidades de reposição de reservas são sérias. Estamos trabalhando para conseguir explorar a Margem Equatorial”, ressaltou, no mesmo evento.

Dança da cadeira

Em tempos de cadeirada, duas candidaturas à prefeitura de Alexânia (GO) deixaram de lado a rivalidade em favor de uma causa comum: a valorização da cultura local. No fim de semana, os candidatos Warley Gouveia (Podemos) e Matheus Ramos (União), com os respectivos vices, participaram de uma dança conjunta, ao som de Falamansa e do hit Casca de Bala, em uma iniciativa denominada Diálogo Cultural. O objetivo era comemorar a inauguração do Teatro Marie Padille, prevista para 2025, na cidade goiana. Viva a cultura! Viva a democracia!

 

Estratégia de aproximação

Publicado em Lula

Coluna publicada em 21 de setembro de 2024, por Luana Patriolino 

Os recentes jantares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) não são uma surpresa para os aliados. Em uma estratégia para estabelecer um estreito diálogo com o Judiciário, ele tem promovido diversos encontros com os magistrados, postura bem diferente dos primeiros mandatos do petista. À época, ele delegava a função a Márcio Thomaz Bastos, ministro da Justiça entre 2003 e 2007, seu principal conselheiro para essas questões.

Outro lado

O gabinete do ministro Nunes Marques negou a informação, publicada nesta coluna, de que “tenha parado de colocar força” no apoio ao desembargador Carlos Brandão para o STJ. O magistrado disse que a escolha é do presidente da República e que não cabe a ele opinar sobre o tema, mas que, por ter trabalhado com Brandão no TRF-1, considera que o desembargador atua com seriedade e correção em suas funções.

Mansinho até quando?

Quem viu o debate transmitido pelo SBT e o portal Terra, com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, ontem, notou Pablo Marçal (PRTB) muito mais dócil do que costuma se mostrar em público. O motivo é que ele está preocupado com a imagem ruim entre os eleitores. Afinal, a pesquisa Datafolha mostrou que o influenciador tem a maior rejeição do eleitorado — com 47%. Esse percentual praticamente inviabiliza a vitória nas urnas.

Logo ele?

Na saída do encontro, o candidato do PRTB negou que esteja mudando a postura em razão da altíssima rejeição, mas se comparou — pasmem! — a Jesus Cristo. Segundo ele, a “rejeição faz parte de um processo” para ser amado. “Como se faz para ser muito amado sem ser muito rejeitado? Olha para Cristo: ele foi rejeitado por todo mundo e, hoje, é uma das figuras mais amadas do mundo. Ou seja: a rejeição faz parte do processo no qual as pessoas começam a te dar atenção”, disse.

Malandro demais…

…se atrapalha, diz o ditado popular. Marçal admitiu que a cena da ambulância, que correu suas redes sociais, pouco depois da cadeirada que levou no debate da TV Cultura, no domingo passado, foi armação. Muita gente notou estranhezas — como socorristas vestidos de preto, um deles com o boné da campanha do candidato (aquele que tem o M) e outro fazendo sinal a uma picape para ultrapassar a ambulância. Episódios assim apenas ajudam para a alta rejeição.

Estranho no ninho

Juízes do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) relatam incômodo com o fato de o desembargador Baltazar Miranda ocupar a presidência da Sociedade Amigos da Marinha de Salvador (Soamar), uma associação privada integrada por empresários e profissionais liberais interessados em negócios portuários e em processos judiciais.

O que diz a lei?

Segundo a Lei Orgânica da Magistratura, juízes e desembargadores são proibidos de “exercer cargo de direção ou técnico de sociedade civil, associação ou fundação, de qualquer natureza ou finalidade, salvo de associação de classe, e sem remuneração”. A Soamar não é associação de classe, mas, sim, uma espécie de clube que coloca em contato pessoas de setores diversos com interesses nas atividades ligadas à operação portuária na capital da Bahia.

Situação incômoda

A situação tem gerado críticas por parte de outros juízes e até por pessoas do meio naval, que se incomodam com o fato de a Marinha ter conhecimento da situação do desembargador. Em abril deste ano, por exemplo, o vice-almirante e comandante do 2º Distrito Naval, Antônio Carlos Cambra, participou e discursou na sessão feita pela Câmara de Vereadores de Salvador em homenagem aos 50 anos da Soamar.

Pouca coisa mudou

A lei de importunação sexual completou seis anos em setembro com um cenário cada vez mais crítico para as mulheres. Nesta semana, a comediante Tatá Mendonça, conhecida como Cega na Comédia, denunciou ter sido vítima do crime durante uma apresentação em São Paulo. No vídeo, publicado nas redes sociais, é possível observar que o homem está ao lado da mulher, que tem deficiência visual e, durante um discurso, começa a passar a mão no corpo dela.

Mas há esperança

A autora do projeto que deu origem à lei, deputada federal Renata Abreu (Podemos-SP, foto), acredita que o impacto desta lei vai muito além da punição atrás das grades. “As mulheres, hoje, têm confiança e coragem de denunciar seus molestadores, sabendo que serão ouvidas e que a Justiça está ao seu lado. E o melhor: a sociedade está reagindo com elas”, disse a parlamentar à coluna.

 

Além da demissão

Publicado em GOVERNO LULA

Blog da Denise publicado em 7 de setembro de 2024, por Denise Rothenburg

O fato de a área de direitos humanos e respeito, de um modo geral, serem temas caros e inegociáveis no governo Lula, leva a bancada feminina a pressionar para que o Poder Executivo não coloque as investigações em banho-maria ou sob os tapetes luxuosos do Palácio do Planalto. A avaliação por lá é de que ninguém vai sossegar enquanto não houver uma apuração rigorosa sobre o caso que envolve o ex-ministro Silvio Almeida.
Em tempo: a investigação contará com o apoio total do grupo Prerrogativas, que passou o dia em polvorosa com comentários sobre esse assunto. O fato de a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, ter confirmado as denúncias de assédio sexual, fez com que o Prerrô entrasse em campo em favor dela. O grupo de advogados progressistas tem a participação de Anielle e da fundadora do MeToo Brasil, Marina Ganzarolli. O Prerrô, aliás, foi informado em tempo real sobre as decisões palacianas.

Mensagem de Lula
Os partidos entenderam como um “recuo” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao favoritismo do líder do Republicanos, Hugo Motta
(PB), quando disse, em entrevista, que “presidente da República não tem candidato a presidente da Câmara”. A  avaliação de alguns é de que Motta pode até vir a ser, mas não é, a preços de hoje, o candidato de consenso.
“Comigo, não”
O líder do MDB, Isnaldo Bulhões (AL), foi à Bahia conversar com o líder do PSD, Antonio Brito, para dizer que não fará qualquer movimento fora do bloco MDB, PSD, Republicanos e Podemos. Ou seja, não entrará na construção com o União Brasil para tentar isolar o Republicanos e o PP. Outros nomes do MDB, porém, consideram cedo demais para declarar apoio a Hugo Motta.

No embalo do Sete de Setembro…
… Os bolsonaristas desejam aproveitar  a mobilização de hoje no ato em São Paulo para buscar apoio à proposta de anistia para os presos em função do quebra-quebra de 8 de janeiro de 2023, nas sedes dos Três Poderes. Se houver muita mobilização popular, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Caroline de Toni (PL-SC), o usará como argumento para justificar a inclusão desse assunto na pauta.
… cada um na sua
Lula, por sua vez, vai apostar na presença dos Três Poderes na Esplanada para mostrar a institucionalidade da data.

Sem férias, mas…/

O ministro da Educação, Camilo Santana (foto), tinha planejado tirar férias neste último mês de campanha. Só tem um probleminha: titular dessa área sair de recesso em pleno período letivo, é o  mesmo que Papai Noel querer folga às vésperas do Natal.
… tem jogo/

Na segunda-feira, Camilo estará em Fortaleza para anunciar, em plena campanha, 55 novas escolas em tempo integral no Ceará. E aproveitou para convidar os parlamentares, hoje dedicados às corridas eleitorais.

Padilha na lida/

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, esteve em Manaus numa agenda oficial e aproveitou para participar de um jantar ao lado do
ex-deputado Marcelo Ramos, que foi vice-presidente da Câmara e hoje é candidato a prefeito da capital amazonense.

Na lida/

Ramos foi o primeiro candidato a montar um comitê dedicado ao meio ambiente para debater o futuro da cidade. Lá, o tema é um dos que domina a campanha local, assim como a segurança pública.

Dia da Pátria/

A bandeira é de todos os brasileiros.