Ruim com eles…

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Ruim com eles…

Dilma Rousseff já foi aconselhada a não deixar o PMDB solto tampouco criar frentes de batalha com o partido de Eduardo Cunha no Congresso. Até aqui, todas as estratégias para tentar reduzir o poder do peemedebista falharam. O Pros, de Cid Gomes, tende a minguar. O megapartido de Gilberto Kassab, que seria resultante da fusão do PSD com o novo PL, está engavetado. Nos próximos dias, Dilma Rousseff poderá, inclusive, fazer um gesto de que desistiu dessa ideia, sancionando a lei que estabelece que só podem recorrer à fusão partidos que estiverem com, pelo menos, cinco anos de vida.

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Quem acompanha a política lembra que, ao longo da história, todos tentaram reduzir o PMDB, e o partido sempre escapou com habilidade, graças a manobras no parlamento. No fim de 2000, quando PFL e PMDB romperam, os peemedebistas se uniram a Aécio Neves (PSDB) para derrotar os pefelistas no ano seguinte, na disputa pela presidência da Câmara. O PFL até mudou de nome. O PMDB continua aí, pronto para fazer com o PT o que fez com os antigos companheiros. Em nome do ajuste fiscal, Dilma não tem outra saída.

Janot sob pressão

As associações de integrantes do Ministério Público pediram ao procurador-geral, Rodrigo Janot, que coloque o auxílio-alimentação em módicos R$ 2,5 mil por mês. Com o meu, o seu, o nosso…

Questão de tato…

Se tem algo que o grupo palaciano não sabe é como sair de uma saia justa em reuniões. Dia desses, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, com o dedo em riste, dizia aos líderes que, se o ajuste fiscal não fosse aprovado e o país fosse para o buraco, a culpa seria dos congressistas. Quem entende do jeito de lidar com os parlamentares garante que não é por aí que o governo conseguirá levar deputados e senadores a aprovarem a salvação da lavoura para as medidas erradas que o governo adotou lá atrás.

…E de jeito

 No mesmo encontro, o líder do PTB, Jovair Arantes, reclamava que ficara sabendo da proposta de combate à corrupção pelos jornais, e que não participaria mais de reuniões apenas para ser comunicado do que estava decidido. Pepe Vargas partiu para cima: “O senhor está errado”. Exaltado, o ministro completou: “Você não pode se recusar a conversar”. Sobrou para o vice-presidente, Michel Temer, acalmar os ânimos.

“É um desrespeito e um tapa na cara do contribuinte esta história de triplicar o dinheiro destinado aos partidos”

Reguffe, senador do PDT-DF, referindo-se ao aumento do Fundo Partidário, que, agora, o PMDB quer ver vetado por Dilma

Ovo & galinha

Começa agora a velha cantilena sobre o que vem primeiro, a reforma ministerial ou a aprovação do ajuste fiscal. Será a queda de braço que deve se arrastar por esse período até a semana santa. Façam suas apostas.

Longe de casa/ Daniel, filho de Renato Duque, estava em férias na Europa quando o pai foi preso. Sabe como é… Ou tem um instinto forte, ou apenas aproveitou as promoções da baixa temporada.

Poderosa ontem e hoje/ A chefe de gabinete da presidência do Senado, Maria Emília, acaba de nomear seu motorista particular para um cargo de comissão na Casa.

Prioridade/ O governador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) deixou de almoçar com Maria Elisa Costa, filha do arquiteto Lucio Costa, para cumprir agenda em São Paulo. Era o aniversário da senadora Marta Suplicy (PT-SP), a mais nova futura socialista do pedaço.

Pergunta no ar/ Alguém conhece algum consultor que, tal e qual José Dirceu (foto), tenha recebido R$ 29 milhões em oito anos, sendo R$ 7 milhões no ano em que foi condenado num processo judicial? Era isso que todos os oposicionistas se perguntavam ontem. A resposta: talvez. Os exemplos? Pedro Barusco, Paulo Roberto Costa…

APO SEM MUDANÇAS

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Dilma não quer testes

O clima ruim na política fez com que a presidente desistisse de trocar o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO). Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff à reeleição, avisou que não vai mais ter seu nome submetido ao Senado. A avaliação do Planalto é a de que uma votação secreta na atual conjuntura seria perigosa, uma vez que colocaria a presidente sob teste de popularidade entre os senadores. Melhor não arriscar. Dilma não quer marola. Nada que possa atrapalhar o ajuste fiscal.

E o Pros vai para…

Com Cid Gomes fora do Ministério da Educação, o Pros perdeu as esperanças de ver um dos seus filiados indicado para ocupar a vaga. Nesse cenário, a cúpula do partido se movimenta em direção ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha. O primeiro gesto será tentar apear o jovem deputado Domingos Neto do cargo de líder da bancada. Domingos é cearense e um dos leais defensores de Cid Gomes.

Só o começo

Deputados e senadores tratam da saída de Cid Gomes do Ministério da Educação como o primeiro gesto. Enquanto Dilma não mudar a coordenação política palaciana, a crise política não cessará, embora nesta sexta-feira tudo pareça mais “light”.

Ato falho

O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque não pretende assinar nenhum pedido de delação premiada. Seus advogados garantem que ele não será “alcaguete”. Epa! E tem quem delatar?

Marta, a socialista

A cúpula do PSB estará na festa de aniversário da senadora Marta Suplicy, inclusive o presidente do partido, Carlos Siqueira. É mais um movimento no sentido de aproximação para que ela seja a representante dos socialistas na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2016. Vai enfrentar o atual prefeito, Fernando Haddad, do PT, afilhado de Lula e candidatíssimo à reeleição.

Na Pesca, economia

O ministro da Pesca, Helder Barbalho, avisou aos proprietários do edifício Carlton Tower que ou eles reduzem em 40% o valor de R$ 1 milhão cobrado pelo aluguel do prédio no Setor Bancário Sul ou ele vai mudar a pasta dali. Afinal, são 600 funcionários distribuídos em 14 andares.

No BB, desperdício

Neste momento em que uns pagam fortunas em aluguel, o poder público tem um prédio vizinho praticamente vazio e abandonado, o da antiga sede I do Banco do Brasil, edifício histórico, inaugurado com Brasília. É, pois é. Depois ninguém sabe por que o orçamento está curto.

Enquanto isso, no Rio de Janeiro…

O Clube Militar lançou a “Campanha pela Moralidade Nacional”, com direito a discursos inflamados em sua sede central. Ali, tem destaque uma placa de homenagem ao “movimento democrático 31 de março” de 1964, que desaguou na ditadura militar, que, por 20 anos, manteve várias instituições amordaçadas no Brasil. Melhor ficar atento.

CURTIDAS   

O corpo fala/ O semblante de felicidade de Eduardo Cunha ontem na Câmara contrastava com o ar de preocupação de Aloizio Mercadante no Planalto. Afinal, as apostas do ministro de fazer crescer o Pros e o PSD como um contraponto ao PMDB deram errado.

Próóóximo!!!!/ Depois de Eduardo Cunha, dois deputados já se prontificaram a comparecer à CPI da Petrobras. Além do vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), está nessa fila o vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), ex-ministro das Cidades. Assim, faltarão prestar depoimento “só” 19 dos deputados

e 13 senadores citados na Lava-Jato.

Esportista, eu?/ O ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo (foto), fez questão de comparecer à solenidade de edição da MP que trata da renegociação das dívidas dos clubes de futebol, que prevê ainda a modernização desse setor. Lá pelas tantas, uma linda morena se aproxima, pede para tirar uma foto e solta esta: “Sempre lhe chamei para jogar futevôlei e o senhor nunca foi!” Era Alana, uma das estrelas dessa modalidade. Aldo apenas sorriu, mas algumas excelências ao lado disseram estar à disposição para jogar o que Alana quiser, com todo o respeito!

Se a crise deixar…/ O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, já emagreceu 16kg com a dieta de reeducação alimentar. Diz que faltam 5kg.    

DILMA REFÉM DO PMDB

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PMDB, o fiel da balança

Em conversas reservadas, os políticos não têm mais dúvidas: se o PMDB pender para a oposição ou sentir a chance de sobrevivência longe da sombra da árvore petista, que, aos poucos, vai desfolhando, a possibilidade de o governo virar o jogo é zero. Esse portal se abriu ontem, quando Cid Gomes, ainda investido no cargo de ministro da Educação, citou que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), era acusado de achaque e ainda usou a expressão “oportunistas” para se referir aos parlamentares. Dilma, entretanto, rapidamente, fechou esse portal e, antes do cair da noite, demitiu Cid.

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 Esse foi o primeiro gesto de deferência da presidente de forma mais direta a Eduardo Cunha depois das manifestações de domingo. E, a contar pelas conversas que Dilma mantém com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o 

ex-senador José Sarney (PMDB-AP), ela se mostra disposta a usar, com o PMDB, a mesma régua que o PT usa hoje com João Vaccari: todos são honestos até que se prove o contrário. Daí a chamar Eduardo Cunha para uma conversa será um pulo. Até aqui, Dilma só não se mostra disposta a mexer em Aloizio Mercadante, seu ministro da Casa Civil.

Mercadante. De novo

Ainda assim, os políticos vão balançar a árvore palaciana para ver se conseguem derrubar Mercadante. Para quem achava que o ministro estava meio quieto, ele, na última reunião do Jaburu, naquela fala para encerrar a conversa, voltou a repetir que as manifestações foram obra dos eleitores do PSDB. Destoou do discurso do vice-presidente da República, Michel Temer, e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Deprê

O ex-presidente da Transpetro Sergio Machado tem avisado a amigos que não ficará sozinho caso tenha que responder por uma compra de navios.

Fusão…

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), aproveitou uma viagem a Brasília para visitar o vice-presidente da República, Michel Temer. Trataram da perspectiva de fusão do DEM com o PMDB. Se tudo correr bem, o projeto sairá lá para setembro, em tempo de o partido resultante concorrer às eleições municipais de 2016.

…A frio

A dúvida dos democratas é se o PMDB deseja mesmo partir para uma posição de maior independência em relação ao governo. Por enquanto, uma turma do DEM vê o PMDB cada vez mais governo. E, se essa tendência se confirmar, o caminho do DEM será mesmo o casamento com o PTB de Roberto Jefferson.

Silencioso

Sem estardalhaço, o ministro da Pesca, Helder Barbalho, tem trabalhado para reduzir 20% das despesas da pasta. Já cortou carros alugados e vai devolver o prédio onde funciona a sede.

Trinca/ O único estado a ter seus três senadores citados na Lava-Jato foi Alagoas — Fernando Collor (PTB), Benedito de Lyra (PP) e Renan Calheiros (PMDB). Os alagoanos ironizam, dizendo que foi goleada. “Vamos pedir ao Tadeu Schmidt música nos gols do Fantástico!”

Éramos seis/ Cid Gomes ainda estava na tribuna no maior bate-boca, quando, no fundo do plenário, o deputado Danilo Forte (PMDB-CE) emendou: “Cid Gomes falou que a turma do achaque está na base do governo. Tomando os 400, sobram 113. A oposição tem 107. Eu estou nesses seis que restaram nos partidos governistas”.

Pitonisa/ Há meses, Ciro Gomes disse que, se Eduardo Cunha ganhasse a presidência da Câmara, os Gomes deixariam a base do governo. Sair do ministério, avisam alguns, é o primeiro passo 

nessa direção.

E a pesquisa, hein?/ Os 13% de aprovação da presidente Dilma levaram muitos parlamentares a sair com esta: “A Dilma é tão marqueteira que até a popularidade dela é 13!”.

[FOTO2]Enquanto isso, nas redes sociais…/ Internautas resgatam fotos antigas de petistas no “Fora, FHC” e comparam com as de hoje do “Fora, Dilma” (foto). Papéis trocados num desgaste sem precedentes.

Dilma e Sarney

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E Dilma sai da toca

Há alguns dias, o ex-líder do governo no Senado Romero Jucá (PMDB-RR) comentava numa roda: “Em política, quem não conversa erra muito. Quem conversa erra. Quem conversa com gente experiente erra menos”. A máxima foi adotada pela presidente Dilma Rousseff nesta temporada pós-manifestações. Ontem, tão logo saiu da sanção do Código de Processo Civil, o ex-senador José Sarney (PMDB-AP) se preparava para se despedir, quando ela o chamou: “Venha comigo, vou dar uma entrevista e, depois, conversamos”. Sarney assentiu. Então, Dilma virou-se para o ministro da Justiça: “Acompanhe o ex-presidente Sarney até a minha sala que eu já volto”, e seguiu para a entrevista.

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O gesto de Dilma demonstra vontade de auscultar o mais experiente político do país, o único sobrevivente da geração de 1930, que viveu todas as crises dos últimos 60 anos. Sarney exerceu a arte do diálogo e enfrentou altos e baixos na popularidade como poucos. É o que Dilma tem de mais experiente ao seu lado nesse momento para “errar menos”. E ela parece disposta a, inclusive, abrir as portas à oposição: “Para haver um diálogo, as duas partes têm que se mostrar dispostas. Eu estou”, respondeu, quando perguntada se chamaria a oposição. 

O bicho vai pegar

No mensalão, entre o governo Lula e o PT, os petistas salvaram o governo e refundaram o partido. Agora, com o tesoureiro João Vaccari Neto denunciado, os petistas parecem divididos sobre essas duas teses, mas há quem diga que o partido não tem escolha: a ordem é salvar o governo e, em relação ao partido, quem for sujo que se quebre.

Nem vem

Enquanto alguns peemedebistas sonham com novos ministérios e cargos no Poder Executivo, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) avisa: “Se ela (Dilma) acha que dar mais ministérios para o PMDB vai reduzir juros, inflação e corrigir a economia, está enganada. O problema não são cargos”, diz ele, que espera mais ação por parte do Poder Executivo. “Querem fazer isso para forçar o PMDB a votar o ajuste.”

Por falar em PMDB…

O partido entrega hoje, a Michel Temer, a própria proposta de reforma política. Quer sair na frente na discussão do tema a que todos recorrem quando a situação fica complicada — e que esquecem quando o quadro melhora.

Dever de casa em aberto

Os congressistas lembram que parte da lei anticorrupção aprovada depois das manifestações de junho de 2013 ainda não foi regulamentada. Portanto, essa deve ser a prioridade, e não outro pacote para ficar pela metade.

CURTIDAS    

Olho na balança!/ No corredor, ao sair da sanção do novo Código de Processo Civil (CPC), a presidente Dilma se vira para um assessor e comenta: “Vou colocar você numa dieta”. O assessor nada responde, apenas sorri. A presidente, então, comenta: “A gente tem que fazer dieta para não ter que tomar remédio”. Faz sentido.

Cadê?/ Aloizio Mercadante, o ministro da Casa Civil, que sempre está ao lado da presidente, sumiu nos últimos dias. Não foi à entrevista no domingo, tampouco na sanção do CPC. Depois de tantas críticas no meio político, há quem diga que ele resolveu mergulhar.Cada um no seu quadrado/ O secretário-geral da Presidência da República, Miguel Rossetto (foto), vai voltar a cuidar mais dos movimentos sociais e menos dos políticos. Na quinta-feira, ele encontrará representes das centrais sindicais para discutir as medidas provisórias do ajuste fiscal. 

Nem lá nem cá/ Ricardo Patah, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), que esteve ontem no Planalto, preferiu ficar de fora das duas manifestações: não foi nem em 13 de março nem no domingo. Ele quer guardar energia para negociar o ajuste fiscal. “Dilma demonstrou humildade hoje (ontem). Estamos dispostos a ajudar”, diz.

15 DE MARÇO

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 Antes & depois

O adiamento da votação da política de salário mínimo na semana passada deixará o governo com mais dificuldades para evitar a exclusão de aposentados e pensionistas. 

Há um sentimento geral na classe política de que, se as manifestações forem expressivas hoje, a tendência dos congressistas será fechar com os desejos da população e não com o governo. E a política do salário mínimo é apenas uma das propostas que podem virar um pesadelo, a depender deste divisor de águas, que responde pelo apelido de 15 de março.

O governo tem outras preocupações que considera mais urgentes do que a política do salário mínimo. A ordem para esta semana é investir na negociação das medidas do ajuste fiscal, de forma a não deixar para a última hora. As MPs perdem a validade 

em 2 de junho.  Ele & ela

Lula foi um dos maiores entusiastas da manifestação da última sexta-feira. Dilma era contra. E olha que, dizem alguns atores, Dilma sempre concorda com Lula. Só com uma diferença: faz só o que quer.

O peso de cada um

Quem conhece a presidente Dilma avisa que quanto mais os partidos fritarem o comandante da Casa Civil, Aloizio Mercadante, mais forte ele fica perante a chefe. O ministro é opção dela. Ela não só confia como briga por ele. Já Pepe Vargas, de Relações Institucionais, balança. Mas não cai.

Coordenação política, 

2ª temporada

A estreia da nova formatação do grupo encarregado de ajudar na área política será nesta segunda-feira. E a missão: as medidas provisórias do ajuste fiscal. Significa que não tem aquecimento, nem episódio morno. É ação logo na largada e sem direito a errar.

Vai uma assinatura aí?

Os deputados novos estão estupefatos com o que têm visto na Câmara. A última são “visitantes” que trabalham na coleta de assinaturas para projetos. Essas pessoas não são funcionárias da Casa nem terceirizadas. Elas se dispõem a ficar no corredores recolhendo assinaturas para apresentação de projetos. Nos projetos mais urgentes, o preço é de R$ 4 por rubrica. Nos menos importantes, entre R$ 2 e R$ 3. Nas proposições que precisam de 171 assinaturas, o sujeito leva, por baixo, R$ 684.PSB em litígio

Fracassou a tentativa de acordo entre o deputado Glauber Braga e o senador Romário pelo comando do diretório do Rio de Janeiro. Glauber, que hoje tem ascendência sobre o partido, tem dito que Romário terá assegurada a candidatura a prefeito do Rio, mas não dá para querer tudo.

CURTIDAS    

Dieta, eu?/ Dia desses, num restaurante que tem pratos especiais para a dieta Ravena, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu (foto), pediu um prato normal. “Ué? E a dieta?”. “Que dieta? Eu já casei!”. Calma, pessoal. A dieta não tinha o intuito de encontrar um noivo e sim afinar a silhueta para se adequar ao modelo do vestido. Faz parte.

Morra de inveja/ Num voo com a presidente Dilma Rousseff não foi muito diferente. Veio aquele lanchinho básico e frugal de quem tenta fazer as pazes com a balança e a ministra rejeitou: “Me traz uma coca-cola e um pão com manteiga, por favor”. Dilma, então, pergunta: “E pode?” Kátia, com ares de vitoriosa, saiu-se com esta: “A minha dieta acabou, presidenta”.

Qualquer semelhança… É mera coincidência / O repórter Paulo de Tarso Lyra conversou com o líder da Força Sindical encarregado de auxiliar na organização do protesto de hoje. Chama Carlos Lacerda, homônimo daquele que apoiou o golpe militar de 1964.

Atos & manifestos/ A situação chegou ao ponto que os aliados da presidente não se entendem sequer para um gesto de apoio dos governadores. Os do Nordeste, em sua maioria aliados do governo, estão combinando uma manifestação conjunta de apoio à presidente Dilma Rousseff, mas alguns petistas tentam abortar a iniciativa. A avaliação é a de que quem faz esse tipo de ato mostra que está enfraquecido. Aí um deputado pergunta: “E não está?”

PEPE NA CORDA BAMBA

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E Pepe paga o pato

Enquanto os políticos seguem triturando o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, Dilma Rousseff se convence de que não adianta deixar toda a articulação política palaciana nas mãos do seu partido. Assim como Lula, na crise do mensalão, chamou o deputado Aldo Rebelo para cuidar das Relações Institucionais — e depois o PTB de Walfrido Mares Guia e de José Mucio Monteiro —, Dilma tende a entregar o cargo de Pepe Vargas ao PMDB. No páreo, estão Henrique Eduardo Alves e o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha.

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Dilma pode ai ter deixado o grande aliado numa saia justa. O PMDB há tempos reclama maior participação na definição das políticas de governo. Porém, quer mais do que um simples despachante palaciano, com Mercadante na Casa Civil interferindo. Ainda que Dilma tenha expressado vontade de manter o seu principal ministro focado na área técnica, longe da articulação política, ninguém acredita nisso por causa do jeitão de Mercadante. Ocorre que o PMDB não pode hoje recusar essa ajuda ao governo que ajudou a eleger.

Palpite de quem entende

Ministros do Supremo Tribunal Federal que deram uma olhada nos pedidos de abertura de inquérito do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, consideraram algumas peças frágeis. Dizem que não vai dar para denunciar alguém por “eu acho que…” ou “parece”. Muitos sairão dali inocentados. O problema é que o estrago político já está feito.

Por falar em STF…

O encontro de Dilma com o ministro José Antonio Toffoli ontem foi visto por alguns parlamentares como um recado de que o Planalto detém alguma ascendência sobre os julgadores da Lava-Jato. Toffoli já recebeu o apelido de “zagueirão da tia”. Pode não ser, mas é assim que os aliados viram a audiência num momento como esse.

Arrefeceu

O PMDB recuou uma oitava na sua escalada de ruptura. Sabe como é: com o governo e os partidos na berlinda, o 

melhor é não tear fogo.

Atitude é tudo

Os ministros palacianos e aliados do governo consideram fundamental a presidente vir como alguma mudança de peso no governo antes da manifestação de domingo. Assim, ajudará a amortecer as críticas, num momento em que o PSDB sobe o tom e anuncia que apoia a manifestação do próximo domingo.

Wagner, o curinga (do bem)

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, acompanhou a presidente Dilma Rousseff na viagem ao Acre para, juntos, discutirem o futuro e as fórmulas para sair da crise. Por enquanto, o ministro não sai da Defesa. Afinal, seria descobrir um santo para cobrir outro.

Doente? Ah, tá!/ Mal o ministro da Educação, Cid Gomes, comunicou que não iria ao Congresso ontem porque estava hospitalizado, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, telefonou para o cardiologista Roberto Kalil para saber se o ministro falava a verdade. Kalil disse que o problema de Cid era uma forte sinusite.

Virou chacota/ Os deputados passaram o dia inteiro dizendo que o problema de Cid Gomes não era a sinusite. Era a falta de apetite para enfrentar o Congresso, depois da declaração sobre os “300 a 400 achacadores”. O que mais se ouvia era: “Cid tem cargo. E quem tem cargo tem medo”.

Olheiros/ Aguardava-se a criação de uma comissão de deputados para averiguar a saúde do ministro.

Companhias/ Alem do ministro da Defesa, Jaques Wagner, Dilma chamou a presidente do INSS, Elisete Berchiol (foto), para compor a comitiva na viagem ao Acre. Quis assim, fazer mais uma homenagem à mulher e à primeira servidora de carreira do instituto a ocupar a presidência. Geralmente, quem acompanha a presidente nessas viagens é o ministro da área, Carlos Gabas. 

MERCADANTE LEVA A CULPA

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Sobrou para Mercadante

Na reunião da bancada do PT ontem no Senado, foi diagnosticada uma disputa de poder dentro do Planalto, que tem como principal personagem o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. A avaliação é a de que, apesar das dificuldades que o governo enfrenta, ele evita que outros políticos se aproximem de Dilma Rousseff no intuito de reinar absoluto. 

Basta chegar algum político no Planalto para conversar com a chefe que Mercadante aparece. Na presença dele, quem deseja dar o verdadeiro tom da crise apenas à presidente se recolhe. Nesse clima, ninguém vai a lugar algum. Agora, os senadores do PT vão buscar conversas reservadas com a presidente, sem a participação 

do ministro.

PSDB 1 x 0 PT

Os dois partidos queriam usar o depoimento de Pedro Barusco na CPI com o objetivo de jogar o petrolão um no colo do outro. Diante das declarações do ex-gerente da Petrobras sobre João Vaccari Neto, o PSDB levou a melhor. A convocação do tesoureiro petista para uma acareação com Barusco e Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, é questão de tempo.

Cunha, a vacina

A data do depoimento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na CPI da Petrobras foi “milimetricamente” calculada de forma a ocorrer às vésperas da manifestação de 15 de março. Os aliados dele acreditam que se o presidente da Câmara for bem no depoimento, pode colocar o slogan “Fora, Eduardo” em segundo plano, ofuscado pelo “Fora, Dilma” e “Fora, Renan”.

Lula & Dilma

Em 2005, o então presidente Lula escapou de um desgaste maior contando com as ruas. Dilma, ao que tudo indica, não terá a mesma sorte por causa da crise econômica, em especial, o aumento de tarifas. Lula a aconselhou a rapidamente separar as estações petrolão e economia. Se continuar embolado como está, não terá conversa que dê jeito.

Por falar em ruas…

Dilma foi alertada pelos líderes que a manifestação de domingo promete lotar as ruas das principais capitais do país. Ciente dessa avaliação, Lula recomendou à presidente ouvir mais os aliados e refrigerar a coordenação política palaciana.

Dilma e os argumentos

A presidente aproveitou a reunião de líderes para se defender da história de que teria interferido na elaboração da lista do procurador-geral, Rodrigo Janot: “Como é que eu colocaria a Gleisi (Hoffmann) numa lista se ela foi minha ministra (da Casa Civil)?”, questionou Dilma.

Janela da negociação

O recuo do governo ao aceitar os 6,5% de correção da tabela do Imposto de Renda, ainda que escalonada, é visto como o primeiro passo para tentar amainar o clima beligerante na política. A conferir.

CURTIDAS    

Se André dançou…/ Primeira vítima da Lava-Jato no Congresso, o ex-deputado André Vargas, ex-PT-PR, o único a ter o mandato cassado, não figura entre aqueles que foram alvos de inquérito. Ontem, um petista lembrava: “Bem que ele dizia que era apenas o deputado da carona no jatinho. Imaginem agora o que não vai ocorrer com os demais”.

Temer e os gatos/ Um dos gatos pretos que vivem nas imediações do Planalto passou bem na frente de Michel Temer dia desses. Na hora, o vice-presidente parou. “Um gato preto”, disse, com o semblante preocupado diante do mau presságio. Na hora, a pessoa que estava com ele respondeu: “Fique tranquilo: quando passa da direita para a esquerda, é sinal de sorte”. O peemedebista soltou um: “Ufa, que bom”.

Maçonaria em campo/ A Loja Maçônica Santa Catarina convocou a “família maçônica” a participar da manifestação de 15 de março. “Combatemos a corrupção, a impunidade, defendemos a ética na política e a moralidade no trato da coisa pública”, diz o texto. Em momento algum, cita o afastamento da presidente Dilma ou a palavra impeachment.Enquanto isso, na CPI…/ O deputado Efraim Filho (DEM-PB) e o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), se elogiavam dizendo que os paraibanos não têm medo do trabalho, quando, de repente, o petista baiano Afonso Florence (foto) interveio: “Nós também não”. Motta, com a verve que lhe é peculiar, comentou: “E quem está dizendo o contrário? O partido não é ‘dos Trabalhadores?’”, ironizou. Florence estrilou: “Que o presidente não volte mais com essas pilhérias!”.

O PMDB NO CAMINHO DA RUPTURA

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No caminho a ruptura

 O pronunciamento em que a presidente não fez um “mea-culpa” sobre os problemas na economia e as conversas que giram apenas no sentido do sacrifício do outro — nunca do governo ou do PT —colocam o PMDB na trilha de um futuro rompimento com Dilma. Há quem diga que basta um empurrãozinho das ruas para que isso ocorra. A depender dos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha, o ingresso fundo nessa trilha não vai demorar. Daí, a conversa de Dilma com o vice-presidente Michel Temer, no sentido de se reaproximar do PMDB.

Antes tarde o que nunca?

Apesar de o Poder Executivo acenar com uma correção escalonada da tabela do IR de forma a beneficiar quem ganha menos, nenhum deputado apostava ontem na manutenção do veto ao reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda. Afinal, o Poder Executivo está ciente dessa perspectiva de derrota há mais de duas semanas e até aqui não tinha chamado ninguém a negociar. Deixou para a última hora e agora terá mais dificuldades em fazer valer a sua vontade.

Juntos e misturados

O episódio do petrolão vem sendo analisado pelos políticos como uma mistura de caso Collor com Orçamento: o primeiro pegou o Executivo. O segundo, os congressistas. O petrolão pegou os dois.

Santo de casa

O que antes era dito aqui e ali de forma isolada por líderes partidários, inclusive nesta coluna, agora contaminou a todos: ou o PT apoia o ajuste fiscal ou os líderes aliados não terão argumento para convencer os seus liderados a votar a favor das medidas do 

Poder Executivo. 

Janela para o diálogo

Fracassadas as conversas com os tucanos em torno de saídas para a crise política e econômica, o vice-presidente Michel Temer recebeu ontem o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), e o presidente da comissão encarregada de discutir a reforma política, Rodrigo Maia (RJ). O tema era reforma política, mas nesse clima de “vaca não reconhecer bezerro”, esse encontro pode ajudar a criar um canal de conversas mais adiante.

Sem clima

Diante das dificuldades entre governo e PMDB, a tendência é a presidente Dilma Rousseff esperar mais algum tempo antes de fazer o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves como novo ministro do Turismo. Esse capítulo deve ficar mais para frente, na fase da novela em que os atores começam a fazer as pazes e deixar de lado as rusgas que marcaram a trama.

Avestruz/ O senador Gladson Cameli (foto), um dos integrantes do PP a ser investigado por suspeita de participação no esquema da Petrobras, foi à tribuna e não deu uma só palavra sobre o caso. Comunicou que sobre esse tema falaria hoje. Esqueceu-se da famosa letra de Geraldo Vandré: “Quem sabe faz à hora não espera acontecer”.

Resumo da ópera/ Os tucanos resumem assim a situação: “Nos Estados Unidos, o pato manco é o presidente em final de mandato, ali, naquele período de dois, três meses. Dilma é um pato manco precoce, desgastada com dois meses apenas”, diz o deputado Marcus Pestana.

Mau agouro?/ Tem sido comum funcionários do Palácio do Planalto flagrarem gatos pretos passando zunindo nas imediações do edifício. Se brincar, daqui a pouco eles vão chamar uma mãe de santo para dar uma “limpada” na área.

Coisa de gente fina/ Alguns políticos dilmistas se referiram ao panelaço da noite de domingo como a “manifestação Le Creuset”, menção à grife francesa de panelas.

Apagão/ Pela primeira vez em 37 anos, o restaurante Piantella fechou as portas num dia útil, por falta de energia. Seus administradores entraram em contato com a CEB para chamar um técnico, mas nem se dispondo a pagar a taxa extra de R$ 70 para o serviço de emergência conseguiram resolver o problema. E o governo ainda tem coragem de dizer que nosso sistema elétrico é “robusto”.

Protejam a rainha!

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Protejam a dama!

Em conversas reservadas, ministros do governo têm dito que o procurador Rodrigo Janot forçou a mão ao inserir nos pedidos de inquéritos trechos que citavam a presidente Dilma Rousseff (aquele em que Paulo Roberto Costa afirma ter enviado recursos para a campanha dela de 2010, via Alberto Youssef, que nega. E, em segundo, aquele em que Youssef, sem apresentar qualquer elemento de prova, diz que ela sabia do esquema). Coube a Teori Zavascki colocar os pingos nos “is” ao dizer que não há o menor indício contra a presidente da República.

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Em tempo: a crítica do governo ao procurador está diretamente relacionada ao período delicado da política. 

Em conversas reservadíssimas, ainda que preliminares, oposicionistas têm colocado como condição para o fim da crise o afastamento da presidente Dilma Rousseff. E, embora não haja nada contra ela, a simples menção nesse momento pode ser avassaladora.

O peão e o bispo

Os peemedebistas reclamam do estrago a que foram submetidos, mas no público interno há quem diga que poderia ter sido pior, caso Fernando Soares, o Fernando Baiano, aceitasse a delação premiada. No caso do PT, o nome que pode promover mais estragos é o do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Ou seja, nem tudo está dito no que se refere à corrupção no governo e no parlamento, e tampouco todos os listados até agora podem ser desde já incluídos na lista de “culpados”. A crise está apenas começando.

Era praxe

Os advogados que agora vão ganhar muito dinheiro defendendo os políticos na Lava-Jato contam que “normalmente”, o Ministério Público ouvia os políticos antes de partir para os pedidos de abertura de inquérito, prática que muitas vezes evitava a exposição em casos sem comprovação ou com indícios frágeis para justificar uma investigação. Desta vez, não houve essa chance.

Vida de Pepe

Os líderes notaram: na reunião essa semana no Planalto, a presidente fez uma exposição, e passou a palavra a Nelson Barbosa, ministro do Planejamento. Depois, foi a vez de Aloizio Mercadante, da Casa Civil, falar da política. Pepe Vargas, de Relações Institucionais, não foi nem sequer citado pela presidente Dilma. A condução política está a cargo de Mercadante e do líder do governo, José Guimarães.

Sem defesa

Com o mandato cassado essa semana no TRE de Rondônia, o ex-governador Confúcio Moura (PMDB) terá dificuldades em obter uma ajudinha dos peemedebistas de Brasília em seu recurso para retomar o cargo. É que estão todos tão focados na Lava-Jato que ninguém tem tempo para mais nada.

Agora vai

Apesar do tumulto, a CPI da Petrobras tende a ser diferente das outras. Além das sub-relatorias, algo criado na CPI do Orçamento, a contratação da Kroll dará um ar de “não colocaremos nada para debaixo do tapete”, como tem repetido o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB).

CURTIDAS    

Insones…/ O presidente do Senado, Renan Calheiros (foto), tem dormido cerca de quatro horas por noite, assim como o da Câmara, Eduardo Cunha.

…e Furiosos/ O que Calheiros diz sobre o governo Dilma ruborizaria os mais afeitos ao palavreado chulo. Cunha, por sua vez, é direto: “Vou partir para cima”.

Joaquim na roda/ O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa foi destaque na festa de lançamento do site Fato Online essa semana em Brasília. Em sua mesa, houve filas para fotos e cumprimentos. Parecia até candidato a presidente da República. “Não sou filiado a partido político, eu não sei por que ninguém acredita, mas eu não sou candidato”, afirmou.

Mudança de hábito/ O ex-deputado José Aníbal (PSDB-SP), hoje suplente de José Serra no Senado, surpreendeu suas visitas essa semana, ao servir água e café em copos descartáveis. O que até bem pouco tempo era considerado meio grosseiro pelas elites paulistanas, hoje é praxe. Sabe como é, gasta-se litros e litros de água para lavar copos e xícaras.

Renan e Dirceu

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Renan não quer ser Dirceu

Como um dos mais influentes políticos que tiveram o nome envolvido na Lava-Jato, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), age, a partir de hoje, de olho nos desdobramentos do mensalão e do calvário vivido pelo superpoderoso ministro da Casa Civil nos tempos do escândalo, José Dirceu. Abaixo do então presidente Lula, Dirceu era, na avaliação dos aliados de Renan, o mais poderoso dos enroscados no esquema. Agora, os amigos de Renan sentem que é o senador do PMDB de Alagoas que está nesse papel. Logo, pela lógica do Poder Executivo que prevaleceu no mensalão, agora seria de Renan o “pescoço” a ser oferecido à guilhotina, de forma a dar uma resposta à sociedade. Essa situação ele não aceita. Por isso, está possesso. E jogará com todas as armas que tem para sair desse canto do ringue. 

Esquisito

Os petistas ficaram atônitos com a menção feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao nome da presidente Dilma Rousseff, dizendo não ter competência para investigá-la. Para muitos, é sinal de alguém tentou envolver Dilma no processo por causa dos tempos em que era presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Ela ficou tão possessa quanto Renan.

A vingança de Paulo Roberto

Parte dos políticos do PP incluídos no rol de investigados da Lava-Jato vai usar como argumento político para alegar inocência o fato de não se relacionarem com os antigos controladores do partido — aqueles enroscados no mensalão e que agora estão no petrolão. Muitos acreditam terem sido incluídos apenas por pura vingança de Paulo Roberto Costa.

Sobe & desce

Com os senadores Renan Calheiros, Romero Jucá e Valdir Raupp incluídos nos pedidos de abertura de inquérito feitos por Rodrigo Janot deixa livre e à vontade para voar no Senado apenas o líder da bancada, Eunício Oliveira. Por isso, não será surpresa se a presidente Dilma Rousseff terminar se afastando de Cid Gomes, o ministro da Educação que já começou a criar problema com o Parlamento.

Governo na berlinda

Com os senadores petistas Humberto Costa (PE), Gleisi Hoffmann (PR) e Lindbergh Farias (RJ) incluídos no rol de investigados da Lava-Jato, o governo perde fôlego na defesa de seus projetos no Senado. Os três são os que mais ocupam a tribuna para responder a ataques da oposição, que teve apenas o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) inserido na listagem.

É apenas o começo I

As reclamações de Renan Calheiros sobre a falta de acesso às suspeitas que pesam contra ele no caso da Lava-Jato não têm sustentação. É que, na avaliação dos procuradores, a necessidade de acesso a tudo só ocorre quando o Supremo Tribunal Federal aceita o pedido de abertura de inquérito, o que ainda não tinha ocorrido até ontem. Isso significa que as excelências incluídas na lista ainda vão sofrer um longo desgaste pela frente. Afinal, agora começa apenas a investigação. Depois, virão as ações penais. 

É apenas o começo II

A perspectiva de o presidente da Camargo Corrêa confirmar que há algo de podre no reino de Belo Monte assusta o PT assim como a delação de Paulo Roberto Costa assustou o PP e colocou quase toda a bancada do partido no caminho do cadafalso.

CURTIDAS    

Maratona Lava Jato I/ Com a experiência de quem já viveu muitas crises e viu muitos passarem por apertos, o deputado Heráclito Fortes (foto), do DEM-PI, já tem seu veredicto para os envolvidos na Operação Lava-Jato: “Será uma morte lenta e dolorosa”.

Maratona Lava-Jato II/ Heráclito não deixa de ter razão. Os nomes anunciados estarão todos os dias na roda: uma testemunha que vai ali, outra acolá. E até se chegar a uma conclusão, lá se vão alguns anos.

Uma vez líder…/ Jandira Feghali, líder do PCdoB, reclamava da distribuição das comissões técnicas da Câmara, quando o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pegou o papel alheio: “O PMDB tem o direito…” Não conseguiu terminar a frase. “Epa! Quem fala pelo PMDB é o líder!” Leonardo Picciani, então, entrou em cena. 

Cargos da sorte/ A última CPI a contar com sub-relatores foi a dos Correios. José Eduardo Cardozo virou ministro da Justiça. Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro; ACM Neto, de Salvador, e Gustavo Fruet, de Curitiba.