Autor: Denise Rothenburg
O secretário da Juventude, Bruno Júlio, pediu demissão depois das polêmicas declarações feitas nessa sexta-feira. O presidente Michel Temer aceitou. Na verdade, essa foi a versão oficial. No Planalto, o al esgtar chegou ao ponto de um ministro ligar para o secretário e sugerir que ele se afastasse. A indicação do futuro secretario da Juventude será feita pelo PMDB.
A temporada de demissões no governo do presidente Michel Temer vai começar cedo. E a primeira baixa será o secretário de Juventude, Bruno Júlio, que cometeu nesta sexta-feira o que muitos dos aliados dele chamariam de… “sincericídio”. Ao comentar as chacinas nos presídios do Amazonas e de Roraima essa semana, Bruno declarou ao site Huffpost Brasil que “tinha era que matar mais”.
Bruno é filho de um policial, o deoutado federal Cabo Júlio, do PMDB de Minas. Além de usar a expressão “matar mais”, defendeu uma “chacina oor semana”. No Planalto, houve quem dissesse entre quatro paredes que um secretário não pode dar uma declaração dessas. Foi, no mínimo, despreparo para o cargo. O sábado promete.
A visita que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fará hoje ao Recife servirá como uma espécie de lançamento de sua candidatura. Três ministros de Estado e 20 deputados confirmaram presença, inclusive de outros estados, caso de Benito Gama (PTB-BA), Heráclito Fortes (PSB-PI) e Danilo Forte (PSB-CE).
Em tempo: Há dois dias, o presidente Michel Temer havia dito ao lider do PTB, Jovair Arantes, que seus ministros deveriam ficar fora da disputa. Mas, Mendonça Filho, da Educação; Bruno Araújo, das Cidades, e Fernando Filho, de Minas e Energia, são pernambucanos, deputados e não deixarão de fazer as honras da casa ao presidente da Câmara. Esse é o discurso oficial. Domingo, Rodrigo irá a Maceió. E não será para pegar uma cor.
BNDES sob lupa
Depois dos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a projetos no exterior, algo que rendeu três processos no Tribunal de Contas da União (TCU), o presidente em exercício do Tribunal, Raimundo Carreiro, planeja colocar os pingos nos is: “BNDES é para financiar a estrutura nacional”.
Rodrigo na lida
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já faz a contabilidade de votos por bancada. Conta com a integralidade do DEM, do PSDB, parte do PP e do PMDB. Já é um bom tamanho para chegar ao segundo turno.
Eles querem mais
Desde que a liberação de verbas para atendimento de emendas ao Orçamento se tornou obrigatória, os políticos andam chateados. É que o governo remete os recursos para realização das obras aos municípios, mas não avisa aos parlamentares. Aí, o prefeito anuncia a chegada do dinheiro, posa para a foto, e o autor da emenda fica a ver navios.
Segura a tropa!
André Figueiredo foi o único dos candidatos a presidente da Câmara que ainda não colocou o bloco na rua. Há quem diga que sua função nessa campanha é apenas segurar a parte da esquerda ligada ao PT que não quiser seguir com Rodrigo Maia. O PCdoB, por exemplo, ajudou o atual presidente da Câmara no ano passado, assim como o PSB, hoje dividido.
CURTIDAS
A história registra/ Quando não é para resolver um problema, vem um plano nacional. Só de segurança, o Brasil teve quatro em 16 anos.
Contagem regressiva I/ Se teve alguém torcendo para permanecer em 2016 na virada do ano, foi o presidente do Senado, Renan Calheiros (foto). O futuro dele, como dizia a música de Frejat e Cazuza, “é duvidoso”. Está nos seus últimos dias de uso do avião da FAB. Em fevereiro, ou alugará um jatinho ou terá que viajar em avião de carreira e enfrentar aqueles que, volta e meia, resolvem incomodar os políticos em aeroportos.
Contagem regressiva II/ Amigos de Renan estão preocupados com o futuro do senador. É que muitos anteveem agruras eleitorais à frente. Com Renan Filho candidato à reeleição em 2018, o senador só poderá concorrer a um novo mandato ao Senado, algo nada fácil para quem é réu em ação penal. Caso seja condenado, nem essa saída terá.
TCU esclarece/ A respeito da nota Papai Noel atrasado, o Tribunal de Contas da União esclarece: “Não foram criados novos cargos ou funções para assessoramento dos procuradores do Ministério Público junto ao TCU. As funções de confiança constantes da Portaria 336/2016 foram criadas pela Lei nº 12.776/2012 e apenas tiveram sua autorização de lotação renovada. Além disso, a portaria citada não se refere apenas aos gabinetes dos procuradores, mas também aos dos ministros e ministros-substitutos. O valor bruto das funções é de R$ 4.914,14, e não superior a R$ 6.000,00”.
No papel de presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), o ministro Raimundo Carreiro deu um assessor a mais para cada um dos seis procuradores da República que servem à Corte. A função comissionada em que os servidores foram alojados representa um acréscimo de mais de R$ 6 mil no salário.
Há quem diga que Carreiro deu uma de Papai Noel da Virada, uma vez que a portaria foi publicada no Diário Oficial da União de 30 de dezembro de 2016. Nada como uma ajudinha ao Ministério Público para ser abençoado pelos procuradores em 2017.
Rodrigo, o candidato
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já age nos bastidores como um candidato a ficar mais dois anos no cargo. Ligou para vários deputados a fim de tratar da campanha. A ideia é amarrar um leque de apoios que iniba qualquer interferência do Supremo Tribunal Federal.
Cálculos eleitorais
Aqueles que acompanham a disputa pela Presidência da Câmara dizem que Rodrigo Maia é presença certa no segundo turno. E avisam que, se o adversário dele for o líder do PTB, Jovair Arantes, Maia correrá risco.
Uma rede para Imbassahy
O presidente Michel Temer vai esperar o desfecho da eleição à Presidência da Câmara para definir o destino do deputado Antonio Imbassahy, que há mais de um mês havia sido confirmado, nos bastidores, para o cargo de secretário de governo. Imbassahy irá para o governo. Porém, hoje ninguém bate o martelo quanto ao cargo que ele ocupará.
Saiu, mas ficou
A demora do presidente em nomear o futuro secretário de governo e a permanência de toda a equipe nomeada por Geddel Vieira Lima no Planalto deixam muitos deputados com a sensação de que o ex-ministro continua mandando. Ainda que a distância. Outros acham que não é só impressão.
Na estrada I/ No papel de candidato a presidente da Câmara, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) busca votos no PMDB. Ele passou esse período de festas investindo, por exemplo, na Paraíba, do deputado Manoel Júnior.
Na estrada II/ Ontem, Rosso gravou um vídeo enquanto pedalava de Brasília até Trindade (GO), cumprindo a tradição de ir todos os anos à Basílica do Pai Eterno, local de muita romaria, pedir um bom ano para a família.
No Planalto e nas redes/ Enquanto Lúcio Vieira Lima ia ao Planalto comunicar a Michel Temer que será candidato a vice-presidente da Câmara, a deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA) pedia votos a todos os colegas nos grupos de WhatsApp dos parlamentares para esse mesmo cargo.
Pensando bem/ Com os constantes atrasos e parcelamentos no pagamento de servidores estaduais em 2016, muitos funcionários passaram a prestar mais atenção aos gastos em suas repartições. Este ano, essa vigilância será redobrada, a fim de evitar contratos abusivos e desperdícios. Olho vivo, servidor!!!
De volta do recesso, o blog encontrou a disputa pela Presidência da Câmara num aquecimento avançado. Hoje, Jovair Arantes (PTB-GO) foi ao Planalto dizer ao presidente Michel Temer que será candidato ao comando da Câmara e aproveitou para alertar que uma candidatura de Rodrigo Maia, sub júdice, é instabilidade na certa. O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) foi dizer que concorrerá à vice-presidência da Casa. A todos Michel Temer disse que não pretende interferir. Acredite se quiser.
No papel de corregedor da Câmara desde novembro deste ano, o deputado Claudio Cajado (DEM-BA) terá a missão de dar parecer sobre qualquer representação a respeito de pedido de abertura de processo de perda de mandato contra deputados enroscados na Lava Jato. Ele é do mesmo partido do presidente da Casa, Rodrigo Maia. Assumiu o cargo sem muito alarde, justamente no período em que a delação da Odebrecht estava praticamente fechada. No Congresso, todos acreditam que nada em política é mera coincidência.
Três Baruscos
A Construtora Norberto Odebrecht não tem muito o que reclamar do governo federal em 2016. O portal da Transparência indica que, essa temporada de vacas magras, a empreiteira arrematou R$ 439 milhões do Ministério da Defesa, da Coordenação Geral de Desenvolvimento do Submarino nuclear __ três vezes o que foi devolvido por Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras.
Juntos e misturados
O presidente do Senado, Renan Calheiros, avisou aos colegas que não aceitará ser jogado ao mar nesse verão, depois que deixar o comando da Casa, Em conversas reservadas, tem cobrado apoio de todos aqueles a quem ajudou no passado recente. Tudo para não encontrar adversários na hora de concorrer à Comissão de Constituição e Justiça.
Cargo disputado…
Está assim,ó, de pré-candidato a vice-presidente da Câmara no PMDB. Além de Lúcio Vieira Lima, já se apresentaram Osmar Serraglio (PR), José Priante (PR) e Carlos Marun (MS). A ideia é uma eleição interna.
… porém tem jogo
Alguns, entretanto, já estão se apresentando para ver se conquistam uma presidência da comissão no ano que vem a título de compensação. Entre os peemedebistas, há quem coloque, por exemplo, José Priante nessa lista.
CB.Poder
O ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, é o entrevistado de hoje do programa que vai ao ar nesta tarde, 13h30, na TV Brasília, com reapresentação à meia-noite. Ele faz um balanço desses sete meses d comando da área social do governo Michel Temer.
CURTIDAS
Laços políticos/ A maior surpresa no evento ontem em maceió foi a presença do petista Rui Costa (à direita), governador da Bahia. Para quebrar o gelo, Costa abriu a conversa dizendo ao ministro Osmar Terra que Jaques Wagner “fala muito bem do senhor”. Jaques e Osmar foram colegas de movimento estudantil no Rio de Janeiro, antes de irem para o exílio. O presidente Michel Temer entrou na conversa com um “bons tempos de movimento estudantil”.
Laços financeiros/ Rui Costa, realmente, não poderia faltar a essa festa. A Bahia é o estado que receberá o maior volume dos recursos destinados às cisternas. Ficará com R$ 189 milhões de R$ 756 milhões liberados para todo o país.
Espírito natalino??/ O senador Lindbergh tomou um susto dia desses num aeroporto, antes do Natal. Lá estava ele de camiseta azul, calça jeans, tênis, calmamente sentado lendo uma revista, quando uma mulher para na frente dele e começa a gritar “Olha aqui um petista! Ladrão! Sabe o que o senhor faz para limpar seus pecados? Doa todo o seu dinheiro para os pobres ”. Atônito, ele fecha a revista e começa a recolher suas coisas, enquanto a mulher vai embora gritando.
Pausa/ A coluna entra em recesso por uma semana. Um 2017 com muita saúde, paz, empregos e que não percamos a fé e a esperança. Vamos criar uma grande corrente de energia positiva por um mundo mais pacífico e um Brasil mais justo. Feliz Ano Novo!
Em sua mensagem de Natal enviada via redes sociais, o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), mostrou que não brincava quando dizia aos colegas que gostava de tocar guitarra. Pré-candidato a presidente da Câmara, ele surpreendeu a muitos tocando “Noite Feliz”.
Confira: https://www.youtube.com/watch?v=fsby5p9fDA4&feature=youtu.be
O ex-deputado Gastão Vieira foi surpreendido hoje com sua exoneração do cargo de presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Será substituído pelo ex-secretário de Urbanismo de Salvado Silvio Pinheiro, do PSDB, indicado pelo DEM do prefeito ACM Neto. Pinheiro ficou conhecido por ter dado o alvará ao prédio que terminou com as obras embargadas pelo Iphan. É aquele prédio que o ministro Geddel Vieira Lima tentou liberar na marra e que lhe custou o cargo. O FNDE era pleiteado também pelos três senadores do Maranhão. Terminaram levando uma rasteira dos baianos às vésperas do Natal.
A aprovação da proposta que permitirá a muitos estados renegociarem suas dívidas só saiu por obra e graça do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, conforme relataram ontem nove em cada grupo de 10 deputados ouvidos pela coluna. O líder do governo, André Moura, seguindo orientação do Ministério da Fazenda, tentou evitar que a votação terminasse sem as contrapartidas. Rodrigo, porém, avisou ao Planalto que fecharia um texto que permitisse uma vitória da Câmara, avessa a se responsabilizar pelas exigências da proposta aprovada pelo Senado, tais como suspensão de concursos, benefícios, venda de ativos e outras. Agora, caberá ao Planalto, por decreto, fixar as contrapartidas diretamente com os estados.
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Em tempo: diante dos colegas, Maia saiu fortalecido para buscar mais um mandato de presidente da Câmara em fevereiro, uma vez que deu sinais de não dizer amém a tudo que a Fazenda quer, permitindo que a Câmara desse um passo diante do projeto. Falta combinar com o Supremo Tribunal Federal, que ainda não se manifestou a respeito. A tendência por lá, conforme entendimento de muitos que assessoram os ministros da Corte, é seguir o que já foi dito antes, num caso semelhante: a eleição do presidente é um problema da Câmara dos Deputados.
Vai ser assim
Os parlamentares já combinaram como resolver a dúvida sobre a candidatura de Rodrigo Maia: ele sai candidato. Se for eleito, sinal de que o plenário da Câmara, última instância, concorda com o parecer do deputado Rubens Pereira Júnior, favorável à candidatura. Se for derrotado, será por discordância do parecer.
Estresse
O PMDB ficou ao lado de Rodrigo Maia na hora de votar a renegociação da dívida dos estados e desprezou a orientação do líder do governo, André Moura. Ali, no fim do dia, dizia-se entre os peemedebistas que Moura queria mesmo era evitar que Maia saísse bem na foto junto aos deputados.
É o que interessa
O governo conseguiu aprovar um ponto que considerava para lá de importante na proposta: o teto de gastos estaduais por dois anos.
O assunto voltará à pauta em 2018.
Novo grupo
Há alguns anos, os únicos que tinham poder para levar a Casa numa ou noutra direção em votações importantes eram os produtores rurais. Agora, a bancada dos policiais mostrou que faz a diferença. Ontem, por exemplo, coube a eles ajudar a evitar a suspensão de reajustes e concursos nos governos estaduais. “Em janeiro, vamos redobrar nossa manifestação em prol de preservar a polícia na reforma da Previdência”, diz o deputado Major Olímpio.
CB.Poder/ A TV Brasília exibe hoje entrevista do secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano (foto), sobre a negociação da reforma previdenciária em tramitação na Câmara. “Alguma reforma terá que ser feita”, diz ele, pronto para enfrentar o debate no ano que vem.
Hora da plantação/ Deputados comentavam na liderança do PMDB que Rogério Rosso desistiria de concorrer à Presidência da Casa em troca de um cargo na Mesa Diretora. Citaram inclusive a Primeira Secretaria, uma espécie de prefeitura da Câmara. “Pura intriga”, respondeu Rosso, que chegou inclusive a dar uma entrevista para desmentir a boataria.
Ceará em chamas/ A Assembleia estadual pegou fogo neste fim de ano, por causa da proposta do governador, Camilo Santana, de extinguir o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Domingos Filho, o presidente do TCM, tratava de espalhar aos quatro ventos que o deputado estadual Ivo Gomes responde a vários processos na instituição, de forma a tentar evitar que a estrutura fosse incorporada ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).


