Renan muda o jogo

Publicado em coluna Brasília-DF

 


 

O líder do PMDB do Senado, Renan Calheiros, chega ao final deste primeiro ano do governo de Michel Temer disposto a fazer inflexões em relação à reforma trabalhista e guardar energias para o futuro. Ele já percebeu que o cavalo de batalha não é o texto em análise no Senado, que pode ser votado por maioria simples. O poder de pressão do líder do PMDB estará mais forte na reforma previdenciária, que precisa de 54 votos no Senado para ser aprovada. É aí que o governo jogará o duelo de titãs.

Lula e os outros

Os petistas estão cada vez mais dedicados à narrativa da perseguição ao partido. Ontem, não foram poucos os deputados e senadores que trataram as afirmações de João Santana e Mônica Moura sobre a ex-presidente Dilma Rousseff e, ainda, o ex-prefeito Fernando Haddad, como estrategicamente divulgadas para não deixar o PT com nenhum plano B para a campanha de 2018.

Lá e cá

A atual direção do Postalis, o fundo de pensão dos Correios, vai a Washington para apresentar mais uma denúncia à Justiça americana contra o BNY Mellon, o banco acusado de gerar um prejuízo hoje calculado na ordem de R$ 1 bilhão aos aposentados e pensionistas da empresa. Nos Estados Unidos, o BNY Mellon já foi condenado a devolver US$ 700 milhões por prejuízos aos americanos. Aqui, várias ações correm na Justiça sem desfecho.

Placar

A contabilidade de deputados governistas sobre a reforma da Previdência está em 260 votos favoráveis no plenário da Câmara. Sinal de que a votação vai ficar mesmo para o fim do mês ou, na hipótese mais otimista, para início de junho.

Para conferir depois

O líder do DEM, Efraim Filho, se mostrava ontem animado com a exposição do ex-presidente Lula ao juiz Sérgio Moro. Efraim, que é da Paraíba, terra onde Lula mantém uma liderança expressiva nas intenções de voto, referiu-se ao depoimento como “o começo do fim”.

Um ano de governo Temer

O presidente Michel Temer tem dito a amigos que seu único desejo é poder terminar o governo com a sensação de ter tirado a economia brasileira do buraco. Esses amigos têm dito que o presidente hoje está na metade desse caminho. Melhor que nada.

Imagina na Copa I/ Advogados que acompanharam o depoimento do ex-presidente Lula em relação ao triplex no Guarujá ficaram preocupados com o clima entre os defensores do ex-presidente, em especial Cristiano Zanin Martins, e o juiz Sérgio Moro para os próximos “encontros”. Afinal, há outros quatro processos em que Lula ainda não foi ouvido.

Imagina na Copa II/ Se, nessa ação do apartamento, considerada uma das mais frágeis, Cristiano ficou nervoso e Moro teve momentos de impaciência, imagine na hora em que chegar aos outros inquéritos…

A festa na primeira vice/ O jantar que o primeiro vice-presidente da Câmara, o peemedebista Fábio Ramalho (foto), serve em seu gabinete todas as quartas-feiras de votações até tarde da noite está tão famoso que até os garçons da Casa têm tirado uma folguinha no trabalho para degustar as iguarias da cozinha mineira.

Enquanto isso, no Planalto…/ Hoje tem festa para marcar um ano de governo, mas não terá lançamento do programa “Avançar”. Apenas, balanço. Primeiro, o governo quer fazer as contas para, depois, apresentar novos projetos. Melhor assim.

A la Arruda

Publicado em coluna Brasília-DF

Advogados e políticos que acompanharam o ex-presidente Lula em Curitiba consideram grandes os riscos de ocorrer com o petista o que houve com ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (PR), em 2014. À época, Arruda conseguiu o registro de sua candidatura para concorrer a um novo mandato de governador, mas, logo depois, foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), acusado de comandar o mensalão do DEM. Os advogados ainda tentaram manter a candidatura, mas a Justiça decidiu que a inelegibilidade da Ficha Limpa deve ser considerada antes da eleição e não apenas no período anterior ao registro.

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A aposta dos especialistas, considerados os prazos com que Sérgio Moro costuma proferir as sentenças, é a de que Lula será, sim, condenado e, se a segunda instância mantiver o ritmo com que tem trabalhado até aqui, o ex-presidente chegará ao segundo semestre de 2018 com a candidatura registrada, porém balançando numa data bem próxima ao pleito. É esse o cenário que mais preocupa os petistas. É que, no lusco-fusco, ficará difícil trocar de candidato. Foi mais ou menos o que houve com o PR, que, a menos de um mês da eleição, lançou o nome de Jofran Frejat no lugar de Arruda.

Sai daí rapidinho!

Aliados que acompanharam o ex-presidente Lula em Curitiba consideraram que a presença de Dilma Rousseff no ato era desnecessária. A ordem no PT era deixar o palco exclusivo para Lula. Aliás, o partido tem se especializado em dizer
que o governo Dilma teve problemas, mas o de Lula
foi bom. É por aí que eles pretendem empreender a campanha para 2018.

Há vagas

O governo não vai conseguir blindar as agências reguladoras de indicações políticas. Nos bastidores, a briga maior é pela vaga que abre dia 28 deste mês na Agência Nacional do Petróleo (ANP). E, sabe como é, em tempo de reformas em pauta, o governo não nega nada
a ninguém.

Juiz escoltado, procuradores escoltados, só quem chega livre e nos braços do povo é o réu”

Lula, ex-presidente,
ao sair do depoimento ontem em Curitiba

O exercício de Serra/ Acostumado a viajar de São Paulo para Brasília todas as semanas, o senador José Serra (foto), do PSDB-SP, tem reparado que os voos vindos da capital paulista sempre param nos fingers mais distantes, o que obriga os passageiros a andarem por toda a área de embarque.

O cálculo de Serra/ “Eu até não desgosto, porque faço uma caminhada, mas há aí uma ação deliberada para que passageiros de voos de regiões de maior poder aquisitivo terminem andando mais pelo aeroporto e acabem parando em alguma lojinha no trajeto. Se não fosse proposital, não seria sempre no último finger, mas sempre é. Sou economista, sei que isso acontece”, disse ele a indicados para o Cade.

O olho deles/ Investidores estrangeiros ficaram animados com a perspectiva de melhora da economia nacional, mas, enquanto não houver a certeza de que o Brasil está cuidando das suas contas, leia-se aprovando reformas, ninguém vai abrir a carteira de forma muito generosa.

A queda de Dilma/ O jornalista Ricardo Westin lança. na segunda-feira, às 20h, na Leitura, do Pátio Brasil, o livro A queda de Dilma — Os bastidores do impeachment da presidente que desprezou as lições políticas de Maquiavel.

Muita calma nessa hora

Publicado em coluna Brasília-DF, Política

 

Na semana passada, os procuradores Carlos Fernando e Deltan Dallagnol já tinham pronta a nova denúncia contra José Dirceu. Eles foram até o juiz Sérgio Moro pedir a prisão do ex-ministro da Casa Civil de Lula, pois já desconfiavam que o Supremo Tribunal Federal (STF) soltaria Dirceu. Moro recusou o pedido: “Não posso entrar nessa bola dividida agora. Não, nesse momento”, disse o juiz, segundo relatos dos procuradores a outros colegas.

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Para quem acompanha todos os lances da Lava-Jato está claro: o juiz recuou um passo para tentar avançar dois mais à frente. Aliás, quem tem acesso a ele diz que o lema de Moro é: não basta combater a corrupção. É preciso jogar para não deixar que a classe política acabe com as investigações.
Entregou

A rapidez com que os advogados de Antonio Palocci recorreram da decisão do ministro do Supremo Edson Fachin, de mandar o pedido de soltura direto para o plenário do STF, deu a muitos a sensação de que estava tudo acertado para que, depois de Dirceu, Palocci fosse o próximo a sair da cadeia. Agora, no entanto, as apostas são as de que ele continuará preso.
O jogo tucano

No PSDB tem torcida para que o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, permaneça longe do governo. É que, assim, com os peemedebistas divididos, o presidente Michel Temer precisará mais dos tucanos e cederá mais espaço na distribuição do poder. O PSDB tem hoje a secretaria de Governo da Presidência da República e sonha com voos mais altos.
No bolso

O deputado Mario Heringer, que está de licença médica e acompanha o presidente da câmara, Rodrigo Maia, ao Líbano, avisa que suas despesas serão pagas por ele mesmo, sem diárias custeadas pela Câmara. Menos mau.
“Estamos felizes com o fato de o STF ter começado a romper com uma omissão de anos e coloque as coisas no lugar. São mais de 300 mil presos provisórios e preventivos no país. Isso tem que mudar. A prisão não pode servir de tortura para coagir os presos”
Do ex-ministro Gilberto Carvalho
CURTIDAS

Mãozinha/ O ex-ministro Gilberto Carvalho falou com o governador Rodrigo Rollemberg ontem no final da tarde. Ele pediu ajuda para que seja mantido um mínimo de civilidade nos arredores da casa do ex-ministro José Dirceu. Rollemberg prometeu auxiliar,
assim como o síndico do prédio. Depois das 22h, vai imperar a
lei do silêncio.

Os inocentes/ O que mais sensibiliza os amigos do ex-ministro é a filha pequena. Ontem, ela não saiu do lado do pai. Sereno, o ex-ministro avisou que não vai se mudar e porque não adiantaria. Seria apenas mudar os manifestantes de lugar.

Motivo nobre/ A instalação da Comissão Especial para tratar da
PEC do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) tem o objetivo de manter o parlamentar feliz.
Fala Vaccari!!!/ Até aqui, ficou a palavra do ex- diretor da Petrobras Renato Duque contra a de Lula e a de João Vaccari Neto (foto), o ex-tesoureiro do PT também preso pela Lava-Jato. Agora, o que um tesoureiro do PT, que deveria cuidar das contas do partido, queria saber sobre contratos da Petrobras é algo que chama atenção.

Quem repatriou propina que se prepare

Publicado em Política

 

Uma das formas que os investigadores conseguiram chegar ao valor desviado pelo ex-gerente da Petrobras Márcio Ferreira, preso ontem em mais uma fase da Lava Jato, foi a análise dos R$ 48 milhões repatriados das Bahamas, incompatíveis com os rendimentos. Outros casos estão em averiguação. Vai ter muita gente boa chamada a explicar de onde veio tanto dinheiro, uma vez que muitos “repatriadores” não eram empresários com renda para justificar tanto dinheiro lá fora.

Em julho. E olhe lá!

Começa a haver um discreto movimento na Câmara para que a reforma da Previdência seja votada no plenário da Câmara apenas em julho. A ideia de alguns é aproveitar esse período para conseguir arrancar mais alguma benesse do governo.
Razões oficiais

A desculpa perfeita para essa demora é a ideia de esperar votar primeiro a reforma trabalhista no Senado para, depois, cuidar da Previdência no plenário da Câmara. E com o projeto passando em três comissões, antes de junho, a trabalhista não sai do Senado.
Vai dar problema

O fato de o deputado Mario Heringer estar em licença para tratamento de saúde e, ainda assim, acompanhar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, numa missão oficial, corre o risco de parar na Justiça. Já tem procurador estudando pedir informações à Câmara para saber se Heringer, em licença, teria direito a receber diárias da Casa.

Espero que esses marginais sejam punidos na forma da lei. Não é possível ficarmos nessa situação”

Do relator da reforma previdenciária, deputado Arthur Maia, referindo-se aos invasores do plenário da comissão especial que votava a proposta.

O drible de Cássio

O presidente em exercício do Senado, Cassio Cunha Lima, vai propor aos líderes a realização de audiências públicas sobre a reforma trabalhista no plenário da Casa, de forma a acelerar a tramitação do texto no plenário.

Plano B/ Familiares do ex-ministro José Dirceu estão muito preocupados com a exposição do endereço onde vai morar no Sudoeste. Além de plantões de jornalistas na quadra, o que mais incomoda são os panelaços e outras manifestações antipetistas justamente onde moram a filhinha pequena e a mulher. Há quem diga que ele poderá passar um tempo em outro local, só para tentar dar tranquilidade às duas.

Contagem regressiva/ O líder Renan Calheiros (foto) avisou aos senadores do PMDB que usará até o último minuto para indicar aqueles que vão compor a Comissão Mista de Orçamento. Terça-feira, às 14h30, é a última sessão que a CMO pode fazer sem essas indicações. Se Renan não indicar, o presidente do Congresso pode fazê-lo.

Por falar em Renan…/ Quem conhece o jeitão do líder lembra que nada em política é definitivo. O caso mais lembrado é o do ministro do Esporte, Leonardo Picciani, que votou a favor da presidente Dilma no impeachment e hoje é ministro de Michel Temer.

Sondagem/ Dia desses, num evento social, o presidente Michel Temer se aproximou de alguns senadores e pediu ajuda para levar Renan de volta à base do governo. Se depender de muitos, que estão “por aqui” com o líder, o melhor seria ver Renan fora do PMDB. Michel Temer não crê que essa seja a melhor solução para o governo.

TSE cassa mandato do governador do Amazonas

Publicado em Eleições

Por cinco votos a dois, o Tribunal Superior Eleitoral cassou há pouco o mandato do governador do Amazonas, José Melo, por compra de votos. A decisão do Tribunal prevê ainda nas eleições, a serem marcadas pelo Tribunal Regional entre 20 e 40 dias.  Como ainda cabe uma ação cautelar ao Supremo Tribunal Federal, ainda não se sabe se o TRE conseguirá realizar a nova eleição nesse período.

A nova eleição foi decidida pelos ministros com base na minirreforma eleitoral aprovada após as eleições de 2014. A devotados do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), segundo colocado, argumentaram que deveria valer a regra vigente na eleição de 2014, que previa a posse do segundo mais votado. Com a reforma eleitoral, essa regra não se aplica mais, conforme entendimento do ministro Luís Roberto Barroso seguido pelos outros quatro ministros que votaram com ele. ( só foram a favor de Melo os ministros Napoleão, relator do processo, e Luciana Lóssio).

Braga, que acompanhou a votação, não reclamou: “O importante é que compra de votos foi punida com a cassação do mandato. Eu aplaudo a decisão do Tribunal”, disse ele ao blog. Braga viaja ainda hoje para Manaus a fim de reunir a partir de amanhã com seus correligionários e decidir se será candidato.

Cautelar

No final de 2016, o TSE cassou o mandato do prefeito de Tinguá(CE), que recorreu. O ministro Glmar concedeu uma liminar no STF suspendendo a decisão do TSE.  Nada impede que ocorra o mesmo no caso do governador do Amazonas. Se não houver liminar ou recurso, o governador terá que se afastar imediatamente do cargo.

A ordem dos fatores

Publicado em coluna Brasília-DF

 

 

A bancada governista topou votar a emenda da reforma previdenciária na comissão especial, porém, antes de levar a proposta ao plenário da Câmara, os deputados querem ver a trabalhista aprovada no Senado. É que o baixo clero quer saber como se comportará o líder do PMDB, Renan Calheiros, para, depois, seguir em frente com a reforma previdenciária.

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Até aqui, o que o PMDB do Senado obteve, nesses primeiros dias de discussão da reforma trabalhista, foi uma bancada rachada entre os que desejam aprovar as propostas do governo e aqueles que permanecem entrincheirados contra Michel Temer, jogando para a plateia antirreforma. Essa disputa no PMDB do Senado é a primeira etapa. A votação da trabalhista, a segunda. E, finalmente, a reforma previdenciária. Não tem fase fácil nesse jogo.

A falta que faz Eunício

A ausência do presidente do Senado, Eunício Oliveira, tirou um pouco do poder de fogo daqueles que desejam apear Renan Calheiros do cargo de comandante da bancada. Eunício era quem, na visão de muitos, tinha formas de fazer um contraponto mais contundente ao líder do partido.
O drible de Fachin

A decisão de Edson Fachin de manter Antonio Palocci na cadeia e levar o caso para o plenário do Supremo Tribunal Federal é vista na classe política como a hora da verdade: agora, o Brasil saberá o que pensam todos os ministros sobre a prisão preventiva e não apenas os da segunda turma, que soltaram o ex-ministro José Dirceu.
Enquanto isso, no TSE…

O Tribunal Superior Eleitoral se prepara para prosseguir com o julgamento da ação que pede a cassação do mandato do governador do Amazonas, José Melo, condenado pelo TRE por abuso do poder econômico. O voto do relator, ministro Napoleão, foi favorável a Melo, porém, a ministra Luciana Lóssio pediu vistas e deve retornar o processo em sua última sessão. Ela deixa a Corte nesta sexta-feira, e será substituída por Tarcísio Vieira de Carvalho Neto.
Credibilidade

Enquanto as tevês abertas concentram audiência, pesquisas qualitativas encomendadas por setores do governo apontam que são nos jornais impressos e seus respectivos sites que os cidadãos consideram encontrar as notícias mais confiáveis. Isso porque o impresso é visto como um documento. Uma notícia num site, dizem os entrevistados, pode até ser retirada do ar, mas o papel é para sempre.

A hora das listas/ O grupo de peemedebistas mais afinado com Renan Calheiros garante que tem uma lista com a assinatura de 12 dos 22 senadores do partido em apoio ao líder alagoano.

DF na vitrine/ A primeira-dama do DF, Márcia Rollemberg, apresenta hoje na Espanha o programa Jovem Candango, uma janela para que o jovem busque o seu primeiro emprego. A primeira-dama falará no VIII Foro Haciendo Políticas Juntos, da Liga de Organizações da Sociedade Civil, que reúne 28 ONGs de 18 países. O Brasil é destaque porque, desde 2000, tem uma lei nacional do primeiro emprego, o Programa Jovem Aprendiz. No DF, a iniciativa existe desde 2014.

Zzzz…/ Quando um juiz não quer, o processo não anda. O ex-deputado João Caldas (AL) aguarda desde 2015 uma resposta do Tribunal de Justiça do DF sobre a apelação que fez na guerra para ser reintegrado ao Solidariedade, partido hoje controlado pelo deputado Paulinho da Força.

Follow the money/ A vida do ex-ministro José Dirceu fora da cadeia não deve ser recheada de luxos como outrora. É que se ele ainda tiver algum dinheiro guardado lá fora, não poderá movimentá-lo sob pena de chamar a atenção dos investigadores.

CB.Poder / O desembargador Antonio de Souza Prudente, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, foi o entrevistado do Programa CB.Poder, uma parceira da TV Brasília com o Correio Braziliense. Considerado um dos mais combativos e corajosos magistrados do país, Souza Prudente (foto) abordou o acesso à saúde, conflitos agrários e o Poder Judiciário.

Ação & reação

Publicado em Política

Mal saiu a notícia de que o Supremo Tribunal Federal decidira soltar o ex-ministro José Dirceu, o movimento Patriotas foi para a rua em Curitiba e Belo Horizonte protestar contra a decisão da segunda turma do STF. O slogan SOS STF, que marcava os atos públicos do grupo, foi substituído por uma faixa em que se lê #pqpSTF

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Ficou pior

Publicado em Política

Brasília-DF

Publicação: 02/05/2017 04:00

Petistas que monitoram o período que falta para o ex-presidente Lula depor perante o juiz Sérgio Moro estão preocupados com o adiamento para 10 de maio. É que o ex-diretor da Petrobras Renato Duque será ouvido nesta sexta-feira e há, ainda no cardápio, uma possível delação do ex-ministro Antonio Palocci. Os depoimentos abrem espaço para o juiz tentar deixar o ex-presidente exposto a perguntas para as quais não terá respostas convincentes ou limitadas ao “por ordem dos advogados, não responderei”, o que, politicamente, é um estrago para quem pretende disputar
mandato eletivo.

Em tempo: Até aqui, todos os que estiveram perante Moro não têm intenção de concorrer a um novo mandato. Lula será o primeiro. Se não for bem, poderá enterrar uma candidatura presidencial, ainda que esteja em primeiro nas pesquisas de intenção de voto.

Exemplar, pero no mucho
O governo está convicto de que, se demitir todos os apadrinhados de quem votou contra a reforma trabalhista, pode deflagrar uma rebelião sem precedentes e perder de vez os 308 votos que precisa juntar — e ainda não tem — para aprovar a reforma da Previdência. Portanto, hoje saem alguns, mas nem todos.

Muito além das pesquisas I
Os tucanos olharam com alguma esperança para a pesquisa que apontou Lula em primeiro lugar e Jair Bolsonaro empatado com Marina Silva, na segunda posição na disputa à presidência. A esperança está nos 9% de João Doria, que, embora desconhecido, aparece no mesmo patamar de Aécio Neves e Geraldo Alckmin. Ou seja, com um pouquinho de campanha e conhecimento, o prefeito pode emplacar.

Muito além das pesquisas II
Apesar de uma maioria da população resistir às reformas da Previdência e da legislação trabalhista, o governo vai insistir com a base dentro da seguinte tese: a única saída para os governistas terem votos é a aprovação das reformas, que são capazes de melhorar o ambiente econômico.

Rodrigo, a ética e a memória
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarou ao Estadão que deputados só podem ser julgados no Conselho de Ética por crimes cometidos no exercício do mandato. Se fosse assim, o homem da motosserra Hildebrando Pascoal não teria sido cassado. Em 1999, a Câmara cassou o mandato do deputado pelo crime da motosserra cometido em 1997, quando ainda não era deputado federal.

Renan no comando // O líder do PMDB indicou o senador Hélio José (PMDB-DF) para relatar a CPI da Previdência. Uma das primeiras ações do senador será chamar o relator Arthur Maia, para esclarecer o parecer.

Santo de casa // O compliance de Furnas recusou, mas o da Eletrobras aceitou investigar a denúncia anônima envolvendo o diretor de novos negócios, Claudio Semprine. Uma das denúncias é usar empresas que têm negócios com a companhia para empregar familiares. Semprine é irmão do ex-superintendente da PF do Rio de Janeiro Mário Semprine.

Agora vai // O Supremo Tribunal Federal dirá esta semana se o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), pode ou não ser processado sem autorização da Assembleia Legislativa. Está cinco a quatro contra a autorização. Faltam os voos de Gilmar Mendes e de Alexandre Moraes.

Orações por Carlos Chagas // Aqueles que tiveram o privilégio de conhecer e conviver com o jornalista Carlos Chagas (foto) têm encontro marcado hoje, 18h30, na Paróquia São Pedro de Alcântara, no Lago Sul, onde será celebrada a missa de 7º dia pela morte do professor e exemplo de vida.

Eunício vai para casa hoje

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O presidente do Senado, Eunício Oliveira, acaba de receber alta do hospital Santa Lúcia. Ele vai logo para casa, porque a ressonância de crânio realizada hoje à tarde mostrou que está tudo normal.O diagnóstico final foi Acidente Isquêmico Transitório (AIT). Em casa, d. Mônica Paes de Andrade Oliveira ficará encarregada de barrar as conversas sobre problemas políticos.

Eunício sai da UTI e deve ter alta amanhã

Publicado em Política

O presidente do Senado, Eunício Oliveira, deixou hoje a Unidade de Terapia Intensiva do hospital Santa Lúcia e os médicos acreditam inclusive que, neste sábado, ele poderá voltar para casa, dado o quadro de melhora se seu estado de saúde. O senador desmaiou na madrugada de quinta-feira, em casa. Ele se encontra “consciente, orientado e caminhando bem”, diz o boletim divulgado há pouco.