Ministro por um fio

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O ministro interino da Cultura, João Batista, está a um passo de perder o comando da pasta.  A gota d’água foi o Ministério ter confirmado mais cedo que a advogada e produtora de cinema Débora Ivanov, indicada para a diretoria colegiada da Agência ainda no governo Dilma, seria efetivada na presidência da Ancine, desconsiderando o nome de Sérgio Sá Leitão, cuja indicação tinha sido enviada pelo ministro Antonio Imbassahy, que cuida de encaminhar as indicações.  O anúncio foi feito sem combinar com o Planalto, algo que é considerado inadmissível em qualquer governo. Afinal, se cada ministro começar a desconsiderar o que for pedido pelo Planalto, a unidade governamental fica comprometida. Essa unidade é algo que Temer ainda mantém na equipe, apesar da crise.

Ns bastidores da política, já se fala inclusive no nome da deputada Laura Carneiro, do PMDB do Rio, para substituir o ministro João Batista.

Tendência do TSE é absolver Temer

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A onda de pedido de vistas que prevaleceu na semana passda no Tribunal Superior Eleitoral será substituída hoje pelo acelerador. A tendência da corte eleitoral é, se houver condições, concluir o julgamento ainda hoje e com placar favorável ao governo, o mais provável, 4 a 3.  Aliás, há quem defenda, inclusive que Herman Benjamin dispense a leitura das mais de 500 páginas e faça um resumo do voto. Afinal, ele mesmo disse que “não tem glamour”.

Por que os ministros mudaram e pretendem acelerar? Porque não dá mais para ficar com essa espada relativa à eleição de 2014 na cabeça de um governo que já está enfraquecido. Assim, sairá de cena ainda o caminho considerado mais fácil para o afastamento de um presidente da República que a cada dia é levado a dar uma explicação. Encerrada a votação no TSE ainda esta semana, devolve-se ao Congresso o papel de resolver a crise, conforme apuração que você pode ler hoje, na coluna Brasília_DF do Correio Braziliense, que vocês pode ler abaixo. Boa quinta-feira! E que Deus nos proteja!

 

 

 

Temer e os planos,
com ou sem tucanos

Confiante na absolvição no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente Michel Temer centra hoje seus esforços na manutenção dos votos no Congresso Nacional. É ali que está a chave para escapar de qualquer denúncia que venha a ser oferecida pelo procurador-geral, Rodrigo Janot. Nesse sentido, Temer trabalha com duas hipóteses, obviamente mantido o cenário atual (sem levar em conta novas delações): uma com o PSDB e outra sem os tucanos. A avaliação do Planalto é a de que se o PSDB sair da base — como o PMDB fez no governo Dilma —, Temer não ficará com “ministros sem-voto”. Dilma, quando o PMDB deixou seu governo, manteve os ministros peemedebistas, confiante de que eles tinham os votos, portanto, não precisaria reconfigurar a Esplanada para se manter no cargo. Desse erro, dizem os situacionistas de hoje, Temer não padecerá.

Em tempo: o presidente acredita ter hoje, pelo menos, 230 votos a seu favor, o que seria suficiente para permanecer.  Se os tucanos saírem do governo, as contas palacianas indicam que Temer pode perfeitamente recompor os 47 com os pequenos partidos. Obviamente, a situação ficará bem melhor com o PSDB acomodado no governo. Afinal, dizem até alguns tucanos, se houver garantia de reformas e recuperação da economia, o partido terá discurso para os que desejam a permanência. Se Temer não garantir as reformas, aí sim, terá problemas.

Falta combinar com os italianos…

Lula conta com uma candidatura a presidente, sem levar em conta o que pode dizer Antonio Palocci. Da mesma forma, Michel Temer planeja permanecer sem levar em conta o que pode dizer o doleiro Lúcio Funaro. Ontem, Funaro dispensou seu advogado para trabalhar uma delação. É mais um imponderável na linha da vida do governo Temer.


…E com os Poderes

Há quem diga que, se Michel Temer vencer logo a batalha no TSE, ou seja, sem que haja pedidos de vistas que possam postergar o julgamento, terá que ter equilíbrio e não partir para cima de Edson Fachin ou mesmo Rodrigo Janot. Se for na batida de enfrentar Fachin e esfolar adversários do Ministério Público, o país descambará para a crise institucional.

Quem cala…

A coluna quis saber do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, se ele tinha participado de um jantar em Brasília numa casa que era mantida pelos irmãos Joesley e Wesley Batista e, se nesse encontro estava o então candidato a ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin. A informação foi publicada dia desses no blog do jornalista Reinaldo Azevedo.  Resposta de Renan: “Não vou comentar”.

Estações misturadas

No Senado, a base aliada ao governo tenta separar as reformas da crise política e, assim, tentar garantir a continuidade das votações. Na Câmara, tratam de misturá-las para dizer que o único capaz de aprová-las é o presidente Michel Temer. Enquanto essa equação continuar assim, Temer vai ficando, até segunda ordem.


CURTIDAS   

CB.Poder/ Em entrevista ontem ao programa CB.Poder, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) afirmou que, sem reformas, o governo Michel Temer “perde a razão de ser”. Assista no Facebook do Correio Braziliense.

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A aposta da oposição/ De olho nas votações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o senador Randolfe Rodrigues (foto) saiu-se com esta: “Janot não nos faltará. Logo, logo, ele oferecerá denúncia contra Temer e vamos afastá-lo”, diz. Falta combinar com a maioria das duas Casas Legislativas.

Até aqui, tudo bem/
A antessala do ministro da secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, continua concorrida. Enquanto os deputados estiverem procurando o governo, é sinal de que o presidente Michel Temer respira.

Cofres vazios/
Alagoas, do governador Renan Filho, pede há tempos a instalação da Embrapa no estado. Valor: R$ 1 milhão. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse ao líder Renan Calheiros que não há recursos.

 

Pesos, medidas & riscos

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Aliados do presidente Michel Temer buscaram todas as decisões do procurador Rodrigo Janot relacionadas à presidente Dilma Rousseff para contrapor à rapidez com que o procurador age agora em relação ao ex-deputado Rodrigo Rocha Loures e ao presidente. Vão começar a martelar, por exemplo, que Janot arquivou duas vezes pedido de inquérito para investigar a presidente no caso da refinaria de Pasadena, ainda que dois delatores, o ex-senador Delcídio do Amaral e o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, tenham citado a presidente. Cerveró, por exemplo, disse que Dilma havia mentido. Já no caso da nomeação de Lula, onde se suspeitou de obstrução de Justiça, Dilma conseguiu manter o foro privilegiado mesmo depois de afastada.
Todas essas ações ocorrem em paralelo ao jogo previsto para hoje, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, onde um grupo aliado ao Planalto forçará a convocação do ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo, para prestar esclarecimentos. Há quem diga que, se essa atitude for feita de forma atabalhoada e para constranger um ministro da Suprema Corte, o efeito sobre o presidente Michel Temer será inverso. Ou seja, em vez de ajudar, vai atrapalhar. Afinal, tudo o que o país não precisa, nesse momento, é de um confronto entre os Poderes personalizado nas figuras de Fachin e Temer. Bem dizia o ex-vice-presidente Marco Maciel: “Não vamos fulanizar”.Esqueceram dele
Entre aliados do presidente Michel Temer é recorrente comentários do tipo: Rodrigo Janot se esqueceu do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, e justamente depois que o peemedebista virou uma espécie de líder da oposição. Na Procuradoria, entretanto, amigos de Janot avisam que qualquer semelhança é mera coincidência.

TSE & economia
Enquanto o presidente Michel Temer não demonstrar capacidade de levar as reformas adiante, o dólar continuará em viés de alta, conforme previsão de analistas de mercado.

Fator jurídico
O governo bem que gostaria de liquidar o julgamento do TSE esta semana. Porém, juridicamente, todos no Planalto apostam em mais num pedido de vista hoje. Aliás, o que mais preocupa o governo no cenário atual não é nem o tribunal e, sim, Rodrigo Rocha Loures, réu confesso na propina de R$ 500 mil.

Fator político
O PSDB vem sendo acompanhado com uma lupa pelo governo. E, se os tucanos saírem, restará a Temer buscar os mesmos que ajudaram o PT a compor maioria, PR, PTB e PP. O fim dessa história todo mundo já sabe.

Dia dos Namorados..?/ Os deputados tomaram um susto ao ver que o plenário terá uma sessão solene em 9 de junho para marcar o “Dia do Coração Aquecido”. Acharam que o presidente Rodrigo Maia havia enlouquecido ao permitir uma sessão para comemorar o 12 de junho.

É religião/ Quem é metodista sabe: trata-se de comemorar o dia em que o fundador da igreja metodista, John Wesley, sentiu o coração esquentar ao ouvir um comentário de Lutero sobre a epístola dos romanos. Os funcionários de alguns políticos brincavam ontem que só falta agora uma sessão solene para comemorar o Natal. O difícil é as excelências ficarem por aqui no período natalino.

Reportagens & história/ 
O jornalista Magno Martins lança amanhã seu sexto livro, Histórias de repórter, com os bastidores do que viveu no jornalismo desde 1983. São 103 histórias, inclusive algumas no tempo do jornalista Mario Eugênio, com quem Magno trabalhou no Correio Braziliense. Magno autografa a obra a partir das 19h, no bar Boteco, na 406 Sul.

(Daniel Ferreira/CB/D.A Press)


Depois da Carla Amorim…/ 
A estilista Luísa Farani (foto), de Brasília, ultrapassou o “quadradinho”, como muitos carinhosamente chamam o DF. Dia desses, dona Rosângela, mulher do juiz Sérgio Moro, apareceu com uma de suas criações.

Mais um

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A prisão do ex-deputado Henrique Eduardo Alves hoje pela manhã em Natal põe mais um potencial delator do esquema do PMDB atras das grades. Entre as acusações, feitas a partir das delações de executivos da Odebrecht, está a de empréstimo de uma conta para que Eduardo Cunha recebesse propina. Alves é mais um aliado de Michel Temer atrás das grades. Com Rocha Loures e Cunha, é o terceiro deputado do PMDB preso.

Dois Poderes em conflito

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Com o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures preso, os deputados aliados ao presidente Michel Temer ameaçam transformar a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara numa trincheira contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, relator da Lava-Jato. Eles querem saber, por exemplo, por que Fachin foi ao Congresso antes da sua sabatina acompanhado do executivo da JBS Ricardo Saud, hoje beneficiário do acordo de delação premiada que mais deu benefícios aos empresários envolvidos. Nos bastidores do Congresso, os políticos se mostram bastante incomodados com o fato de ministro ter sido acompanhado de Saud. Ok, que à época não se sabia da missa a metade. Porém, a parte da missa de uma empresa beneficiária de empréstimos bilionários e principal doadora da campanha de Dilma Rousseff já era conhecida. Portanto, dizem alguns, não caberia ao então ministro indicado circular com Saud da mesma forma que não seria de bom tom Temer receber Joesley. A discussão desse tema na CCJ está prevista para ocorre ainda hoje,. Ou seja, vem confusão ainda antes do julgamento da chapa Dilma-Temer.

Pós-leniência, turbulência

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O grupo J&F pode ter recebido o que os médicos costumam chamar de “visita da saúde”, com o vantajoso acordo de leniência que ajudou a subir a cotação das ações de empresas do grupo na Bolsa de Valores. É que procuradores afirmam já ter elementos para dizer que a companhia terá que responder por informação privilegiada por ganhos obtidos quando do vazamento da gravação da conversa de Joesley Batista com o presidente Michel temer.

Só tem um probleminha: a dupla Joesley e Wesley sempre poderá dizer que “não sabia de nada” a respeito da aplicação no mercado de câmbio, mas a empresa terá que responder. Ou seja, os problemas da JBS estão longe de terminar com a delação.

E o Palocci, hein?
O pedido de prisão domiciliar para o ex-ministro Antonio Palocci, justamente, às vésperas do Congresso do PT foi lido por setores do partido como um recado do tipo, “me aguardem”.

Temer respira…
A avaliação dos políticos é a de que a situação política do presidente Michel Temer é muito melhor hoje do que ontem. A cada dia a sua aflição.

… apesar dos pesares
A coluna quis saber dos ministros e líderes aliados do presidente qual o maior imponderável que Temer precisa enfrentar hoje para atravessar esse período. A maioria não tem dúvidas. É o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, filmado carregando uma mala com
R$ 500 mil.

Distritão
Enquanto a Comissão de Constituição e Justiça do Senado faz andar a eleição direta em caso de vacância da presidência da República, a Câmara realiza consultas sobre a reforma política. Começa a se formar um consenso entre os deputados de que a melhor saída para eles hoje é o distritão (onde os mais votados são eleitos). É mais fácil de o eleitor entender e, para completar, há quem jure que ajudará muitos congressistas hoje, por causa dos votos do interior.

Aposta
Representantes de peso do mercado financeiro apostavam ontem à tarde na queda de um ponto percentual nos juros. E por um motivo muito simples: 0,75 e 1,25 são patamares que podem requerer algum tipo de explicação. Um ponto ficava no meio termo. Bingo!

Ele não perde o humor/ Se tem algo que caracteriza o líder do governo no Senado, Romero Jucá (foto), é a capacidade de rir de si mesmo. Ele se referiu assim a quem perguntava a ele sobre eleição direta já: “É para derrubar o próximo. Se vier um doidinho, com um vice doido, já teremos a eleição direta. O Michel, obviamente, vai terminar o mandato”, afirmou Romero.

Por falar em Jucá…/ Numa rápida conversa no Planalto, Jucá tinha acabado de dizer a um grupo de jornalistas que não mexia “com essa história de cargo”. Eis que um homem se aproxima e vai logo agradecendo: “Senador, obrigado, viu? Aquelas pessoas que o senhor indicou já estão trabalhando”.

E em diretas…/ O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) não titubeou ao explicar por que a CCJ aprovou a eleição direta em caso de vacância da Presidência da República: “Sabe como é, às vezes a Casa vota por pressão popular. Eu defendi eleição indireta, que é a que está na Constituição”.

Enquanto isso, no Planalto…/ Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) preferiram ficar distantes da solenidade de posse do ministro Torquato Jardim. Não é momento de desfilar nos salões palacianos.

Olho vivo/ Deputados enroscados em processos da Lava-Jato acompanharam, da sala de café do plenário, os votos dos ministros sobre a restrição do foro privilegiado. É a preocupação da maioria no momento.

Serraglio passou dois dias de pressão total

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O ex-ministro da Justiça, Osmar Serraglio, esteve sob pressão total nas últimas 48 horas. Na noite de segunda-feira, ministros e líderes do presidente Michel Temer fizeram um cerco ao peemedebista para que ele não saísse do governo. Porém, não adiantou. Serraglio sequer esperou a conversa olho-no-olho com o presidente Michel Temer. “Se o presidente não teve a elegância de conversar comigo antes de me demitir, não preciso esperar uma conversa com ele para recusar outro cargo”, comentou Serraglio, segundo relatos de amigos do deputado.

A volta de Serraglio para o Congresso está relacionada à forma com que ele foi afastado da Justiça e à recepção que o aguardava no Transparência, onde cartazes anunciam o “fora Serraglio”. Por isso, amigos do deputado deram conselhos a ele no sentido contrário, do tipo, “não aceite mais humilhação”.

Agora, resta ao governo saber o que fazer com o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, flagrado recebendo uma mala de  dinheiro.  Há quem diga que onPlanalto agora está na fase cobre um santo ( põe um especialista em direito eleitoral na Justiça) e deixa outro a descoberto. A dúvida entre aliados do presidente é se o custo-benefício dessa troca de ministros será vista como positiva no futuro próximo.

 

Operação segura tucano

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A conversa que o presidente Michel Temer pediu ontem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidente em exercício do PSDB, Tasso Jereissati, foi no sentido de puxar os tucanos para o lado do governo. Temer avisou que não renuncuará ao mandato. A ordem hoje no governo é “resistir, resistir e resistir”, conforme relatam os ministros.

Por que tanta resistência? Temer considera que foi vítima de uma armação, quando seu governo ia muito bem, com redução de juros, de inflação e um número de votos, segundo o governo, suficientes para aprovar as reformas. Além disso, ainda que o presidente “se rendesse” àqueles que “armaram para afastá-lo do cargo e evitar as reformas”, não existe consenso sobre um nome, nem tampouco o país teria clima para retomar as reformas. Nesse cenário, a grande beneficiária seria a oposição, seja à esquerda, seja à direita. Em outras palavras, o governo está convicto de que “ruim com Temer, pior sem ele” e foi justamente esse o tom da conversa com o PSDB.

Falta entretanto combinar com a bancada do PSDB, que tem um número expressivo afoito para sair da base do governo. Porém, se Temer conseguir fôlego ara as reformas, há quem esteja certo de que o presidente é bem capaz de “ir ficando” até dezembro de 2018. E segue o baile.

A torcida de Eduardo

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Se tem alguém torcendo para o presidente Michel Temer não cair em função do encontro com Joesley Batista, esse alguém é Eduardo Cunha. É que, se Temer sucumbir, Cunha perde seu único “produto” numa delação premiada. Para conseguir levar o Ministério Público a aceitar os termos de uma possível delação, Cunha precisa ainda de Michel Temer inteiro e, a partir daí, tentar montar o enredo capaz de fazer com que o Ministério Público aceite um acordo. E se Michel cair antes de Cunha delatar, o ex-presidente da Câmara corre o risco de ficar indefinidamente na prisão.

O imponderável que mais preocupa

Em conversas reservadas, aliados do presidente Michel Temer têm dito que Rodrigo Rocha Loures não tem sangue frio para segurar nem barulho de sirene, quanto mais condução coercitiva ou coisa que o valha. Há quem diga que ele está a um passo da delação premiada.

O trunfo de Rodrigo Maia

Uma candidatura de Rodrigo Maia a presidente da República é vista hoje como a mais viável por um simples motivo: põe na roda a Presidência da Câmara, um cargo capaz de atrair muitos apoios. Para se opor a isso, só Geraldo Alckmin, que pode colocar a disputa ao governo de São Paulo, em 2018. Obviamente, para Alckmin empreender algum jogo nesse sentido precisa combinar com o vice, Márcio França, e com o PSDB paulista.

O que move os tucanos

O PSDB tem avaliado em suas conversas mais reservadas que a permanência do presidente Michel Temer enfraquecido não interessa ao partido. E o motivo é simples: Temer desgastado tira do PSDB a chance de se fortalecer para concorrer à Presidência da República em 2018. Por isso, a data-limite para o partido é o julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral.

Dois movimentos

Além da tentativa de retomar a votação das reformas, em especial, a trabalhista no Senado, o governo tem duas outras ações importantes no Congresso para a semana que vem: a contestação da delação superpremiada da J&F e, ainda, quem ganhou dinheiro com a alta do dólar.

Estão todos de olho

A saída de Maria Sílvia Bastos Martins do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi vista como um indício de que o governo está prestes a abrir os cofres da instituição a empresas dispostas a apoiar a sua permanência no cargo.

O sonho de Michel/ Antes de a gravação de Joesley Batista jogar o presidente Michel Temer à beira do abismo, o peemedebista havia feito a seguinte pergunta a um tucano de quem é muito próximo: “Como faço para atrair o PSDB?” A meta era uma possível candidatura em 2018.

O vice da hora/ Aldo Rebelo vem sendo citado em todas as rodas como o vice dos sonhos de qualquer um numa eleição indireta. Até mesmo de Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A desconfiança é geral/ Renan Calheiros está de um jeito que os aliados de Michel Temer no PMDB estão desconfiados de que ele e Lula estão trabalhando em parceria. Renan “on-line” atirando contra o governo, e Lula “offline”, jogando nos bastidores para Temer ficar, ainda que enfraquecido, para que o PT tenha algum sucesso em 2018.

Meu garoto!/ Em meio à tensão sobre o julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um dos ministros da Corte teve uma boa notícia: Admar Gonzaga soube essa semana que seu filho, Henry Zaga, será o Mancha Solar no longa do X-Men que estreia em 2018. O ator brasiliense vai contracenar com Maisie Williams (foto), a Arya Stark, de Game of Thrones.