Tag: hífen
Ponte Rio-Niterói ou Ponte Rio—Niterói? Tracinho ou tração? Antes do acordo, os papéis do hífen e do travessão eram bem claros. O tracinho ligava vocábulos diferentes e formava outro, sem parentesco com os originais. Vale o exemplo de beija-flor. Beija é forma do verbo beijar. Flor, o presente colorido que as plantas nos dão. Ligadas pelo hífen, a dupla dá nome ao pássaro que voa […]
É uma festa. A Marcha das Margaridas leva 100 mil mulheres a Brasília. Elas têm duas reivindicações. Uma: a agroecologia. A outra: o enfrentamento da violência contra a mulher no campo. Todos os anos, adultas e crianças ocupam a Esplanada dos Ministérios e hasteiam as bandeiras. Têm especial cuidado com a língua. Antes de escrever, consultam gramáticas e dicionários. Descobriram, na busca, que agroecologia se […]
“As cintas modeladoras são muito usadas em pós cirúrgicos como lipoaspiração e plásticas”, escreveu o Correio. Cadê o hífen? O prefixo pós- não abre mão do tracinho nem a pedido dos orixás: pós-homérico, pós-moderno, pós-graduação, pós-cirúrgico.
Com hífen ou sem hífen? Depende: Ar-condicionado = aparelho de ar condicionado. Ar condicionado = ar fresquinho Pergunta do leitor Joaquim Leite, de Brasília: Se o plural de ar-condicionado é ares-condicionados, como devo escrever no plural: aparelhos de ar condicionado ou aparelhos de ares condicionados? A língua é econômica que só. Se um termo dá o recado, nada de gastar dois: aparelhos de ar condicionado, […]
Muitos reclamam da reforma ortográfica. Mas ela deu ajudinhas a nós, falantes da língua portuguesa. Uma delas é simplificar o emprego do hífen. As onomatopeias servem de exemplo. Ora se escreviam com o tracinho. Ora sem. Agora todas se grafam separadinhas, sem possibilidade de contato. É o caso de nhem-nhem-nhem, tró-ló-ló, blá-blá-blá, tique-taque, toque-toque, quem-quem, lenga-lenga, tim-tim por tim-tim.
Antes, só o dicionário sabia quando usar o tracinho e quando dispensá-lo. A reforma ortográfica deu um ponto final no quebra-cabeça. Mandou o hífen plantar batata beeeeeeeeem longe. Oba! As três letrinhas ficaram livres e soltas — sem lenço e sem documento: não agressão, não alinhamento, não conformismo, não fumante, não intervenção, não participação, não alinhado, não beligerante, não combatente, não conformista, não intervencionista, não […]
“Além de ir na contramão da transparência de informações exigida pela sociedade, a MP afronta parte da Lei 13.818, recém aprovada pela Câmara e pelo Senado e sancionada pelo próprio presidente da República em abril”, escreveu a Associação Nacional de Jornais (ANJ). Reparou? A ANJ se esqueceu de pormenor importante. Recém sempre se escreve com hífen: recém-casados, recém-nascido, recém-eleito, recém-aprovada. Sem bobeira Recém joga no […]
Muitos reclamam da reforma ortográfica. Mas ela deu ajudinhas a nós, falantes da língua portuguesa. Uma delas é simplificar o emprego do hífen. O prefixo co-, por exemplo, era baita confusão. Ora pedia o tracinho, ora dispensava-o. Com o acordo, a novela mudou o enredo. O pequenino nunca aceita hífen. Com ele é tudo colado: coautor, coerdeiro, corréu, correpresentante, comorador, coinquilino, correpresentante, coprodução, cossecante. Etc. […]
O que essas duplinhas têm em comum? Dois pontos: 1. indicam tamanho 2. são atrevidos. Às vezes aparecem sozinhos. Funcionam como substantivos ou adjetivos. Aí, cuidado. Eles seguem as regras de acentuação da língua. Míni e máxi são paroxítonas terminadas em i. Levam acento. Iguaizinhos a táxi e júri: “Nem máxi nem míni”, disse Maria. “Prefiro a saia à altura do joelho”. Hífen Maxi- e […]
A Venezuela ficou outra vez às escuras. O apagão foi tão sério que a imprensa o chama de mega-apagão. Assim, com tracinho. Mega obedece à regra dos prefixos. Pede o tracinho em duas ocasiões: 1. Quando seguido de h: mega-história, mega-homenagem, mega-higiene. 2. Quando duas letras iguais se encontram. No caso, mega termina com a. Se se encontra com outro a, ocorre curto-circuito. O hífen […]