Qual o erro mortal na redação? O blog de domingo (27.6) tratou de três tipos de tropeços possíveis. Nenhum deles mata a criatura. Os de ortografia são pra lá de primários. Sem familiaridade com a escrita, a pessoa troca, engole ou acrescenta letras. Às vezes esquece acentos. Ou põe agudos e circunflexos em lugares indevidos. Leitura é a melhor receita para o mal. Por […]
“Todos estão preocupados com nós”, disse o atleta diante de câmeras e microfones. Torcedores dobraram a apreensão. Além das contusões, a língua ganhou espaço na cabeça e no coração dos brasileiros. Trata-se da dupla com nós. Está certa a forma empregada pelo jogador? Ou ele deveria ter dado a vez a conosco? Com nós merece nota 10 quando o pronome tem complemento […]
“A recarga de viagens passará a ser automática, na virada do mês. Com isso, não haveria necessidade de ir a um dos postos da empresa”, escrevemos na pág. 27. Viu? Pisamos a correlação verbal. Que tal devolver a harmonia ao enunciado? Assim: A recarga de viagens passará a ser automática, na virada do mês. Com isso, não haverá necessidade de ir a um dos postos […]
“PSDB cede aos Maia e muda vice de Serra” foi título da chamada de primeira página de O Globo de quinta. O jornal se esqueceu de pormenor pra lá de importante. Nomes próprios têm plural como os comuns. Os Maias, obra-prima do velho Eça, não deixa dúvidas.
“Nos meses anteriores à Copa, a International Board havia rejeitado dois sistemas para combater gols fantasma”, escreveu o Correio Braziliense. Cadê a concordância? Fantasma pertence à gangue de relâmpago e pirata. Flexiona-se em número: gols fantasmas, sequestros relâmpagos, discos piratas.
“Não podemos tomar qualquer decisão enquanto o cenário nacional ainda está indefinido”, escrevemos na pág. 35. O ainda sobra, não? O qualquer usurpa o lugar do nenhum. Melhor: Não podemos tomar nenhuma decisão enquanto o cenário nacional está indefinido.
Que medão! As regras da Fifa são cruéis. Quem perde volta pra casa. É o mata-mata. Qual o plural da duplinha? Ela joga no time de reco-reco, tico-tico, troca-troca, quebra-quebra, pisca-pisca, tique-taque. Os dois elementos são constituídos de palavras iguais ou indicam som de coisa. No caso, só o último se flexiona. O primeiro fica na sombra regada com água fresca: reco-recos, tico-ticos, troca-trocas, quebra-quebras, […]
“Nos meses anteriores à Copa, a International Board havia rejeitado dois sistemas para combater gols fantasma”, escrevemos na pág. 20 do Super Esportes. Cadê a concordância? Fantasma joga no time de relâmpago e pirata. Flexiona-se em número: gols fantasmas, sequestros relâmpagos, discos piratas.
Amanhã dois aa se encontram. De um lado, a Argentina. De outro, a Alemanha. Os brasileiros estão divididos. Alguns torcem contra os vizinhos. Outros, a favor. Uns e outros têm suas razões. “É nosso quintal”, alegam os amigos. “Não quero ver Maradona peladão correndo na Avenida 9 de Julho”, justificam os opositores. Nós respeitamos os motivos de cada um. Um pormenor, porém, deve […]