“Depois de manifestar apoio à presidente Dilma Rousseff pelo afastamento do ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, o senador Pedro Simon criticou a governabilidade que permite o loteamento do poder”, escrevemos na pág. 7. Virgem Maria! A presidente não afastou o ex-ministro. Afastou o ministro.
Todos o amam. Todos o querem. Mas poucos o respeitam. Sem cerimônia e sem vergonha, mudam-lhe a conjugação. A vítima é o verbo viger. Advogados, juízes, ministros não o poupam. Flexionam-no como se pertencesse à 3ª conjugação. Ele esperneia. Em vão. Vigir não existe. A forma é viger: O novo salário vai viger em maio. A lei não pode ser aplicada porque ainda não vige. […]
“O prefeito de Paraopeba (MG), Marcelo Uberaba, 33 anos, entregou-se a polícia no início da tarde desta segunda-feira”, escrevemos na pág. 5. Cadê a crase? O bicho comeu. Melhor devolvê-la: O prefeito de Paraopeba (MG), Marcelo Uberaba, 33 anos, entregou-se à polícia no início da tarde desta segunda-feira.
A Copa América está meio morna. Nenhum time se destaca. Estrelas perderam o brilho. Messi, Neymar, Ganso deixaram o talento no caminho. As grandes jogadas ficam no desejo. Diante das decepções, Carlos Alberto alimenta um sonho — eliminar a dona da casa. Esperava que a festa ocorresse na segunda-feira. Preparou-se para o evento. Comprou as cervejinhas, chamou os amigos, preparou o ambiente. No apito final, […]
Michele, leitora da coluna e assídua visitante do Blog da Dad, é criatura de bem com a vida. Adora rir e fazer os outros rirem. Outro dia, ouviu uma piada. Divertiu-se. Democrática, quis compartilhá-la com o maior número de pessoas. Ei-la: Um paulista, trabalhando pesado, suado, terno e gravata, vê um baiano deitado numa rede, na maior folga. O paulista não resiste e diz: — […]
Novecentas milhões de toneladas”, disse Luiz Antônio Pagot na Comissão do Senado. Tropeçou na língua. Milhão é masculino: novecentos milhões de toneladas, por favor.
Por que escrevemos hospital com h? Porque gravamos a grafia da palavra. De tanto vê-la em placas, livros, revistas e cartazes, memorizamos a cara da danadinha. E o h aparece naturalmente em cartas, relatórios, reportagens. A conclusão é uma só. Quem lê ganha familiaridade com a língua escrita. Quem lê mais ganha mais familiaridade. A criança, quando se alfabetiza, faz uma saladinha de […]
“Os R$ 410 milhões foram pulverizados entreos ministérios da Saúde, que ficou com R$ 90 milhões; da Justiça, ao qual coube R$ 220 milhões…”, escrevemos na pág. 7. Viu o tropeço na concordância? R$ 220 milhões é sujeito. O verbo não tem saída. Concorda com ele. Compare: R$ 220 milhões couberam ao MJ. Os R$ 410 milhões foram pulverizados entre os ministérios da Saúde, que […]
Maria é mais bonita que Paula? Ou é mais bonita do que Paula? Tanto faz. No comparativo de superioridade ou inferioridade, a preposição é facultativa. Fica a gosto do freguês: Vitória é mais violenta (do) que Salvador. Trabalho menos (do) que João. Maria viaja mais (do) que Cláudia, mas menos (do) que Beatriz.
Luís pergunta: — Tenho certeza que 80% dos meus alunos gostam de mim. Gostam? Não será gosta? Nunca sei a concordância certa. A dúvida encontra eco em Europa, França e Bahia. Volta e meia gente e boa e gente não tão boa tropeça na porcentagem. O verbo vai para o singular ou plural? Boa parte dos estudiosos do idioma tem uma preferência. Faz a concordância […]