O maltratado

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Todos o amam. Todos o querem. Mas poucos o respeitam. Sem cerimônia e sem vergonha, mudam-lhe a conjugação. A vítima é o verbo viger. Advogados, juízes, ministros não o poupam. Flexionam-no como se pertencesse à 3ª conjugação. Ele esperneia. Em vão. Vigir não existe. A forma é viger: O novo salário vai viger em maio. A lei não pode ser aplicada porque ainda não vige. […]

O inimigo mora ao lado

Publicado em Deixe um comentárioGeral

A Copa América está meio morna. Nenhum time se destaca. Estrelas perderam o brilho. Messi, Neymar, Ganso deixaram o talento no caminho. As grandes jogadas ficam no desejo. Diante das decepções, Carlos Alberto alimenta um sonho — eliminar a dona da casa. Esperava que a festa ocorresse na segunda-feira. Preparou-se para o evento. Comprou as cervejinhas, chamou os amigos, preparou o ambiente. No apito final, […]

Rir é bom

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Michele, leitora da coluna e assídua visitante do Blog da Dad, é criatura de bem com a vida. Adora rir e fazer os outros rirem. Outro dia, ouviu uma piada. Divertiu-se. Democrática, quis compartilhá-la com o maior número de pessoas. Ei-la: Um paulista, trabalhando pesado, suado, terno e gravata, vê um baiano deitado numa rede, na maior folga. O paulista não resiste e diz: — […]

Salada de letrinhas

Publicado em Deixe um comentárioGeral

    Por que escrevemos hospital com h? Porque gravamos a grafia da palavra. De tanto vê-la em placas, livros, revistas e cartazes, memorizamos a cara da danadinha. E o h aparece naturalmente em cartas, relatórios, reportagens.     A conclusão é uma só. Quem lê ganha familiaridade com a língua escrita. Quem lê mais ganha mais familiaridade. A criança, quando se alfabetiza, faz uma saladinha de […]

Erramos

Publicado em Deixe um comentárioErramos, Geral

“Os R$ 410 milhões foram pulverizados entreos ministérios da Saúde, que ficou com R$ 90 milhões; da Justiça, ao qual coube R$ 220 milhões…”, escrevemos na pág. 7. Viu o tropeço na concordância? R$ 220 milhões é sujeito. O verbo não tem saída. Concorda com ele. Compare: R$ 220 milhões couberam ao MJ. Os R$ 410 milhões foram pulverizados entre os ministérios da Saúde, que […]

Escolha do freguês

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Maria é mais bonita que Paula? Ou é mais bonita do que Paula? Tanto faz. No comparativo de superioridade ou inferioridade, a preposição é facultativa. Fica a gosto do freguês: Vitória é mais violenta (do) que Salvador. Trabalho menos (do) que João. Maria viaja mais (do) que Cláudia, mas menos (do) que Beatriz.

Eterna confusão

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Luís pergunta: — Tenho certeza que 80% dos meus alunos gostam de mim. Gostam? Não será gosta? Nunca sei a concordância certa. A dúvida encontra eco em Europa, França e Bahia. Volta e meia gente e boa e gente não tão boa tropeça na porcentagem. O verbo vai para o singular ou plural? Boa parte dos estudiosos do idioma tem uma preferência. Faz a concordância […]