Luiz Eduardo tem dificuldade em concordância. Acha o assunto complexo, cheio de regrinhas. Mas não desiste de ficar cobra nos acordos firmados entre verbo e sujeito. Resolveu, então, estudar o assunto aos poucos. Todos os dias se dedica a uma regra. Ontem, chegou ao mais de um. O sujeito dá ideia de plural. Mas o verbo fica confuso. Vai para o singular ou o […]
O Berutti Vargas, velho leitor do blogue, acredita que rir é o melhor remédio. Para que todos riam, manda esta história. Ela mostra que a lógica dos portugueses é diferente da dos brasileiros. Eles não deduzem. Interpretam as palavras tim-tim por tim-tim. Nós inferimos. Pingo, pra nós, é letra. Daí a graça da piada. Divirta-se. A esposa do português pede: — Manuel, vá à […]
A língua é versátil que só. Com ela não há engessamentos. Um fato novo surge? Cria-se nome para designá-lo. O dinheiro da corrupção passa pelas contas de Marcos Valério? Não deu outra. Nasceu o valerioduto. Dimas Toledo participa de esquema semelhante? Eis o dimasduto. O Dnit é sumidouro do dinheiro público? Virou Dnitduto. O trio tem um ponto em comum. É o sufixo duto. As […]
É o fim do mundo? Parece. Virou moda mães se livrarem dos filhos. Nos últimos dias, notícias e mais notícias da violência contra bebês ganham espaço em jornais, tevês e rádios. A sucessão de tragédias obrigou repórteres a se debruçar sobre o prefixo recém. Como usá-lo? Com hífen? Sem hífen? Recém exige o tracinho sempre (sempre mesmo): recém-nascido, recém-casado, recém-empossado, recém-eleito.
“Há no PMDB grande expectativa quanto à permanência no governo Dilma do ministro da Defesa, Nelson Jobim, após ele ter afirmado que teria votado em José Serra nas últimas eleições”, escrevemos na pág. 5. Não há dúvida. Jobim votou em Serra. O “teria votado” não tem vez. Melhor: Há no PMDB grande expectativa quanto à permanência no governo Dilma do ministro da Defesa, Nelson Jobim, […]
(Colaboração de Eliane Martins) Apresentação em formato .pps Tamanho do arquivo: 1,5 Mb
Juízes o adoram. Exigem que figure em despachos e sentenças. Assessores ficam no aperto. Trata-se do verbo sobrestar. Ele é sofisticado que só. Na hora da conjugação, dá nó nos miolos da moçada. Daí o pedido de socorro. Como flexionar o bem-amado de Suas Excelências? Vamos por partes. Sobrestar ou sobreestar quer dizer suspender, interromper, não prosseguir. Filhote de estar, conjuga-se do mesmo jeitinho […]
“O Centro de Ensino Médio Elefante Branco é um dos colégios que participará da ação”, escrevemos na pág. 31. Tradução: só o elefante Branco participará da ação. Falso, não? Como outros terão vez, o plural pede passagem: O Centro de Ensino Médio Elefante Branco é um dos colégios que vão participar (ou participarão) da ação.
Tapinha no bumbum? Nem pensar. Na mãozinha curiosa? Dá xilindró. No Brasil, é proibido bater em crianças. Afinal, os pequeninos não têm defesa. Xô, marmanjos violentos! Em vez de pancadas, deem vez ao diálogo. As palavras falam mais alto que os gritos infantis. Aposente o vocábulo tapa. Mas, antes, lembre-se: no sentido de pancada com a mão, o dissílabo pode ser masculino ou feminino. Gilete, […]
“Sempre que faz algo de que se envergonha, a pessoa diz que estava só cumprindo seu dever.”