Londres Márcio Cotrim Londres, capital do Reino Unido, foi fundada pelos romanos quando invadiram o território que hoje corresponde à Inglaterra. Seu nome era Londinium, indicando que a 20ª Legião tinha chegado a um dos pontos mais remotos do gigantesco império. Dois mil anos depois, a cidade, cuja alcunha faz alusão à lonjura, transformou-se num dos mais importantes centros financeiros do planeta. Além de toda […]
Farol Márcio Cotrim Em sentido literal, farol é a luz que ilumina e, em sentido figurado, a pessoa que guia, o modelo, o orientador de outrem. A palavra, em seu berço latino, era um topônimo. Chamava-se Pháros uma ilha situada na baía de Alexandria, no Egito, célebre por nela ter sido construída uma das sete maravilhas do mundo antigo. O rei Ptolomeu Soter, no século […]
Embromação Márcio Cotrim Embromação tem seu berço no espanhol broma, brincadeira. Bastante aplicado no cotidiano, é conhecida forma de enganar outrem. O sujeito promete cumprir determinado compromisso e, a partir da data marcada, começa a adiar o assunto alegando todo tipo de desculpas. Em nossa vida pública, há famosos casos de embromação. No Congresso Nacional, diversos projetos dormem, sem decisão, nas entulhadas gavetas das senhoras […]
À queima roupa Márcio Cotrim A expressão à queima roupa se refere a um tiro disparado muito perto da vítima de modo que, quando desferido o projétil, a bala ainda está quente e queima a roupa do antagonista. Da mesma forma, não será à queima roupa um tiro dado de longe, já que a bala, originalmente quente, é esfriada no percurso. Seja como for, nos […]
Existem erros e erros. Alguns são primários. Estão na cara como batom vermelho ou óculos de grau. Grafar pesquisa com z ou exceção com ss serve de exemplo. Ambos denunciam pouca familiaridade com a língua escrita. Para se safar, conjugue três verbos – ler, ler, ler. E, sempre que a dúvida bater, consulte o dicionário. Outros tropeços são sofisticados. Exigem algo mais do que uma espiadinha […]
“Quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê.”
“José Eduardo Cardozo pede a diretores das corporações para abrirem processos administrativos contra os agentes que insistirem em movimentos grevistas”, escrevemos na pág. 11. Pedir para é pedir licença. Não é o caso. Melhor pedir que. Assim: José Eduardo Cardozo pede a diretores das corporações que abram processos administrativos contra os agentes que insistirem em movimentos grevistas.
Sou concurseira. Vou disputar uma vaga no INSS. Mas tenho muita dificuldade com a língua portuguesa. Estudo meio ao acaso. Percebo, porém, que não está resolvendo. Como devo agir?(Joana Angélica) Seja disciplinada. Parta do programa. Em seguida, veja a gramática indicada na bibliografia. Por fim, estude, item por item, os assuntos especificados. Se der tempo, teste seus conhecimentos. Resolva questões de outros concursos. Você os […]
Como se diz na gíria, “tô irado”. Aprendi que os particípios regulares gastado, ganhado, pagado e pegado foram desbancados pelos irregulares gasto, ganho, pago e pego. Mas, com a outra vitória da Beija-Flor no desfile das escolas de samba do Rio, ouvi a torto e a direito que “ela tinha ganhado o carnaval”. Quem está certo? Por favor, socorra-me. Preciso de um calmante. (Wagner de […]
Qual é a do verbo proliferar? Muitos o consideram pronominal. Enganam-se. O danado é intransitivo. Não aceita o pronome átono nem a pedido de Buda: Ratos proliferam (nunca: se proliferam) nos lixões. A gastança prolifera (jamais: se prolifera) com os cartões corporativos. Numerosas faculdades caça-níqueis proliferam (não: se proliferam) sem controle do Ministério da Educação.