Bater cabeça ou bater cabeças?

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“Sem comando, falta rumo ao Executivo, enquanto ministros vão batendo cabeças”, escreveu o Estadão de domingo. Esquisito, não? Parece que ministros têm mais de uma cabeça. O mesmo estranhamento se observa quando o noticiário diz que “10 garotos perderam as vidas no incêndio do alojamento do Flamengo”. Nós só temos uma cabeça. Só temos uma vida. Por isso, o singular pede passagem: Sem comando, falta […]

Hífen: tele-

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O Conselho Federal de Medicina oficializou a prática da telemedicina. Ao anunciar o fato, provocou comentários em Europa, França e Bahia. De um lado, médicos criticaram a iniciativa, que, segundo eles, desumaniza a profissão. De outro, linguistas se pronunciaram a respeito do prefixo tele-. Tele- veio da Grécia. Quer dizer de longe. Telefone, por exemplo, significa voz de longe. Televisão, imagem de longe. Telegrama, mensagem […]

Acho que: xô, achismo

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Reparou? Com o tal achar, o enunciado fica fraco, inconvincente. Em vez de “Acho que o Brasil entrará num período de crescimento sustentado”, basta “O Brasil entrará num período de crescimento sustentado”. Mais: o particularmente, que costuma acompanhar o verbo molengão, também sobra: (Eu, particularmente, acho que) O Brasil entrará num período de crescimento sustentado. (Acho que) A reforma da Previdência será aprovada no primeiro […]

Maiúsculas e minúsculas: norte, sul, leste, oeste

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“A reforma da Previdência é manchete de Norte a Sul do país”, escreveu o jornal. É verdade. Jornais, rádios, tevês, internet só falam no assunto. Mas a frase tem um problema. Trata-se do emprego das maiúsculas. No caso, elas usurpam o lugar das minúsculas. Norte, Sul, Leste, Oeste, quando pontos cardeais, são nomes próprios. Mas, se definem direção ou limite geográfico, cessa tudo o que […]

Por que, por quê, porque, porquê: quando usar

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Acredita? Ontem o porquê provocou polêmica no Twitter. O pomo da discórdia foi esta frase: “Nota-se porque o Brasil está no nível de educação em que está”. Um seguidor questionou a grafia. Muitos palpitaram. Uns disseram que era junto. Outros, separado. Alguns, com acento. Uns poucos, sem o chapeuzinho. E daí? Melhor saber o porquê dos porquês. Use: Por que nas perguntas diretas: Por que […]

Plural: tenente-coronel, vale-transporte & cia.

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O plural dos substantivos compostos tem lógica. Para acertar sempre, basta entendê-la. Eis dois exemplos: 1. Ambos os elementos vão para o plural se os dois forem variáveis: cirurgiões-dentistas, tenentes-coronéis, águas-fortes, cabeças-chatas, barrigas-verdes, cartões-postais, altos-relevos, más-línguas, baixos-relevos, redatores-chefes, segundas-feiras, primeiros-ministros, pesos-penas, meios-termos, os surdos-mudos. 2. Se, havendo dois substantivos, o segundo der ideia de finalidade, semelhança ou limitar o primeiro, impera a dose dupla – […]

Plural: pé de moleque & cia.

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Um pé de moleque. Dois… Um joão-de-barro. Dois… Adeus, dúvida. Só o primeiro elemento vai para o plural se preposição ligar as palavras: pés de moleque, pernas de pau, joões-de-barro, mulas sem cabeça, câmaras de ar, pães de ló, fogões a gás, estrelas-do-mar. Atenção Quando o segundo elemento estiver no plural, mantém-se o plural dele e flexiona-se o primeiro se for flexionável: mestres de obras. […]