Que venha a desmoralização

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    Por que o comunismo não fincou raízes no Brasil? Dizem as más línguas que o medo o afugentou. Ele temia a desmoralização. Em pouco tempo, viraria piada. Exemplos não faltam. Um deles: a colocação de pronomes átonos. Pra não correr risco, nada mais sábio que se manter fora.   Não faltam reclamações contra os indefesos o, a, te, se, lhe, nos. A pancadaria […]

Adeus, Gabriel

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      Que pena! Os pais de Gabriel se prepararam 5 anos para recebê-lo. A chegada foi festiva. Quando o bebê cresceu um pouquinho, foi pra creche. Na segunda, o susto. As atendentes o encontraram roxo no berço. Socorrido, não se salvou. O diagnóstico: parada cardiorrespiratória.   Cardio- vem do grego kardía. Quer dizer coração. A palavra formou família enorme. Entre os membros, vale […]

Mistérios lingüísticos

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    “Centro de dor torácica”, anuncia placa do Incor. João Marcelo leu. Arrepiou-se. Não seria “dor toráxica”? Afinal a palavra vem de tórax. E tórax se escreve com x.   A língua tem razões históricas. Tórax vem do grego thorac(o). O c do paizão se mantém em vários compostos. É o caso de torácico, toracografia, toracoplastia, toracopneumonia, toracospia. E por aí vai.

Gaúchos em polvorosa

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  Era quinta-feira. Gaúchos navegavam na internet. Paravam aqui e ali sem compromisso com fatos e fotos. De repente, não mais que de repente, viram um Lula sorridente, braços abertos, olhos jocosos. Vestia poncho bege e branco. Um show. Mas a legenda da foto os encucou. Lá estava: “Lula de ponche argentino no Palácio do Planalto”. Veio a dúvida: ponche não é a bebida feita […]

Acertou o teste?

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    Ontem você enfrentou um senhor desafio. O anúncio da CVC afasta candidatos a aventuras mundo afora. Por quê? Por duas razões. Uma: o emprego do porquê. Na frase, o porquê é substituível por “a razão pela qual”. É a vez do por que. A outra: a vírgula sobra.   O anúncio atrairia 180 milhões de brasileiros se estivesse escrito assim: Descubra por que as pessoas felizes […]

Erramos

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    Inimigos da concordância? Há vários. Um deles: a inversão. Vale o exemplo da pág. 12: “Existe uma lógica de que, se há confronto, por mais bem preparado que os agentes militares sejam, haverá baixas”. Agentes militares está no plural. O adjetivo a eles referente vai atrás: Existe uma lógica de que, se há confronto, por mais bem preparados que os agentes militares sejam, […]

O manda-desmanda

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      Elder Morais anda encucado. Por quê? Ele explica: “Ultimamente tenho sido pressionado pelo imperativo. Para qualquer lugar que eu olho, lá está ele. Ligo a TV, só dá ele. E as dúvidas se multiplicam.   `Dirija com cuidado, lembre-se do Maurício´, diz comercial da TV. Não seria dirige?  `Beba com moderação´, aconselha a propaganda. Não seria bebe? `Abrace a vida´, manda o anúncio. […]

Língua dedo-duro

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  Você viu? O Roberto Klotz não viu pessoalmente. Mas descobriu o vexame no jornal. É mais ou menos aquela história repetida por bisas e avós: “Feio é roubar e não poder carregar”.   Pois a criatura passou a mão no carro, clonou a placa e, na hora de desfilar pelas ruas, o português o denunciou. “Vá ser azarado assim em Froripa”, brincou Roberto.

Vêm, flores

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    Verbo, o senhor da fala64 — florir   Que triste! Os jardins de Brasília estão secos. A grama parece queimada. Com a seca impiedosa, as verdinhas se recolhem e ficam quietas à espera de tempos melhores. As flores não ficam atrás. Fogem sabe-deus-pra-onde. A gente as procura aqui, ali, acolá. Nada.   Mas, ao primeiro anúncio da chegada das águas, viva! A paisagem […]