Categoria: português
Quando a PGR entender que há elementos suficientes, ela encaminha o processo de volta ao STF”, escrevemos na pág. 3. Reparou? O sujeito das duas orações é o mesmo. Melhor deixá-lo só na segunda. Assim: Quando entender que há elementos suficientes, a PGR encaminha o processo de volta ao STF.
Já imaginou se tivéssemos de pagar por palavra usada? Como o bolso é a parte mais sensível do corpo, uma conclusão se impõe: seríamos mais econômicos. O que sobra fica fora. A parcimônia poupa a paciência do ouvinte ou do leitor. É pra lá de bem-vinda. Exemplos pululam a torto e a direito. Veja: encarar (de frente) duas metades (iguais) empréstimo (temporário) experiência (anterior) habitat […]
Qual a diferença entre coringa e curinga? Olho vivo! Uma letra faz a diferença. Você fala da vela usada na proa das barcaças? Escreva coringa. Fala da carta de baralho que muda de valor segundo a posição? Ou de pessoas e coisas que têm mil e uma utilidades? Dê a vez a curinga.
Li estas duas frases: 1. Os bombardeios americanos atingiram alvos sírios. 2. Aviões sírios foram o alvo do bombardeio americano. Minha pergunta: por que, no segundo exemplo, alvo está no singular? Não deveria dar a vez ao plural? (João Maria Basto) Trata-se, João, do falso plural. Deixamos no singular o substantivo abstrato que, depois de verbo de ligação (ser, estar, ficar, permanecer, tornar-se, virar, constituir), […]
Assistiu ao Roda Viva de ontem? João Dória estava lá. Seguro e articulado, respondia a todas as questões com a desenvoltura de quem anda pra frente. Dirigia-se aos entrevistadores com a intimidade de velhos amigos. Parecia adivinhar as perguntas, respondidas com elegância, sorrisos e charme. Tudo perfeito? Quase tudo. Em determinado momento, ao se referir à recuperação do centro da capital paulista, o prefeito que […]
Em relação aos anos do século 20, é possível dizer algo como “na década de 80, surgiram muitas bandas de rock em Brasília”. Podemos falar o mesmo para os anos do século 21 ou é algo que foi cunhado na língua para os anos daquele século? A pergunta é de Gerder Araújo. A resposta: não se trata de correção. Gramaticalmente a frase merece nota mil. […]
Escrever é verbo transitivo direto. Escrevemos para alguém. Queremos que o leitor entenda nosso recado sem duplos sentidos. Primeiro passo: dizer com clareza o que precisa ser dito. Um dos cuidados é com o verbo declarativo. Ele tem tanta importância que, em caso de troca, pode mudar a informação. Compare: Não mandei dinheiro pra Suíça, disse Cunha. Não mandei dinheiro pra Suíça, insistiu Cunha Não […]
“Esta é a terceira versão do projeto que traz mudanças no currículo de todo o país”, escrevemos na pág. 6. Ops! O pronome esta se refere a termo referido anteriormente (última versão da BNCC). É a vez do essa. Melhor: Essa é a terceira versão do projeto que traz mudanças no currículo de todo o país.
Na língua como na vida, nem todos são iguais perante a lei. Há os mais iguais. É o caso do sujeito. Um dos caprichos dele: nunca vir antecedido de preposição. Por isso, não se pode combinar o artigo ou o pronome com a preposição que o acompanha. Daí por que escrevemos: Antes de o galo (sujeito) cantar, tu me negarás três vezes. Chegou a hora […]
“O Cespe, ligado à Universidade de Brasília, agora trabalha para tentar reverter a decisão”, escrevemos na pág. 22. Vamos combinar? O tentar sobra. Ninguém trabalha pra tentar reverter a decisão. Trabalha para reverter a decisão. Melhor: O Cespe, ligado à Universidade de Brasília, agora trabalha para reverter a decisão.