Categoria: português
Há cães e cães. Há os nobres e os vira-latas. Há os grandes, os médios e os pequenos. Há os pretos, os brancos, os castanhos. Há os de pelo longo e os de pelo curto. Há os que fazem companhia e os que guardam a casa. Em suma: há variedades pra dar e vender. Uns e outros obedecem à mesma regra linguística. No plural, flexionam-se […]
Você sabe por que leishmaniose se chama leishmaniose? O nome vem de William Boog Leishman. O bacteriologista escocês nasceu em 1865 e partiu desta pra melhor em 1926. No meio tempo, descobriu a leishmânia — protozoário que ataca homens e animais. Pelo feito, entrou na história.
Os brasilienses estão em polvorosa. Com razão. Eles adoram cachorros. Há pessoas que têm dois, três, quatro cães em casa. Eles são como gente da família. Agora, chegou a notícia. Muitos animais estão com leishmaniose. A doença é contagiosa e, parece, sem tratamento eficaz. Que enrascada! Os donos choram, rezam, fazem promessas. Sobretudo cercam os bichinhos de carinho. Diminutivos circulam pra cima e pra baixo. […]
“Ninguém pode gabar-se de dominar o português completamente, sobretudo neste estado de ebulição em que hoje a língua se encontra.”
Em português, pouquíssimas palavras terminam com n. Entre elas, hífen, éden, abdômen. Elas pregam senhora peça na acentuação gráfica. A regra diz que ganha grampo ou chapéu a paroxítona terminada com n. A que se finaliza com ns não tem nada com a história. Fica solta e livre, sem lenço nem documento: hifens, edens, abdomens.
Quem primeiro usou o termo pirata para descrever os que pilhavam navios e cidades costeiras foi Homero, na Odisseia. A pirataria marítima começou com os gregos que roubavam mercadorias dos fenícios e assírios, isso 753 a.C. Uma série de características marcou os ladrões dos mares: a bandeira com a caveira e dois ossos ou duas espadas cruzadas, o tapa-olho, o chapéu tricórnio, os ganchos nas mãos, […]
J, Q e K são três cartas do baralho que têm imagem. Elas têm iniciais em inglês: j (de jack, valete). Q (de queen, dama ou rainha) e K (de king, rei).
O radialista Airton Medeiros entrevistava ao vivo na Rádio Nacional a presidente de uma associação de cegos. Dizia que ela era cega. Lá pelo meio do programa, recebeu um papelzinho com a recomendação de que a tratasse como “deficiente visual”. Antes de obedecer à ordem, perguntou se devia tratá-la de cega ou deficiente visual. Ela aproximou as mãos do rosto dele até tocar os óculos. […]
Carla é linda. Loura, olhos azuis, peso de manequim, pernas longas, andar ondulado como as ondas do mar. Ela tem um sonho. Quer fazer televisão. Qualidades não lhe faltam. Submeteu-se a teste na Globo. Fotogênica, ultrapassou o primeiro obstáculo. Depois, veio a prova de locução. O texto era simples, mas cheio de ciladas. Numa, ela caiu como sereia: — A entrada é gratuita. A bela […]
Acento e pronúncia formam par inseparável. Agudo e circunflexo só caem sobre a sílaba tônica. Em dissílabos, trissílabos e polissílabos descobrir a fortona é fácil como passar criança pra trás na fila. Com os monossílabos, porém, a história muda de enredo. Os pequeninos obedecem às mesmas regras das oxítonas. Acentuam-se os terminados em a, e e o seguidos ou não de s. Veja: está (dá), […]