Categoria: português
O leitor João Celso responde: “Desde pequeno eu ouvia falar em parricida como sendo quem mata o pai. O Aurélio assim registra (não cita patricida). O VOLP traz os dois e Houaiss traz as duas palavras. Esclarece que parricida é quem mata parente (pai, mãe irmão, filho, neto); patricida, o pai.
No pacote de Guedes, figuravam cortes em benefícios destinados aos mais necessitados. Bolsonaro não concordou. E, sabido, criou uma frase de efeito pra ganhar uns pontinhos nas pesquisas de opinião: “Não podemos tirar do pobre pra dar ao paupérrimo”. A fala ganhou espaço em jornais, rádios e tevês. A razão: Sua Excelência fugiu da mesmice. Usou paupérrimos em vez de muito pobres. O significado é […]
A Polícia Federal deflagrou mais uma operação. Na mira, o tráfico internacional de drogas. Que nome dar para a caçada? Procura daqui, palpita dali, eureca! Chamou-a de Fato Real. Baita pleonasmo. Todo fato fato é real assim como todo país é do mundo e todo elo é de ligação. Por isso, quando alguém duvida de algo, dizemos para convencê-lo de que estamos certos “é fato”. […]
A polícia conjuga o verbo prender. Ele tem dois particípios. Um: preso. O outro: prendido. Quando usar um ou outro? Depende do auxiliar: 1. Com ser e estar, preso pede passagem: Flordelis não foi presa. Sete filhos da deputada estão presos. 2. Com ter e haver, é a vez do prendido: A polícia tem prendido secretários de Saúde envolvidos em corrupção. A polícia havia prendido […]
Quem mata uma pessoa comete homicídio. É homicida. Quem mata a mãe comete matricídio. É matricida. Quem mata o pai comete patricídio. É patricida. Curiosidade Os gregos chamam a deusa guerreira de Atena. Os romanos, de Minerva. O nome latino criou expressão pra lá de popular. Em disputas, quando há empate na votação, o presidente desempata. É o voto de Minerva. A história da honraria […]
O feminino de pastor é pastora. E de bispo? No popular, dizemos bispa. Mas a norma culta ensina outra lição. É episcopisa, que rima com papisa, poetisa e profetisa.
A pergunta é de Carlos Assef. Ele leu no jornal “ocorreram 100 novas mortes”. Achou esquisito. Por isso perguntou: Existem velhas mortes? Novas, aí, tem sentido de outras. Compare: Comprei um carro novo. (É carro 0km.) Comprei um novo carro. (Não é necessariamente 0km. É mais um.) Percebeu? Nota 10 para “novas mortes”.
Flordelis sem hífen. Flor-de-lis com o tracinho. Por quê? Em ambos os casos, impera a regra do jogo do bicho. Vale o que está escrito. Na certidão de nascimento da pastora deputada, aparece Flordelis. Na da planta, flor-de-lis. Outros seres do reino vegetal formados por três ou mais palavras ligadas por preposição, conjunção ou pronome também pedem o tracinho: flor-de-lótus, copo-de-leite, bem-me-quer, cana-de-açúcar, pimenta-do-reino, castanha-do-pará, […]
Parece jogo de palavras. Mas não é. Questão semelhante quebrou a cabeça dos brasileiros no século 19. Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis escreveu: “Não sou um autor defunto, mas um defunto autor”. Ao afirmar “não sou um autor defunto”, Machado se disse diferente dos demais escritores. Alencar, Clarice & cia. escreveram em vida. São autores defuntos. Brás Cubas fez a mágica. […]
Parecia boato. Aqui e ali, falava-se em um tal dossiê. Estariam coletando dados sobre funcionários antifascistas. Verdade? Mentira? O ministro da Justiça confirmou a informação, mas disse que não era dossiê, era relatório. No debate, pintou a curiosidade. Qual a origem de dossiê? Francesinha Dossiê veio do francês dossier. Quando nasceu, tinha conotação neutra. Significava série de documentos referentes a uma pessoa, ou a um […]