Sonho e realidade

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Charge da revista O Malho, de 29 de outubro de 1904. Foto: Leonidas/Acervo Fiocruz.

 

Uma coisa é certa: superada a questão da pandemia, se é que isso vai ocorrer algum dia de forma definitiva, os cidadãos brasileiros estarão, na sua maioria, vacinados. Ao menos no que diz respeito à onda de politicagem que envolveu todo esse processo, desde março deste ano. Com isso, fica mais uma vez confirmado que há males que vêm para o bem ou, pelo menos, que nos ensinam a optar por caminhos mais claros e seguros.

A pandemia, as mortes e internações seguidas, que nos aproximam da triste marca de 200 mil óbitos, não tiveram, por sua gravidade, o condão de unir a nação, por conta exclusiva das disputas que se seguiram em torno do assunto, protagonizadas, exclusivamente, por nossas lideranças políticas. O mais espantoso é que toda essa polêmica criada, do início ao fim, parece ter sido motivada apenas por disputas políticas, tanto nas eleições municipais, como nas disputas futuras de 2022.

O mais surreal é que, em meio a esse banzé, a questão da pandemia e das potenciais vacinas ficou em segundo plano. Trata-se aqui de uma discussão que não tem levado em conta as agruras e incertezas, mas, tão somente, a possibilidade dos diversos grupos políticos se ajeitarem e fortalecerem suas posições de mando, além dos laboratórios, é claro. O pior, se é que possa haver uma piora nessa questão toda, é que nenhum dos lados parece ter razão nessa briga.

Para complicar ainda mais o que em si já é um quiprocó infernal, até mesmo o Supremo foi envolvido nessa disputa e, como já tem sido costume, errando por último, ao criar uma espécie de obrigatoriedade e sanções para aqueles brasileiros que se recusarem a tomar a vacina.

Dois fatos, absolutamente comprovados, estão diretamente ligados à questão da pandemia. O primeiro é que há muitíssimo dinheiro envolvido em torno dessa questão, sendo que boa parte vai desaparecer nas brumas de uma pandemia totalmente atípica. O segundo é a pressa com que as pesquisas e os laboratórios parecem ter encontrado resposta para um problema que, a médio e longo prazo, sabidamente 5 anos, pode ter seus efeitos colaterais e trágicos espalhados por centenas de milhões de indivíduos.

Todos os testes da chamada terceira fase foram acelerados, o que é em si e, segundo a metodologia científica, um sinal de alerta. Não há como negar que estamos ainda no escuro, tateando e em busca da chave que possa abrir os porões dessa pandemia. As únicas certezas, até aqui, são que o país onde essa virose irrompeu em primeiro lugar, coincidentemente, tem sido o que mais tem lucrado com a pandemia e o mais refratário a que investigações isentas sejam realizadas.

Há, em todo esse assunto, um roteiro que precisa ainda ser colocado diante da realidade. De certo, até o momento, temos que separar os “lucros políticos” que os diversos grupos, no Brasil, vão retirar dessa pandemia, e os lucros argentários que países diversos, com a China no topo, estão obtendo com todo esse pesadelo.

Para os roteiristas dessa trama surreal, a realidade, por sua complexidade, tem ido muito mais além do que qualquer ficção, situando esse drama global na fronteira que divide a vida real dos sonhos mais perturbadores.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Dinheiro perdido, nada perdido; saúde perdida, muito perdido; caráter perdido, tudo perdido.”

Provérbio Chinês

 

Idosos

Juliana Seidl prepara a turma do ano que vem para atendimento individual como orientadora de carreira e para aposentadoria. Veja, a seguir, a palestra ministrada “Reinvenção na Carreira e Projeto de Vida”, a convite da Universidade Corporativa dos Correios.

 

Consome dor

Nos velhos tempos da capital, as donas de casa exerciam o poder que têm. O abuso de preços dos supermercados era logo impedido com o boicote. Sem internet, conseguiam se mobilizar para frear a alta injustificada de preços. Numa pandemia seria o momento de baratear, não de diminuir os produtos nas embalagens e precificar em dobro.

Foto: Procon-MS/Divulgação

 

Evolução

A situação do Teatro Nacional Claudio Santoro é de abandono total. Sem sensibilidade para a cultura, o GDF vai precisar responder, ao Ministério Público do Distrito Federal, o que foi feito até agora na sala de concertos. A interdição do local aconteceu no início da pandemia e a Orquestra do teatro está desabrigada há anos. Não dá para entender. O governador Ibaneis já viajou tantas vezes para o exterior. Poderia ter trazido, na bagagem, a consciência de que a cultura enobrece o governo.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Esse novo prédio ficará da altura da rampa, numa extensão de duzentos metros, e conterá novas salas para comissões e um escritório para cada deputado e senador. (Publicado em 20/01/1962)

Sem lideranças e sem coesão: o Brasil vai mal na pandemia

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Governador de São Paulo, João Dória. Foto: reprodução/Twitter

 

Estamos distantes ainda de um nível aceitável de Estado civilizado e coeso. Diferentemente de outros países desenvolvidos do Ocidente, onde, em tempos de aflição generalizada, sempre que o destino adverso pôs em  risco a integridade da nação, mais e mais, foi reforçado o sentimento geral de que a união de todos, em torno de um objetivo comum, era a solução ideal.

Não há fórmulas mágicas, capazes de restabelecer a normalidade de um país submetido a ameaças, ainda mais quando o que está em pauta é a sobrevivência de sua população. Em nosso país, o quadro é outro. Desde o início do anúncio da existência do vírus, o que já era um desassossego geral, por falta de estratégias racionais e uníssonas para enfrentar a pandemia, transformou-se numa rinha política generalizada.

Nesse cenário surreal, até mesmo a chegada da tão esperada e redentora vacina passou a ser utilizada, mesquinhamente, como palanque político, onde passaram a se exibir, um a um, os candidatos a paladinos da saúde. A desfaçatez com que passaram a utilizar a vacina como propaganda político e partidária deixou patente a todos que, mesmo sobre caixões de mortos, é possível erguer palanques para campanhas.

Essa é a diferença básica a demonstrar o quanto ainda temos que percorrer até chegarmos ao patamar em que estão outras nações no enfrentamento à pandemia. Nesta altura dos acontecimentos, não resta dúvida de que até a pandemia mortal pode ser colocada em segundo plano, quando o que está em jogo são das disputas por espaços políticos individuais.

No parlamento e mesmo na justiça, o assunto é secundário e só ressurge quando a questão põe em risco projetos pessoais. Um estrangeiro, que circulasse pelos corredores do Poder, ficaria estarrecido com o grau de alienação da maioria de nossas lideranças, num momento como esse. Pensaria, inclusive, que o país já estivesse livre da virose, tal a pouca importância que a questão desperta em cada um.

As eleições de 2022 se sobrepuseram à questão da pandemia. A tudo a população assiste, entre espanto e medo. Obviamente que os laboratórios internacionais, com a China na ponta, sabedores desse pandemônio em que o país parece mergulhado, por conta do vai e vem e das decisões sem projetos claros, irão cobrar preços altos pelas indecisões.

É preciso lembrar que o setor da farmoquímica internacional é, tradicionalmente, bafejado pela sorte e pelos lucros exorbitantes, toda a vez que uma pandemia se anuncia no horizonte, não sendo diferente nesse caso, onde a doença parece ter atingido o grosso da população mundial.

O noticiário geral dá como certo que, nessa batalha contra a pandemia, o maior perdedor venha a ser justamente o presidente da República, pela demora e pela insensibilidade com que tratou do tema desde o início. Nesse caso, tanto ele como o governador de São Paulo, pela exploração excessiva do assunto para fins eleitorais, igualam-se quando o assunto são as críticas da população à atuação de cada um.

Para complicar ainda mais um cenário que já é confuso o bastante, os exemplos vindos dos governantes e a seriedade ou não com que tratam essa questão acabam refletindo no comportamento da própria população que, pouco a pouco, vai relaxando nas estratégias de auto defesa, principalmente a população mais jovem, que vai se entregando aos antigos hábitos de aglomeração e de festas.

Sem coesão e sem lideranças capazes, não será surpresa se viermos a ocupar, no ranking da pandemia, a posição de liderança mundial em infectados e mortos.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O segredo da gestão de crises não é o bem versus o mal, é evitar que o mal piore.”

Andrew Gilman, Presidente e fundador da CommCore, jornalista premiado e advogado.

Andrew Gilman. Foto: commcoreconsulting.com

 

Déjà-vu

Jornalismo é uma profissão muito fácil quando as coisas não mudam. Basta mudar o nome dos responsáveis. Observe o que diz a História de Brasília registrada por Ari Cunha no final desta coluna. Quase 60 anos, e a invasão de terras no DF continua na mesma. A premiação também.

Foto: correiobraziliense.com

 

Carpe Diem

Por outro lado, jornalismo se torna a profissão mais desafiante quando as vaidades das autoridades se sobrepõem aos interesses do Brasil. Nem que seja uma linha a mais no currículo, às custas de acordos escusos.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O regime de premiar os invasores com um lote, dar caminhão para transportar o barraco ajudar de custo, afora ser dispendioso demais, é aviltante, porque premia os que apossam do que não lhes pertence. (Publicado em 20/01/1962)

Sob a lupa

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Charge do Galhardo

Passados os momentos mais urgentes da pandemia, depois que forem restabelecidas algumas normalidades, inclusive as normalidades da razão, por certo, haverá espaços de sobra para que sejam encaixadas todas as pedras soltas, ou melhor, todas as ampolas usadas, e, finalmente, possam ser esclarecidos todos os pontos envolvendo o negócio bilionário e açodado das compras e vendas das vacinas.

Vivêssemos nos tempos da civilização mesopotâmica, onde vigorava a Lei de Talião, inscrita no Código de Hamurabi (1770 a.C.), talhado em rocha de diorito com 2,25 metros de altura e que decretava penas duríssimas para infrações de toda a natureza, haveria um responsável que o mundo todo fosse capaz de confirmar. Precisamente, a burocracia, que comanda o país com mão de ferro, seria diretamente responsabilizada pelo alastramento da Covid-19, pagando conforme era dito: “olho por olho, dente por dente”.

Dessa forma, surpreende que seja esse mesmo governo ditatorial a lucrar, não só com a venda de equipamentos médicos de toda espécie, mas também, agora, de insumos para as vacinas salvadoras da peste. Primeiro quebram-nos as pernas, depois vendem-nos as muletas a preços de ouro. O dinheiro tem comprado até consciências.

Nessa confusão mundial, em que a pandemia e a morte de mais de 1,5 milhão de habitantes em todo o planeta misturaram vidas humanas com os lucros exorbitantes nas vendas e aquisições de medicamentos e vacinas, questão que certamente envolve outros laboratórios internacionais, é preciso muita cautela neste momento. Sobretudo, com relação à qualidade e à eficiência desses remédios e seus efeitos colaterais de longo prazo.

Passado o momento de pânico generalizado, será necessária uma séria investigação, não só interna, mas em âmbito mundial, para se apurar esse verdadeiro “negócio da China” que foi criado com a pandemia e que rendeu lucros vergonhosos para alguns laboratórios mudo afora. O certo e justo, dentro da Lei de Talião, seria obrigar o Partido Comunista Chinês a fornecer, gratuitamente, todo o material necessário para deter a pandemia. O mesmo deveria ser feito com os diversos laboratórios envolvidos nesse caso.

Trata-se aqui de uma questão humanitária e que aflige todo o planeta. Assim sendo, não é possível, sob nenhuma hipótese, que lucros exorbitantes sejam obtidos com negociações envolvendo a salvação de vidas humanas, apanhadas de surpresa por uma pandemia, que muitos ainda desconfiam ter sua origem em descuidos de procedimentos em um dos vários laboratórios secretos da ditadura chinesa.

As cortes internacionais, bem como as cortes aqui no Brasil, fazem cara de paisagem para um assunto sério como esse. Talvez reste ao parlamento, quando esse acordar de seu sono egocêntrico, instalar uma Comissão Parlamentar Mista de Investigação (CPMI) para esclarecer o que existe pode detrás dessa que, à primeira vista, parece uma tentativa de genocídio, conforme detalhado no Estatuto de Roma de 1998, em seu art. 7ª: “O Estatuto de Roma, de 1998, definiu em seu art. 7º como aqueles cometidos num quadro de ataque, generalizado ou sistemático, contra qualquer população civil, havendo conhecimento desse ataque. Ou seja, crimes desumanos de caráter semelhante, que causem intencionalmente grande sofrimento, ou afetem gravemente a integridade física ou mental.”

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Alguns estrangeiros com a barriga cheia e nada melhor para fazer apontam o dedo para nós. Primeiro, a China não exporta revolução; segundo, não exporta fome e pobreza; e terceiro, não bagunça com você. Então, o que mais há para dizer? ”

Xi Jinping, presidente da China

Foto: Wu Hong/Pool/Agência Lusa

 

Circuito 2

Começam hoje os jogos com atletas cadeirantes de tênis em Brasília. O evento será na Associação Médica de Brasília, com entrada franca.

Foto: lexandre Schneider/Exemplus/CPB/Direitos Reservados

 

Ligue 100

Segundo a Polícia Civil do DF, já foram 576 pessoas idosas vítimas de violência. Até agora, 13 agressores estão presos. Mais de 520 denúncias foram apuradas nos locais indicados pelos telefonemas feitos ao disque-denúncia.

Autor — Foto: Marcelo Camargo/ABr (valor.globo.com)

 

Oportunidade

Ministra Damares, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), conseguiu R$ 2 milhões a serem aplicados em capacitação de pessoas com deficiência. A ação foi anunciada pelo Governo Federal.

Foto: istoe.com.br
Fraterno

O chefe da missão Permanente da Liga dos Estados Árabes, Embaixador Qaís M Shqair, reuniu os poucos funcionários da embaixada numa grande mesa onde todos compartilharam o alimento e as histórias de vida.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os diretores da DASP que resolveram suas divergências através de sopapos e murros foram os senhores Valdir Lopes e Lúcio Leite. Não se sabe até agora, qual foi a punição para ambos. (Publicado em 19/01/1962)

Todo apoio à indústria nacional

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Imagem: reprodução da internet

 

É em momentos excepcionais, como este de pandemia que atravessamos agora, que deveríamos prestar mais atenção e dedicar todos os esforços possíveis para valorizar a indústria nacional, o que, por tabela, ajudaria sobremaneira os trabalhadores brasileiros, principalmente nessa hora em que incontáveis empreendimentos estão fechando suas portas e deixando uma legião de pais de família sem perspectiva alguma.

Não é segredo para ninguém que todo o apoio que damos à indústria nacional é revertido, diretamente, na geração de incontáveis postos de trabalho, gerando riquezas que ficam retidas no país e que ajudam a revitalizar uma cadeia imensa de outras pequenas empresas, produzindo um ciclo de progresso brasileiro.

Surpreende o fato das Forças Armadas, no atual governo, ter passado a ganhar um protagonismo que não tinha desde os anos sessenta e não terem ainda induzido o chefe do Executivo a adotar um conjunto de políticas visando, basicamente, apoiar a produção da nossa indústria, numa espécie revival de nacionalismo econômico, substituindo grande parte dos produtos importados por similares produzidos aqui.

Há muito, sabe-se também que a qualidade de muitos produtos nacionais são infinitamente superiores aos importados, como é o caso da indústria calçadista e da indústria têxtil, da indústria de cerâmicas e materiais de construção, de mobiliários e muitos outros, inclusive aquelas ligadas à fabricação de peças, de motores elétricos, além, é claro, da variada indústria de alta tecnologia.

A valorização do que é nosso parece ser, não apenas nesse momento de angústia, a solução para uma saída dessa atual crise. Nesta altura dos acontecimentos, já deu para perceber que o agronegócio, pelos imensos danos ambientais causados, pela concentração de renda excessiva e até pela própria incapacidade de manter os preços dos alimentos básicos num patamar de preços razoável aos brasileiros, não é o modelo que necessitamos no atual estágio de esgotamento dos recursos naturais do planeta.

Esse é, sabidamente, um segmento que não produz alimento, mas sim lucros para uma cadeia restrita do setor e que gera um passivo ambiental impossível de ser contabilizado. Somente o poderoso lobby dessa área é que torna possível sua manutenção e expansão.

O reconhecimento da China como economia de mercado, feito pelos governos petistas, provocou um verdadeiro tsunami sobre a indústria nacional, que não teve meios de competir com um país onde a maior parte de seu parque industrial é amplamente irrigado com recursos e benefícios do Estado.

Na prática, a indústria nacional, outrora poderosa, não teve chances de concorrer com o Estado Chinês, que hoje é a segunda economia do planeta. A quebradeira que já vinha acontecendo, desde os primeiros anos deste século, intensificou-se com a pandemia, também made in China.

É preciso o estabelecimento urgente de uma ampla campanha cívica em favor da valorização da indústria nacional, estimulando a população a consumir produtos made in Brazil, apoiando e estimulando o que é nosso, em nome de nossa própria redenção como nação. Esse é exatamente o que tem feito outros países, sobretudo o chinês, que entope o mundo com seus produtos de comprovada baixa qualidade, feitos por mão-de-obra barata, sem direitos trabalhistas, visando apenas o lucro de uma pequena casta encastelada no topo do Partido Comunista daquele país.

Temos tudo para reativar a indústria nacional, universidades, centros de pesquisas, mão de obra jovem e dinâmica, instituições de apoio e uma infinidade de outras vantagens locais, como abundância de matérias-primas, faltando-nos apenas o apoio certo e na medida certa para darmos início ao soerguimento de nossa economia.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Proibir um grande povo, porém, de fazer tudo o que pode com cada parte de sua produção ou de empregar seu capital e indústria do modo que julgar mais vantajoso para si mesmo é uma violação manifesta dos mais sagrados direitos da humanidade.” 

Adam Smith, filósofo e economista escocês (1723 – 1790)

Adam Smith The Muir portrait. Imagem: wikipedia.org

 

Revalida

Decisão do TRF1 concordou com a Advocacia-Geral na provocação sobre a obrigatoriedade da apresentação do diploma de Medicina para a inscrição no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superiores Estrangeiras. Muita coisa vai mudar.

Charge do Ivan Cabral

 

Arte Social

Que beleza as paradas de ônibus em algumas Regiões Administrativas. Pintadas por artistas da região, dão um toque humano no eterno esperar.

Foto: Administração Regional de Arniqueiras

 

Consome dor

Leitor do Lago Norte envia longa missiva protestando contra o horário de funcionamento de algumas agências ou postos de atendimento da Caixa. Às 13h, no Deck Norte estava fechado para atendimento.

Foto: wimoveis.com

 

Dúvida atroz

Pergunta de outro leitor: vacina usada politicamente vai curar o Covid?

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A Novacap está levando avante uma política extremamente danosa para os trabalhadores. Isto de dar comida de graça é acintoso, e foco de agitação. É que em muitos casos há, realmente, necessidade, mas a maioria se encosta para receber alimentação, e não quer mais trabalhar. (Publicado em 16/12/1961)

Efeito rebote

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Foto de Pool / Getty Images AsiaPac

 

Quando, por questões ideológicas, o ex-presidente Lula reconheceu a China como economia de mercado, em novembro de 2004, essa medida impensada, como previam muitos analistas naquela ocasião, traria consigo uma série infinita de consequências para a produção nacional, arruinando, a médio e longo prazos, toda a cadeia produtiva do país. Esses alertas, contudo, não foram, sequer, observados pelo executivo, que, naquela ocasião e pouco meses antes dos escândalos do mensalão, agia às cegas, sem um programa de governo racional e ao sabor das ilusões de que tudo sabia e tudo podia. Dizer que esse reconhecimento se deu por afinidade ideológica, entre o Partido Comunista Chinês (PCC) e o Partido dos Trabalhadores, só faz sentido quando se sabe que as duas legendas são comandadas com mão de ferro por seus dirigentes. A diferença é que, na China, o partido que lá controla as decisões o faz por meio de um criterioso programa de longo prazo, que é obedecido à risca por décadas.

Por aqui, reinava a improvisação e a certeza de que erros, por mais sérios que fossem, seriam abonados por um Congresso, naquela altura, já comprado e bem pago. A pressão do agronegócio que, no governo do PT, passou a obter toda e qualquer concessão, graças ao poder do dinheiro fácil, acabou por empurrar o Brasil para o abraço de urso dos chineses. O resultado, todo conhecemos hoje. A indústria têxtil, calçadista, de peças e inúmeras outras passaram a sofrer a concorrência desleal com os chineses e acabaram, uma a uma, fechadas ou indo à falência em doses homeopáticas e seguras.

O legado dessa insana decisão ainda é um capítulo longo da história do Brasil a ser escrito e analisado. Naquela solenidade fatídica para a toda a economia do Brasil, o ex-presidente ainda teve o desplante de “prever” que o reconhecimento desse status iria intensificar a cooperação comercial entre os dois países. Em silêncio e com um sorriso escondido na face, o presidente chinês, Hu Jintao, observava a cena que reconhecia, em segredo, ser um dos maiores “negócios da china” já realizados com um país do ocidente.

Com esse passo no escuro, o Brasil se transformava em uma peça a mais no intricado xadrez de projetos daquele país, em sua ânsia de hegemonia mundial. Colhemos, agora, os frutos daquela decisão nascida no terreno árido de ideias das mentes petistas. Em história, é sabido que de nada adianta julgar. Os rumos foram dados, a sorte jogada e o Brasil perdeu. Os beneficiados dessa parceria foram apenas aqueles ligados ao agronegócio, em detrimento de todo o resto, inclusive, do meio ambiente que, com o avanço desmedido da agropecuária sobre matas e outros recursos naturais, amarga, dia após dia, a perda da biodiversidade.

Quase duas décadas depois desse engodo comercial, e em plena pandemia mundial, que tem, como protagonista principal, os mesmos chineses do passado, o Brasil e parte da população, que a tudo assiste bestificada, experimenta, agora, o que seria uma segunda versão da guerra da vacina, só que agora em ritmo de farsa ou de tragicomédia. Para essa escaramuça, armada por um “cast” de atores políticos e outros canastrões do momento, a nova guerra da vacina ou, como muitos estão denominando, da “vachina”, é o próprio presidente, uma espécie de Lula da direita, que age como agente indutor dos conflitos.

Sua descrença sobre a eficácia da vacina de origem chinesa, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, parece conter, em si e ao mesmo tempo, todos os efeitos danosos que trouxeram para o Brasil a parceria desigual. Para uns, esse aceitar pacificamente o novo remédio contra o Coronavírus seria como aceitar uma muleta daqueles que nos quebraram, de modo proposital, as pernas.

A politização em torno da vacina está apenas começando e tem, como incentivador discreto, o governo americano, que torce para que esses desentendimentos deixem claro, por aqui também, os malefícios que os tratados comerciais trouxeram para as economias tanto dos EUA quanto do Brasil. Sobre esse ponto não há o que discutir. Talvez, por aqui, os efeitos colaterais da vacina de origem chinesa venham acompanhados de uma rediscussão dos acordos comerciais que colocaram o Brasil numa posição flagrantemente desvantajosa.

O que se tem são desconfianças mútuas, alimentadas pelo medo de que os efeitos da pandemia venham a recrudescer numa segunda onda, ceifando a vida de mais brasileiros. A politização da vacina vem como efeito colateral e natural dessa aproximação feita anos atrás pelo conluio entre a esquerda e o agronegócio, que então davam as cartas nos governos petistas. O que temos agora são os efeitos rebotes desse remédio tomado em 2004.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O Brasil é o país do futuro e sempre será.”

Stefan Zweig, escritor, romancista, poeta, dramaturgo, jornalista e biógrafo austríaco (1881-1942).

Foto: Stefan Zweig, Fundo Correio da Manhã

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

As primeiras oito salas de aula serão iniciadas nestes próximos dias, e se cabe reivindicar alguma para alguém, que vá uma para a Coréia e outra para os JK. (Publicado em 19/01/1962)

Crise, leis e teletrabalho

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Charge do Cazo

 

Num ambiente de incertezas e vacilos, a exemplo do que temos visto tanto na área econômica quanto política e mesmo no âmbito do judiciário, resta-nos esperar pelo desfecho geral que, necessariamente, virá no pós-pandemia e que, segundo previsões gerais, não será nada fácil. Até mesmo no politizado ambiente da saúde pública, tão urgente e necessário neste momento, governos federal e dos estados, além de não se entenderem sobre estratégias no combate ao Coronavírus, têm rendido trabalho extra para a polícia.

Nas diversas frentes abertas em investigações para apurar boa parte do paradeiro dos recursos destinados ao enfrentamento da doença, os milhões de reais vão sendo encontrados em cuecas, em adegas de vinhos caros, em carros de luxo, em casas de prostituição e outros ambientes insalubres, desaparecendo como que por magia, da noite para o dia. Nesse cenário, o Brasil, que espera os seus claudicantes administradores em 2021, será marcado por crises que vão muito além da imaginação e da capacidade de gestão desses personagens.

Com um cenário dessa natureza que vai se armando à frente, o perigo maior é ter que contar com esse time de pernas de pau, formado pelo escrete atual de nossas lideranças públicas. Interessante observar que o Brasil, que continua funcionando e que não parou um só instante durante essa pandemia, é formado apenas por cidadãos que vivem e trabalham longe da ação atabalhoada dos governos, sobrevivendo distantes das armadilhas e entraves político-administrativos inventados por burocratas que não têm o que fazer. Exemplo desse Brasil, que tem pressa em sair da melhor forma possível dessa pandemia, é composto por milhões de brasileiros que abraçaram e vão aperfeiçoando a cada dia o teletrabalho, mesmo às custas de longas jornadas, tudo para que o país não entre também em compasso de espera. A necessidade, diz ditado antigo de Portugal, faz o sapo pular, é mãe da invenção e da indústria, faz a razão e ensina a rezar, além de, em momentos de crise, fazer as leis e aguçar o engenho.

Com tudo isso é que tem sido possível o processo de continuidade e o girar tanto da máquina pública quanto de outras múltiplas atividades laborais. Por isso, vem causando preocupação o anúncio feito, agora, de que políticos, em consonância com os parasitas sindicais, estão estudando a criação de um conjunto de leis regulamentando o teletrabalho, estabelecendo normas que precisam ser observadas por patrões e empregados no exercício do home office.

Embora não se descarte a necessidade de estabelecimento de critérios justos para a realização do teletrabalho, o perigo é, mais uma vez, a burocracia Kafkiana ressurgir na forma de exigências que atendam políticos do governo e sindicalistas ligados a partidos, todos desejosos em criar normas que tragam benefícios não ao trabalhador, mas a si próprios. O mais danoso seria estabelecer diretrizes legais rígidas para uma experiência totalmente nova e revolucionária como o trazido pelo home office, em plena pandemia e na proximidade de novas eleições, longe do olhar dos trabalhadores.

O perigo com a criação de normas mal feitas, costuradas de forma apressada e sem consulta ampla, é que elas podem não apenas desestimular e acabar com o teletrabalho, como deixar milhões de novos desempregados, tudo em nome de um Estado que sempre se prestou a beneficiar o andar superior.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Não existe dignidade no trabalho quando nosso trabalho não é aceito livremente.”

Albert Camus, jornalista, escritor, dramaturgo e filósofo francês nascido na Argélia

Albert Camus. Foto: wikipedia.org

 

Trem bom!

Parcerias com o Ministério da Infraestrutura compartilham conhecimento em cursos que vão até novembro. “O Governo Federal está iniciando, a partir desse acordo, tratativas para propor novas políticas públicas que irão viabilizar o transporte ferroviário de passageiros. Acredito que, com essa capacitação, teremos grandes avanços técnicos para o segmento e conseguiremos consolidar e potencializar o turismo e a economia do país”, afirmou o secretário da SNTT, Marcello Costa.

Marcello Costa. Foto: Alberto Ruy/Aescom.

 

Ilegal/legal

Mais uma regularização que deixa a população da região de cabelo em pé. Dessa vez é a bela região da Vargem Bonita. Segue a 1ª etapa que consiste em verificar se a área está localizada em acordo com o PDOT no que diz respeito à área passível de regularização.

 

Defenda-se

Centenas de alunos que tinham, no Complexo Esportivo Claudio Coutinho, DEFER, a oportunidade de desenvolver aptidões no desporto, até competindo nacionalmente em salto ornamental, natação, karatê, estão desolados com a ordem da saída do local, depois da parceria Arena BSB.

Foto: Renato Alves / Agência Brasília

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

No supermercado da Asa Norte a carne chega somente às 15 horas. Pela manhã, não há. Outro dia o açougue funcionou só até 18 horas, porque não havia luz. Assim, se vive na Asa Norte. (Publicado em 19/01/1962)

Que venham os touros

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Foto: DF Legal/Divulgação

 

Ao mesmo tempo em que o Governo do Distrito Federal anuncia, de forma até tímida, a lista contendo as novas medidas de flexibilização das medidas restritivas, a capital assume a liderança como a de maior taxa de mortes por Covid-19 do país. Trata-se de uma posição que, até o momento, não foi oficialmente assumida pelas autoridades de saúde do governo local, mas que caminha para essa possibilidade.

A questão com essa triste estatística é que o Distrito Federal, ao contrário do que acontece em muitos estados brasileiros, é a unidade da federação que, historicamente, mais recebe pacientes encaminhados por outras regiões do entorno e até de outros estados, o que altera, sensivelmente, esses dados. Para a Secretaria de Saúde, o cálculo de mortalidade leva em conta, tradicionalmente, apenas o número de residentes locais, dividido pela população total da região em análise, o que reduziria o número de óbitos de forma visível.

Para as autoridades, o que está havendo é uma discrepância entre o número absoluto de óbitos locais contra óbitos de residentes. Citar números e outras estatísticas e porcentuais, numa época em que esses valores sofrem variações diárias significativas, nada acrescentaria ao fato de que a maior taxa de óbitos por Covid-19, na capital, já resultou num número de mortes que ainda oscila para cima e já ceifou a vida de mais de 3.100 brasileiros com residência em nosso pequeno quadrilátero.

Tão grave quanto esses números funestos, e jamais observados em tempo algum, é o fato de que, mesmo sob a sombra e as ameaças constantes da morte, a maioria dos brasilienses são obrigados, pelas circunstâncias adversas, a enfrentar todos esses riscos onipresentes para não morrerem com a pior de todas as pragas que é a fome. Se, até pouco tempo, os riscos para os que saíam para trabalhar eram a violência diária dos assaltos e do trânsito, hoje, somados a essas realidades de cidade grande, todos têm que enfrentar os riscos dessa virose pandêmica.

De fato, para os que aqui permanecem com saúde e disposição, há ainda outros desafios que necessitam ser enfrentados no dia a dia, como a permanência dos empregos e da renda. Não fossem esses cidadãos que enfrentam de frente essas batalhas cotidianas, muitos produtos, nas prateleiras dos supermercados, simplesmente, teriam desaparecido de vista. Tão preocupante quanto essa doença, que vamos conhecendo melhor com o tempo, e cuja a vacina definitiva já desponta no horizonte, preocupa-nos a situação da economia, não só do país e do mundo, mas da própria capital. Como não poderia ser diferente, dados recentes, levantados pelo Boletim de Conjuntura Econômica do DF, apontam que na capital do país, embora registre índices negativos menores que outras regiões, a Covid-19 tem feito estragos também na economia local, principalmente no segundo trimestre deste ano.

O fechamento de comércios de variados ramos de atividade segue em alta, assim como o número de falências. A economia encolheu 4,2% no segundo trimestre. O chamado Índice de Desempenho Econômico (Idecon) também recuou esse ano, atingindo o menor patamar desde 2015.

Um giro pela cidade mostra bem o grande número de estabelecimentos fechados, de salas e lojas vazias, com anúncios nas vidraças para aluguel ou venda, assim como uma grande quantidade de atividades que sumiram de vista. Mesmo assim, alguns economistas dizem que o DF, diante do que vem acontecendo no resto do Brasil, é a unidade da federação que menos tem sofrido com a pandemia. Os números anunciam o que pode ser um dos maiores efeitos negativos dessa pandemia, com a retração histórica do Produto Interno Bruto, que deve ser o menor desde o início do século passado.

Na verdade, não fosse a renda do funcionalismo público, a queda na renda e na economia da capital teria acompanhado o que acontece em outras regiões. Há ainda muita repercussão dessa pandemia que virá pela frente e que nem conhecemos ainda. Mas que venham os touros.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“É estranho, -mas verdade; pois a verdade é sempre estranha;/Mais estranho que a ficção: se pudesse ser contado,/quanto os romances ganhariam com a troca!/Quão diferente o mundo veria os homens! ”

George Gordon Byron, poeta inglês, em Don Juan

Imagem: Byron, 1813, por Phillips

 

Wally

Praias lotadas, piscinão de Brasília lotado, festas nos fins de semana cheias de gente até a madrugada. Mas o perigo está só onde o presidente Bolsonaro estiver. Muito estranho…

Foto: Sérgio Lima/Poder360 – 15.mar.2020

 

Eleitores

Senador Randolfe Rodrigues apoiou a ideia do senador Reguffe, que elaborou a PEC 8/2016. Essa Proposta de Emenda à Constituição sugere que as pautas do Senado e da Câmara sejam trancadas quando algum projeto de iniciativa popular não for analisado em até 45 dias. Em março de 2010, a PEC foi retirada da pauta e, até hoje, aguarda inclusão na Ordem do Dia.

Senador Randolfe Rodrigues. Foto: Rodrigo Viana/Senado Federal

 

Passeio

Veja, a seguir, que beleza a capela São Francisco de Assis, no Gama. Já abriram as inscrições para casamentos em 2021. Esse é um dos lugares prediletos dos motociclistas para assistirem a missa. Volta e meia, acontece a procissão sob duas rodas até lá.

Foto: comunidade.casamentos.com

 

Escassez

Em média, nove litros de leite materno são distribuídos para alguns hospitais do DF. Na pandemia, esse número diminuiu preocupando principalmente Ana Cláudia Barros, chefe do Núcleo de Banco de Leite Humano do Hmib, onde a demanda é maior.

Foto: saude.df.gov

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Um dia não está, outro dia está no Rio, outro dia está ocupado, e assim por diante. Nem pró, nem contra, falou o Ministro mais elegante. (Publicado em 17/01/1962)

Retrato de um mundo pós-pandemia

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Foto: filadendron via Getty Images

 

Na visão daqueles que têm como função refletir sobre a existência humana sobre o planeta, tanto os filósofos pessimistas, quanto os mais realistas acreditam que o denominador comum do mundo pós-pandemia será o caos. Se formos nos ater à teoria que indica que o caos seria um fenômeno que precede a ordem e é necessário para eternizar o ciclo da própria vida, estamos no limiar de novos e incertos tempos, o que seria uma marca registrada do próprio século XXI, que teve início, de fato, com a derrubada das Torres Gêmeas, em Nova Iorque, em 11 de setembro de 2001.

De lá para cá, o mundo vem num processo de transformação acelerado, que parece ter seu apogeu agora, com a paralisação global imposta por uma pandemia jamais vista e cujas consequências ainda não sabemos quais serão. Para alguns cientistas, mais ligados às áreas de epidemiologia e infectologia, o fenômeno da virose, que ainda se alastra em várias partes do mundo, pode durar vários anos, modificando, em vários aspectos, a vida em sociedade tal como conhecíamos até então.

Como na letra da música que diz, “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia…”, possivelmente estamos assistindo o parto dolorido de um novo mundo, mas, para isso, será preciso que o velho ceda lugar ao que vem pela frente. Para os historiadores, não há surpresas nesse fenômeno, o mundo existe entre uma sístole e uma diástole e isso não pode ser alterado, faz parte da roda gigantesca que move todos. Para alguns gurus da economia, estamos no preâmbulo final do que seria o capitalismo tradicional, com a instalação de uma nova ordem, talvez mais centrada em aspectos como a igualdade, o compartilhamento, a reciclagem, o reaproveitamento, a redução do consumo e outras formas de produção que, ao menos, minore o processo de esgotamento dos recursos naturais.

Nesse ponto, estamos sendo como que empurrados, ladeira abaixo, a mudar de comportamento, pelo próprio planeta Terra, por conta de um processo de rápidas mudanças climáticas, provocadas pela ação deletéria e egoísta da humanidade. Nesse processo de mudanças gerais, até mesmo as grandes cidades sentirão os efeitos de uma nova época, sendo esvaziadas, com a possibilidade de um retorno das pessoas aos campos e à uma vida mais comunitária. Não se trata aqui de previsões feitas numa bola de cristal, anunciando um novo e regenerado mundo.

O que parece vir pela frente não deixa alternativas. Para alguns cientistas políticos, nessas mudanças, até mesmo o grande Leviatã, representado pelo Estado onipresente e opressor, perderá muito de seu antigo prestígio, assim como boa parte da classe política e dirigente atual, que, aliás, já vinha tendo muito de seu prestígio posto por terra, em muitas partes do mundo ocidental. A descrença no Estado, na classe política, no capitalismo talvez sejam as mudanças que mais se farão sentir doravante, com reflexos ainda incertos para todos.

Vivemos o que filósofos, como o italiano Franco Berardi, chamam de “epidemia de solidão”. É na solidão que o homem é capaz de refletir plenamente sobre si. Para Bernardi, o vírus produziu, no corpo estressado da humanidade, uma espécie de fixação psicótica, que foi capaz de deter o funcionamento abstrato da economia. Para esse filósofo e professor da Academia de Brera, em Milão, autor de livros como “Futurabilidade”, “Fenomenologia do Fim”, “Fábrica da Infelicidade” e outros, o isolamento social, forçado pela pandemia do Covid-19, levou, como há milhares de anos vem acontecendo, a humanidade, na figura dos filósofos, a compreender, conceber e organizar o pensamento coletivo.

Essa é, para os que pensam o mundo, uma grande possibilidade de transformar tais fenômenos em conceitos que irão iluminar novos caminhos. Na sua avaliação, é preciso, antes de tudo, acreditar que existe uma saída ética, política e científica da atual crise, que poderá ser gerada pela própria imaginação filosófica. Ou é isso ou será a barbárie e a extinção, como muitos pregam por aí. Talvez o imprevisto subverta os planos do inevitável.

Para ele, a missão da filosofia é imaginar o imprevisível, produzi-lo, provocá-lo e organizá-lo. Mas é no campo econômico onde o filósofo enxerga as mudanças mais profundas, com um possível colapso do que chama de “nós estruturais”, com consequências sérias para a demanda, para o consumo, e com um período de deflação pela frente de longo prazo, o que , por sua vez, provocará uma crise também na produção, com reflexos diretos no desemprego.

Segundo acredita, mais do que uma simples depressão, poderá haver o fim do modelo capitalista, com a implosão de uma série de conceitos e estruturas que mantêm as sociedades unidas. Isso não quer dizer que haverá, ainda, por um certo período, um grande fortalecimento das empresas digitais, o que poderá estimular um certo controle tecno-totalitário por partes de alguns governos.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida”

Sêneca, filósofo estoico e um dos mais célebres advogados, escritores e intelectuais do Império Romano. (Wikipedia)

Sêneca. Imagem: reprodução da internet

 

Boa notícia

Guardem esses nomes com carinho: Luiza Kimura Cardoso de Oliveira, Julia Oliveira Coelho, Eduardo Augusto Ramalho Duarte, Mariana Carvalho Delamagna, Luíza Gadelha, Tales Maier Flores. Mal entraram na universidade, arregaçaram as mangas para ajudar a garotada que não teve a mesma oportunidade de um bom ensino. No Colégio João Paulo II, material de estudo está sendo distribuído gratuitamente. Veja, a seguir, alguns vídeos publicados sobre essa iniciativa digna de ser imitada pelos nossos governantes.

Link no Instagram: #diadovoluntariado

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Se há um Setor em Brasília que não merece ser multado é aquele. São industriais que acreditam em Brasília, construíram, montaram, em muitos casos, maquinaria custosíssima, e hoje não tem a mínima assistência dos poderes públicos, a não ser na hora do imposto ou da multa. (Publicado em 14/01/1962)

A saúde na era a.c e d.c

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Charge do Jarbas

 

 

Em qualquer país, mesmo naqueles que professam a mais radical interpretação do liberalismo econômico, a atuação descarada das operadoras dos planos de saúde jamais ocorreria da forma como se encontra hoje no Brasil. A transformação da saúde humana em mera mercadoria pelos planos de saúde só é páreo, no quesito desumanidade, para os hospitais públicos nos quais brasileiros, antes da pandemia, eram amontoados em corredores infectos à espera de um mínimo de atendimento.
Na dúvida entre pagar o que exigem ou a morte, muitos brasileiros, sobretudo os idosos, são obrigados a se render aos abusos nas mensalidades, principalmente quando inscritos nos planos individuais. Se a situação é ruim para quem possui plano individual, para as empresas, obrigadas por lei a disponibilizar planos de saúde para seus funcionários, a coisa não é melhor. O custo crescente dos planos empresariais com saúde chega a consumir mais de 11% da folha de pagamento das firmas, lembrando ainda que, hoje, os planos empresariais são 66% do mercado. Os abusos no aumento das mensalidades têm feito com que mais de 2,5 milhões de pessoas abandonem os planos de saúde.
Mesmo com um orçamento que ultrapassa os R$ 130 bilhões, a saúde pública sempre deixou a desejar. O problema é que, quando a doença ameaça a existência de um indivíduo, dinheiro é última coisa a se pensar. Nessa encruzilhada entre o público e o privado, o cidadão depara-se, ainda, com desvios de toda ordem, como noticiado nesta semana. Quer na forma de malversação dos recursos públicos, por meio de corrupção, quer nos sobrepreços, nas outras ilegalidades e nas manipulações feitas pelos planos privados, encarecendo toda hora a prestação desses serviços.
Nesse comportamento esquizofrênico que obriga a Agência Nacional de Saúde Suplementar a caminhar no limbo entre o que querem as operadoras e o que determina a legislação, o Código de Defesa do Consumidor e as milhares de ações na Justiça, resta aos brasileiros a certeza de que reajustes solicitados adentrem para a esfera da investigação policial. Resta esclarecer que mecanismos a ANS vem se utilizando para permitir aumentos dos planos de saúde, bem acima dos índices de inflação, fugindo de sua obrigação básica, que é a proteção dos consumidores.
Constantemente, os usuários dos planos de saúde têm sido surpreendidos por reajustes acima dos índices de inflação. Em 2016, a inflação medida pelo IPCA foi de 6,28%. Entretanto, a ANS autorizou um aumento de 13,57%. E em 2017, para uma inflação de 2,9% pelo IPCA, a ANS autorizou reajuste de 13,55%.
A distância entre um índice e outro chamou, anos atrás, a atenção da Justiça. Para o juiz José Henrique Prescendo, da 22ª Vara Cível Federal de São Paulo, a ANS, órgão responsável por fiscalizar operadoras de saúde, não pode autorizar reajustes excessivos que inviabilizem o custeio de planos individuais e familiares, cujas despesas são assumidas integralmente pelos conveniados.
À época, o magistrado determinou, em caráter liminar, válida para todo o país, que a ANS aplique a inflação setorial da saúde (5,72% como teto para a correção dos planos de saúde individuais e familiares). No entendimento do juiz, de 2015 a 2017, o reajuste médio anual superou os 13%, embora a inflação, no mesmo período, tenha caído de 8,17% para 4,08%. Segundo o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), que propôs a ação civil pública, existem, hoje, 9,1 milhões de pessoas incluídas nos planos individuais, para um universo de 47,4 milhões de pessoas com assistência médica privada no Brasil, ou 19,1% do total.
Também o Tribunal de Contas da União entrou nessa briga, ao considerar que os reajustes nas mensalidades dos convênios médicos são elaborados com dados feitos pelas próprias operadoras, sem que a ANS sequer avalie, na ponta do lápis, as informações. A agência, contudo, destaca que, nos seus anos de existência, alguns progressos foram dignos de nota, como o fato de que, antes de sua criação, o mercado de planos de saúde não tinha regulação específica, o que foi feito para impor diretrizes ao setor. “A regulação setorial passou por vários ciclos, ora com ênfase na regulação assistencial e de acesso, ora com foco na regulação econômica, mas sempre buscando o equilíbrio e a sustentabilidade, visando garantir que o consumidor seja atendido com cada vez mais qualidade” , diz a ANS em nota publicada em 2018.
Na realidade, o que se tem de concreto, tanto do lado da saúde pública, quanto dos planos privados é que são alvos de milhares de processos na Justiça. Internações, consultas, coberturas, exames e uma infinidade de procedimentos médicos e de atendimento só são cumpridos mediante ações judiciais, liminares e habeas corpus, provando que nossos serviços de saúde, mesmo no que pese ao envelhecimento da população, ainda está muito distante do ideal e do que estabelece, de forma tímida, a própria Constituição.
Com a pandemia, o país não vê mais notícias de pessoas abandonadas em filas de hospitais ou morrendo por falta de atendimento. Resta saber que atendimento os pacientes brasileiros vão encontrar na era d.c., depois da Covid-19.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O bem estar do povo é a suprema lei.”

Marco Túlio Cícero, advogado, político, escritor, orador e filósofo romano, 43 anos a.C

Marco Túlio Cícero. Foto: pensador.com

 

Eventos

A seguir, linda foto no gramado do Congresso Nacional, onde centenas de aparelhos de iluminação chamavam a atenção para o desespero dos empresários e trabalhadores de eventos em Brasília.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A Prefeitura está multando o pessoal do Setor de Indústria e Abastecimento pela existência de letreiros, e pela falta de habite-se. Não pensa, entretanto, em indenizar os prejuízos que tem causado, sem dar luz, água, esgoto e telefone. (Publicado em 14/01/1962)

Hieróglifos e Logogramas

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No século III a.C., o matemático, físico e astrônomo grego, Arquimedes, chegou à conclusão de que bastaria um ponto de apoio e uma alavanca para mover todo o mundo de lugar. Explicava o poder que um objeto como uma alavanca, colocada em um ponto específico, possui para multiplicar a força humana. O famoso estudioso afirmava que era, pela ferramenta da ciência, possível entender o mundo como ele é e, portanto, adaptá-lo às nossas necessidades.

Talvez aí, nesse ponto de apoio, capaz de “mover o mundo”, que esteja a razão que sempre fez com que os poderosos, ao longo dos milênios, temessem tanto as ciências e os homens a ela devotados. Livres pensadores, capazes de colocar uma interrogação sobre os destinos da sociedade, nunca foram bem-vindos. Pelo contrário, foram sempre perseguidos, presos, banidos, queimados. No entanto, por mais que sejam apedrejados e renegados, a humanidade deles não pode prescindir, sob pena de tornar sua evolução natural em uma espiral descendente, longe da luz e do saber.

Não por outra razão, quando se ouve alguma autoridade falar em banir o estudo da filosofia das escolas, substituindo-a por outras disciplinas “mais práticas e produtivas”, o que, com certeza, esconde-se por detrás de uma declaração dessa natureza é uma tentativa de impedir que os indivíduos compreendam e julguem o que acontece à sua volta.

Num mundo onde os sábios estão longe do poder, fechados na escuridão, qualquer um que porte uma lanterna a iluminar caminhos, será considerado um inimigo a ser calado e posto fora de cena. A filosofia, como uma espécie de “mãe de todas as ciências”, não pode, numa sociedade que se quer moderna e esclarecida, ser simplesmente banida dos currículos escolares. Seria como retirar o alicerce e a razão primeira de todas as outras infinitas ciências, arrancando-lhes a alma e a consciência.

O papel que cabe aos verdadeiros filósofos é buscar um ponto de apoio para, com a alavanca da curiosidade pela verdade, explicar e mover o mundo em toda a sua complexidade. Somente a partir do entendimento do que está à frente é que se pode dar o passo seguinte. A defesa da Filosofia e dos filósofos, como avatares da humanidade, vem a propósito do momento atual, em que grande parte da humanidade se viu, de surpresa, paralisada e suspensa no ar, à espera de um segundo passo, sem saber para onde e como ir adiante depois de uma pandemia.

É em momentos especiais como esse que necessitamos dos filósofos e dos homens do saber, tão necessários como a água. É em momentos assim, quando o caos parece ter assumido o controle da situação, dominando a cena, que precisamos buscar quem realmente compreende a situação e principalmente o que se seguirá após a primeira fase de superação do vírus.

Somente quando a maré da crise planetária recuar é que poderemos ver os estragos deixados para trás, nos empregos, na economia, na política, e na vida em sociedade. O que se tem no momento é o congelamento da humanidade por longos seis meses e sem perspectivas à frente de um retorno ao que era. Justamente, esse é um dos pontos levantados por uma série de pensadores: haverá um retorno ao que era antes? Ou toda essa experiência traumática apenas serviu para fechar, para sempre, antigos caminhos?

Tirada abruptamente de cena, a humanidade, estressada pela possibilidade iminente de morte, já pode vislumbrar que não está no poder do Estado ou do dinheiro ou do capitalismo a solução para crise atual. Estamos, na visão de alguns pensadores com suas alavancas do saber, diante de um vírus semiótico, ou seja, de algo invisível que não entendemos, mas que precisa ser decifrado, como uma Pedra de Roseta, para nossa própria continuidade.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Penso, logo existo.”

René Descartes, filósofo, físico e matemático francês.

Imagem: Frans Hals – Portret van René Descartes

 

Ar livre

Passeio pelo parque Olhos d’Água é sempre uma experiência agradável. Falta só uma ordem para limpeza no local.

 

Luz aos invisíveis

Milhares de trabalhadores anônimos responsáveis pelo sucesso de eventos turísticos, culturais e empresariais elaboraram um manifesto para garantir investimentos na Lei Cultura Viva, cumprimento da Lei Aldir Blanc e sugerir um estudo do IPEA das novas profissões da cadeia produtiva da economia criativa, que precisam entrar no rol do Código Brasileiro de Ocupações. Além do reconhecimento, a classe reivindica a revisão no prazo para pagamento de impostos, auxílio emergencial e linha de crédito em bancos públicos e privados. O documento na íntegra está logo abaixo.

 

Hemocentro

Estoque de sangue baixo no Hemocentro. A informação está circulando pelo WhatsApp, convidando voluntários. Para acelerar o atendimento disque 160, opção 2, opção 2 novamente e depois opção 1. Ouça até o final da gravação e agende a doação. Veja a seguir.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Muito embora tenha sido no Rio, estou sabendo de uma briga séria (de murros) que se verificou no DASP. Os detalhes são sem confirmação, mas publicaremos, proximamente, detalhes sobre o assunto. (Publicado em 14/01/1962)