Com os pés no chão

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Ilustração do cartunista iraniano Alireza Pakdel

 

Depois de mais de um ano em isolamento social, aquela parcela da população que acompanha de perto o desenrolar da cena nacional e internacional já pode perceber que não há data possível, a ser estabelecida, para o fim da pandemia e a volta a uma normalidade como havia no passado. Muitos, inclusive, já adiantam que não haverá uma volta ao mundo que conhecíamos até há pouco tempo. O prolongamento sucessivo das datas que marcariam esse possível retorno já dá uma ideia de que ninguém sabe ao certo quando será esse dia.

Mas nem tudo está perdido para aqueles que perderam as chances da vida, os empregos, os amigos e familiares e a vida ao ar livre. O isolamento tem forçado parte da população a se ensimesmar, ou seja, ficar absorvida pelos próprios pensamentos, refletindo sobre tudo que se passa ao seu redor, incluindo, nessa crítica mental, o desempenho do governo e, por extensão, o desempenho de todos os Poderes da República, neste momento especial. Principalmente no que cada um deles tem feito, efetivamente, para garantir, ao menos, a sobrevivência da população. E é aí que o pessimismo e as ideias de desespero tomam conta dos pensamentos.

A julgar pelas providências tomadas pelo conjunto do Estado para contornar os efeitos negativos da pandemia, estamos mal na fita e, não por acaso, ocupamos a segunda posição mundial no número de mortos. Ao contrário dos países desenvolvidos, que adotaram, desde cedo, uma série de providências prévias para conter a propagação do vírus, ficamos envoltos em discussões políticas sem importância direta para a população.

Nesse meio tempo, erguemos e desmontamos dezenas de hospitais de campanha caríssimos, enquanto denúncias de desvios dos preciosos recursos para a saúde eram feitas quase diariamente. Mesmo com o aumento no número de óbitos, o governo achou por bem não ir, de imediato, ao mercado internacional em busca da compra de vacinas suficientes para a imunização da população. Como resultado desse desleixo proposital, faltaram e ainda faltam muitas vacinas em toda a parte e não se sabe ainda quando chegarão. Tampouco houve preocupação na ampliação e instalação de unidades nacionais para a produção local dessas vacinas, numa total contraposição do passado, quando o Brasil foi referência para o mundo na questão de programas de vacinação em larga escala e em tempo recorde.

O que se viu foram perseguições a cientistas, diminuição dos orçamentos para pesquisa e o desmonte de dezenas de projetos científicos. Não surpreende que os principais jornais do país deem, como manchete principal, que o Brasil atravessa agora a pior fase da pandemia desde que ela foi detectada entre nós, há um ano. Hoje, registramos uma média diária de mais de mil mortes por Covid-19. Por todo o Brasil, assiste-se o congestionamento das Unidades de Terapia Intensiva dos hospitais públicos e privados. Por conta desse desleixo e do número de infectados, os brasileiros tornaram-se persona non grata em todo o mundo, proibidos de entrar em inúmeros países.

Acompanhar toda essa cena trágica de perto, como fazem os cidadãos antenados e responsáveis, por certo, não melhora o humor e o otimismo, mas, pelo menos, faz, da realidade atual, motivo e propósito para terem os pés bem assentados no chão, deixando de lado as fantasias e as enganações que, nesse tempo de agruras, pululam por toda a parte.

 

A frase que foi pronunciada:

A verdade não desaparece quando é eliminada a opinião dos que divergem. A verdade não mereceria esse nome se morresse quando censurada.”

Ulysses Guimarães

Foto: agenciabrasil.ebc.com.br

Eleições

Uma ponderação não passou em branco. Francisco Valdeci Cavalcante, da CNC, não apoia nenhum candidato, apenas fiscaliza as eleições de uma das mais importantes instituições do país: a Fecomércio.

Foto: Reprodução/ Youtube Fecomércio-CE

Golpe comum

Refinanciamento de dívidas é o golpe mais aplicado em funcionários públicos. Brasília é a cidade preferida dos falsários. Propostas por telefone nunca são confiáveis. Há empresas trabalhando efetivamente, que recebem os clientes no escritório, o que também não impede o golpe.

 

Charge do Thyagão

Dificuldades

De um lado, a recomendação do CNJ de que juízes evitem despejos de imóveis na pandemia, de outro, as imobiliárias que não têm facilitado muito para os inquilinos.

 

Leitura

Leia, a seguir, a íntegra do artigo: Cuba não é mais aquela… do professor Aylê-Salassié F. Quintão.

Foto: camara.leg

> Cuba não é mais aquela…

Aylê-Salassié F. Quintão*

 

O fim da austeridade orçamentária na execução da “economia planificada” e uma “mudança de mentalidade”, a partir mesmo das gerações formadas no castrismo, é o que alguns cientistas políticos estão projetando para Cuba nesses próximos anos. O país entra 2021 com a moeda unificada – o peso cubano – com paridade no dólar (24 cups para 1 dólar) e até no real (4,36 cups para 1 Real), redução do subsídios, autonomia para as empresas estatais e permissão para a abertura de negócios privados, envolvendo 2.000 diferentes atividades. Abre perspectivas novas 600 mil trabalhadores autônomos, ou 13% da força de trabalho disponível. Os cupons de alimentação só beneficiarão aos extremamente pobres e idosos, em compensação prevê-se um aumento superior a 400 por cento nos salários. A inflação esperada é tabu.

As novas medidas estão contidas em um plano de reformas do engenheiro Presidente Miguel Díaz-Canel, um professor universitário nascido depois da queda do antigo regime, e que substituiu Raul Castro. Foram, aparentemente antecipadas, diante da deterioração econômica e dos ideais ideológicos radicalizados no castrismo. É também um sinal de boa vontade com Joe Biden, o novo presidente dos Estados Unidos, que pretende retomar as relações de Obama com o governo cubano, que Trump desqualificou.

Parece uma tentativa de sobreviver à queda sistemática do PIB (em torno de US$ 100 bilhões) que, em 2020, registrou menos 11 por cento. Sem garantias para as exportações de açúcar, o fornecimento regular e barato do petróleo da Venezuela , também em crise, nem poder contar, como certas, as remessas de dólares (US$ 3,5 bilhões), pelos emigrados para suas famílias em Cuba, e ainda com dificuldade de obter financiamentos internacionais, entre os quais o BNDES, do Brasil, a economia encontra-se em declínio.

Nostalgia…

Quantos intelectuais, ditos revolucionários no Brasil, agregaram ao seu currículo, como virtude, a atividade de cortar cana em Cuba! Ninguém era dispensado do trabalho. Iam para lá fugidos da ditadura no Brasil ou para receber instruções e treinamento de guerrilha, voltadas para a implantação do socialismo na América Latina.

Lá estavam professores eméritos como os irmãos Fidel e Raul Castro, Guevara, Cienfuegos e outros remanescentes da revolução de 1959. Ao chegar ao Poder, os revolucionários extinguiram a propriedade privada, assumiram o controle da produção ( e da política), criaram uma moeda própria (CUB), transformaram 85 % dos os trabalhadores em servidores do Estado e acabaram com os grandes cassinos, todos expropriados.

A Ilha, paraíso da jogatina internacional, foi interditada ao turismo. Tornou-se difícil entrar e sair de Cuba, em que pese 1,7 milhões de cubanos viverem hoje em 72 países. A maioria fugidos ou filhos de foragidos. Sob a égide do “politicamente correto”, a educação e a saúde democratizaram-se, os direitos e deveres tornaram-se mais equânimes, o IDH subiu, mas a economia se desarranjou.

O sucesso do levante de Sierra Maestra, já aos sessenta anos, deixou, contudo, profundas sequelas internamente, com os julgamentos sumários, até de companheiros de luta, e expropriações, do capital nacional e internacional (sobretudo norte-americanos). Externamente, assustou a opção pelo socialismo – contrário ao capitalismo norte-americano que reinava a 100 milhas, na Flórida. Os revolucionários fundaram uma república socialista e centralizaram o Poder. Dizendo-se democrático, Fidel Castro governou a Ilha por quase 50 anos, em estilo stalinista – incorporando a política de Estado e cultuando a própria imagem. 

Sob ameaças constantes dos EUA que, além das tentativas fracassadas de invadir Cuba, conseguiu entre países capitalistas aliados o embargo econômico contra Cuba. Em plena “guerra fria”, Cuba foi socorrida pela União Soviética que absorvia toda a produção de açúcar – principal produto de exportação – além do tabaco e do rum – pagando preços acima do mercado. Cuba recebia, em troca, produtos básicos para subsistência da população. A crise de energia foi resolvida com o golpe de Hugo Chavez, na Venezuela (2002), que teve todo apoio de Fidel. Chavez fixou quotas compulsórias de óleo e gasolina para Cuba, a preços abaixo do mercado. Com a economia desarranjando-se, Cuba conseguiu, com dificuldade, empréstimos de organismos internacionais e em países amigos, mesmo não cumprindo rigorosamente os prazos de amortização.

Não apenas por convicção, mas também por necessidade, Cuba associou-se as tendências revolucionárias na América Latina e exportou revoluções e revolucionários dentro do continente e para a África. Criou uma rede de 30 escolas de medicina voltadas para a “saúde primária e coletiva” e passou a exportar esse tipo de serviço para países pobres: os “médicos cubanos”.

Junto com Lula, do Brasil, Fidel conseguiu criar o foro de São Paulo, instituição que se propunha apoiar frentes políticas populares na América Latina e, por meio dele, amparar candidatos especificos no continente, por meio de eleições democráticas ou a tomada do Poder pela força. Conseguiram a eleição de alguns: Correia, no Equador; os Kichner; na Argentina; Lugo, no Paraguai; Lula e Dilma, no Brasil; Mujica, no Uruguai; Evo Morales, na Bolívia; Toledo e Humalla, no Peru; Bachelet, no Chile, e Daniel Ortega, na Nicarágua.

O desmoronamento da União Soviética (1989) e dos países socialistas do Leste Europeu tiveram um impacto altamente negativo em Cuba. Viria depois a morte de Fidel, de Chavez e de Kirchner. Toledo, Humalla e Lula foram presos. Em eleições diretas, os remanescentes do Foro caíram um a um. Cuba já não era a mesma. Jovens viraram as costas na passagem do enterro de Fidel. Os poucos governos socialistas que restaram não sustentaram os compromissos com Cuba. A crise econômica vinha gerando promessas de reformas, prometida, mas empacadas. Iam da desvalorização do peso e reorganização do sistema monetário a alguma desregulamentação de negócios estatais e dos investimentos estrangeiros. Prometeu- -se um aumento geral de salários ( o mínimo é de 400 pesos) para a retomada de um mercado consumidor.

As iniciativas de Díaz-Canel podem significar procedimentos novos na configuração da “economia planificada – não em direção especificamente ao capitalismo. A maioria dos cubanos parecem não acreditar, pois a implementação vai exigir “mudanças de mentalidade”, segundo o próprio Díaz-Canel. Será esta, provavelmente, o maior desafio que os cubanos terão pela frente.

*Jornalista e professor

 

Petrobras

Como as mídias sociais são um meio de colocações infinitas, uma delas chama a atenção sobre a Petrobras. Leia a seguir. Uma pena que não esteja assinada!

Foto: André Motta de Souza/Agência Petrobras

> A VERDADEIRA HISTÓRIA DA PETROBRAS!!!
AJUDEM A ESPALHAR ESSE TEXTO PARA CONSCIENTIZAR A POPULAÇÃO!!!

A PETROBRAS tem como maior acionista a União, com 64,21% de suas ações. Os minoritários detêm 35,79% da ações, destes 2/3 são estrangeiros, que detêm portanto menos de 24% do capital, MAS SÃO ELES QUE MANDAM NA PETROBRAS.

O atual presidente e todo Conselho de Administração são representantes do “mercado” de Nova York e não do interesse nacional representado pela União, maior acionista.

É uma anomalia única! Das 20 maiores petroleiras do mundo, 13 são estatais e com exceção da Petrobras, NENHUMA é controlada por acionistas minoritários, muito menos estrangeiros.

Nenhuma está voltada para o que pensa o “mercado de ações”, a PETROBRAS NUNCA PRECISOU DO CAPITAL DO MERCADO, sempre se auto financiou. O “mercado” em nada ajudou a construção da Petrobras, nunca deram um dólar para a expansão da companhia.

Eles compraram ações velhas, nunca foram parceiros do futuro da empresa, entraram sem necessidade, apenas para fazer bonito em Nova York – dois idiotas do Brasil batendo o martelo e posando para fotos, isso causou MEGA PREJUÍZOS à empresa colocada sob jurisdição americana.

As estatais de petróleo que hoje são as maiores do mundo, passando longe as Exxon, Chevron, Shell, Ocidental, BP, TODAS têm como estratégia o INTERESSE NACIONAL, e não de acionistas estrangeiros.

Quem cometeu a insensatez de abrir o capital da Petrobras na Bolsa de Nova York foi o Governo FHC, foi seu maior erro, uma traição aos interesses do povo brasileiro.

Colocou na presidência da Petrobras um banqueiro de investimentos, presidente do Brasil do Banco americano Morgan Stanley, Francisco Gros, que não entendia nada de petróleo, como também não entende o atual presidente, Roberto Castello Branco, igualmente banqueiro de investimentos.

Tanto Gros como Castello Branco têm um só objetivo: vender a Petrobrás e o comprador óbvio, natural, será o capital estrangeiro, para alegria deles, entreguistas natos, brasileiros por acidente.

Por que existe a PETROBRAS? Foi criada em 1953 para garantir autossuficiência em combustíveis ao Brasil, não foi criada COMO NEGÓCIO DE BOLSA.

O objetivo da Petrobras não é e nunca foi dar alegria a acionistas estrangeiros, é atender ao suprimento de combustíveis ao País a preços razoáveis e não condicionados à especulação do mercado “spot” de petróleo, cotado em Londres e Rotterdam. Isso é para o País que NÃO tem petróleo em casa.

Se o Brasil produz 2,8 milhões de barris por dia, suficientes para 85% de seu consumo, POR QUE O PREÇO AQUI TEM QUE SE BASEAR NO MERCADO INTERNACIONAL?

Há uma razão. Porque essa é uma exigência dos acionistas minoritários estrangeiros. Mas por que o Governo do Brasil tem que ser escravo desses acionistas?

Porque esse é a visão dos administradores “de mercado” que estão no comando da Petrobrás desde Pedro Parente, um executivo-desastre, péssimo, herói fake, desses que o mercado inventa, como inventaram o CEO da Vale que encheu um cemitério.

Pedro Parente, com sua política de preços PARA ATENDER OS ACIONISTAS DE NOVA YORK, foi causa de uma greve de caminhoneiros que causou uma perda de 1,1% do PIB de 2018.

Só um completo idiota poderia aumentar o preço do diesel QUINZE VEZES em um mês, achando que isso não causaria reação dos caminhoneiros, uma cegueira inadmissível em um executivo que precisa estar antenado com seus clientes antes de mais nada.

Que se danem os acionistas minoritários, quando eles compraram ações SABIAM QUE A PETROBRAS ERA UMA ESTATAL e com o objetivo de atender à população brasileira. NINGUÉM OS ENGANOU, compraram as ações no risco de a PETROBRAS ser uma estatal com objetivos nacionais.

A Petrobras NÃO É UMA EMPRESA DE MERCADO, é uma empresa ESTRATÉGICA DE INTERESSE NACIONAL.

Operadores de mercado ligados à Bolsa de Nova York estão loucos para vender a Petrobras a qualquer preço. Aliás, já venderam os melhores pedaços, sem nenhum controle, nem leilão, ninguém sabe com que critérios venderam, é uma festa de fim de feira, tudo sem NENHUMA TRANSPARÊNCIA.

A Petrobras desde o governo FHC, outro criminoso, não se submete à Lei das Licitações, pode vender por 10 dólares o que vale 10 milhões.


AS ESTATAIS DE PETRÓLEO

Elas são hoje dominantes no mercado mundial de petróleo, são 13 entre as 20 maiores, e estão se expandindo. A Pemex vai dobrar de tamanho em 4 anos, as quatro chinesas, lideradas pela SINOPEC estão em grande crescimento, por que a Petrobrás tem que ser privatizada, na contramão da tendência mundial?

As estatais de petróleo hoje controlam 91% das reservas, são as rainhas do mercado, todas as privadas juntas têm apenas 9% das reservas.

A Petrobras foi demonizada como estatal, apedrejada e desmoralizada para ser vendida na bacia das almas e o atual presidente esta lá com esse objetivo declarado. É um privatista fanático, para ele a Bolsa de Nova York é muito mais importante que o Brasil.

Mas NENHUMA OUTRA ESTATAL DE PETRÓLEO DO MUNDO ESTÁ A VENDA, só a Petrobras, a segunda mais antiga estatal de petróleo, depois da PEMEX, hoje em plena expansão.

Petrobras não foi fundada para ser empresa de especuladores, ela foi criada com grande esforço e se expandiu especialmente no Regime Militar de 63 como EMPRESA ESTRATÉGICA DE INTERESSE NACIONAL.

É uma traição INOMINÁVEL aos seus grandes presidentes entregar a direção da Petrobras à “turma do mercado” para fazer o que quiser com a empresa, vendê-la em pedaços, triplicar o preço do diesel, doar o Pré-Sal, é um banquete de piratas.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Se formos ver a situação dos Funcionários da Polícia, da Novacap e da Prefeitura, notaremos que há razão demais para a “Dobradinha”. (Publicado em 27/01/1962)

Política de saúde ou saúde da política

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Foto: Amanda Perobelli/Reuters

 

       Nem tudo é política ou deveria ser alvo de interesses de políticos. Muito menos de interesses políticos eleitorais. Um exemplo bem notório e claro é trazido até nós, pela pandemia do Covid-19. Desde seu surgimento, essa questão grave de saúde pública de âmbito nacional e mundial tem sido alvo de interesses políticos. Alguns legítimos, quando se trata de mobilizar adequadamente o Estado para o enfrentamento da virose, organizando as ações de governo e a população para encarar, de frente e com recursos próprios, esse inimigo da vida.

       Na maioria dos países desenvolvidos, foi o que se viu, com alguns tropeços, aqui e ali, por se tratar de uma doença desconhecida e que apanhou todos de modo súbito e sem tempo de reação. Noutras partes do globo, mais precisamente por aqui, a questão da pandemia do Covid-19, acertou, em cheio e de modo avassalador, um país que trabalha com barganhas.

        Estávamos em pleno período em que os aliados de primeira hora eram abandonados pelo caminho. O passado triste, da politicagem entranhada nas engrenagens do Estado, estava voltando, com a adesão entusiasmada do Executivo ao ancien régime. O Centrão, ao avistar as portas escancaradas do Palácio do Planalto, voltou em grande revoada e tudo restava como sempre fora. É nesse cenário que a pandemia encontraria o Brasil e os brasileiros. Estávamos diante de uma questão absolutamente nova e extraordinária e que vinha sacudindo o mundo, usando de velhos e falsos estratagemas desenhados por uma classe política que, notoriamente, nunca se interessou, de fato, para as agruras cotidianas da população.

        Ao se colocar como antípoda da metodologia e dos protocolos sanitários e científicos, o chefe do Executivo sinalizou, para seu governo e para a população mal informada, que todos deveriam seguir em sentido diametralmente oposto ao que o resto do planeta estava cautelosamente adotando. Contrariado por alguns poucos mais conscientes, preferiu ir para o enfrentamento direto, desprezando e ridicularizando quem se prevenia contra o mal. Alguma razão teve para isso, a história desvendará. Certo é que, paralelamente, corre, para daqui alguns meses, os arranjos em relação à licitação 5G com a lupa da Huawei, apontada a cada movimento atual.

        Passado mais de um ano desse isolamento descontrolado, onde trabalhadores demitidos nos Estados Unidos, por exemplo, tiveram que colocar a família para dormir no carro porque perderam a casa, ou mesmo o aumento da violência, aqui, no Brasil, o que se tem em mãos é uma montanha de mais de 230 mil brasileiros mortos e uma enxurrada de pedidos de impeachment estacionados no Congresso e outras ações junto à justiça, acusando o chefe do Executivo de crime de responsabilidade, entre outros delitos. Por outro lado, até hoje não se viu, concretamente, nenhum país ter a coragem de entrar em um tribunal internacional contra o país que mais faturou com o desastre viral. São mistérios que só o dinheiro pode explicar.

        Para piorar esse cenário, se é que isso é possível, a má política associada a ações desastradas partidas de todos os lados, vem fustigando as instituições para que adotem métodos e prazos de controle dos novos medicamentos fora dos padrões e normas.

        A quem interessa medidas provisórias, feitas às pressas, que aceleram de maneira irresponsável o uso emergencial dos imunizantes recém-chegados? Nas palavras do próprio presidente da Anvisa, Barra Torres, a situação é gravíssima, já que atropela todos os protocolos científicos, pondo em risco a própria população.

       Em outra frente, o fundador da Anvisa, o renomado cientista Gonzalo Vecina Neto, e outros notáveis pesquisadores e médicos, resolveram também dar entrada em mais um pedido de impeachment contra o presidente da República, engrossando uma fila de mais de meia centena destas ações, junto a um Legislativo que, notoriamente, já escolheu ficar ao lado do atual mandatário pelas vantagens claras que essa posição aufere a muitos desses adesistas.

         Certo dizer é que uma vacina não se produz em apenas um ano. O tempo é crucial para a eficiência e eficácia. Talvez o dinheiro esteja por trás da pressa. Ao povo do mundo e para aqueles que acompanham de perto essa tragédia, fica ao menos a lição de que o mix entre as necessidades da população e os interesses de grupos políticos, resulta sempre em perdas para os primeiros, inclusive de vidas.

A frase que foi pronunciada:

O Brasil tem 210 milhões de habitantes, um mercado consumidor de qualquer coisa enorme. Os laboratórios não tinham que estar interessados em vender para a gente? Por que eles não apresentam documentação na Anvisa?”, indagou Bolsonaro a um grupo de apoiadores no Palácio da Alvorada, em Brasília (DF). “Pessoal diz que eu tenho que ir atrás. Quem quer vender (que tem)”, concluiu.

Presidente Bolsonaro

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Um telegrama audacioso do proprietário da Padaria Royal a este colunista dá bem uma ideia do escaruco de um mau comerciante estrangeiro para com as leis nacionais. (Publicado em 26/01/1962)

De volta ao mundo

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Arte: poder360.com

 

Com a quarentena de mais de ano imposta pela pandemia, muitos brasileiros acabaram exilados em si mesmos e, portanto, desligados do mundo exterior, visto por eles apenas pelas frestas da janela ou pelas telas da tevê. Para uma boa parte, até mesmo os noticiários foram banidos ou deixados de lado, para não aumentarem ainda mais a angústia do isolamento. Para essa porção de cidadãos, o mundo que conheciam é tudo o que resta dos antigos retalhos de realidade. Para esses, o mundo parou no primeiro trimestre de 2020.
Quando, finalmente, numa data incerta, puderem voltar ao convívio dos seus semelhantes, o cenário que encontrarão no mundo exterior mais se parecerá com esses filmes oníricos do tipo Felliniano, em que os protagonistas vivem numa espécie de loucura generalizada. Terão enlouquecido apenas os que ficaram ilhados em casa, ou enlouqueceram somente aqueles que continuaram a insistir na construção de mundo distópico como uma Torre de Babel?
A Covid-19, exalada, no dia D e na hora H, para o resto do planeta, de um ponto geográfico específico, com uma missão precisa e derradeira, continua sinalizando no horizonte que as vacinas, que aí estão, ainda terão muito que evoluir para pôr termo à virose. Mais curioso ainda é observar que enquanto uns aguardam a hora do retorno a uma normalidade perdida e proibida, outros, de igual modo, se vêm cada vez mais envolvidos no emaranhado político provocado pelas ações e reações à pandemia.
Nesse ambiente insano, a movimentação dos personagens do mundo externo nada tem em comum com aqueles que ficaram no resguardo. As eleições para o parlamento e o pré-calendário eleitoral de 2022, com seus candidatos ensaiando seus bailados sobre o tabuleiro político, destoam léguas das preocupações e das necessidades daqueles que desejam apenas se manter vivos e saudáveis até lá.
O ministro Ricardo Lewandowski, aquele que nunca viu delitos nos companheiros de infortúnio, agora, segue no encalce do ministro intendente da Saúde, a quem ameaça com inquéritos. Esse, por sua vez, corre para Manaus mostrando uma preocupação repentina. Ex-presidentes são convocados para dar apoio político ao futuro candidato paulista, tudo numa encenação de marketing em que o importante não é a situação geral dos cidadãos, ou da vacina, mas a foto que essa reunião pode render em 2022.
O governo comunista da China, antes criticado, e com razões de sobra, pelo presidente, de magoado, mostra-se, agora, todo flexível diante da possibilidade de empurrar seus unguentos a preços vantajosos.
A frase que foi pronunciada
“Pobres não são os que têm pouco. São os que querem muito. Eu não vivo na pobreza, vivo na austeridade, na renúncia. Preciso de pouco para viver.”
José Mujica
Foto: oglobo.globo.com
Puxado
Pessoal reclama do BRT no momento da integração em Santa Maria. São centenas de pessoas fazendo as baldeações. O empurra-empurra é desgastante depois de um dia inteiro de trabalho.
Terminal de S. Maria. Foto de Amauri Portela, em janeiro de 2021, disponível no Google.
Terrível
Como tudo no Brasil, o momento de tomar a vacina também gerou revolta. Gente furando fila, desrespeito total. É preciso ter alguém com autoridade para impedir que situações assim aconteçam.
Imagem: Reprodução/Redes sociais
Manifesto

–> CARTA PÚBLICA PARA MARK ZUCKERBERG

Prezado Mark Zuckerberg, eu sempre apreciei a sua ousadia e a sua capacidade de criar e aproveitar oportunidades.
É inegável que o Facebook preencheu um espaço vazio entre as pessoas entediadas com os avanços da sociedade moderna. Daí o sucesso espetacular no planeta inteiro, menos na China, Cuba, Rússia e Coreia do Norte. A proibição do Facebook nesses países revela um fenômeno muito grave.
Eu tenho idade para ser seu pai. Meu filho mais novo nasceu em Brasília em 1982 e a minha filha em 1978. Se você fosse meu filho, eu ficaria encantado com a sua capacidade de fazer dinheiro, mas estaria decepcionado pelo desprezo que você demonstra pela humanidade. Mas isso pode ser um hábito comum entre os bilionários, que eu não tenho como avaliar.
Embora sendo brasileiro, eu sou de uma geração que assistiu ao nascimento dos Beatles e acompanhou a fantástica revolução causada pela banda dos jovens de Liverpool, no mundo inteiro.
Nós vivemos o maio de 1968 como se estivéssemos em Paris. Protestamos contra guerra do Vietnam como se os vietnamitas fossem nossos irmãos. No Brasil tínhamos um regime militar que os meios de comunicação impuseram a denominação de ditadura. Mas essa propagada ditadura brasileira era muito branda diante das outras ditaduras esquerdistas que foram implantadas no mundo, inclusive as contemporâneas, que a ONU faz questão de não enxergar.
No Brasil havia um governo militar que combatia a luta armada no campo e nas cidades, com guerrilheiros treinados em Cuba. Uma daquelas ações resultou no sequestro do embaixador dos Estados Unidos Charles Burke Elbrick. A sua amiga Dilma Rousseff fazia parte desses grupos armados. Aquela sua foto, no Panamá, com ela vestida no blusão do Facebook ficou muito boa.
Grande parte de minha vida, eu morava em Brasília. Nos anos 80 – quando você nasceu – durante o governo militar do Brasil, Brasília fez a sua própria revolução cultural, viu nascer e explodir o rock brasileiro com Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Capital Inicial, Plebe Rude…
Quase todas as noites nós íamos a festas em apartamentos ou casas na beira do Lago Paranoá que só terminavam nas manhãs seguintes. Festas livres com muito rock’n roll e tudo que quiséssemos.
Era tanta liberdade que a vizinhança nem reclamava. Não havia nenhum perigo de se caminhar pelas ruas, durante as madrugadas. No século XXI ficou impossível transitar, à noite, sem perigo em qualquer rua brasileira.
Eu sou apenas um cidadão que faz parte de sua rede de mais de 2 bilhões de usuários. Em nenhum momento eu fiquei incomodado por você ter se tornado um jovem bilionário vendendo os dados de cada um de nós para as empresas que desejassem direcionar os seus anúncios para públicos selecionados em suas plataformas, mas pretender controlar um homem de natureza rebelde como eu, e tantos outros espalhados pelo mundo, é mais do que a sua mente pode alcançar.
Eu sou jornalista e gosto muito de criar frases e, às vezes, poesias. A frase que mais me representa é esta: “Eu sou um homem conservador, conservo a inquietude e a rebeldia da juventude.”
O ano de seu nascimento ficou marcado pelo título do bestseller de George Orwell, mas use o seu poder e a sua fortuna para restaurar a alegria do mundo, pois, 1984 era também o período alegre e intenso que a nossa geração viveu em Brasília, como já mencionei.
O mundo do século passado era lindo, festivo. O Brasil era um país maravilhoso. Você não teve a chance de conhecer a alegria do Rio de Janeiro de Tom Jobim, de Vinícius Moraes, de João Gilberto e tantos artistas que fizeram com as suas músicas um mundo melhor. Vivemos os anos dourados.
Não aceite ajudar a implantar aquele mundo assombroso imaginado por George Orwell. A controle exercido sobre nós, com a nova Política de Privacidade do WhatsApp, faz lembrar as páginas sombrias narradas pelo escritor britânico. Eu estou fora dessa, Mark.
Talvez eu continue no Facebook até os seus vigilantes censores permitirem. Amo a liberdade. Eu imagino que você goste também.
Reginaldo Marinho
Leitura
Pesquisador cearense, Roberto Cunha Lima, discorre sobre a origem do bairro de Fátima, em Fortaleza, em seu livro Grãos de areia. O que ninguém sabe é que Tohama é o nome adotado pelo escritor. Tudo sobre esse assunto a seguir.
–> Havia um grande sítio de propriedade de Egênio Porto César do Amaral que de norte a sul ia da Rua Joaquim Magalhães até a avenida 13 de Maio e de nascente a poente ia do Riacho Agua-Nambi até a Rua Barão de Aratanha.
Com a eleição de um novo prefeito em Fortaleza em 7 de dezembro de 1947, Acrísio Moreira da Rocha, após a posse ocorrida em 06 de janeiro de 1948, Eugênio Porto propôs-lhe lotear seu sítio colocando-o à venda e em contrapartida a Prefeitura colocaria o meio fio nas quadras e calçamentava todas as ruas fazendo as obras de arte nos riachos. Assim foi planejado e feito, ganhando Fortaleza um novo espaço, crescendo assim o tamanho do bairro Redenção. Mas as vias deveriam ser batizadas, assim como as praças e aos poucos os nomes foram chegando através de Leis propostas pelos vereadores e promulgadas pelo prefeito.
Assim nasceu no bairro Redenção o BAIRRO DE FÁTIMA, que ganhou esse nome por causa da doação feita pelo casal Pergentino Ferreira de um terreno para construção de um colégio e de uma igreja que teria a invocação de Nossa Senhora de Fátima, já que na época a imagem peregrina de Fátima estava visitando Fortaleza.
Registro
No grupo Memórias de Brasília, João Vicente Costa lembra Jader Neves e nos conta o seguinte: Jader Neves foi um dos melhores fotógrafos da revista Manchete. Incumbido de vir a Brasília logo no início, para fazer fotos coloridas para a revista, deu um azar danado. Pegou nove dias ininterruptos de chuva. No décimo dia, às vésperas de ter que partir, abriu um solzinho entre as nuvens e, de helicóptero, ficou perseguindo os raios de Sol. Voltou pro Rio com 1.800 fotos, incluindo algumas que já publiquei aqui. Depois, se apaixonou e veio morar em Brasília. Veja em seu perfil oficial no Facebook.
Superquadras de Brasilia antes, em 1960 (Jader Neves) e agora (@ricardo brasiliense).
Em primeiro plano a 107 e depois 106 sul.
História de Brasília
Respondeu o governador que jamais ocupara o apartamento, e que desconhecia as pessoas que, por ventura, estivessem ocupando o mesmo. (Publicado em 24/01/1962)

Placebos políticos

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Passageira de máscara em estação do metrô de Londres em 12 de junho de 2020 – AFP

 

Por certo, a pandemia irá legar ao Brasil e ao resto mundo uma gama enorme de experiências e aprendizados, que servirão de lição e preparo para um futuro da humanidade que parece cada vez mais incerto e desafiador. Essas experiências, absorvidas no calor dos acontecimentos, terão seus reflexos para além das áreas de saúde pública e de sanitarismo, atingindo, em cheio e de supetão, diversos projetos políticos, econômicos, sociais e tecnológicos dentro e fora do país.

Obviamente que essas experiências com uma realidade tão adversa serão aproveitadas em maior e menor grau, de acordo com a capacidade de cada governo em assimilar fatos novos e deles extraírem o máximo possível de lições práticas em benefício de suas populações.

Para aquelas nações, cujos os governos se mostram mais arrivistas e dispostos a tudo pelo poder, as experiências trazidas pela pandemia de Covid-19 representarão mais do que um castigo e uma penitência. Com elas, virão embutidas a insatisfação popular, os baques econômicos e um cenário de terra arrasada, que tornarão a permanência no cargo um exercício penoso e gerador de grande instabilidade.

Nessa altura dos acontecimentos, com mais de um ano de quarentena e de paralisação parcial da atividade econômica, com quebradeiras e falências generalizadas, apenas os governos que se mostraram capazes de levar a bom termo a pandemia e suas consequências diretas, com adoção de medidas racionais e ponderadas e onde os agentes políticos passaram a encarar o problema como uma emergência nacional e, portanto, suprapartidária, as recompensas políticas não tardarão.

Para aqueles que, ao contrário, assumiram uma posição de negação dos males trazidos por essa virose ou que usaram dessa doença para extrair benefícios políticos e partidários, desprezando a adoção de medidas emergenciais de saúde, a penalização virá a galope, quer na forma de rejeição nas urnas ou até mesmo através da abreviação do mandato pelo caminho brusco do impeachment. A esses, denominados negacionistas, como é o caso notório do ex-presidente Donald Trump nos Estados Unidos, banido do Executivo, a punição ou a conta pelos desacertos poderão, num cenário futuro extremo, ir parar nas cortes de justiça internacionais, onde poderão ter que se defender de acusações de crimes gravíssimos, semelhantes a crimes de guerra ou genocídio. Não se brinca com a vida de populações inteiras impunemente. O tribunal internacional deve avaliar os países que cometeram esse erro. Todos os países, sem exceção!

Não se trata aqui de um exercício de futurismo sem lógica, mas de um prognóstico que, por certo, não contribuirá para abrandar o cenário de pandemia e suas consequências, trazendo, isso sim, mais tumulto a um país já com milhares de óbitos confirmados oficialmente e que poderia, numa outra realidade, ser exemplo para mundo, uma vez que experiências comprovadas nas áreas de vacinação em larga escala têm de sobra.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Dou-lhe minha palavra: sempre serei sincero com você. Defenderei a constituição. Defenderei nossa democracia. Defenderei a América.”

Presidente Norte Americano Joe Biden

Presidente Joe Biden. Foto: Kevin Lamarque/Reuters

 

Bem comum

Condomínios começam a registrar os cães residentes na área para manter a segurança do local. Muitas pessoas ainda não compreenderam que, pelo bem comum, é preciso colocar focinheira em cães de médio e grande porte quando forem passear. Fato já previsto pela Lei Distrital 2.2095/1998.

Foto: canaldopet.ig.com

 

20 anos

Por falar em condomínio, o Privê 1 e 2 na estrada do Paranoá, até hoje, não foi legalizado. Por decisão do TRF1, a matrícula do local permanece bloqueada. A demarcação da Terracap gera dúvidas.

Condomínio Privê I. Foto: reprodução do Google Maps.

 

Golpe

Sem limites, a maldade humana extrapola. Acreditem que golpistas fazem contato para agendar a vacinação, aproveitando para clonar o aplicativo de mensagens. O melhor é definir a senha de segurança. Veja, a seguir, a campanha do Ministério da Saúde esclarecendo sobre o assunto.

Cartaz: agenciabrasilia.df.gov

 

Cuidados

Também sobre golpes, veja uma coletânea deles a seguir. São os aplicados nos últimos tempos num documento só.

–> Principais Golpes de Estelionato Praticados na Atualidade

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

No dia 13 de dezembro publicamos uma nota dizendo que o governador Ney Braga tinha apartamento em Brasília é governava o Paraná. A informação não é procedente, mas não é mentirosa. Houve isto: Com a mudança da Capital, o então deputado Ney Braga recebeu um apartamento, o de número 505 do Bloco11 da Superquadra 107 (IAPETC).

Os números estão nas esquinas

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Foto: correiobraziliense.com

 

Com a pandemia, somente em Brasília, milhares de negócios, pequenos e médios, fecharam as portas, pediram falência ou, simplesmente, deixaram de existir. Outros tantos foram abandonados ou tiveram seus projetos adiados sine die. Com isso, dezenas de milhares de pais de família perderam suas fontes de renda. Não surpreende que o empobrecimento de parcela significativa da população tenha acontecido mais rápido do que puderam apontar as estatísticas do governo. São visíveis, em cada ponto da capital, os sinais de que houve uma severa perda de renda de muitos brasilienses. O aumento no número de pedintes e de outros cidadãos que passaram a viver de pequenos negócios nas esquinas, nos semáforos e em muitos outros pontos de passagem de pedestres não esconde o fato de que vivemos um período de série crise econômica e social.

Analistas, contrariando as cifras otimistas do governo local, que falam em 4,2% de retração na capital, apontam uma redução três vezes maior, ou de até 12%, nos índices de desempenho da economia do Distrito Federal, desde o início da pandemia. Outros falam até de um encolhimento de 26% na economia local, o que combina com os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram uma retração em todo o Brasil da ordem de -11,4%. Mais do que números a indicar os passos dados para trás no que seria um significativo decréscimo econômico, ocorrido num curtíssimo espaço de tempo, esses fatos mostram que o caminho que teremos que percorrer, apenas para chegar onde estávamos em março de 2020, quando a pandemia teve início, pode nos fornecer uma ideia do quanto teremos ainda de avançar.

Ocorre que, a cada dia em que a pandemia avança sem soluções à vista, sem vacinas suficientes e outros remédios, mais e mais, nos afastamos daquele ponto de partida. Pior do que parados no tempo, estamos andando no sentido contrário. Oficialmente, os números são outros porque são outras também as intenções políticas que se escondem por detrás dessas estatísticas coloridas. Para alguns entendidos nas ciências da aritmética e da matemática, estamos experimentando o que seria uma segunda versão do que aconteceu no período imediatamente após à reeleição da ex-presidente Dilma em 2014, quando, por questões de estratégia política eleitoral, os reais números da economia do país foram maquiados pelas famosas pedaladas fiscais, de forma a fazer parecer que tudo andava às mil maravilhas e o Brasil ia de vento em popa.

Obviamente que os tempos são outros, como também são outras as perspectivas atuais a nos colocar na antessala da UTI. O início do que pode ser o pré-calendário eleitoral para as eleições de 2022 pode nos levar a acreditar que a pobreza que vamos vendo, em toda a parte da cidade, é apenas uma miragem ou uma encenação das oposições ao governo, embaralhando-nos a visão já turva pelos efeitos colaterais da Covid-19. Os números estão todos aí, para quem quer ver, de mãos estendidas nas esquinas.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis nem pelo céu nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim e não, não, para que não caiais em condenação.”

Tiago 5:12

 

Boa vontade

Com a contribuição do professor de teatro candango-gaúcho, Plínio Mósca, a Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul abriu o Edital Criação e Formação – Diversidade das Culturas, que receberá inscrições de projetos culturais até 26 de janeiro. Este edital está sendo viabilizado com recursos repassados pelo RS, conforme previsto na Lei Aldir Blanc, que vem atuando com ações emergenciais destinadas ao setor cultural. A Fundação Marcopolo de Caxias do Sul é a gestora do edital, sob a coordenação de Luciano Balen. O montante de 20 milhões de reais será distribuído para fazedores de cultura do RS que inscreverem projetos de pesquisa, criação, formação e qualificação no universo cultural gaúcho. E o GDF? Quando vai se inspirar para apoiar nossa cultura?

 

W3

É de estarrecer. O número de lojas fechadas na W3 mostra a falta que faz um planejamento para situações de emergência. Ainda há muito trabalho para limpar as pichações daquela área. Uma verdadeira pena. Por outro lado, é uma prova viva do descaso.

Restaurante fechado na quadra 405 Sul. Foto: Blog do Ari Cunha

 

Dia a dia

Na fila dos idosos, o senhor interpelou o jovem que se aproveitava do menor número de clientes aguardando o momento de pagar. – ”Meu filho, não viu a placa? Esse caixa é só para idosos.” O rapaz disse que viu a placa, mas que só tinha 3 objetos na mão para pagar. Foi mais ou menos um discurso de 13 minutos feito pelo idoso, mostrando que esse, exatamente esse pensamento de achar que pode desobedecer a placa por ter só 3 itens nas mãos, equivale às iniciativas de corrupção da lava jato, as rachadinhas e outros tantos casos que aconteceram por falta de moral e ética.

Foto: falamart.com

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

É sabido que altos funcionários não desejam a transferência para Brasília, porque contraria interesses pessoais. Nós procuraremos mostrar alguns deles, e esperamos não está fazendo injustiça. Reconhecemos, entretanto, que o trabalho do professor Hermes Lima será árduo, para enfrentar a maré contrária à mudança. (Publicado em 24/01/1962)

Quo vadis Brasil?

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Foto: Andre Penner / AP

 

Um olhar, mesmo que superficial, sobre as manchetes que estampam os principais jornais do país e mesmo aqueles disponíveis em português, pode fornecer uma dimensão ampla e resumida dos problemas atuais vividos pela população brasileira e a visão que o mundo exterior vai fazendo de nós, e da nossa capacidade de resiliência, diante de uma pandemia que parece recrudescer através de uma variante ainda mais mortífera.

Obviamente que o que ocorre conosco, é fruto de um conjunto formado por ações e inércias tanto do governo quanto por parte da sociedade. O pouco empenho das autoridades, desmotivadas pelo insistente negacionismo das ciências médicas, feitas pelo próprio chefe do Executivo e por tabela da população, que parece ter relaxado demasiadamente nas medidas protetivas e nos protocolos que orientam o distanciamento físico entre as pessoas, vão mostrando seus resultados macabros de curto prazo.

Ainda assim, em meio ao pânico instalado há mais de um ano, e que já ceifou mais de 200 mil cidadãos internamente e 10 vezes mais em todo o mundo, o que se vê, por parte das principais lideranças do país, é uma total e cínica indiferença com as agruras experimentadas pelos brasileiros. O que se vê, lê e é ouvido, na maioria das reportagens publicadas nesses dias recentes, mostra nossos homens públicos imersos e devotados, exclusivamente, aos assuntos que lhes dizem respeito direto e que podem render dividendos imediatos.

Discutem, suas excelências, em debates acalorados e com mútuas acusações e impropérios diversos, assuntos “urgentes” como as próximas eleições para a Mesa das duas Casas Legislativas e outros temas correlatos e distantes da dura realidade enfrentada pela nação.

O presidente da República, que em momento algum se mostrou presente fisicamente nos hospitais do país,  como recomenda o cargo e a ética pública, para oferecer seu apoio moral aos combalidos pela Covid, resume e gasta seu curto expediente diário com discussões vazias, com  temas impróprios, como é caso de sua rusga pessoal contra adversários políticos e a imprensa em geral.

Só para colocar em termos comparativos, o que trouxe grande prestígio junto aos britânicos, e que perdura até hoje, foi a demonstração de coragem da realeza ao permanecer numa Londres, assolada por um intenso bombardeio e consumida pelas chamas. Pessoalmente, a própria rainha Elizabeth II conduzia uma ambulância do Exército no socorro às vítimas, numa demonstração de desprendimento, patriotismo e coragem, mostrando-se sempre atuante durante o sofrimento de seus súditos. Igual denoto jamais foi visto por essas bandas. Ao invés disso, o que se observa por essas bandas são as férias fora de contexto, desfrutadas em praias badaladas e outras atividades lúdicas, e mesmo afrontosas, diante do morticínio de muitos compatriotas, esquecidos em hospitais mal equipados e enterrados em covas rasas às centenas, diariamente.

 

 

 

A frase que não foi pronunciada:
“A boa escrita imita a arte das lavadeiras de roupa acocoradas à beira dos rios e açudes de Alagoas. Carece de bater na pedra e enxugar o pano, uma, duas, três vezes, até levá-lo ao varal quase sem água. Escrever é secar ao sol.”
Graciliano Ramos

Foto: Kurt Klagsbrunn/Acervo Projeto Portinari

 

Muito nojento
Apesar de preços acima do justo, os produtos oferecidos em supermercados continuam abaixo da qualidade. Como ocorreu no Big Box do Lago Norte. Um salmão que se desmanchava ao toque! Não se vê mais a fiscalização de agentes sanitários. Principalmente depois da pandemia.

 

CIVEBRA
No Paraná, foram mais de 2 mil alunos inscritos na Oficina de Música, que reuniu 10 países e um público de 60 mil pessoas. Neste ano, 80 concertos e 73 cursos estão no programa em ambiente virtual. Já sobre a Escola de Música de Brasília e sobre o Curso Internacional de Verão, não há notícias.

Foto: Andre Borges/Agência Brasília

 

Transparência
Todos os comprovantes de pagamentos emitidos pelo governo federal ou distrital aos contribuintes deveriam ter a descrição da referência. Que taxa ou imposto está sendo recebido, referente a que mês, e detalhes de identificação, normais em notas fiscais.

 

Caesb
Com escritórios abertos, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal, Caesb, voltou ao atendimento público. Mas é preciso agendar.

Foto: revistaaguasclaras.com

 

Seu voto
A última ata de sessão plenária da Câmara Legislativa é de novembro de 2020. Com a pandemia e a transparência da Casa, é possível acompanhar o vazio.

 

História de Brasília
Novas adesões à campanha de apadrinhamentos das árvores. O dr. Araújo Cavalcante, diretor do Senam, em telegrama declara que cuidará de todas as árvores em frente à Casa do Município. (Publicado em 24/01/1962)

Capitulamos

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Foto: Sandro Pereira/FotoArena/Estadão Contéudo/14/01/2021

 

Buscar uma palavra para tentar entender o que vem ocorrendo em Manaus, pode não ser um exercício de grande valia neste momento de aflição, mas forneceria, ao menos, um ponto de referência mais preciso para situar-nos perante o país e o mundo com relação à disseminação do vírus e à nossa capacidade real de ação contra essa pandemia.

Mais do que uma calamidade, a situação em Manaus, provocada pela falta de cilindros de oxigênio nos hospitais superlotados com pacientes atingidos pelo coronavírus e sua nova variante, revela, de forma crua, nossa total incapacidade para lidarmos com flagelos dessa natureza, o que nos remete e suscita à expressão pura e simples de uma capitulação.

De fato, fomos rendidos aos primeiros disparos dessa guerra que o mundo trava contra um inimigo biológico e imperceptível aos olhos humanos. Manaus, uma capital com cerca de 2,2 milhões de habitantes, experimenta hoje, na pele, o que pode vir a ser a realidade de muitas outras capitais espalhadas por esse país continental, bastando apenas que a doença prossiga avançando.

As dezenas de mortes registradas, em apenas um dia, por asfixia, expõe, sem retoques, a inépcia de um governo que, no meio do mandato, ainda não encontrou um rumo sequer que possa ser chamado de programa de governo. E pior, põe em alerta milhões de cidadãos por todo o país, diante da possibilidade real desse colapso vir a se repetir, por essa ou por outras falhas e omissões. De qualquer forma, os episódios de mortandade ocorridos em Manaus, por certo, irá figurar nas páginas da história deste país, castigado por uma longa sequência de governos incapazes de administrar, de forma minimamente decente, uma nação desse tamanho e importância.

O mais irônico, se é que se pode encontrar ironia nesses casos escabrosos, é que, à frente no combate ao vírus, o chefe do Executivo escalou nada menos do que um general intendente para comandar o Ministério da Saúde, ou seja, a principal pasta envolvida diretamente nessa pandemia. O que se pode aferir, pelo visto até aqui, é que a logística para enfrentar essa pandemia falhou de modo flagrante nesse e em outros episódios do passado recente, o que explica, em parte, o reconhecimento de que, nessas primeiras batalhas, saímos derrotados.

A questão aqui, nesses descaminhos que nos levaram à insuficiência de resultados para contornar essa crise sanitária, é quanto aos seus resultados políticos, a exemplo dos que ocorreram nos Estados Unidos e que fizeram, de uma reeleição certa, uma derrota tumultuada e fora dos padrões.

A virulência do Covid-19 ceifou as chances de Donald Trump e colocou, por similitude, a possibilidade de reeleição também aqui no Brasil do atual ocupante do Palácio do Planalto. A negação sistemática de um fator de contaminação real e fatídico, trouxe consigo não apenas o descrédito e a desilusão de boa parte da população para dentro do governo, pondo em dúvida a eficácia do atual mandatário em tempos de crise aguda e que ,por certo, trarão consequências políticas pouco auspiciosas para seu futuro e continuidade.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Gosto de brincar de solidão. Poeta é assim: Carrega o amor na palma da mão.”

José Carlos Vieira, nosso Fala Zé

José Carlos Vieira. Foto: correiobraziliense.com

 

Sorrelfa

De repente, justamente as ofertas de material de obra ou sapatos aparecem entre os anúncios que você é obrigado a ver quando navega pela Internet. Sabia que seu telefone ou smart speaker captam sua voz e transforma em anúncio?  Já não há privacidade há muito tempo.

Ilustração: b9.com

 

Necessidade

Entre o Deck Sul e o parque Asa Delta é preciso uma faixa de pedestre. A travessia é muito arriscada.

 

No passado

Parlamentares discutiam a lei que estende, para todas as pessoas com deficiência, a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados incidente sobre a aquisição de automóveis. Autoria do senador Romário e relatoria do senador Esperidião Amin. Enquanto isso, o senador Marcos Rogério indagou a razão de seu voto não ter sido contabilizado. O senador Omar Aziz apontou que era digital, o problema. Deve ter desgastado um pouco, disse o senador Marcos Rogério olhando para o dedo.

Senador Romário. Foto: senado.leg.br

 

Nacional

Leia, a seguir, o artigo do professor Nagib Nassar sobre o projeto de introduzir farinha da mandioca enriquecida para merende escolar de Pernambuco. E Paraná. O diretor da Emater, Sr. Humberto não se mostrou muito interessado na proposta. Disse que a alimentação da criançada já está bem equilibrada. Com 1% de proteína. O fato é de tamanha relevância que a ministra Damares ficaria interessada se conhecesse a proposta.

Professor Nagib Nassar. Foto: radios.ebc.com.br

–> Geografia de fome: Uma nova visão

Em seu clássico,  Geografia de fome (1951), O eminente Agrônomo e sociólogo Pernambucano ,Jusué de Castro apontou claramente o pobre conteúdo  proteico da mandioca que é o principal comida de todo nordeste e norte  brasileiro. Ele  explicou que essa cultura que alimenta mais de cem milhões Brasileiros e um bilhão dos tropico úmidos  na Ásia, África e América Latina é tal pobre na proteína ate ela não ultrapassa de 1% de seus comestíveis raízes. Ele explicou ainda que a cultura fornece mais de 80% das calorias diárias consumidas pelo povo nordestino e do norte. Essa falta de proteína leva a graves doenças para recém nascidos e crianças como fibrose de pulmões e fisgado e ate afeta cerebro.

O jusue de Castro sugeriu juntar a feijão a mandioca na comida nordestina para compensa falta de proteína na mandioca .

Durante nosso programa de pesquisa conseguimos variedades da mandioca  ate 3 vezes  conteúdo proteico levando o nivel ate 4 % mas isso nao resolve o problema pois o nível ainda muito baixa para necessidades humanas. A analise das folhas da mesma cultura mostrou elas tal ricas ate chega a nível proteico de 32 % , e parece que uma solução radical foi atingida. A adição da farinha de folhas ao farinha da mandioca com proporção de 20% aumenta proteína na mistura ate 8% , i.é pouco mais de que os 7% encontrados no trigo e arroz . A adição nao aumenta  nenhum custeio ao consumo diário da mandioca pois  suas  folhas nunca foram utilizados pelos agricultores e normalmente dispensadas .

A solução beneficia principalmente além de adultos mais de 20 milhões de crianças   e recém nascidos que sao mais afetados e volnuraveis  pelo disequilibrio nutricional . Eles vivem sob linha da pobreza e sao aqueles que mais sofrem de  falta  nutricional  da proteína  que é elemento básico nutricional essêncial para crescimento sadio orgânico e mental. 

Nessa fase de crescimento ,a merenda escolar tem um papel essencial para futuro cidadão  pelo o que ela oferece de básica alimentação.

A refeição equilibrada  em cima mencionada  garante  uma qualidade necessitaria para  crescimento saudável e no mesmo tempo deve ser economicamente disponível  e  no alcance  orçamentário  dos estados e prefeituras.

Como trata se de uma  ideia   nova que deve ser levada a atenção do governo federal numa forma que convence pela disponibilidade e facilidade de aplicação, a nossa fundação financiou  orgoes de extencao em dois estados principais do pais que saio mato grosso e Paraná para executem a ideia. Isso  fica exemplo para todos estados e para governo futuremente . Nosso caminho de execução é a merenda escolar e os municípios e prefeituras que a aplicar .

A atenção nacional ao assunto não somente  importante para cobrir uma área geograficamente maior mas também para divulgar uma técnica e um método inovador  para enriquecer e equilibrar  comida popular cujo conteúdo defeituoso e disequilbrado afeta um grade parte da popúlacao .  Com os novos conhecimentos e as novas aplicacoes , o   Josué de Castro , se vivo devera ser  capaz de corrigir  seu  conceito antigo da década 1950s sobre geografia de fome,  pois ele não imaginou o que nos encontramos nas folhas da planta de  tanta proteína abundante.

Além de comida balanceada fornecemos ainda a região amazônica e nordestina variedades melhoradas com tripla produtividade. O aumento da produtividade desse  cultura alimentícia deve ser prioridade máxima da nossa pais .

Um aumento da produtividade  foi e pode ser ainda  alcançada pelo aproveitamento  da potencialidade genética  da cultura  que promete   ate 7 vezes da media  atual .  A media nacional e internacional atual e 14 toneladas per hectare  e as variedades melhoradas podem chegar ate  120 toneladas por hectar.

O aproveitamento da rica biodiversidade Brasileira s  permitira   plantio em  áreas áridas  ainda não  cultivada e  desenvolvimento de variedades  ricos em  ate 8 vezes do precursor vitamínico betacaroteno e  outras variedades  mais adaptadas as condiciones severas do meio ambiente.      

Nagib Nassar

Professor Emérito da UnB e Pesquisador Emérito do CNPq, e Presidente da fundação filantrópica FUNAGIB

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Desde 31 de janeiro de 1960 que não se move uma palha nos Ministérios, porque as figuras de proa são contra Brasília. Mudem-se os homens, permaneça-se a idéia, respeite-se a lei. E por falar em lei, onde anda, esta hora, o inquérito do “Aletes”. (Publicado em 24/01/1962)

Um mundo distópico

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Foto: ARQUIVO/ FREEPIK

 

Quem poderia acreditar que o século 21, inaugurado, tragicamente, com a queda das Torres Gêmeas, em Nova York, traria também, em seu baú sinistro, uma pandemia de proporções bíblicas, paralisando o planeta e mergulhando a humanidade no que poderia ser definido como um perfeito e acabado mundo distópico, à semelhança de romances do gênero como 1984, de George Orwell.
É o que temos em mãos e o que nos resta para viver. Com um panorama dessa espécie, não chega a ser espantoso que tenhamos que experimentar, neste novo século, a total invasão de nossas vidas privadas, expostas e esmiuçadas pelos novos senhores do nosso tempo. Com isso, vai ficando cada vez mais evidente e até comum para muitos que estejamos em exibição numa espécie de vitrine virtual, secado por olhos pouco amigáveis.
É a realidade que construímos ou que deixamos que construíssem para nós. Essa superexposição que, para alguns, seria o desejado, para as pessoas comuns vai se configurando como um imenso e vigiado presídio de máxima segurança. A parafernália eletrônica que demos vida, com o avanço da tecnologia e que vai nos cercando com seus robôs e câmeras, cada vez mais invasivas, colocam-nos no centro, fazendo, de todos nós, suspeitos em potencial, até prova em contrário ou até a rendição total e submissão a pessoas e propósitos que desconhecemos. Para aonde seguimos? Para os ficcionistas, acostumados a um mundo além da imaginação, estamos imersos, coletivamente, em nossos próprios contos e fábulas.
Os aparelhos celulares, presentes em praticamente todas as mãos humanas e que, ingenuamente, acreditávamos ser a redenção nas comunicações entre os homens, levando ao entendimento e à concórdia, parecem ter caído, surpreendentemente, em mãos erradas, e hoje representam as novas algemas a nos encarcerar nesse Big Brother real. Infelizmente, não há nada de ficcional nesses fatos que vão se consumando às vistas de todos.
Talvez, não tenhamos percebido ainda que esse século nos coloca na mais temida e tenebrosa encruzilhada que a humanidade já vivenciou. Os aplicativos, todos eles, presentes em nossas vidas, vão armando exigências cada vez mais inexplicáveis, impondo novas regras de compartilhamento de informações, concordâncias sem fim.
Já não é segredo para muita gente que dispositivos e programas variados dessa tecnologia erguida para o controle, permitem aos governos capturar imagens, sons, e uma infinidade de dados pessoais dos cidadãos, colocados à disposição das autoridades para “eventuais providências”.
Câmeras nas ruas controlam o movimento do cotidiano e captam, pela biometria facial, a circulação de cada um de nós. Empurrados por esse século adentro, vamos nos distanciando de movimentos libertadores como a Renascença, do século XIV ao XVI, em que se pregava que o homem era o centro de tudo e em que conceitos como o humanismo nos fazia acreditar que os homens haviam renascido para o mundo. Esqueçam conceitos como cidadania e outros do gênero. Estamos imersos em uma nova história, sem chances de retorno.
A frase que foi pronunciada
“Não desertar a justiça, nem a cortejar. Não lhe faltar com a fidelidade, nem lhe recusar o conselho. Não transfugir da legalidade para a violência, nem trocar a ordem pela anarquia”.
Rui Barbosa, Oração aos Moços
Foto: academia.org
Ambiente
Imagine a criançada estudar em um parque vivencial. Árvores para todos os lados, ambiente amplo e contato com a natureza na hora do recreio. A Administração Regional do Núcleo Bandeirante passou, oficialmente, o antigo Parque Vivencial para a Secretaria de Educação do DF. O secretário Leandro Cruz garante que será um salto de qualidade para as unidades de ensino daquela região, que receberão os mesmos princípios da antiga Escola Parque.
Foto: Tony Winston/Agência Brasília
Em ação
Sorrisos em todos os rostos. Um curso online de extensão em histórias e culturas indígenas promove conexão pela primeira vez. A aula favoreceu que pessoas de diversos estados do país participassem da troca de experiências. O encontro foi organizado pelo Conselho Indigenista Missionário. Marlini Dassoler explicou que, nas edições presenciais, era mais difícil o deslocamento das pessoas das aldeias até Brasília. Esta edição proporcionou mais participação.
Logo: cimi.org
Aprendendo Inteligência
“Eu comecei a dar aula com 18 anos. Tenho 65. Quando completei 60, fiquei muito feliz. Descobri que o Estatuto do Idoso prevalece sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Agora, posso bater nos alunos que não me acontece nada.” Arrancando risadas da plateia, o professor Pierluigi Piazzi iniciou a palestra com essa pérola.
Prof. Pier (Foto: Divulgação)
Novidade
Contrato para mais de mil pessoas em Brasília. Por processo seletivo, a Saúde do DF recebeu 500 agentes comunitários e 500 agentes de vigilância ambiental. O subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero está satisfeito com o reforço no combate à dengue.
Foto: Geovana Albuquerque/Saúde-DF
História de Brasília
Mudança da Capital só se fará com pulso forte, e graças a Brasília, é o que temos encontrado no sr. Hermes Lima. Agora uma sugestão: verificação geral nas “dobradinhas” pagas a todos os ministérios, inquérito administrativo, para os que recebem sem morar em Brasília, confisco do apartamento e devolução do dinheiro recebido ilegalmente. (Publicado em 24/01/1962)

Estaremos vivos ao final desses acontecimentos?

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Foto: JN

 

Nada como uma pandemia em âmbito mundial, colocando na geladeira todo o ano de 2020, para alterar, de forma profunda, cenários diversos na economia, na política, nas relações de trabalho, na sociedade, na cultura e em tudo o mais.

De certa forma, a quarentena de meses, dependendo do país afetado, serviu para arrefecer agitações ou colocar fogo, de vez, no ambiente. Na Europa, a virose deixou em segundo plano, na atenção do público, assuntos importantes como o Brexit na Inglaterra. Em países como a França, Alemanha, Espanha e outros, hordas de imigrantes, vindos de países arrasados pela guerra e castigados pela fome, resolveram tomar de assalto o continente, numa espécie de cobrança tardia dos flagelos impostos pelo colonialismo dos brancos no continente africano.

Nos Estados Unidos, a reeleição, considerada certa do presidente republicano Donald Trump, desandou de forma radical, segundo apontam analistas, justamente por desdenhar do potencial de estrago que a virose traria para a maior economia do mundo. Na realidade, essa derrota é ainda uma questão em aberto que poderá tomar o caminho ou de um esclarecimento futuro, ou ficar congelada no tempo como foi o assassinato do Presidente Kennedy em 1963. O fato é que muito ainda há que se esclarecer sobre os desvios nos mecanismos de votação naquele país.

Há ainda a esclarecer as possíveis intromissões de países como a China e a Rússia no processo eleitoral, um tanto arcaico e frágil, dos Estados Unidos. Essas são desconfianças e dúvidas que não podem ser deixadas de lado, uma vez que assiste-se, de fato, a uma guerra tecnológica e subterrânea em curso nas redes sociais, travadas por esses novos combatentes denominados hackers, que alteram o curso dos acontecimentos, de acordo com a vontade de governos diversos. O que pode ter acontecido nos Estados Unidos pode muito bem se repetir em outros países. Até mesmo com o Brasil.

A adoção de urnas eletrônicas, como as que temos em uso, não garante, perante o mundo de tecnologias sofisticadas e muito avançadas, a lisura dos pleitos. Nada está 100% seguro no mundo atual. No Brasil, à semelhança do que ocorreu nos EUA, o governo vem, desde o início da pandemia, insistindo na negação do potencial dessa virose, desafiando, abertamente, as recomendações médicas de distanciamento e outros procedimentos recomendados pelas autoridades de saúde.

Com esse comportamento de ir contra a corrente, o presidente Bolsonaro aprofundou, ainda mais, a cisão entre os brasileiros que respeitam e temem a contaminação e aqueles que agem desafiando a doença. Com isso, as divisões políticas, que já vinham se desenhando no horizonte, ganharam ainda maior relevo com a montanha de 200 mil mortes, provocadas pelo Covid-19.

O derretimento dos projetos de reforma e a sinalização de um possível retorno da recessão colocam sérios obstáculos a uma reeleição, que se acreditava, tranquila e certa. A pandemia borrou o horizonte político do país, impedindo quaisquer tipos de previsões. Uma possível segunda onda da doença embaralhou ainda mais o que já era um cenário de dúvidas, a ponto de colocar, como preocupação central, agora a questão: estaremos vivos ao final desses acontecimentos?

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Se queres prever o futuro, estuda o passado.”

Confúcio, pensador e filósofo (552 a.C e 489 a.C)

Foto: reprodução da internet

 

Languages

Se existe um impulso educacional durante a pandemia em Brasília, este é o estudo de um novo idioma. Perfeitamente adaptado ao modo online, as aulas são mais dinâmicas com o compartilhamento de tela com textos, áudios e vídeos. Cada vez mais profissionais do ramo estão se unindo para fortalecer o empreendimento.

Foto: GettyImages

 

Larápios

Quem deve estar estranhando a falta de movimentação nas piscinas da Água Mineral são os macacos. Habilidosos, furtavam bolsas e sacolas e levavam para o alto das árvores para o desespero dos donos. Tudo devidamente alertado na entrada do clube. Um pequeno descuido e adeus chave do carro e celular.

Foto: EBC

 

Passividade

Se quando chove falta energia, certamente a CEB sabe a razão. Então por que não há um plano de prevenção? Por que as contas continuam subindo e a qualidade do serviço caindo?

Preço mí­nimo para a privatização da CEB Distribuidora foi fixado em R$ 1,424 bilhão. Foto: correiobraziliense.com

 

Sem rampa

Era uma paciente do Sarah Kubitschek que recebeu orientação para fazer caminhada diária. Começou os exercícios recomendados e, em poucos meses, o joelho estava estourado novamente. Ao atravessar as ruas para continuar na calçada, por não haver rampa de acessibilidade, o subir e descer meio-fio foi o suficiente para acabar com as cirurgias.

Foto: brasiliadefato.com

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Dobradinha é um tratamento de exceção, porque há funcionários que desde abril de 1960 estão em Brasília sem uma viagem sequer, enquanto mais categorizados passam metade (às vezes menos) do mês aqui, e metade no Rio. E até hoje as diárias têm sido pagas integralmente. (Publicado em 23/01/1962)

Plano pela saúde financeira das operadoras

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Os abusos no aumento das mensalidades têm feito com que mais de 2,5 milhões de pessoas abandonem os planos de saúde. O orçamento já ultrapassou os R$ 130 bilhões, a saúde pública, por uma infinidade de fatores estruturais que não cabem nesse espaço, não consegue dar conta do atendimento dos brasileiros.

A questão aqui fica em aumentar os impostos, com a criação de contribuições provisórias tipo CPMF ou se sujeitar aos aumentos abusivos nos planos particulares de saúde. O problema é que, quando a doença ameaça a existência de um indivíduo, dinheiro é última coisa a se pensar. Nessa encruzilhada entre o público e o privado, o cidadão se depara ainda com desvios de toda ordem, quer na forma de malversação dos recursos públicos com corrupção, sobrepreços e outras ilegalidades, quer nas manipulações feitas pelos planos privados, encarecendo a toda hora a prestação desses serviços.

A tudo, a ANS, tolhida em suas funções originais pela pressão de políticos ou de operadoras dos planos, observa distraída, com cara de paisagem. Nesse comportamento esquizofrênico que obriga a Agência Nacional de Saúde a caminhar no limbo entre o que querem as operadoras e o que determinam a legislação, o Código de Defesa do Consumidor e as milhares de ações na justiça, resta aos brasileiros a certeza de que os reajustes solicitados pela agência nas mensalidades dos planos, de 13,5% , diante de uma inflação no período de 2,9%, deixou de ser um problema apenas das esferas administrativa e política e já adentrou para a esfera da investigação policial.

Nesse sentido, a questão, por suas dimensões escandalosas, nos faz voltar a 2018, quando chegou ao Congresso que, em épocas de eleições, fica mais sensível, aos reclames populares, requerimento para a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito a fim de investigar os reajustes abusivos dos planos de saúde. Pouco teve efeito. Mesmo com as assinaturas necessárias asseguradas, a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), idealizadora da CPI, esperou esclarecer que mecanismos a ANS vinha se utilizando para permitir os reajustes dos planos de saúde bem acima dos índices de inflação, fugindo de sua obrigação básica que é a proteção dos consumidores. “Os usuários dos planos de saúde, disse a senadora à época, têm sido surpreendidos por reajustes acima dos índices de inflação. Em 2016, a inflação medida pelo IPCA foi de 6,28%. Entretanto, a ANS autorizou um aumento de 13,57%. E em 2017, para uma inflação de 2,9% pelo IPCA, a ANS autorizou um aumento de 13,55%.” A distância entre um índice e outro chamou também a atenção da Justiça.

Para o juiz José Henrique Prescendo, da 22ª Vara Cível Federal de São Paulo, a ANS, que é o órgão responsável por fiscalizar operadoras de saúde, não pode autorizar reajustes excessivos que inviabilizem o custeio de planos individuais e familiares, cujas  despesas são assumidas integralmente pelos conveniados. Nesse sentido, o magistrado havia determinado, em caráter liminar, válida para todo o país, que a ANS aplicasse a inflação setorial da saúde (5,72%, como teto para a correção dos planos de saúde individuais e familiares). No entendimento do juiz, de 2015 a 2017, esses reajustes superaram o índice de 13%, embora a inflação no mesmo período tenha caído de 8,17% para 4,08%.

Segundo o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), que propôs a ação civil pública, em 2018 eram 9,1 milhões de pessoas incluídas nos planos individuais para um universo de 47,4 milhões de pessoas com assistência médica privada no Brasil, ou 19,1% do total. Hoje, em tempos de pandemia a cobrança amenizou, mas no futuro será cobrada em parcelas. ANS avisa pelo portal que a recomposição do reajuste suspenso em 2020 será parcelada em 12 meses.

Naquela época, o Tribunal de Contas da União (TCU) entrou na briga, ao considerar que os reajustes nessas mensalidades eram elaborados com dados feitos pelas próprias operadoras, sem que a ANS, sequer, avaliasse, na ponta do lápis, essas informações. A ANS, defendeu que, em todos esses anos de existência, houve alguns progressos dignos de nota como o fato de que, antes de sua criação, o mercado de planos de saúde não possuía regulação específica, o que foi feito pela Agência, que impôs também diretrizes para o setor. “A regulação setorial passou por vários ciclos, ora com ênfase na regulação assistencial e de acesso, ora com foco na regulação econômica, mas sempre buscando o equilíbrio e a sustentabilidade, visando garantir que o consumidor seja atendido com cada vez mais qualidade”, defendeu-se a ANS.

Na realidade, o que se tem de concreto, tanto do lado da saúde pública quanto dos planos privados, é que ambas são alvos de milhares de processos na Justiça. Internações, consultas, coberturas, exames e uma infinidade de procedimentos médicos e de atendimento só são cumpridos mediante ações judiciais, liminares e habeas corpus, provando que nossos serviços de saúde, mesmo no que pese ao envelhecimento da população, ainda está muito distante do ideal e do que estabelece, de forma tímida, a própria Constituição.

 

 

 

A frase que não foi pronunciada:

“Parece que os burocratas de Brasília estão desconectados do Brasil real”

Rosana Chiavassa, advogada especializada em saúde

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O governo dispõe, atualmente, de 700 apartamentos para transferência de novos funcionários para Brasília. Ontem realizou-se a concorrência para o transporte das bagagens desses funcionários. Tudo indica que novos escalões de funcionários chegarão proximamente a Brasília.