Pobreza e fome

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: CNN Brasil

 

Ao longo de toda a história humana, a pobreza sempre pareceu uma espécie de condição ou norma natural da maioria e tem permanecido assim desde a formação das primeiras civilizações. De forma mais superficial, é possível verificar que, em lugares onde não exista segurança jurídica adequada, onde não é permitido o empreendedorismo e a propriedade privada, bem como a acumulação de capital e investimento, a pobreza parece ser a regra geral.

Dizer, simplesmente, que toda riqueza ou fortuna é montada num roubo não esclarece a questão. Assim como culpar a concentração de renda pela miséria também não. Um fato, porém, é inconteste: o capitalismo, ao permitir a liberdade humana para a competitividade e a inventividade, não deu, às diversas camadas sociais, condições idênticas de partida. Com isso, aqueles que possuem renda começam a se preparar para essa corrida para longe da pobreza em melhores escolas, com melhor atendimento de saúde e melhores condições de alimentação. A desigualdade se mostra logo no início da partida e isso já faz a grande diferença.

O aumento exponencial da população mundial, assim como os fatores hodiernos que provocaram as mudanças climáticas bruscas, como o aquecimento global, só fizeram elevar o problema da pobreza a uma condição absolutamente preocupante, levando a humanidade à sua mais complexa e urgente encruzilhada, desde o aparecimento dos homens neste planeta.

Não há desenvolvimento possível e eticamente aceitável, diante de um passivo como esse. Pobres existem em todas as partes do mundo, inclusive nos países desenvolvidos. E essa realidade tem experimentado um crescimento preocupante. As grandes ondas de emigração, que tem se verificado dos países pobres para os ricos, só têm feito aumentar esse problema, acrescentando-lhe uma forte dose de outros elementos também preocupantes.

De acordo com estatísticas produzidas pelo Banco Mundial, pobres são aqueles indivíduos que vivem com até US$ 1,9 por dia. Mas ainda assim é possível classificar os níveis de pobreza naquelas pessoas que vivem com uma renda um pouco superior. O século XXI tem pela frente o desafio de encontrar soluções para esse problema, que aumenta dia a dia, agora agravado com a pandemia.

Foto: Twitter/The Nobel Prize

Cientistas sociais correm contra o tempo em busca de fórmulas e modelos que permitam minorar essa situação antes que esse dilema atinja o patamar de questões insolúveis. O Prêmio Nobel de Economia, dado a três pesquisadores que propuseram estudos que abordam esse problema sob uma nova ótica, pode possibilitar também novas soluções. Banerjee, Duflo e Kremer apresentaram estudos que tratam do fenômeno da pobreza como um problema multidimensional, que ultrapassa a questão simples da falta de recursos e outros fatores. Para esses estudiosos, como já havia sido abordado anteriormente em 1998 por outro Prêmio Nobel, Amartya Sen, a pobreza é também a “privação de capacidades”.

Com isso, ele quis dizer acesso restrito à educação e saúde, e exclusão social e financeira. Para os novos premiados, a ação de combate à pobreza deve mirar esforços em fatores específicos em cada uma das dimensões. Levantamento feito por Banerjee em 13 países de vários continentes, e apresentado no livro “A vida econômica dos pobres”, mostrou que aquelas pessoas que vivem abaixo do nível de pobreza renunciam, diariamente, à aquisição de bens, inclusive de alimentos para prosseguir. Com isso, ficam diminuídas as possibilidades de maior produtividade.

O estudo mostra ainda gastos acima da renda em artigos como entretenimento. Houve ainda indicativos de falta de reação contra a qualidade do ensino, da saúde, dos transportes, o que motiva a perpetuação precária dessas questões estruturais. Para esses cientistas é preciso fortalecer todos os itens ligados à educação, saúde e infraestrutura, para dar início ao processo de superação da pobreza extrema. Para os premiados, é preciso também que essas populações superem a ideia de que gastar com educação é uma perda de tempo e desperdício de recursos. Nesse ponto, eles incentivam a interação entre setores público e privado, inclusive veículos de comunicação.

A frase que foi pronunciada:

Não fortaleceras os fracos por enfraqueceres os fortes. Não ajudarás o assalariado se arruinares aquele que o paga. Não estimularás a fraternidade humana se alimentares o ódio de classes. Não ajudarás os pobres se eliminares os ricos.”

Abraham Lincoln

Abraham Lincoln. Foto: wikipedia.org

Coité

Daquelas promessas de escrever um livro, mais uma deu certo. Djalmir Bessa resolveu atender aos chamados de seus personagens e passou para o papel uma história gostosa de ler: Coité. A vida humana no Nordeste. Os ingênuos, os espertos e os brasileiros que interpretam a vida nas letras do Divino. Por enquanto, ainda não foi publicado. É caro demais. Quem tiver alguma alternativa que se manifeste. Vale a pena!

História de Brasília

Já que o assunto é W-3, ninguém pode esquecer os benefícios para toda a cidade que tem prestado a CAT, o pequeno hospital do IAPI, próximo às casas da ECEL. (Publicado em 03.02.1962)

Espelho, espelho meu

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Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

 

A repercussão internacional que o estardalhaço da CPI da Pandemia no Brasil está espalhando pelo mundo pode trazer prejuízos para as relações do Brasil com outros países. A situação exige que as autoridades encarem essa decisão da CPI com a maior urgência e seriedade, não para proteger e blindar essa ou aquela autoridade, caso venha a se comprovar a real culpa de cada um na condução do país durante a pandemia, mas tão somente para resguardar as instituições nacionais e, por extensão, assegurar que nenhuma crise, mais profunda, venha a desestabilizar o Estado Democrático de Direito.

Vale lembrar que o presidente já foi denunciado também pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA), em janeiro último, por omissões que contribuíram para a piora da crise sanitária, junto ao ministro da saúde, General Pazuello, alvo da CPI. Veja o vídeo da CPI da Pandemia no Senado Norte-Americano. São muitas as informações supridas pelo controle das redes sociais. A plataforma de vídeos YouTube suspendeu a conta do senador republicano Ron Johnson, depois de o parlamentar publicar comentários sobre tratamento precoce. É o novo quarto poder calando opiniões diferentes. Vale a pena saber o que está acontecendo também fora do país.

Não é de hoje que o mundo passou a olhar com desconfiança e severidade o presidente Bolsonaro, por suas posições controversas em assuntos delicados como o meio ambiente, os povos indígenas, o incremento dos desmatamentos e a permissividade com que os garimpeiros, grileiros e madeireiros têm agido na região amazônica. Nadar contra a corrente internacional em assuntos melindrosos e que podem acarretar consequências nefastas para o conjunto da humanidade, como é o caso do aquecimento global, jamais poderia render quaisquer resultados positivos para o governo, para a pessoa do presidente ou de qualquer outro que compartilhe de projetos tipo niilista.

Além dos Estados Unidos, o Parlamento Europeu vem alertando o governo brasileiro para as consequências de suas afirmações e ações, mesmo sua campanha de desinformação em plena crise de pandemia. Os produtos da área agrícola brasileira, mormente os preços e qualidades atrativos, vêm sendo paulatinamente boicotados no exterior pelos danos que sua produção causa ao meio ambiente.

Muitos analistas acreditam que, não fossem os chineses, que compram esses produtos sem qualquer preocupação ética com questões como preservação do meio ambiente, nossa balança comercial estaria deficitária a tempos. O que ninguém conseguiu decifrar até agora é a razão de o próprio presidente alimentar esse moinho que, dia após dia, vai triturando sua imagem sob os ventos de uma verborragia inconsequente e conflituosa. Trata-se de uma situação inédita de alguém que encontra, no espelho, o reflexo de seu próprio inimigo que deve ser desconstruído como coisa real.

A frase que foi pronunciada:
“Se tivéssemos adotado o tratamento precoce desde o início, hoje teríamos situação controlada, com menos vidas perdidas, além de leitos sobrando para tratar os infectados. Erramos desde o início. Essa que é verdade”.
Deputado Federal Luiz Ovando

Deputado Federal Luiz Alberto Ovando. Foto: camara.leg

 

Mais proteína
Publicado, na UnB, o artigo do professor Nagib Nassar: “Geografia de fome: Uma nova visão”. Trata-se de uma evolução da mandioca a partir da observação do agrônomo e sociólogo pernambucano Josué de Castro.

Professor Nagib Nassar. Foto: radios.ebc.com.br

 

Sua opinião
Anac lança pesquisa sobre fatores de escolha na compra de passagem aérea. Vale a pena responder e compartilhar para contribuir com a melhora do serviço. Acesse o link Fatores de Escolha na Compra de Passagem Aérea e participe da pesquisa.

 

Sem freio
Além da praga das capivaras, que ganham espaço pela falta de predadores, os periquitos no Lago Norte são porcentagem significativa de problemas em fios roídos de TV a cabo, principalmente.

 

Perigo
No gramado perto da pista, na entrada na QL 04 do Lago Norte, antes de chegar à Academia, exatamente por onde andam os pedestres, há um buraco enorme sem tampa e sem sinalização alguma. Durante o dia, só oferece perigo aos distraídos, mas, à noite, é uma máquina de quebrar pernas.

 

História de Brasília
As residências estão sempre sobre ameaça de roubo. Os marginais passam o dia observando os costumes domésticos, como que sempre preparando um ataque. Ninguém sai de casa tranquilo. (Publicado em 03.02.1962)

Respeitável público

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Foto: Wal/Pixabay/Reprodução

 

Quando, no passado, diziam que os brasileiros viviam na corda bamba, tamanho eram os desafios que enfrentavam no dia a dia para sobreviverem, havia nessa afirmação algo muito além de uma simples imagem sem sentido. O que a frase escondia nas suas entrelinhas era uma realidade do tipo mambembe, experimentada há séculos por muitos brasileiros. De fato, o que se observava eram os desamparados, travestidos em atores por pura necessidade. No fundo, essa corda bamba, de um arriscado malabarismo diário, era uma imagem fiel vinda de um inconsciente coletivo, que se perde no tempo, algo retido na memória do povo, que agrupava, num mesmo conjunto, pessoas comuns e atores de uma espécie de circo permanente.

Todos eles, invariavelmente, inseridos na luta pela vida. Gente comum das periferias, que acorriam para o centro das cidades, representado seus personagens e apresentando seus produtos e aptidões para uma plateia sempre apressada e indiferente ao mundo em redor. Foi assim no passado e é assim no presente. O país dos excluídos pouco ou nada mudou, desde 1500. Hoje, o palco desses atores está espalhado por todas as esquinas e sinais de trânsito desse imenso Brasil. Basta a luz vermelha brilhar, interrompendo o trânsito pesado, para eles imediatamente entrarem em cena.

A crise econômica e social deflagrada pela longa pandemia fez eclodir, em cada ponto nevrálgico de nossas cidades, as encenações desses instantâneos de rua. Ali, naquele pedaço urbano que é de todos e de ninguém, pessoas cuspindo fogo pela boca, equilibristas em cordas bambas ou em altos monociclos, fazendo seus malabares complicados e ensaiados, são vistos, ao lado de palhaços, músicos e de muitos vendedores de guloseimas, água, pipoca, ou seja, tudo aquilo que um dia existiu nos circos de verdade. É a arte transmutada no ofício da sobrevivência. Era assim também nos circos de outrora. Bastava dar uma olhada, displicente ao redor, por detrás da lona, nos bastidores do espetáculo, para conferir e imaginar as reais agruras vividas pelos atores para defender o alimento de cada dia.

Hoje, do antigo circo, restou apenas a multidão de atores, engrossada pela gente comum que passou a enxergar nesses “espetáculos”, a céu aberto, mais uma forma de também salvar o dia. É o grande circo Brasil, formado ainda por uma legião de milhões de pequenos atores, ainda crianças, vítimas da exploração do trabalho infantil. Apresentando-se, diariamente, nas esquinas e nos semáforos ou até em praças transformadas em camarins, esses atores menores continuam invisíveis aos olhos de uma sociedade que olha e não vê, escuta e não ouve, toca e não sente. São brasileiros vivendo, literalmente, hoje, na corda bamba. Equilibrando-se no fio da navalha, fazendo malabares com tostões escassos. Ilusionistas, fazendo desaparecer como mágica, e diante de todos, restos de sanduíche ou sobras de marmitas.

Respeitável público – diz a voz do além –, eis aqui de volta o grande circo Brasil, um circo que nunca daqui saiu, apresentando agora, nesta pandemia, o fantástico homem faquir, que nunca fez uma refeição condigna, ladeado por pequenos atores, cuja infância, fragilizada e sem direitos, mostra, como em nenhum outro espetáculo, o fantástico mundo da nossa desigualdade social.

Venham ver também as fabulosas gêmeas seviciadas, desde bebês, a cantar suas melodias mudas… venham assistir também um país inteiro que tornou possível a existência desse circo..”

A frase que foi pronunciada:

Tornei-me quase como o rei Midas, exceto que tudo não se transforma em ouro, mas em um circo.”

Albert Einstein

Albert Einsten. Foto: Arthur Sasse/Nate D Sanders Auctions/Reprodução

Inconcebível

Impressionante a morosidade das obras na reconstrução da casca de ovo que servirá de asfalto entre o Lago Norte e Varjão. Já se passaram meses e o local continua interditado, atrapalhando o fluxo do trânsito.

Imprensa

Sempre em sintonia com a comunidade, Casa Thomas Jefferson e EducaMídia promovem, nos dias 17 e 24 de junho, discussões sobre a importância do trabalho jornalístico e como ele pode beneficiar até mesmo o desempenho de estudantes do Ensino Médio. O evento é gratuito, mas as vagas são limitadas. Veja mais sobre o assunto a seguir.

Casa Thomas Jefferson e EducaMídia promovem, nos dias 17 e 24 de junho, discussões sobre a importância do trabalho jornalístico e como ele pode beneficiar até mesmo o desempenho de estudantes do Ensino Médio

O trabalho da imprensa é fundamental em qualquer país democrático. O jornalismo livre e independente combate a desinformação, expõe injustiças e desnuda a corrupção. Pode até mesmo salvar vidas. Mas o jornalismo clássico, aquele feito apenas pelas redações de grandes jornais, mudou drasticamente. A internet e, principalmente, a popularização dos smartphones alteraram sobremaneira a relação das pessoas com a informação, possibilitando a fusão dos papéis de consumidor e produtor de conteúdos.

Para discutir esse e outros temas, a Casa Thomas Jefferson e o Programa de Educação Midiática (EducaMídia) do Instituto Palavra Aberta promovem a oficina virtual interativa e gratuita Jornalismo e Liberdade de Imprensa, nos dias 17 e 24 de junho – das 16h às 18h em cada dia. Os participantes que tiverem presença nos dois encontros e concluírem as atividades do curso receberão certificado emitido pela Casa Thomas Jefferson.

Nos dois dias de oficina, voltada para estudantes do Ensino Médio, vamos entender, com muita interatividade, como o método seguido por repórteres para encontrar e confirmar informações é muito útil em vários momentos da nossa vida — independentemente da profissão que escolhemos.

Jornalistas investigam, entrevistam, confrontam e analisam informações, fazem perguntas que incomodam e, então, produzem reportagens sobre os mais diversos assuntos. Muitas vezes, são eles que revelam situações ou problemas que, sem o trabalho da imprensa, ficariam escondidos do olhar público. Essa função de fiscalizar e cobrar é muito importante em uma democracia.

Mas também sabemos que, hoje, todos nós somos um pouco jornalistas. Imagine se você está andando pela rua e flagra uma situação de violência? Ou presencia algum tipo de injustiça? Se tiver um celular em mãos, você pode documentar a cena e, com as redes sociais, publicar o que aconteceu. Esse tipo de participação pode ampliar a cobertura do fato que está sendo feita pelos jornalistas profissionais e até dar mais autenticidade ao que é noticiado. 

É o chamado jornalismo cidadão, que traz muitas oportunidades, mas também alguns desafios.

Vamos conversar sobre estes e vários outros assuntos relacionados ao jornalismo e à liberdade de imprensa. E você vai descobrir como até mesmo suas pesquisas escolares e projetos de investigação e construção de conhecimento poderão se beneficiar com a postura jornalística.

 

Serviço

Oficina Virtual Interativa 

Jornalismo e Liberdade de Imprensa

Data: dias 17 e 24 de junho, das 16h às 18h

Público: estudantes do Ensino Médio

Vagas limitadas

Evento gratuito

Inscrições: Eventbrite


INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA

TEL: 61.98454-2063 / 61.99648-0448

EIXOS COMUNICAÇÃO INTEGRADA

E-MAIL: contato@eixoscomunicacao.com

www.eixoscomunicacao.com.br 

Animais

Corre, pelo WhatsApp, um número que não corresponde ao serviço anunciado. Trata-se de um 0800 para comunicação de maus tratos a animais. Em Brasília, os contatos para a denúncia contra maus tratos são: 162 ou pelo site www.ouv.df.gov.br. O relato é encaminhado ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram) ou à Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e À Ordem Urbanística (Dema), conforme o teor da denúncia, para apurar e tomar as providências cabíveis.

História de Brasília

Acaba de ser demitido do Banco do Nordeste, o sr. Alencar Araripe. Para substituí-lo, foi nomeado o sr. Raul Barbosa, que havia exercido essa função anteriormente, com aprumo, sabedoria e respeito. (Publicado em 02.02.1962)

O futebol no tabuleiro do xadrez

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Charge do Machado

 

Conhecerás um pretendente a ditador do momento ao seguinte sinal: todos eles utilizam de eventos populares, não para o regozijo de sua gente, como quer parecer, mas tão somente para alavancar sua imagem junto ao povo, visando angariar apoio às suas pretensões políticas de cunho populista. Tal é a característica comum a todos eles, sem exceção. O que muda é apenas o tipo de evento popular a ser explorado como marketing político. Nesse caso, pouco importa o tipo de espetáculo. O importante é que reúna o maior número de adeptos. Pode ser ligado ao folclore, às tradições ou ao esporte.

No país do futebol, a utilização desse esporte como muleta oportunista desses políticos é um fato histórico antigo e manjado e pode ser conferido, praticamente, desde que surgiram os clubes devotados ao ludopédio. Só existe um porém nessa estratégia marota: para que a fórmula funcione, é necessário, antes de tudo, que o time escolhido tenha uma grande e apaixonada torcida, capaz de empolgar e incendiar multidões, tornando-as presas fáceis. Já quando o marketing político mira a seleção do país, onde estão representantes de todos os times e jogadores mais destacados, transformando-os em garotos-propaganda do governo, essa mistura entre oportunismo populista de cunho nacionalista com a paixão dos torcedores rende resultados à medida em que esse escrete devolve essa aposta em forma de gols e de vitórias incontestes.

Em situações assim, o chefe de governo comparece aos estádios e, da tribuna de honra, faz questão de ser visto e aplaudido. Ocorre que, nesse mesmo país do futebol, não é raro os espectadores no local vaiarem até o minuto de silêncio e, com políticos, não tem sido diferente. Numa situação em que o Estado Democrático de Direito usa o seu tempo para cuidar, com denodo, de questões da mais alta relevância para a nação, não resta espaço e vontade para que o governo interfira em problemas menores relativos ao futebol, já que essa é uma atividade mantida por organizações e empresas privadas e com interesses próprios e diversos.

Também no Brasil e por diversas vezes, essa intromissão indevida do governo no mundo do futebol quase sempre tem rendido, ao lado de alguns minutos de popularidade ao chefe do Executivo, elevados custos para os pagadores de impostos que acabam arcando com a armação desse circo. Caso exemplar pode ser conferido durante o governo petista de Dilma Rousseff, com a construção de enormes e caríssimas arenas de futebol, destinadas à realização da Copa do Mundo e que hoje, em sua grande maioria, foram transformadas em verdadeiros elefantes brancos sem utilidade alguma, depois de terem sido erguidas à base de muita corrupção e sobrepreço.

Com Dilma e seu governo, ficaram, além desses fantasmas de concreto, as seguidas humilhações impostas pelos diretores da Fifa ao governo, os escândalos nessas construções e os posteriores que redundaram no banimento perpétuo desses dirigentes do futebol, as prisões dos chefões da CBF, as vaias retumbantes no estádio, durante a abertura dos jogos, e a derrota fragorosa da seleção para Alemanha por nada menos que 7×1. Não foi pouco!

Toda essa amarga experiência deveria ser utilizada como um aprendizado para que o governo jamais voltasse a misturar os assuntos de Estado com os problemas de estádios. Mas não foi o que aconteceu. O atual governo, no seu afã de preparar o caminho para 2022, resolveu intrometer-se na realização da Copa América, em plena pandemia, quando o país experimenta os maiores índices de mortalidade e quando os hospitais estão superlotados e a economia patina na lama. Não parece ser fanático por futebol, mas por jogadas políticas. Esse parece ser o caso.

Os países onde seriam realizados o torneio cuidaram logo de empurrar esse abacaxi para o Brasil. O que se viu, pelo menos até agora, foi o ensaio de revolta dos próprios jogadores e técnicos, possivelmente calados pelo reforço em dinheiro dos prêmios, bem como os escândalos de assédio sexual do presidente da CBF e seu posterior afastamento da instituição.

Também tem aumentado o repúdio dos brasileiros, médicos e enfermeiros e de todos os que perderam amigos e familiares nessa pandemia. Falta agora, para completar esse quadro patético, a vaia nos estádios, e a derrota da seleção. Mesmo em caso de vitória, essa é uma situação que em nada vai beneficiar os brasileiros, preocupados em sobreviver à pandemia e à crise econômica e social.

A frase que foi pronunciada:

Para uma minoria privilegiada, a democracia ocidental fornece o lazer, as instalações e o treinamento para buscar a verdade escondida atrás do véu de distorção e deturpação, ideologia e interesse de classe, através do qual os eventos da história atual são apresentados a nós.”

Noam Chomsky

Noam Chomsky. Foto: APU GOMES

Requerimento

Senador Izalci Lucas, do DF, pediu novamente ao senador Omar Aziz, da CPI do Covid, para aceitar o requerimento de convocação do ex-secretário de Saúde do DF, Francisco Araújo. O parlamentar defende que Araújo sabe de vários fatos que podem esclarecer algumas ações da atual gestão do DF.

Senador Izalci. Foto: senado.leg

História de Brasília

Entretanto, qualquer conserto de emergência bem que poderá ser feito, porque a Capua e Capua, agindo com eficiência, dispõe, também de um equipamento de rádio ligando a Asa Norte com o IAPC no Rio, podendo receber ordens imediatas para qualquer reparo na obra. (Publicada em 02.02.1962)

Mais letais que o próprio vírus

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Charge do Zé Dassilva

 

Caso a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI da Covid), transformada e rebaixada em Comissão da Cloroquina, queira, nessa altura dos depoimentos, fazer um grande favor aos cidadãos brasileiros, pagadores das mais altas cargas tributárias do planeta, deve enveredar as investigações no rumo dos governadores.

Seguindo as pistas deixadas pelos bilhões de reais que foram escoados para essas unidades da Federação, sob a rubrica de combate à Covid, é possível encontrar evidências daquilo que seria impensável em qualquer país minimamente decente. Ou seja, desvios e malversação de abundantes recursos públicos destinados ao enfrentamento da pandemia. Tudo isso praticado num momento de especial aflição e amargura das populações, que morriam como moscas nos corredores lotados dos hospitais.
Essa modalidade bem brasileira de crime, na maioria dos casos praticada por políticos travestidos de gestores públicos, só não é mais grave do que aquela cometida pelos mesmos personagens com relação à merenda escolar e à manutenção do ensino básico e fundamental. Surrupiar recursos públicos de gente que está à beira da morte ou que necessita desses bens para poder se alimentar e sobreviver deveria, por sua crueza, ser qualificado como crime de genocídio, passível de uma penalidade pesada e exemplar, inclusive, remetendo o caso a cortes internacionais que cuidam especificamente de crimes contra a humanidade, onde não teriam as mesmas indulgências encontradas em nossos gelatinosos tribunais.

Mas, como estamos num continente chamado Brasil, essas possibilidades são remotas ou quase inexistentes. Surpreende que muitos governadores, prefeitos e outros gestores públicos, espalhados pelos mais de 5 mil municípios, alguns inclusive já denunciados por essas práticas desumanas e abomináveis, ainda ostentem, impávidos, a possibilidade de recorrerem a cortes superiores, nas quais, por certo, vão encontrar guarida e uma porta de saída para seus crimes de lesa-pátria.

Mais impensável ainda é encontrar alguns desses evidentes malfeitores com assento e pompa nessas mesmas CPIs, como se tudo isso fosse natural e aceito. Não, não é. Diante de um quadro surreal como esse, é preciso que aquelas autoridades que ainda não se deixaram contaminar por práticas dessa natureza adotem medidas emergenciais ou elaborem, o quanto antes, uma relação de todos esses nomes, para que tribunais, como o Eleitoral, encontrem um meio de vedar-lhes a possibilidade de se reelegerem, enquanto não forem devidamente julgados e condenados por seus crimes, de modo a interromper a continuidade desse processo sem fim de impunidade. Em tempos radicais como o que estamos experimentando, é preciso mais do que medidas legais de praxe.

É necessária a adoção de medidas extraordinárias, como aquelas adotadas em tribunais de guerra, para fazer cessar de imediato a ação desses indivíduos ou quinta coluna, que são mais letais à sociedade do que qualquer outro vírus.

A frase que foi pronunciada:
“Liberdade de imprensa é a raiz de qualquer processo democrático.”
Davi Emerich
Veja, a seguir, a entrevista, na TV Senado, com o jornalista Davi Emerich

Corrupção doméstica
Aumenta o número de carteiras de empregadas domésticas não assinadas. De um lado, os patrões que precisam de ajuda; e do outro, a pessoa que quer trabalhar, mas não quer perder os auxílios do governo.

Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Capilaridade e rapidez
Com gerenciamento impecável, os Correios investem na renovação das frotas, o que dará mais agilidade e segurança nas entregas. Documento da empresa aponta 60% de renovação entre furgões e motocicletas de quase mil centros operacionais de distribuição e tratamento. Em dois anos, a meta é ultrapassar os R$ 560 milhões em novos veículos.

Foto: correios.com

 

CFM
Sobre a CPI da Covid, o Conselho Federal de Medicina se levantou depois da oitiva da pediatra Mayra Pinheiro. A instituição elaborou uma “moção de repúdio em defesa do médico, ao respeito e à civilidade na CPI da Pandemia”. Leia, na íntegra, no link MOÇÃO DE REPÚDIO – CFM.

 

Maus-tratos
Além de ter de suportar todo o sofrimento causado pelo isolamento e a perda de familiares, o brasileiro amarga aumento nas contas de água, luz, impostos, supermercado.

Charge do Cabalau

 

História de Brasília
Na quadra seguinte há também um ponto de carros de aluguel, o que quer dizer mais ou menos isto: dentro de dois meses ninguém poderá estacionar na W3 à altura da Novacap, porque será só para carros de aluguel. (Publicado em 02/02/1962)

A pandemia mostrou a todo mundo quem é quem

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Foto: Joédson Alves/EFE

 

Em qualquer governo – ontem, hoje e sempre e em todo o tempo e lugar –, o que se colhe, pela falta de ação e inanição, é a reação da sociedade. Povo algum tolera que suas lideranças não ajam quando devem agir. Muito menos em tempos adversos, quando o povo espera que seus governantes assumam as rédeas e o comando nas crises. Por todo o mundo, as maiores lideranças políticas, sobretudo nos países democráticos, foram submetidas à prova de fogo imposta pela pandemia, ocasião em que tiveram, forçosamente, que mostrar ao que vieram.

Nesse difícil teste em âmbito mundial, os governantes das diversas nações do planeta encontraram-se, de repente, em meio a uma espécie de guerra, com populações inteiras e indefesas sendo, subitamente, bombardeadas por uma perigosíssima arma biológica. É em tempos adversos como este que não apenas os verdadeiros governantes são revelados e se tornam essenciais, mas que também são postos a nu os farsantes e impostores de toda a natureza.

Durante os períodos mais críticos da pandemia da Covid-19, justamente quando ainda não se tinha uma vacina segura para combater o vírus, e quando ainda havia muitas dúvidas de como debelar essa doença, que o mundo passou a se familiarizar com as ações afirmativas, mesmo duras, daqueles verdadeiros líderes que, muito mais do que popularidade instantânea, perseguiam as melhores e mais racionais estratégias para livrar sua gente da nova peste.

Da mesma forma, mas em sentido contrário, muitos desses falsos guias também serão lembrados pela covardia e pelo medo de que a pandemia, por seus reflexos negativos nos números da economia, e não pelo número de mortes, acabaria por prejudicar suas carreiras políticas, encurtando-lhes o mandato.

Nesse particular, o desempenho do atual governo, se é que pode ser classificado desse modo, sua apatia belicosa durante todo o processo da primeira e segunda onda da virose, é para não ser esquecido e, com certeza, ficará registrado na história desse triste trópico. Muito mais do que o despreparo flagrante frente à crise sanitária, o que se viu, todo o tempo e de forma a camuflar sua inaptidão executiva, foi um presidente perdido em suas funções, insuflando a população contra os outros Poderes e contra os governadores dos estados, encorajando, de modo cínico, a população a enfrentar “de peito aberto” a doença, desestimulando o uso de equipamento de proteção individual e outros procedimentos aconselhados pelos médicos, mudando as equipes do Ministério da Saúde, por interesses meramente políticos, recomendando medicamentos de ação não comprovada cientificamente e, a toda hora, frisando não ter culpa pelo desenrolar dos acontecimentos, num claro sentimento de fuga da realidade.

O que restou, até aqui, desse somatório de trapalhadas pode ser conferido agora, numa Comissão Parlamentar de Inquérito, na sucessão de pedidos de impeachment, nos protestos de rua e muitos outros efeitos colaterais decorrentes de um governo que ainda não disse a que veio, e pior: está pavimentando, por suas tonterias, a volta do lulopetismo ao poder. Quer mais?

A frase que foi pronunciada:

Todos os dias devíamos ouvir um pouco de música, ler uma boa poesia, ver um quadro bonito e, se possível, dizer algumas palavras sensatas.”

Johann Goethe

Goethe in the Roman Campagna (1786) by Johann Heinrich Wilhelm Tischbein | Reprodução

Game

Enfim, o Ministério da Educação disponibiliza um game educativo para crianças jogarem no celular. Por enquanto, só letrinhas e sons, mas já é um bom começo. Sem brigas, sem sangue, sem violência. Com ciência e conhecimento.

 

Escolas

Volta e meia, uma escola particular ou outra suspende as aulas por causa do Covid. A professora, de licença médica, passa alguns dias fora e depois volta com as aulas online, para depois retomar a aula presencial.

Foto: Colégio Little Kids/Reprodução

Severos

No Brasil, os pais levam os filhos para vacinar com carteirinha e mantém todo o processo em dia. Nos Estados Unidos, se uma criança voltar depois de uma vacina com febre ou inchaço no local da aplicação, os pais não ficam satisfeitos e registram reclamação.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Union

Aliança Francesa e Instituto Goethe juntos prometem oferecer mais cultura à Brasília. Veja, a seguir, quais são as últimas novidades.

História de Brasília

Falando em táxi, não se sabe quem autorizou, mas os carros particulares não podem parar em frente à lavanderia Ouro Fino, porque os motoristas colocaram um “ponto” de taxi, interditando a área aos particulares. (Publicado em 02.02.1962)

Familiares de mais de 3,5 milhões de mortos merecem uma explicação

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Presidente Joe Biden. Foto: Kevin Lamarque/Reuters

 

Somente a dependência econômica e as dívidas, adquiridas em tempo recorde, de alguns países em relação à China podem explicar o silêncio e as tentativas de fazer calar aqueles que ainda insistem em considerar as teses que explicam a origem da Covid-19 a partir de um acidente ocorrido em um laboratório de armas biológicas do exército daquele país do Leste, em Wuhan.

Nem mesmo os mais de 3,5 milhões de mortes decorrentes dessa virose têm sido capazes de fazer o mundo ir atrás das causas desse flagelo moderno, que já deu trilhões de dólares em prejuízos às economias e tem, literalmente, paralisado o planeta há mais de um ano. Agora, segundo têm noticiado vários jornais mundo afora, a questão parece que irá ganhar algum impulso com as decisões tomadas pelo próprio governo americano, de ordenar, aos seus serviços de inteligência, um relatório definitivo sobre o caso no prazo de três meses, confirmando ou descartando todas as dúvidas acerca do aparecimento dessa doença.

Por certo, o atual governo americano tem sido alertado internamente para a possibilidade de, num futuro próximo, toda a sua administração vir a ser acusada de fazer vista grossa a esses fatos que já custaram a vida de mais de 500 mil americanos, numa proporção de óbitos maior até que os registrados na 1º Guerra Mundial.

A questão de como e quando surgiu o Coronavírus permanece ainda uma incógnita que incomoda cientistas em todo o mundo e que poderiam, a partir dessas informações, preparar respostas mais adequadas para o combate a essa doença. O que piora essa situação e põe dúvidas sobre a displicência e imperícia do governo chinês é que as autoridades daquele país, tão logo tomaram ciência do caso, empreenderam todos os esforços para abafá-lo, escondendo do mundo o ocorrido e, mais ainda, prendendo e silenciando todos aqueles que primeiramente denunciaram a estranha virose. Nem mesmo os cientistas e pesquisadores daquele país foram autorizados a investigar os fatos, ficando toda essa responsabilidade aos membros do Partido Comunista Chinês, que comanda o país com mão de ferro.

Jornalistas internacionais credenciados na China foram proibidos de divulgar os fatos, sendo que muitos foram simplesmente expulsos. Nem mesmo equipes de outros países foram autorizadas a entrar no país para ajudar nas investigações, o que poderia contribuir para um maior entendimento do problema que já é considerado a maior pandemia deste século.

Agora, dezenas de renomados cientistas das mais prestigiosas universidades e laboratórios americanos resolveram publicar uma carta aberta na Revista Science, pedindo que sejam investigadas as reais causas desse vírus, pois, para muitos, a hipótese de transmissão natural de animal para o homem tem parecido, cada vez mais, uma tese a ser descartada.

Como o caso permanece ainda muito nebuloso e dificultado pela barreira formada pelo governo chinês em torno dele, resta ao governo americano, forçado pelas evidências de que já dispõe e pressionado por cientistas do próprio país e do exterior, não deixar que o caso vá para o arquivo morto, junto aos milhões de mortos da vida real que reclamam por essa explicação.

A frase que foi pronunciada:

Cada homem é uma raça.”

Mia Couto, poeta português

Mia Couto. Foto: AFP Photo / Francois Guillot

Resolvido

Muitos celíacos que acreditam na Eucaristia eram privados de comungar por causa do trigo na receita das hóstias. No Santuário São Francisco, no final da Asa Norte, o protocolo é o aviso prévio da situação do celíaco e na comunhão é dado o vinho litúrgico.

Santuário São Francisco de Assis. Foto: divulgação.

Espaço

Sem parcialidade, as mulheres ocupam cargos nunca antes imaginados. Dirigem caminhões monstruosos, trabalham com desenvoltura em obras, pilotam avião e também começam a ocupar cargos de destaque em grupos de crime organizados.

Foto: ma10.com

Ontem, hoje e amanhã

Programa interessante é ler, em assinaturas premium, jornais de 2018. Todas as previsões das eleições, apoiadores por interesse, alianças malucas, opiniões… Obrigar os brasileiros a assistir o horário obrigatório eleitoral. Tudo muito engraçado.

Charge do Lézio Júnior

Força à família

Minha cyber amiga Anna Peleja foi levar sua alegria aos céus. Deixou o planeta Terra bem mais triste. Nenhum desafio eletrônico se transformava em barreira para ela. Super jovem de espírito, dançava, ria e topava qualquer desafio. A influencer da terceira idade foi um cometa iluminado. Exemplo para muitos jovens que estão sempre se lamuriando. Que os anjos lhe recebam de braços abertos dona Anna. A matéria do Correio Braziliense sobre dona Anna está disponível no link Influencer na terceira idade.

Isso pode Arnaldo?

Imaginem um ministro da Economia de um país transmitindo uma fala e estranhos interferirem na transmissão. Que sistema inseguro é esse? Pensando bem, não é tão inseguro. Se há licitude usando provas ilícitas, então….

História de Brasília

A par disto, para melhor atender aos alunos em idade escolar, a Prefeitura autorizou a conclusão de uma escola no SRE, uma na Asa Norte, uma na Coréia e duas em Taguatinga.” (Publicado em 02.02.1962)

O lado bom da coisa ruim

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Foto: Gov. SP/Divulgação

 

Deixando de lado, apenas por uns momentos, os muitos malefícios trazidos a todos pela pandemia, é possível encontrar, em meio ao caos que se instalou na vida de todos, alguns elementos que, por força das circunstâncias, acabaram gerando pontos benéficos indiscutíveis e que só poderiam existir em condições excepcionais como essa.

Tomando como ponto de partida a questão do trânsito no Brasil, um país reconhecidamente recordista em mortes nas estradas e que, por vários anos, tem ocupado a triste posição de 4º colocado no mundo nessa categoria, superado apenas por China, Índia e Nigéria, é preciso destacar que, durante a pandemia, tem havido uma expressiva redução nesses índices.

Em 2019, algo em torno de 40 mil pessoas perderam a vida em acidentes nas estradas do país. Em 2020, esse número caiu para menos de 35 mil. Uma redução que, embora não sinalize uma mudança de hábitos e, sim, uma diminuição no número de veículos circulando, tem servido para poupar vidas, desafogar leitos hospitalares e poupar recursos econômicos de toda a ordem.

Coisas do confinamento e do esfriamento do comércio, principalmente na área de transporte de mercadorias. Houve, além de uma diminuição do trânsito nas estradas do país, uma nítida diminuição do fluxo de automóveis nas zonas urbanas, aliviando os congestionamentos, reduzindo a poluição do ar, a poluição sonora e o excesso de acidentes em todas as vias de nossas cidades. São milhares de vidas poupadas e bilhões de reais economizados. Basta ver que a cada 10% de redução nos acidentes correspondem à economia de R$ 25 bilhões aos cofres públicos.

Há, também, dados trazidos pelo Índice de Exposição a Crimes Violentos (IECV), elaborado pelo Instituto Sou da Paz, que mostram que os crimes violentos sofreram retração de 11% em 71% dos municípios paulistas em 2020. O isolamento social foi responsável por esses números, na medida que a diminuição de circulação de pessoas nas cidades tem reflexos na dinâmica criminal, reduzindo as oportunidades de crimes.

Também no Mato Grosso do Sul houve redução geral da violência, com destaque para as mortes decorrentes de intervenção policial que foi de (-53%). Contrariamente ao que acreditava o próprio governo, que chegou a traçar cenários de saques e invasões de supermercados, boa parte dos estados brasileiros registrou, em 2020, diminuição no número de crimes diversos.

Diminuíram os indicadores de roubos e furtos nos domicílios em todo o país. Obviamente que são reduções que não alteram o fato de o Brasil ainda ser um dos campeões mundiais em violência, mas dão uma certa perspectiva de que há possibilidades reais em trazer os índices de violência para patamares próximos de países desenvolvidos.

Claro que esses indicadores não possuem a capacidade de esconder que estamos na iminência de atingir a cifra de quase meio milhão de mortes em decorrência da Covid-19 e outras doenças muitas vezes penduradas na conta da pandemia.

Deixando as estatísticas nacionais num canto, é preciso notar, com relação especificamente à capital do país, uma expressiva diminuição de mortes tanto no trânsito quanto nos crimes de forma geral. Em Brasília, em 2020, houve queda de nada menos do que 50% nos crimes de feminicídio. De acordo com levantamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) indica que, em 2020, foram registrados 11,4 homicídios por 100 mil habitantes, índice mais baixo desde 1980. Também efeitos trazidos pela pandemia. É o lado bom da coisa ruim.

A frase que foi pronunciada

Todo mundo acha que nós criamos problemas com a China, menos a China.”

Ex-chanceler Ernesto Araújo

Ministro Ernesto Araújo. Foto: Folhapress / Pedro Ladeira

Estacionamento

Enorme área na Granja do Torto com postes de iluminação funcionando bem e iluminando o nada. Veja a seguir.

Sacrifício

Hoje, das 7h às 23h, o fornecimento de água na parte norte da cidade será suspenso. Lago Norte, Taquari e Sobradinho. “Os serviços vão aumentar a capacidade de transferência de água para a região norte e garantir maior confiabilidade na operação do sistema.”

Caesb. Foto: destakjornal.com.br

Lógica científica

Se um governo não tem oposição é porque algo está errado. Durante os governos Lula e Dilma, não houve oposição que engrossasse a voz contra qualquer atitude suspeita, verba desviada, até a inutilidade de uma tomada com padrões novos foi recebida de braços abertos. Havia algo de podre e não era no governo da Dinamarca. É bom ver oposição a um governo que o povo apoia. A urna eletrônica com o voto impresso vai chancelar a vontade do brasileiro. Se deixarem…

Foto: bbc.com

História de Brasília

Mas havia esperança no país. Apenas meia dúzia de pelegos estrebuchava espumante, conta o homem. Forças Armadas, a favor. Povo a favor. Trabalhadores a favor. E veio a notícia bomba: o homem renunciou. (Publicada em 02.02.1962)

Sem o Censo, Brasil perde sua principal bússola para sair da crise

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Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias

 

Como tem acontecido com certa frequência nesses últimos tempos, coube, mais uma vez, ao Supremo Tribunal Federal, interferir na seara do Executivo para lembrá-lo que, como manda a Constituição, o Governo Federal é obrigado a realizar o Censo, que na realidade deveria ter sido feito no ano passado, mas que, em decorrência da pandemia, não aconteceu. Desta feita, o Supremo cedeu para que o governo realize o Censo somente em 2022, mesmo diante dos cortes drásticos no orçamento do IBGE. Segundo a própria entidade, dos R$ 3.5 bilhões previstos, inicialmente, para a realização das pesquisas em todo o país restaram pouco mais de R$ 53 milhões, o que torna impossível a realização de um Censo dentro dos padrões minimamente aceitáveis.

Como, por lei, o Censo tem que ser realizado a cada dez anos, o IBGE irá se defrontar com dados e números fora dos padrões, principalmente em virtude da crise gerada pela pandemia, que afetou todos os índices de produção e de desenvolvimento humano. Com isso, o retrato que possivelmente emergirá do Brasil em 2022 poderá mostrar um país que já não conhecemos bem, ou que imaginávamos ter ficado num passado longínquo.

Para os estudiosos no assunto, a pandemia veio para reforçar, ainda mais, a necessidade e urgência de realização do Censo, de modo que o governo possa aperfeiçoar seu planejamento e ajustar melhor as políticas públicas em todas as áreas. Até mesmo com relação ao planejamento de vacinação da população. O Censo pode indicar o número exato de pessoas de uma determinada região, idade e outros dados que podem ser úteis no programa de distribuição de vacinas.

O fato é que, sem o Censo, o Brasil perde sua principal bússola capaz de indicar as possíveis saídas para a crise gerada pela pandemia. Além do fato meramente econômico e social, o Censo, segundo políticos da oposição, pode mostrar um Brasil que o atual governo não deseja ver e dar a conhecer aos brasileiros.

O eleitor, ao olhar a foto atual e real do país, pode, inclusive, mudar o destino de seu voto. Para os ex-presidentes do IBGE, Roberto Olinto e Paulo Rabello de Castro, a não realização do Censo é uma verdadeira tragédia para o país e uma perda da cidadania, uma vez que, ao não conhecer bem a realidade de cada lugar e de sua gente, não há possibilidade alguma do Poder Público realizar o que quer que seja em benefício do cidadão.

Num ponto todos concordam: a pandemia mudou muito o Brasil que conhecíamos até pouco tempo. Para esses especialistas, o apagão propiciado pela não realização do Censo em tempo pode ter consequências negativas de longo prazo, algumas, inclusive, já sem solução, devido ao atraso. O corte de 90% da verba destinada ao IBGE para o Censo, e que motivou o pedido de demissão da pesquisadora e presidente Susana Cordeiro Guerra, parece não ter despertado, até o momento, a atenção do presidente Bolsonaro para o perigo dessa decisão que afeta não só o futuro dos brasileiros, mas a continuidade ou não de sua gestão.

Um exemplo dessa importância vital do Censo pode ser conferido no SUS, neste momento de pandemia. É pelo Censo que o país pode avaliar e planejar visando aperfeiçoar o trabalho do Sistema Único de Saúde durante a virose e num período pós-pandemia também, de modo a torná-lo pronto para quaisquer eventualidades futuras.

Por essas e por outras, os especialistas e aqueles que compreendem a importância do Censo consideram que a discussão de verba para a realização dessas pesquisas tão importantes e que são chave para o país não passa de leviandade do atual governo. Para alguns, como Sérgio Besserman, também ex-presidente do IBGE entre 1999 e 2003, sem o Censo não há bom senso. “Só com a perda de eficácia das políticas públicas, diz representará muito mais dinheiro do que será economizado nesse corte dos recursos para o Censo.”

Também para Paulo Rabello de Castro, que dirigiu o IBGE, o custo para a realização do Censo é muito barato, em relação aos seus resultados a longo prazo. “Imagina como é barata a realização do Censo no Brasil e quantas centenas de jovens brasileiros serão empregados. É uma estupidez não realizar o Censo, é uma marca da nossa estupidez nesse momento triste da nossa história”.

A frase que foi pronunciada:

Espero que todos vocês preencham o formulário do censo quando ele chegar pelos Correios no próximo mês. Se você não devolver o documento, a área em que vive pode receber menos dinheiro do governo e você não gostaria que isso acontecesse, gostaria?”

Andy Rooney, do programa 60 minutos da CBS.

O comentarista do ’60 Minutes’ Andy Rooney. Foto: Reuters.

Verde que te quero

Park Way, com grandes áreas de preservação ambiental, sempre despertou a cobiça de especuladores. Veja, a seguir, matérias e documentos publicados sobre o assunto.

–> CONTRA PROJETO DE LEI QUE DEVASTA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL NO DISTRITO FEDERAL

–> PROJETO DE LEI (Do Senhor Deputado DELMASSO – REPUBLICANOS/DF)

Convite

Terezinha Célia Kineipp Oliveira assume a diretoria de aposentados da Amatra 10. Veja mais sobre a posse dos novos membros da instituição a seguir.

História de Brasília

Veio depois, a esperança. Um governo honesto, correto e duto para todo mundo. Nas repartições, todos procuravam trabalhar, o que nem sempre acontecia. Os primeiros inquéritos foram violentos, e apareceram como uma bomba. (Publicado em 02.02.1962)

Da competição à colaboração

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Foto: paho.org

 

Para tempos excepcionais, medidas excepcionais. Assim deveriam proceder todos aqueles países que, uma vez tendo dominado a tecnologia e a fórmula biológica, capaz de trazer, à luz, a vacina contra o vírus da Covid-19, abririam mão dessas patentes preciosas e de todo o segredo industrial dessa produção em socorro à humanidade, nessa hora de desespero para todos. Mais do que um segredo e uma conquista do intelecto, capaz de render altíssimos lucros aos seus detentores e aos laboratórios farmacêuticos, a questão das vacinas ganhou, nesse momento específico, uma tal importância e urgência sanitária que qualquer outro conceito de valorização material dessas fórmulas perde seu significado diante do fato de ser essa a única alternativa para bilhões de habitantes do planeta.

Trata-se, como afirma muitos cientistas, de uma decisão que poderá antepor a ética e os valores humanos, como a dignidade e a vida, contra outros conceitos como o lucro e o poder. O presidente dos Estados Unidos, onde a vacinação da população é a mais adiantada, entre todos os países do ocidente, já se pronunciou, extraordinariamente, a favor da quebra de patentes de vacinas, numa postura historicamente contrária às adotadas por essa nação, que tem como seus princípios a defesa de todas as suas propriedades intelectuais.

Para que sirva de lição para outros mandatários claudicantes e que não enxergam, no ensino de qualidade e no incentivo à pesquisa, um fator de prosperidade, hoje, países ricos em minérios, petróleo e outros ativos primários estão literalmente à mercê daquelas nações que, mesmo sem recursos materiais, são capazes de gerar tecnologia de ponta, como é o caso desses remédios providenciais.

Tecnologia, não custa dizer, é hoje o referencial a indicar se um país é ou não rico e próspero. O Brasil que, até há pouco tempo, detinha ao menos um conhecimento na administração em massa de vacinas, perdeu terreno nessa importante área da medicina, pela falta de políticas e de incentivos do Estado, cujo corte nos orçamentos e a pouca valorização das pesquisas nas universidades é a parte mais visível.

Ir contra a ciência em pleno século XXI é muito mais do que uma aposta errada. É suicídio. Mais e mais lideranças, prêmios Nobel e personalidades de todo o mundo estão se unindo numa corrente para que vacinas contra essa virose sejam um bem comum a todos os habitantes da Terra.

Pode ser que essa universalização de esforços, para salvar a humanidade, seja uma das boas consequências geradas pela pandemia e quarentena mundial, capaz de mudar o referencial da nossa espécie, de competidor insaciável para colaborador solidário.

A frase que foi pronunciada:

A maioria das pessoas (cerca de 80%) se recupera da doença sem precisar de tratamento hospitalar.”

Na folha informativa divulgada pela OPAS (Organização Panamericana da Saúde). Veja a íntegra no link Folha informativa sobre COVID-19

Foto: paho.org

 

Honra ao mérito

Comunidade musical de Brasília e diversas cidades do país e do mundo vibram com o final do doutorado de Neviton Barros. Figura incrível, de uma garra invejável e talento inquestionável. Fica aqui o registro.

Neviton Barros. Foto publicada em seu perfil oficial no Facebook.

 

Competitiva

A Maternidade Brasília Dasa, que fica no Sudoeste, está realmente preocupada com a opinião dos pacientes. Uma pessoa da ouvidoria vai, pessoalmente, quarto por quarto, anotar as observações. Coisa rara nessa cidade.

Foto: tourmkr.com

Brasil Paralelo

Produzidos com a participação popular, os documentários e séries disponíveis pelo grupo do Brasil Paralelo são importantíssimos por uma simples razão: são 100% informativos. Vale conferir e se inscrever. Veja mais detalhes a seguir.

Volta

Ao lado do pacote Pró-Economia, divulgado pelo governador, outra iniciativa seria bem-vinda ao brasiliense: colocar o GDF para voltar ao trabalho. Parques, Detran, Viveiros da Novacap, Zoonose e por aí vai.

Publicação do dia 06/05 no perfil oficial da Secretaria de Economia do DF no Instagram

Cuidado

Ao contratar o Uber, tenha alguns cuidados. O primeiro é a opção por pagamento em dinheiro. Se não for trocado, dificilmente o motorista terá troco. Fica o impasse. Outro inconveniente de pagar com dinheiro é que o cambalacho é certo. A corrida era R$15, não havia troco. A ideia foi entregar os R$50 e o cliente teria um crédito. Resultado: a viagem custou o dobro. Veja a seguir.

História de Brasília

Disse o dr. Francisco Mangabeira a amigos, que pior que o incêndio no poço de petróleo da Bahia, é o incêndio da luta interna na Petrobras. (Publicada em 01.02.1962)