Faltam regras de transparência nas eleições de 2018

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ARI CUNHA

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Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil

colunadoaricunha@gmail.com;

Charge: Jarbas (redehumanizasus.net)
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                   Com o fim do ciclo militar, há mais de três décadas, ficaram pelo caminho importantes e vitais mudanças necessárias para o aperfeiçoamento do sistema democrático. Esse fato, acabou por nos conduzir a um tipo de Estado, que pela falta de transparência, pelos numerosos casos de corrupção envolvendo altos membros dos três Poderes e pelo excesso de mordomias e de gastos suspeitos, ainda está muito distante do ideário democrático imaginado pelos brasileiros.

                 Na realidade, para muitos analistas, a qualidade de nossa democracia, analisada sob o aspecto dos seguidos casos de corrupção, consegue ser ainda pior do que durante o regime militar. Na verdade, o modelo de democracia que temos hoje serve melhor aos políticos e às dezenas de partidos do que à população. Aliás, o imenso distanciamento entre a população e os partidos políticos é um dado que reforça a péssima avaliação de nosso sistema de representação.

            Há, e todos enxergam isso, a formação de um fosso intransponível entre a representação política e a sociedade. A desmoralização dos partidos, mesmo irrigados com bilhões de reais de recursos públicos, é outro dado que mostra claramente que passados todos esses anos, ainda engatinhamos no quesito democracia representativa ao estilo dos países desenvolvidos. Análises contábeis feitas em todos os partidos mostram que a prestação de contas dessas legendas é ainda uma obra de ficção. As auditorias feitas pelo Tribunal Superior Eleitoral, de forma lenta, evidenciam que nas prestações de contas dos partidos, referentes ainda à 2012, ocorrem as mesmas e velhas infrações, como apresentação de notas falsas, contratação de empresas que não existem, além de contratação de empresas ligadas a políticos e à gente do próprio partido.

             Segundo levantamento feito pelo Movimento Transparência Partidária, há cerca de 1.200.000 páginas referentes a eleições passadas pendentes de análise pelo TSE ainda sem data para finalização. Isso acontece porque as próprias legendas pressionaram, em 2006, para que a justiça Eleitoral não processasse essas declarações por um sistema eletrônico, como faz a Receita Federal.

                    Segundo o Supremo Tribunal Federal, os crimes de lavagem de dinheiro, seguidos de corrupção, peculato, crimes contra a Lei de Licitações, crimes eleitorais, formação de quadrilha e falsidade ideológica estão entre os principais crimes envolvendo 108 congressistas da atual legislatura. Pior é que a não adoção de práticas transparentes vem se tornando um fenômeno comum e já atinge todas as 35 siglas que disputarão as eleições esse ano. Sintomático desse descaminho é que mesmo os filiados desconhecem a situação do fluxo financeiro e a qualidade dos gastos dos próprios partidos. No Índice de Confiança Social (ICS) auferido pelo Ibope, os partidos estão entre as instituições com menores avaliações.

                 No nosso modelo de democracia, em que instituições privadas (partidos) são financiadas com bilionários recursos públicos e em que essas siglas são praticamente o único canal de ligação dos cidadãos com a prática política, a transparência se torna uma obrigação inarredável e o seu não cumprimento, conforme as regras, é uma ameaça direta a própria democracia.

A frase que foi pronunciada:

“Talvez o Brasil já tenha acabado e a gente não tenha se dado conta disso.”

Paulo Francis

Charge: sinpefmg.org.br
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Rumo da venta

Rubricas para uso de verba são transitórias. O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, explicou para os contrariados que os recursos podem ser remanejados como o governo priorizar. Talvez essa seja a ponta do Iceberg para compreender o que é um país sem planejamento.

Foto: sinpefmg.org.br
Foto: sinpefmg.org.br

Novidade

Comitê Gestor do eSocial está adaptando alguns dados que afetarão empreendimentos de todo o país. Com qualquer faturamento, as empresas deverão enviar os informes para a Receita Federal, Caixa e Ministério do Trabalho e Previdência por uma nova plataforma.

Democracia

Começou a costura entre partidos. A mentalidade continua a mesma: conchavos, inimigos viram amigos, composições absurdas, candidaturas duvidosas. O preparo da festa da democracia funciona assim: os representantes do povo convidam para a festa da democracia e nós, como sempre, pagaremos a conta. Aliás, uma conta muito mais alta se não houver a urna para depositar os votos impressos.

Charge: jacksonsenadorsa.blogspot.com
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Vale ler

Recebemos do leitor Paulo P. Queiroz um e-book daqueles bons de ler deitado na rede. Com o título “Acre-Doces” a leitura vai escorregando pelas páginas e plantando imediatas lembranças das palavras bem encadeadas. Vale a pena uma visita no portal www.poesiasacredoces.com.br.

Pior que fakenews

É preciso saber o que disse Thales Mendes Ferreira sobre as acusações que recebeu. Esse tipo de escândalo só deveria vir à tona se confirmado, julgado e condenado. É um desgaste injusto e precipitado.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Está o DCT entregue a quem entende. Resta, agora, que os próprios funcionários compreendam que é o momento de se sacudir a repartição. É o momento para se modernizar os métodos obsoletos atualmente em uso. (Publicado em 21.10.1961)

Barreiras à corrupção

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ARI CUNHA

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Charge: Laerte (cachaprego.com.br)
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      Crises obrigam os indivíduos a organizar estratégias para superar os efeitos e prolongamentos, reforçando, também, ações que visem a não repetição dos mesmos erros. Por isso é que se afirma que em época de crise é também o momento ideal para a criação de soluções e para o aperfeiçoamento de atitudes, sejam elas no plano individual ou de grupos.

         Obviamente que, em se tratando de um Estado como o nosso, com todas as suas características, complexidades e limitações, apanhado de surpresa por uma crise que muitos classificam como a mais profunda e duradoura de toda a história republicana, a construção de caminhos que levem a superação da depressão econômica, política e social é tarefa das mais árduas e que demandará tempo e persistência, dessa e de outras gerações que virão.

        Mesmo assim, o que se observa em meio a esse cenário caótico é o surgimento, ainda tímido, de propostas e projetos de leis que visam aperfeiçoar e blindar os mecanismos de administração pública contra a ação contínua de atos ilícitos não só dentro da própria máquina pública, como de todas as empresas que estabelecem relações de parceria com o Estado. Nesse sentido, duas propostas apresentadas pelo deputado Chico Leite (Rede Sustentabilidade-DF) merecem destaque pela oportunidade.

       A primeira é a Lei Distrital Anticorrupção (nº6112/2018), já em vigor desde março, que torna obrigatória a implantação do Programa de Integridade nas empresas que celebrarem contratos, consórcios, convênios, concessões ou pareceria público-privada (PPP) com o GDF em todas as esferas de Poder. Para o autor da nova Lei, o objetivo da medida é proteger a administração pública do DF de atos lesivos que resultem em prejuízos financeiros, garantindo que a execução dos contratos esteja em conformidade com a lei, promovendo, assim, maior segurança

         É claro que a experiência tem demonstrado que nesse caso não bastam aperfeiçoar e introduzir mecanismos de compliance apenas nas empresas que firmarem contratos com o GDF. Fatos e manchetes de jornais confirmam que grande parte dessas irregularidades parte justamente de dentro da estrutura dos Poderes do Estado. Executivo, Legislativo e Judiciário têm sido acusados, sistematicamente, de práticas de desvios éticos e abuso de condutas nos contratos assinados com a iniciativa particular.

         Operações da Polícia Federal e do Ministério Público, como Drácon, Panatenaico e muitas outras, têm levado ao conhecimento da população da capital as relações espúrias entre políticos e empresas privadas que resultaram em enormes prejuízos para o contribuinte, sem que seus atores tenham sido, até o momento, punidos exemplarmente.

         Com base nesses episódios o parlamentar apresentou também uma Proposta de Emenda À Lei Orgânica (PELO nº 97/2017), introduzindo na constituição local dispositivo que cria nos órgãos dos Poderes do DF programa de Compliance Público, objetivando avaliar, direcionar e monitorar a gestão pública, mediante a avaliação de riscos, prevenindo, identificando e reportando possíveis desvios de conduta, irregularidades e práticas de ilícitos.

      Na justificação que fez sobre sua proposta, Chico Leite lembra que “uma das facetas mais importantes da governança é sua ênfase na prevenção de condutas irregulares”. Pela proposta, ficará criado também o Fórum Permanente de Combate à Corrupção do DF (FOCCO/DF), visando a formulação de políticas públicas no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro.

A frase que foi pronunciada:

“Aqui no DF temos numerosos exemplos de leis e demais atos normativos que foram declarados inconstitucionais após aprovação em plenário e até mesmo sanção do governador. Ou seja: todo o trabalho despendido foi perdido e não gerou benefício algum para a população”

Chico Leite, deputado distrital

Charge: blog.cruzeirodosul.edu.br
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Sem ilusão

Nada como a proximidade das eleições para as atenções se voltarem para a população. A Câmara Legislativa do Distrito Federal revogou o aumento de 2,99% na conta de água, que havia sido autorizado pela Agência Reguladora das Águas (Adasa) em maio. Era só o que faltava. Não protegem as nascentes, correm para cobrar de invasões, oferecem água da pior qualidade, cortam o fornecimento por falta de planejamento e querem receber mais. Em breve vão dar um jeito de arrancar esse aumento.

Charge: blogdaresenhageral.com.br
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De graça

O Bel Canto da Ópera, com Renata Dourado, Daniel Menezes, Aida Kellen, Gustavo Rocha, Érika Kallina, Carol Araújo, Isabel Quintela, Luiza Lacava, com participação especial de Janette Dornellas e do pianista Rafael Ribeiro, será no teatro do Brasília Shopping, dia 17 de junho às 19h. A realização é dos Cantores Líricos de Brasília.

Abuso

É preciso criar um canal de comunicação entre pacientes e o Conselho Federal de Medicina que trate do relacionamento médico-paciente. Hoje em dia, com celulares em punho, são gravados inúmeros flagrantes de arrogância e desrespeito por parte dos profissionais da saúde. Vulneráveis, os pacientes contam com os parentes para defendê-los, mas nem sempre isso acontece.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Enquanto isto, os moradores que sofram lama, poeira, barulho de gerador, mosquitos e toda sorte de desconforto. (Publicado em 21.10.1961)

Futuro do Brasil avança com pernas curtas: as fake news

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ARI CUNHA

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Charge: Ivan Cabral
Charge: Ivan Cabral

       Em artigo publicado nesse domingo, intitulado “Contra as fake news”, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luiz Fux, ao ressaltar o fato de que 10 partidos políticos já firmaram acordo com o TSE no sentido de “manter um ambiente eleitoral imune à disseminação de notícias falsas”, lembrou que o êxito da tarefa de combate à desinformação tem que contar com o apoio imprescindível e diuturno da imprensa.

       Para tanto, diz “o jornalismo político-eleitoral precisa ser livre para apontar imprecisões do discurso político.”  Obviamente que parte da chamada imprensa marrom, responsável pelo grosso das notícias falsas divulgadas, está trabalhando a todo vapor para municiar os meios de comunicação com notícias inverídicas e caluniosas para prejudicar esse ou aquele candidato, agindo como verdadeiros sicários contra a reputação alheia.

            O fenômeno das fake News e a polarização exacerbada dos candidatos e dos eleitores parecem que irão marcar essas próximas eleições, que poderá contar também com um absenteísmo elevado e com uma avalanche de votos em brancos. Assim como a Copa de futebol, o mundo da política, com candidatos e partidos envolvidos nos mais escandalosos casos de corrupção, vem há muito tempo decepcionando torcedores e eleitores.

            O problema com as fake news em época eleitoral é que elas podem contribuir, ainda mais, para a firmação de um ambiente despolitizado, o que trará prejuízos para todos indistintamente. Na verdade, fosse passível de penalização severa e imediata pela justiça, a divulgação de inverdades acarretaria na prisão da grande maioria dos atuais candidatos e na condenação exemplar de muitos partidos.

           Enganar e mentir para eleitor, prometendo paraísos inalcançáveis, é uma velha prática entre os políticos do país e isso jamais resultou em condenação de ninguém. Se forem levadas ao pé da letra, tanto as coligações partidárias como as alianças, entre um e outro postulante, são estabelecidas sobre uma plataforma onde tudo é fake e armado para capturar o eleitor. Pior é que esse ambiente de falsidades ainda é turbinado por pesquisas falsas, feitas sob encomenda e com perguntas capciosamente elaboradas para se chegar à um resultado desejado.

Charge: Mariano (tribunadainternet.com.br)
Charge: Mariano (tribunadainternet.com.br)

        Não seria exagero afirmar que no Brasil, atualmente, tudo no mundo político é fake. O lançamento de candidatos como o do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, é fake e montado apenas para lhe dar maior visualidade e poder de barganha lá na frente. O mesmo se repete com a candidatura do ex-ministro Henrique Meirelles, lançada para dar sobrevida ao MDB.

           As mentiras disparadas em quantidade pela ex-presidente Dilma, às vésperas das eleições de 2014, ilustram até que ponto as fake news são usadas. Mesmo agora, o Partido dos Trabalhadores, que por não aprender com a história recente repete os mesmos erros, insiste na candidatura do presidiário Lula, sabendo que essa postulação é uma farsa completa que visa apenas manter a ilusão dos velhos tempos de glória.

           Fôssemos listar o rol de mentiras e falsidades produzidas continuamente por nossos políticos e respectivos partidos, iríamos necessitar de um juizado especializado em fake news.

           Chama atenção também a crescente desconfiança de parte dos brasileiros sobre a inviolabilidade das urnas eletrônicas. Para muitos, o fato de não ser adotada em nenhum outro país deixa a entender que nesse processo informatizado também se nota a presença de um elemento fake, capaz de alterar resultados. Pelos resultados das próximas eleições e pelos números de candidatos ficha suja que eventualmente poderão ser reeleitos, poderemos ter uma dimensão exata dos efeitos da mentira sobre nossa jovem democracia. Uma coisa é certa: se a mentira tem pernas curtas, como dizem, nosso futuro não vai longe.

A frase que foi pronunciada:

“Setenta e um por cento do Congresso Nacional disseram, em nome do povo, que o voto será impresso. A lei não tem discricionariedade. A lei não permite fracionamento. Fracionar o cumprimento da lei é um abuso, uma infração, uma teratologia. Imagine se alguém dissesse a um juiz, eu vou cumprir a sua ordem em 10 anos. A autoridade dos congressistas que votaram em nome do povo está sendo vilipendiada. Por quem? Pelos ministros que se sentam para administrar o processo eleitoral eles agem como administradores sujeitos aos princípios constitucionais como qualquer outro agente do Executivo.”

Felipe Marcelo Gimenez, procurador de M.S., durante o debate sobre a segurança do sistema eletrônico de votação no Brasil

urna

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Sabe-se, também, agora, a razão pela qual o Iapfesp criou tantas dificuldades para que a Novacap não urbanizasse as duas quadras. É que continuando como está, em estado de bagunça total, seria mais fácil para os desmandos que estão sendo praticados. (Publicado em 21.10.1961)

Água e gasolina

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ARI CUNHA

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Charge: Dálcio Machado
Charge: Dálcio Machado

          Com a amainada na greve dos caminhoneiros, ficam , além dos prejuízos , na casa de centenas de bilhões de reais, segundo estimativas mais realistas, a lição primordial para a população de que, em casos de calamidade pública ou de catástrofes de grande monta, o melhor e mais eficaz é não esperar ajuda alguma das autoridades e muito menos dos grandes empresários.

          A crise mostrou que a população está só e desamparada. A leniência do governo e a ganância dos empresários, remarcando preços de forma criminosa , demonstram o que antigamente se chamava de falta de patriotismo. Se entre nos esse sentimento de pátria anda meio esquecido e confundido com posições políticas extremas, nos Estados Unidos, tomado como referência de democracia para todo o Ocidente é diferente.

         Lá , quando da passagem do furacão Catrina, muitos empresários correram para socorrer a população, colocando seus produtos a venda ou pelo preço de custo, ou abaixo do custo, demonstrando com isso o espírito de solidariedade , comum entre patriotas. Se houve todo esse alvoroço com a falta de combustível, imagine o que pode vir pela frente, quando os brasileiros finalmente se depararem com a  escassez e a falta de água .

         De fato, essa é uma realidade anunciada. O ataque massivo e irracional aos mananciais de água potável pela indústria e pelo agronegócio, tem deixado rastros que a cada ano se faz sentir com mais e mais intensidade. Para piorar uma situação que em muitos lugares já é crítica, como a própria capital do país, mais de 100 milhões de brasileiros não possuem acesso à coleta de esgoto.

         Esse serviço de saneamento só chega efetivamente para 51,92% da população, segundo levantamento feito pelo Instituto Trata Brasil (ITB). Isso significa que a cada ano 5,2 bilhões de metros cúbico são despejados diretamente nos rios, afetando, sobremaneira a qualidade da água. Além disso a água tratada, em condições razoáveis, só alcança pouco mais de 83% dos lares pelo país afora. São mais de 35 milhões de brasileiros sem acesso a água tratada.          A questão do saneamento básico é fundamental para o país, já que ele influi diretamente na questão da saúde da população. Quanto mais esgoto e água não tratada, mais doente e carente se torna a população. Para os políticos, de forma geral, investimentos em saneamento nunca foi uma prioridade, principalmente porque esse tipo de obra fica escondida no subsolo e não é vista pelos eleitores.

         Especialistas afirmam que nossos indicadores de saneamento, se comparados com outros países, ainda são do século 18. Além de afetar a saúde da população, encarecendo os serviços de atendimento médico, a falta de saneamento afeta o meio ambiente e por tabela, muitos outros setores, como é o caso do turismo.

         Indicadores de saneamento básico,indicam que o Brasil é um país pobre, com problemas típicos de país com subdesenvolvimento acentuado. Se for somado a esse grave problema o fato, de que a maioria dos estados e municípios estão em péssima situação financeira, muitos em situação de falência declarada, pode-se deduzir então que, o problema do saneamento básico é um problema que ainda irá requere esforços em pleno século XXI.

A frase que foi pronunciada:

Lição aprendida pelos brasileiros: “em casos de calamidade pública ou de catástrofes de grande monta, o melhor e mais eficaz é não esperar ajuda alguma das autoridades e muito menos dos grandes empresários.”

Força

Lições derivadas da greve dos caminhoneiros não param de vir a tona. O mais sensato é que sejam postas em prática, corrigindo erros. Na área de segurança nacional, fica a constatação de que , mesmo um movimento que parecia sem maior importância e do qual não se conhecida lideranças, foi capaz de paralisar todo o país.

aaaa

Acorda Brasil!

Bastou ao movimento dos caminhoneiros , secionar algumas artérias rodoviárias em pontos específicos, para todo o país deixar de funcionar. Esse fato demonstra que em caso de guerra, bastaria ao inimigo repetir o feito e todo o país se renderia em questões de horas. A continentalidade do país, seu gigantismo é também sua maior debilidade. A falta de alternativas e de modos de transporte também. De fato o Brasil é, pela precariedade de infraestrutura, um país extremamente vulnerável.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA 

         Tem despertado muita curiosidade, a exposição de aviões promovida pela Aeronáutica, no aeroporto de Brasília. A atração tem sido principalmente para os jovens, que encontram no ar, muitas de suas aspirações.(Publicado em 21.10.1961)

Deputados distritais desapareceram durante a crise

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ARI CUNHA

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com Circe Cunha e Mamfil

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Charge: Ivan Cabral

          Pelo quadro surrealista que vai se desenhando para as próximas eleições, com candidatos postulando vagas no Executivo e Legislativo até de dentro do cárcere, onde cumprem pena, não surpreende que o próximo pleito de 2018 será um dos mais insólitos de todos os tempos.

          Mesmo aqui, na capital, o cenário não é diferente. Por aqui, menos de dez partidos já anunciaram a intenção de alcançar o Buriti. Outros aguardam a formalização de blocos para se tornar viáveis. O atual governador, graças ao cumprimento severo da Lei de Responsabilidade Fiscal, possui hoje o controle de uma máquina azeitada e com bom dinheiro em caixa e, portanto, pode se dar ao luxo de pensar em futuros projetos de investimentos e até em aumento para algumas classes de servidores.

          Ainda assim, em decorrência do mal momento que coloca no mesmo baú todos os políticos do país, Rollemberg sofre sério desgaste de imagem, por conta de suas limitações de comunicação. Mais insólita ainda é a situação dos atuais distritais. Nessa turma, mais de dois terços são alvos de inquéritos policiais e ações judiciais por crimes como corrupção, improbidade e outros crimes de malversação de recursos públicos. Dos 24 deputados distritais, nada menos do que 18 têm explicações a prestar para a justiça. Desses, alguns, mesmo já condenados, prosseguem em campanha velada, apostando na lentidão da justiça e na pouca memória do eleitor. É nesse cenário, em que investigações como Panatenaico, Drácon e outras puseram a nu o que ocorre nos bastidores da política local, que os eleitores irão escolher seus possíveis candidatos.

Charge: Ivan Cabral
Charge: Ivan Cabral

      Fosse esse o problema central, seria até fácil contornar o quadro, exigindo da justiça pronta decisão sobre candidatos com pendências legais. Só que examinando de perto cada um desses postulantes, absolutamente nenhum possui, sequer, a mínima ideia ou um mínimo projeto para solucionar os graves problemas da capital e mesmo do país. Aliás, no quesito apresentação de propostas viáveis para a crise atual, a falta não só é de ideias, mas de atitudes afirmativas.

     Pela última crise, desencadeada pela greve dos caminhoneiros, o que a população pode observar foi o desaparecimento total de seus representantes. Na verdade, essa tem sido uma constante sempre que uma crise surge: em todas, o que se nota é um vazio de lideranças, principalmente daquelas que teriam como obrigação moral ficar junto com a população na busca de soluções rápidas. Mesmo naqueles episódios em que os oportunistas de sempre, nos postos de combustível, nas revendedoras de gás, nos supermercados e em outros estabelecimentos, majoraram indecentemente os preços dos produtos, em nenhum momento se viu a pronta defesa da população por parte dos atuais políticos.

       Em política, como na vida moderna, imagem é tudo. E é isso que o cidadão brasiliense enxerga de longe no monumental Estádio Mané Garrincha, fechado, sem serventia e dando prejuízos aos contribuintes. Aliás, virou estacionamento para o protesto dos caminhoneiros. Para o eleitor, esse é de fato a herança maldita deixada pelos políticos locais, num tempo em que até a seleção foi mundialmente humilhada em campo para sempre.

A frase que não foi pronunciada:

“A Constituição de 1988 começa errada. O poder não emana de nossos representantes. Emana do povo. Nós, o povo brasileiro começamos a perceber que temos o verdadeiro poder. No voto, mas se as urnas forem auditadas internacionalmente.”

Dona Dita preocupada com o futuro

Charge: humorpolitico.com.br
Charge: humorpolitico.com.br

UniCEUB

UniCEUB e o Instituto Soluções realizam o Fórum de Soluções para Brasília – Desenvolvimento Urbano, nos dias 04 a 07 de junho. O evento acontecerá no campus Asa Norte do UniCEUB e reunirá grandes nomes da academia, do setor produtivo e do governo. Veja os detalhes no blog do Ari Cunha.

 

UniCEUB sedia Fórum de Soluções de Desenvolvimento Urbano para Brasília

Iniciativa debate alternativas sustentáveis para impulsionar a economia no Distrito Federal

          O UniCEUB e o Instituto Soluções realizam o Fórum de Soluções para Brasília – Desenvolvimento Urbano, nos dias 04 a 07 de junho. A iniciativa visa explorar a sustentabilidade para dinamizar a economia do Distrito Federal. O evento acontecerá no campus Asa Norte do UniCEUB e reunirá grandes nomes da academia, do setor produtivo e do governo.

         Por meio de mesas de debate serão tratados temas relacionados a meio ambiente e desenvolvimento urbano, como licenciamento ambiental, sustentabilidade em edificações, uso e ocupação do solo, gestão de resíduos sólidos, zoneamento ecológico econômico e questões fundiárias. O Fórum faz parte da agenda de comemorações de 50 anos do UniCEUB.

         Entre as autoridades confirmadas estão: o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Joe Valle; o empresário Paulo Octávio; o presidente da Terracap, Julio César Reis; o presidente da CODHAB, Gilson Paranhos, entre outros.

Credenciamento: Favor enviar nome do veículo e do jornalista que irá cobrir o evento até às 17h de segunda-feira (4) para uniceub@maquinacohnwolfe.com

Serviço: Fórum de Soluções para Brasília – Desenvolvimento Urbano

Quando: 04 a 07 de junho

Onde: auditório do Bloco 3 do Campus Asa Norte

Inscrições: até 03 de junho neste link

–> Confira a programação completa abaixo:

Dia 4 de Junho, 19h (segunda-feira)

Mesa de Abertura

Joe Valle Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal
Luiz Carlos Botelho Presidente do Sinduscon/DF
Paulo Octávio PaulOOctavio
Tiago de Andrade Secretário de Gestão do Território e Habitação do DF
Antônio Carlos Navarro Representante do Sistema FIBRA
Felipe Ferreira* Secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal
Juliano Costa Couto* Presidente da OAB/DF
Alexandre Guerra* Instituto Atlântico
Carolina Cesetti* Representante do GERN/UnB (Grupo de Estudos de Direito dos Recursos Naturais e Sustentabilidade)
Márcia Leuzinger* Líder do Grupo de Pesquisa Direito e Desenvolvimento Sustentável do UniCEUB
Rafael Calixto Presidente do DCE do UniCEUB

 

Dia 5 de Junho, 19h (terça-feira)

Mesa 1 – Habitação e Sustentabilidade (19h)

Julio César Reis Presidente da Terracap Questão fundiária, sustentabilidade e desenvolvimento econômico
Gilson Paranhos Presidente da CODHAB Regularização fundiária, moradia e sustentabilidade
Victor Carvalho Pinto Consultor do Senado e Advogado especialista em direito urbanístico Sustentabilidade e políticas de habitação

Mesa 2 – Licenciamento Ambiental (20h40)

Igor Tokarski Advogado e Ex-Secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal Licenciamento ambiental no Distrito Federal
Nicolao Dino Subprocurador-geral da República e Professor da UnB Licenciamento ambiental e atuação do Ministério Público
Tereza Cristina Deputada Federal e Presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Projetos de lei sobre licenciamento ambiental em tramitação no Congresso Nacional

 

Dia 6 de Junho, 19h (quarta-feira)

Mesa 3 – Zoneamento Ecológico Econômico (19h)

Maria Silvia Rossi Subsecretária de Planejamento Ambiental do DF O Zoneamento Ecológico Econômico do Distrito Federal
Antônio Carlos Navarro Representante do Sistema FIBRA O Zoneamento Ecológico Econômico do Distrito Federal na Perspectiva do Setor Produtivo
Professor Israel Deputado Distrital e relator do projeto de lei do Zoneamento Ecológico Econômico na CLDF O Debate sobre o Zoneamento Ecológico Econômico na Câmara Legislativa do Distrito Federal

 

Mesa 4 – Sustentabilidade em Edificações (20h40)

Darja Kos Braga Arquiteta Especialista em Sustentabilidade em Edificações e Sócia do escritório Ambiente Eficiente Viabilidade Econômica de Edificações Sustentáveis
Abiezer Amarília Professor da Engenharia Elétrica do UniCEUB Iniciativas relacionadas à sustentabilidade na administração do UniCEUB
Françoise Méteyer-Zeldine Conselheira de Desenvolvimento Sustentável na Embaixada da França no Brasil Edificações Sustentáveis em Paris: Case de Sucesso

 

Dia 7 de Junho, 19h (quinta-feira)

Mesa 5 – Uso e Ocupação do Solo (19h)

Claudia Varizo Subsecretária de Gestão Urbana do DF O Projeto de Lei de Uso e Ocupação do Solo do Distrito Federal
João Accioly Vice-presidente do Sinduscon/DF e Arquiteto na Accioly Catelli Arquitetos Associados O Projeto de Lei de Uso e Ocupação do Solo do Distrito Federal na Perspectiva do Setor Produtivo
Pedro Saad Advogado e Presidente Institucional do Instituto Soluções Direito Adquirido em Face das Mudanças no Zoneamento Urbano
Gabriela Canielas Diretora de Empreendimentos Residenciais na PaulOOctavio O Projeto de Lei de Uso e Ocupação do Solo do Distrito Federal e seus impactos em Águas Claras

 

Mesa 6 – Resíduos Sólidos (20h40)

Elisa Meirelles Subsecretária de Educação e Resíduos Sólidos Resíduos Sólidos do DF Desafios na Gestão de Resíduos Sólidos no Distrito Federal
Tsyuoshi Kitamoto Segundo Secretário da Embaixada do Japão no Brasil Cases de Sucesso na Gestão de Resíduos Sólidos no Japão
Alana Mioranza Projeto Compostar Cases de Sucesso na Destinação de Resíduos Sólidos de Restaurantes no Projeto Compostar

Subgrafiteiros

O nome vem do subsolo do teatro Dulcina, que expõe a arte dos grafiteiros da cidade. Depois da reforma, o Sub Dulcina acomoda trabalhos de profissionais da Ceilândia, Asa Sul, Planaltina, Santa Maria e Guará. Daniel Toys, Brixx Furtado, Onio, Juba, Gurulino, Carli Ayo, Flávio Soneka e os coletivos Cavalo do Cão e Amorço pintaram telas, painéis, tonéis. Vale a visita.

Foto: correiobraziliense.com.br
Foto: correiobraziliense.com.br

Inútil

Mobilização dos caminhoneiros no Estádio não deveria ser para “colocar fogo e mostrar para esses bandidos quem somos nós”. A verdadeira campanha deveria ser no estado deles, escolhendo melhor seus representantes e lutando pelo voto impresso.

Foto: amazonasnoticias.com.br
Foto: amazonasnoticias.com.br

Transpoéticas

De 8 a 10 de junho, uma programação bem candanga no Museu da República. Ótima oportunidade para alunos do ensino médio e superior do DF. Concurso “Cassiano Nunes”. As inscrições são gratuitas e os prêmios são de R$ 2.000, para o primeiro lugar, R$ 1.500, segundo, e R$ 1.000 para o terceiro colocado. A partir das 14h. A premiação será no domingo. Shows e oficinas animam o evento.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

As comemorações da Semana da Asa, em Brasília, estão sendo realizadas com efetiva participação do Skall Clube, que, com o Ministério da Aeronáutica, está executando um excelente programa.

A estatal que é uma esfinge

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ARI CUNHA

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Fonte: Charge do Zé Dassilva
Fonte: Charge do Zé Dassilva

         Com a greve dos caminhoneiros um fato ficou evidente: a Petrobras, fundada no antigo molde do “petróleo é nosso”, se equilibra hoje sobre um limbo delicado . O pior, é que para qualquer lado da fronteira que venha pender, seja do mercado, ou do Estado, ainda assim não será possível seu retorno à uma posição de equilíbrio duradouro, sem ferir um lado ou outro . O certo é que parece ter chegado o tempo de mudanças de rumo. A questão é como fazê-las sem afetar, ainda mais uma economia que se arrasta.

           Obviamente que essa é uma questão a envolver num mesmo caldeirão, elementos técnicos financeiros e fatores políticos. E é nessa mistura de ingredientes que não se dissolvem um no outro, que está o cerne do problema. Observada do ponto de vista dos partidos políticos , a Petrobras se mostra como um latifúndio de oportunidades inesgotáveis, de onde se pode extrair tudo, inclusive petróleo. Para a população em geral, açoitada por crises contínuas, a estatal é uma madrasta insensível e mesquinha. Na visão do governo, a estatal é uma espécie de trunfo político que permite ao Executivo disputar ,a partir de uma posição vantajosa, seja contra o mercado de combustível, os partidos políticos ou mesmo contra a população.

          Pudesse optar pelos ensinamentos do budismo, melhor seria para a estatal seguir o caminho do meio ou o nobre caminho. Claro que diante de um governo que muitos avaliam como fraco e em fim de mandato, qualquer alteração de rota, resultaria em mais desastre.

         Diante de um quadro nacional em que a falta de ideias e de imaginação é patente, talvez o melhor a fazer é esperar nova estação. O estatismo elevado aos píncaros tanto nos governos militares como nos governos petistas, produziu nessa estatal, e nas demais, uma política de preços nos produtos ofertados do tipo bipolar ,que embora não atendendo as necessidades do consumidor interno, serviu, por muito , para remendar o descontrole nos gastos públicos.

            O problema com estatais, de todo o gênero, é que elas são estruturadas para não entrarem em falência, mesmo sofrendo um processo de escalpe que as deixe só no osso. Nesses casos , agindo como zumbis, prosseguem sua dança macabra. No caso da Petrobras, o fato de estar com o pé em um poço do pré-sal dentro das fronteiras nacionais e outro fincado no mercado internacional, onde o preço do produto é fixado, faz dela uma espécie de camaleão, nem verde, nem amarela e que, ao fim, ao cabo não satisfaz ninguém, nem mesmo aos acionistas, desconfiados dessa volúpia.

A frase que foi pronunciada:

“A Petrobras não é apenas uma empresa. Ela é uma Nação. Um conceito. Uma bandeira. E por isso, seu valor é tão grande, incomensurável, insubstituível. Esta é a crença que impulsiona os que a defendem. E, sem dúvida alguma, também, a abjeta motivação que está por trás dos canalhas que pretendem destruí-la.”   

Mauro Santayana

Advertência
Não deixe resto no prato quando comer no Molho de Tomate da 408 Norte. Custa R$ 10,00 se o prato não voltar vazio.
Foto: yelp.com.br
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Abuso

Teve gente reclamando do preço da gasolina Podium no posto da 113 Norte, do eixinho. R$ 6.99/litro.

Nacional

Alexandre Parola cumprimenta funcionários da Rádio Nacional de Brasília, criada por Juscelino Kubitschek, há 60 anos. Para muitos jornalistas na ativa hoje, a Rádio Nacional foi um laboratório. Profissionais pacientes apoiando os focas. Luiz Mendonça e Edgar Tavares  estavam lá, na década de 80 quando foi a minha vez. A eles a minha gratidão.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br

PM

Iniciativa do GDF orienta a população de Brasília. Através de um informativo da Polícia Militar do DF uma tabela com o horário do abastecimento do posto, o local, se há gasolina, etanol, diesel ou glp.

–> Clique AQUI para visualizar as tabelas divulgadas.

Pauta da paz

Em uma apresentação do Coro Sinfônico Comunitário da UnB na Bahia, o regente Henrique Morelenbaum nos ensinou que o acorde final atravessa as salas de concerto e leva a energia do bem para o mundo. Se isso for verdade, na África do Sul, teremos o Coral Cantus Firmus, comandado por Isabela Skeff, levando acordes brasileiros em um dos mais importantes encontros mundiais de coros: X World Choir Games, o maior evento do canto coral mundial. A décima edição do encontro será sediada em Tshwane, na África do Sul, e irá reunir cerca de 300 coros de mais de 50 países. Sua importância no canto coral se compara a dos Jogos Olímpicos no esporte. Uma honra para o Cantus Firmus e para Brasília, que será a única cidade brasileira a representar o Brasil no evento.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA 

Nós havíamos comentado, aqui, que o Banco da Lavoura era o único banco de Brasília a não aceitar cheques preenchidos com canetas esferográficas. (Publicado em 21.10.1961)

A arte da cidade perde mais uma incentivadora

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ARI CUNHA

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arte

           Nenhum elemento é mais indicativo do estágio evolutivo de uma sociedade do que sua produção artística. Para alguns antropólogos, inclusive, a capacidade de um indivíduo produzir arte testemunha, de forma inequívoca, sua racionalidade na busca de interpretação do mundo ao seu redor sendo, portanto, o fator que mais o distingue dos demais animais.

            Mesmo num país como o nosso, envolto ainda em questões primárias, como a luta diária pela sobrevivência, a produção de arte de qualidade sempre foi uma constante, independente do mercado e dos incentivos vacilantes desse ou daquele governo. Por sua força ontológica, a arte sobrevive às crises, aos governos, aos mercados e aos próprios indivíduos, adquirindo vida própria, independente do meio.

         Mas se a arte, por sua natureza extra-humana, pode prescindir de tantos fatores para continuar a existir, ela praticamente sucumbe quando certos indivíduos, dotados de uma força única e sobrenatural, saem de cena. Agindo lado a lado com os artistas, é graças à dinâmica e ao ânimo incansável desses mecenas e agitadores culturais que as sementes da arte são lançadas em terreno fértil.

         Brasília, que, desde a sua construção, soube unir arte e arquitetura, criando monumentos que dignificam a todos e que são objetos de admiração em todo o mundo, por esses atalhos imprevistos da história, deixou de lado o sonho de seus idealizadores de fincar aqui uma capital voltada para a elevação cultural de nosso povo. Talvez por isso mesmo, passados mais de meio século, Brasília ainda permaneça às margens do eixo artístico formado por Rio de Janeiro e São Paulo.

Foto: correiobraziliense.com.br
Foto: correiobraziliense.com.br

         Ainda assim, em meio à um ambiente que, para muitos, sempre pareceu hostil a produção artística, é de se destacar o papel pioneiro e fecundo desses verdadeiros e abnegados incentivadores culturais, que, agindo sob inspiração divina, impeliram diversos artistas e projetos coletivos de arte, dedicando tempo precioso de suas vidas no apoio a arte do criar arte.

          Desses raros mecenas, como Lúcia Garófalo e Celina Kauffmann, que sem dúvida nenhuma, deixaram grande legado de serviços para as artes e principalmente para os artistas locais, o nome de Flavita Boeckel aparece também em luzes douradas e, por certo deverá permanecer para sempre na memória de todos que conheceram sua pessoa e seu trabalho em prol da arte e da cultura do Distrito Federal.

        Considerada por muitos como uma verdadeira madrinha das artes, Flavita se tornou referência para várias gerações de artistas e artesãos. A saída de cena agora, dessa artista sensível e dedicada, deixa em suspense e em profunda tristeza uma legião imensa de artistas, que pressentem ter perdido um raro farol a iluminar nossa cidade. Ao menos, fica, com o presente para todos o seu exemplo de vida e as sementes que plantou aqui no cerrado.

A frase que foi pronunciada:

“Essa greve dos caminhoneiros me fez abrir os olhos.”

Antonio Salles, reorganizando a vida para usar a bicicleta, o transporte coletivo, cuidar da saúde e economizar muito.

Charge: jornalvs.com.br
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Nas alturas

Os supermercados e os postos de gasolina foram os maiores exemplos de ganância durante a crise. Os preços subiram absurdamente como prova da falta de patriotismo. No Big Box, a mesma compra teve um aumento de pelo menos 13% de carona na paralisação dos caminhões. A gasolina, todos sabem e sentiram. Teve quem cobrasse até R$ 9,00 o litro.

Acordo

Palavra de ministro. Eduardo Guardia, da Fazenda, teve a fala registrada pelo pessoal da taquigrafia do Senado. Está garantido que para atender as demandas dos caminhoneiros não será necessário aumento de tributação. A compensação virá de cortes e reduções em incentivos a setores específicos. Na verdade, não foi possível esclarecer que setores são esses para evitar novas revoltas.

Charge: sobralemrevista.blogspot.com
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Nutricoaching

Assessorada pela Pró Ativa, a Nutricoaching distribuiu um release bem interessante. Deu todas as dicas para curtir as festas juninas sem exagerar nas calorias. Veja o release no blog do Ari Cunha e experimente executar as receitas.  Flávio Resende e Dayanne Holanda são os responsáveis pelo texto.

Festa Junina não pode ser saudável? É mentira!

NutriCoaching prepara algumas dicas para você não deixar de curtir uma das celebrações mais aguardadas do ano pelos brasileiros, mas de forma saudável e sem culpa depois

Brasília, 30 de maio de 2018 – O frio chegou para o brasiliense e com ele teve início também a temporada de festas juninas, época aguardada por muitos não só pela animação das quadrilhas de dança, mas, sobretudo, pelas típicas iguarias deste período do ano. Mas e a dieta, como fica? Para a nutricionista da NutriCoaching, Enaile Arrais, devemos evitar os alimentos muito gordurosos e, principalmente, vários ao mesmo tempo, como por exemplo o pastel, os bolos, o cachorro quente (pela presença do embutido salsicha e molhos prontos ricos em sódio e glutamato monossódico), sem contar o excesso de doces, canjica e curau de milho.

Segundo a especialista, há qualidade nutricional em alguns alimentos típicos, como os caldos, churrasquinhos, quentão, milho assado ou cozido, arroz carreteiro e o baião de dois. “Mas o ideal mesmo é que o consumo de calorias não ultrapasse 700 kcal”, afirma.

Dez recomendações da NutriCoaching

para o período de festas juninas:

A época de festas juninas é divertida e reúne toda a família e amigos. É um momento de descontração, que muitos esperam o ano todo para degustar os saborosos pratos típicos. Por isso, não há necessidade de privação do consumo, mas, sim, de equilíbrio e bom senso nas escolhas. Confira as dez dicas que preparamos para vocês:

1- Evite consumir dois ou mais pratos típicos muito calóricos na mesma festa, como pastel e cachorro quente, por exemplo;

2- Balanceie as escolhas alimentares nas festas, como: caldo e pastel ou churrasquinho e baião de dois

3- Caso queira ingerir e experimentar uma sobremesa típica das festas, escolha uma entre as diversas opções presentes: bolo, doce caseiro (cocada, pé de moleque, doce de frutas), chocolate quente, maçã do amor, canjica, pamonha doce;

4- Opte por ingerir somente um tipo de bebida após ou antes das comidas, assim o consumo calórico não se elevará tanto;

5- Procure não ir a todas as festas. Escolha algumas para ir. Assim, você evita o alto consumo dessas comidas típicas calóricas;

6- Ao escolher a ingestão do cachorro quente, prefira na chapa, para evitar os molhos prontos muitas vezes utilizados nesta opção de preparo;

7- Quando comemos pouco, podemos comer de tudo um pouco e o efeito não será tão prejudicial. Portanto, cuidado na quantidade das porções;

8- Caso queira experimentar de tudo um pouco, compre e leve para casa e consuma nos dias seguintes e em outros horários;

9- No caso das crianças, cabe aos pais o controle do que ela irá ingerir nas festas. Então, desenvolva um limite de consumo para também apenas uma refeição doce, caso ela queira;

10- Última dica muito importante! Não vá com muita fome para as festas. Assim, o estrago será maior. Procure fazer um lanche da tarde rico em fibras (frutas, proteínas e cereais). Dessa forma, a fome no período noturno estará mais controlada.

Receitinhas da NutriCoaching para

Festas Juninas mais saudáveis:

Para moderar no uso de ingredientes muito calóricos, usamos alimentos funcionais para trazer o sabor e o valor nutricional à cada receita. Confira:

Foto: br.pinterest.com
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CURAU  DE MILHO FUNCIONAL

Ingredientes:

– 4 espigas de milho

– 500 ml de leite de coco

– 2/2 xícaras de chá de açúcar de coco

– Canela em pó à gosto

Modo de Preparo: Tire o milho das espigas, bata o milho com o leite e passe pela peneira duas vezes. Acrescente o açúcar e leve ao fogo médio mexendo até desgrudar do fundo da panela. Coloque em mini tigelas individuais e salpique canela em pó por cima.

Foto: br.pinterest.com
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CANJICA FIT E FUNCIONAL

Ingredientes:

– 500 gramas de milho para canjica

– 1 e 1/2 xícara de chá de água

– 2 paus de canela grandes

– 5 cravos da índia

– 5 xícaras de chá de leite de coco

– 1 e 1/2 xícara de chá de leite de coco em pó

– 1 xícara de chá de açúcar de coco

– 1 colher de sopa de manteiga ghee

– Coco fresco em lascas

Modo de Preparo: Deixe os grãos de milho de molho por 24h um dia antes do preparo da receita e jogue a água fora. Cozinhe-os de uma hora e meia a duas ou de 30 a 45 minutos em panela de pressão, junto com o cravo e a canela. Bata o leite, leite em pó e o açúcar. Quando os grãos estiverem macios, junte o batido de leite e a manteiga, deixando ferver enquanto mexe a mistura para não grudar no fundo. Ferva por aproximadamente 10 minutos e desligue o fogo. Deixe descansar por uma hora, salpique canela em pó, coco em lascas e sirva depois.

Sobre a NutriCoaching – Fundada em 2015, a Nutricoaching é uma empresa que trabalha com o conceito de Nutrição Comportamental e utiliza como uma de suas ferramentas o Coaching Nutricional. É certificada pela maior empresa de Coaching Nutricional do mundo, a Precision Nutrition. Sua proposta é melhorar a efetividade dos processos de emagrecimento de seus clientes, entregando resultados mais consistentes e perenes. Entre os serviços da empresa estão o Programa Nutricoaching, consulta nutricional, consulta de Medicina Preventiva e Endocrinologia, exame de bioimpedância, além do curso de Coaching Nutricional para Nutricionistas.

SERVIÇO:

NutriCoaching

End.: SHCSW 305 Centro Clínico Sudoeste, sala 246. Sudoeste, Brasília-DF

Telefones: 61 3879-2004 / 999230707

Site: www.nutricoaching.co

E-mail: contato@nutricoaching.co

Instagram: @nutricoachingco

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO – NUTRICOACHING

Proativa Comunicação

Contatos: Flávio Resende (61 99216-9188) / Dayanne Holanda (61 98114-6886)

Tel.: (61) 3242-9058/2845

E-mail: proativa@proativacomunicacao.com.br

Facebook/Instagram: @ProativaC

Pano para manga

Roberto Requião não está para brincadeira. Disse em entrevista que já lançou sua candidatura para testar a base do MDB. Segundo o senador, 420 convencionais foram consultados. Desses, 200 responderam sendo que 80% foram favoráveis ao nome dele contra 20% de Henrique Meirelles.

Foto: theintercept.com
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Futuro

Agora faltam duass mudanças na cultura nacional. A primeira é o Brasil começar a desenvolver sérias estratégias que garantam a soberania nacional em relação à água. Sem gasolina é possível sobreviver. Já sem água… E a próxima vitória será quando o futebol e samba não tiverem mais a importância que têm. Assim, o povo brasileiro não será ludibriado enquanto se sente anestesiado.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Se de fato a Novacap pagou um bilhão e meio, no que não acreditamos, o dinheiro está sendo desviado de Brasília, pelas firmas empreiteiras. É que quando se pagava, outrora, meio bilhão, o movimento do comércio aumentava a olhos vistos. (Publicado em 21.10.1961)

Desamparo total

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ARI CUNHA

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Charge: dukechargista.com.br
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       Da experiência traumática que ficou para a maioria dos brasileiros, depois de mais de uma década sob um governo politicamente vesgo, mas que ainda assim ousava a apontar o caminho da esquerda como a melhor trilha a ser seguida pelo país, restou, além da terra arrasada na economia e no prestígio da classe política e dirigente, a certeza de que o cidadão definitivamente já não alimenta ilusões sobre o futuro político do Brasil.

         Essa desilusão, de certa forma, endureceu a alma do brasileiro e fez dele um novo ser, arredio e hostil aos apelos da política, principalmente se ela vier carimbada com qualquer proposta de viés partidário. A aversão à política e aos políticos às vésperas das eleições complica, ainda mais, o quadro nacional e nos leva por veredas ainda mais incertas. A decepção da população com seus dirigentes fez renascer em muitos o sentimento de intransigência diante de opiniões divergentes, ao mesmo tempo em que insuflou, no espírito, uma espécie de sectarismo do tipo selvagem.

        Para muita gente, está fincada na política nacional a raiz e a razão de todas as crises que se abatem sobre a nação. Para alguns sociólogos, o ódio atual à classe política, como demonstrado de forma explícita em lugares públicos e nas redes sociais, restava latente no íntimo de muita gente, esperando apenas uma oportunidade para vir à tona. Percebe-se que não há amparo à população, principalmente nos momentos de crise. Postos de Montes Claros abasteciam gasolina misturada com água. Nas redes sociais um lembrete que traz à tona a participação desastrosa dos empresários. Diz a mensagem: “Japão – após o tsunami, a população comprava estritamente o necessário para não prejudicar o próximo. EUA – após o estrago do furacão Katrina, o comércio vendia bens a preço de custo para ajudar a população. França – depois dos atentados terroristas, os táxis faziam corridas grátis para a população. Brasil – Durante a greve dos caminhoneiros, comerciantes vendiam gasolina a R$9,99/l, a batata foi reajustada em 300% e supermercados cobravam R$7,00 por um pé de alface. O botijão de gás passou de R$ 65,00 para R$ 130,00.” O nosso problema não é apenas culpa dos políticos. Eles são o reflexo da nossa sociedade.

Charge: diariodepernambuco.com.br
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     As radicalizações em posições têm aumentado em parcela da população os apelos pela volta dos militares ao poder, mesmo que não saiba exatamente aonde isso possa levar. Também o crescimento de movimentos de direita, impulsionado pelo ódio aos políticos tradicionais, fez brotar, do nada, candidaturas, que, em condições normais de estabilidade emocional coletiva, jamais seriam sequer ventiladas.

         De fato, quem moveu todo esse volume de água para rodar os moinhos extremos da direita foram justamente os partidos e movimentos de esquerda. Com isso, a chegada desses novos inquilinos ao poder vai se consolidando como uma realidade. Mesmo elementos culturais simples, capazes de catalisar o desejo de união nacional, como a Seleção de Futebol, padecem hoje de uma indiferença e de um desdém por parte dos torcedores, colocados à margem dessas disputas pelo chamado padrão FIFA, que elitizou o futebol e fez de garotos bons de bola estrelas internacionais de uma galáxia distante.

         A poucos dias da Copa do Mundo, o silêncio total e constrangedor avisa que esses são outros tempos, de outras e mais profundas rivalidades.

A frase que foi pronunciada:
“O tempo ruim vai passar. É só uma fase.”
Frase de caminhão

Novidade

Começam os preparos para a realização do Circuito de Ciências de 2018, organizado pela Secretaria de Educação. A etapa é regional. Trata-se de uma rica oportunidade de os alunos das unidades públicas de ensino desenvolverem habilidades científicas e tecnológicas usando o conhecimento interdisciplinar.

Leitora

Reclama Ana Paula da falta de transporte público no ParkWay. Piratas circulam livremente por ali cobrando R$5 pela passagem. Além do risco que os passageiros correm, ficam no prejuízo com o valor injusto da corrida.

Absurdo

Sempre que se passa pela Barragem do Paranoá vem a mente a preservação das pontes e viadutos da cidade. Mal acabaram de consertar o alambrado derrubado por um carro veloz, outra parte do alambrado foi danificada. Está a meses dessa forma. A área perigosíssima é protegida com umas fitinhas amarelas, provavelmente compradas por algum funcionário bem-intencionado.

Deus me livre!

Essa pergunta chegou na missiva de Renato Prestes. Dá até medo de o GDF adotar, mandando os funcionários beberem água da torneira. Segue a questão:

“A água disponibilizada pela CAESB é avaliada pela Companhia como 100% saudável para consumo humano. Então, por que os órgãos do governo local e federal compram água mineral?”

Charge: chicosantanna.wordpress.com
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Inútil

O aplicativo +ônibus que é do GDF foi criado para mostrar as linhas e horários do transporte público. Não tem GPS nos ônibus, os horários são fictícios, enfim, farsa total. A resposta às inúmeras reclamações é padrão: “Suas observações já foram enviadas à nossa equipe de desenvolvimento.” Pode até ser verdade, mas nunca mudou.

Charge: g1.globo.com/df
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HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Com poucos meses de uso, um prédio apresentar os defeitos que vem apresentando aquele, é uma falta de garantia muito grande para quem habita os demais prédios construídos pela Capua e Capua. (Publicado em 21.10.1961)

O piloto sumiu?

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ARI CUNHA

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greve

Charge: Sinovaldo do NH    www.jornalnh.com.br

Somente quando as rodovias forem desbloqueadas e o país voltar à uma normalidade aceitável é que poderemos verificar quem de fato saiu vitorioso desse apagão e quais os exércitos que saíram em acelerada e vergonhosa debandada.

         Em todo o caso, as lições desse episódio são abundantes e servirão para ambos os lados por um longo tempo. É possível também que esses acontecimentos venham a pautar a agenda de prioridades dos próximos governos. Em princípio, a principal vítima dessa e todas as guerras é, na verdade, a população, usada como refém e trincheira de posições. Ainda assim, mesmo antes de um armistício formal, já se pode identificar o governo, no seu amadorismo e improvisação em todos os níveis, na sua visível falta de planejamento estratégico para situações emergenciais, o principal derrotado.

         A Petrobras, que catalisou e foi a grande protagonista desses episódios, oscila num papel entre vítima e culpada. Mesmo dentro dessa performance do tipo esquizofrênica, o script dessa estatal, precisa ser reescrito e atualizado para se distanciar de um antigo Brasil que, outrora, tinha nas suas empresas públicas a única alternativa para o desenvolvimento.

Foto: jacobinanoticia.com.br
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      De prático, ficam as primeiras e grandes lições: dependências, sejam elas na opção por apenas um tipo de transporte e por um tipo único de combustível, ofertado por um único fornecedor, são a fórmula certa para crises cíclicas. Esperar que problemas dessa natureza sejam resolvidos por uma classe política totalmente desacreditada é outra aposta furada.

        Em casos em que os impasses são maiores do que os negociadores, os políticos recorrem a velha manobra de empurrar para o Exército a tarefa suja de forçar os fatos pelo uso da violência. Nesse caso, a situação piora e se radicaliza. A resposta foi simples e dada ao presidente, que é constitucionalista: “Obedeceremos a Constituição.”

       Também a criação de um ministério, como sempre é feito, não resolve. O risco maior é quando movimentos paralelos, como é o caso dos petroleiros, passam a jogar gasolina na fogueira, incendiando, ainda mais a crise, aproveitando do caos para inserir nessa crise uma pauta alienígena, tipo Lula Livre. Obviamente que os partidos de esquerda, que foram os maiores derrotados desde 2014, irão usar do caos reinante para abrir brechas e voltar à cena.

        De toda a forma, crises, quanto mais profundas, mais ensinam. É preciso lembrar ainda, que nesses episódios, muita gente tirou proveito do caos, reajustando criminosamente os preços. Esses, sem dúvidas, certamente serão devidamente identificados pela população. Não será surpresa, dentro do oportunismo em que se move a elite política do país, a formação de uma bancada poderosa dos caminhoneiros dentro do Congresso. Nesse caso, só apelando para a fé religiosa.

A frase que foi pronunciada:

“É importante que essa eleição não seja manipulada. É importante que a população brasileira tenha convicção disso. Que a eleição não foi manipulada.”

Ex-presidente Dilma Rousseff em entrevista à BBC Brasil.

Link de acesso ao site: www.bbc.com/news

Charge: evivaafarofa.blogspot.com.br
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Teia

Foi-se o tempo em que o índio usava o tempo só em contato com a natureza. Celulares chegaram às aldeias. Internet e grupos de WhatsApp ocupam, agora, a vida dos ex-silvícolas.

Diplomatique

Os donos do poder não apoiam partidos ou políticos específicos. Sua tática é apoiar quem lhes convém e destruir quem lhes estorva. Isso muda de acordo com a conjuntura. O exercício real do poder não tem partido e sua única ideologia é a supremacia do mercado e do lucro. O pensamento foi publicado no Le Monde Diplomatique. Muito interessante. Leia na íntegra no blog do Ari Cunha.

 

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—>Link de acesso ao site: diplomatique.org.br

 

CRISE, REFORMAS, FORA TEMER, ELEIÇÕES INDIRETAS

13 pontos para embasar qualquer análise de conjuntura

por Maurício Abdalla
Maio 24, 2017

O complexo financeiro-empresarial não tem opção partidária, não veste nenhuma camisa na política, nem defende pessoas. Sua intenção é tornar as leis e a administração do país totalmente favoráveis para suas metas de maximização dos lucros.

1 – O foco do poder não está na política, mas na economia. Quem comanda a sociedade é o complexo financeiro-empresarial com dimensões globais e conformações específicas locais.

2 – Os donos do poder não são os políticos. Estes são apenas instrumentos dos verdadeiros donos do poder.

3 – O verdadeiro exercício do poder é invisível. O que vemos, na verdade, é a construção planejada de uma narrativa fantasiosa com aparência de realidade para criar a sensação de participação consciente e cidadã dos que se informam pelos meios de comunicação tradicionais.

4 – Os grandes meios de comunicação não se constituem mais em órgãos de “imprensa”, ou seja, instituições autônomas, cujo objeto é a notícia, e que podem ser independentes ou, eventualmente, compradas ou cooptadas por interesses. Eles são, atualmente, grandes conglomerados econômicos que também compõem o complexo financeiro-empresarial que comanda o poder invisível. Portanto, participam do exercício invisível do poder utilizando seus recursos de formação de consciência e opinião.

5 – Os donos do poder não apoiam partidos ou políticos específicos. Sua tática é apoiar quem lhes convém e destruir quem lhes estorva. Isso muda de acordo com a conjuntura. O exercício real do poder não tem partido e sua única ideologia é a supremacia do mercado e do lucro.

6 – O complexo financeiro-empresarial global pode apostar ora em Lula, ora em um político do PSDB, ora em Temer, ora em um aventureiro qualquer da política. E pode destruir qualquer um desses de acordo com sua conveniência.

7 – Por isso, o exercício do poder no campo subjetivo, responsabilidade da mídia corporativa, em um momento demoniza Lula, em outro Dilma, e logo depois Cunha, Temer, Aécio, etc. Tudo faz parte de um grande jogo estratégico com cuidadosas análises das condições objetivas e subjetivas da conjuntura.

8 – O complexo financeiro-empresarial não tem opção partidária, não veste nenhuma camisa na política, nem defende pessoas. Sua intenção é tornar as leis e a administração do país totalmente favoráveis para suas metas de maximização dos lucros.

9 – Assim, os donos do poder não querem um governo ou outro à toa: eles querem, na conjuntura atual, a reforma na previdência, o fim das leis trabalhistas, a manutenção do congelamento do orçamento primário, os cortes de gastos sociais para o serviço da dívida, as privatizações e o alívio dos tributos para os mais ricos.

10 – Se a conjuntura indicar que Temer não é o melhor para isso, não hesitarão em rifá-lo. A única coisa que não querem é que o povo brasileiro decida sobre o destino de seu país.

11 – Portanto, cada notícia é um lance no jogo. Cada escândalo é um movimento tático. Analisar a conjuntura não é ler notícia. É especular sobre a estratégia que justifica cada movimento tático do complexo financeiro-empresarial (do qual a mídia faz parte), para poder reagir também de maneira estratégica.

12 – A queda de Temer pode ser uma coisa boa. Mas é um movimento tático em uma estratégia mais ampla de quem comanda o poder. O que realmente importa é o que virá depois.

13 – Lembremo-nos: eles são mais espertos. Por isso estão no poder.

Maurício Abdalla é professor de filosofia na Universidade Federal do Espírito Santo

Saboia

Convocamos quem estivesse precisando alimentar a alma com um belo concerto da Nona Sinfonia regido pelos maestros Eldom Soares, que preparou o coro, e Artur Soares, que conduziu coro e orquestra. O ministro Edson Fachin estava nas primeiras filas. Ouvindo nossos convidados na fileira de trás, perguntou se falavam alemão. Sim. E mandaram um recado curto e grosso ao ministro Gilmar Mendes. Não se sabe ainda se foi transmitido.

Enquete

Marcação gratuita do lugar em voos no Brasil. Você é a favor? O assunto está na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado. O projeto é do senador Reguffe. Veja a enquete no blog do Ari Cunha.

Link para participar da enquete: www.senado.gov.br – Enquete sobre marcação gratuita de voos no Brasil

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Para que não ocorra aqui o que vem acontecendo no Rio, a firma construtora responsável pela construção do Bloco 55 da Asa Norte deve ser responsabilizada. (Publicado em 21.10.1961)

Joga a conta que a população paga

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       Monopólio na produção de combustíveis centrado em uma só empresa, do tipo estatal, onde os ruídos e interferências da base política do governo de plantão é uma presença constante. Um único modal de transporte, baseado em rodovias mal cuidadas que acabam ocasionando o envelhecimento precoce da frota de mais de dois milhões de caminhões. Eis aí uma fórmula delicada, fadada a crises cíclicas e que sempre resultam em prejuízos bilionários para todo o lado. Para um país de dimensões continentais como o nosso, a continuação de um modelo com essas características não parece ter um futuro promissor. No caso agora da greve dos caminhoneiros ou, como outros preferem, das empresas transportadoras, a situação parece ter alcançado seu ápice e não será surpresa se vier a ganhar proporções para além das meras reivindicações contra o aumento nos preços dos combustíveis.

            Num modelo desses, sem opções e saídas alternativas, força do movimento é quase uma consequência natural. Nesse caso, uma quase chantagem. Analisados separadamente, tanto o, governo, como a estatal do petróleo e os próprios caminhoneiros chegam à mesa de negociações com a consciência totalmente limpa. Pesam sobre eles uma enorme desconfiança vinda da população, que pressente que nessa disputa a conta, como de costume, terá que ser paga por ela.

      O governo, que não fez como devia a reforma tributária e que, ainda por cima, não renuncia à sanha arrecadadora, tem culpa. As empresas de transporte, cientes de sua força econômica momentânea, mesmo sabendo que os prejuízos resultantes da paralisação serão infinitamente maiores do que as vantagens oferecidas, não se acanham em levar a greve adiante e por isso possuem boa parcela de culpa nessa crise. A Petrobras, cuja a única opção oferecida aos consumidores é um produto de qualidade e preço duvidosos, também detém parcela de culpa considerável.

         Num caso desses em que as partes envolvidas, invariavelmente, carregam parcela de responsabilidade pela crise, a chance de se estabelecer um equilíbrio, em que todas saiam ganhando ou perdendo o mínimo, é quase zero. A não ser que nessa querela seja arrolado um outro personagem paralelo à questão, que, mesmo alheio a essa trama, venha a ser o mais seriamente atingido por qualquer decisão que firmada. É aí que entra a população, ilhada na cidade e nas estradas, sem transportes, sem opções e sob a ameaça de uma paralisação total de todos os serviços do país.

          O veredito, num imbróglio dessa natureza, não tem como fugir ao script surreal: a população é a culpada e deve pagar às custas da greve. Para o bem da estatal, do governo e das pobres das empresas de transportes.

A frase que não foi pronunciada:

“A democracia faz bem para a economia. Desde que não haja concorrência para o abastecimento de água, energia e petróleo.”

Dona Dita

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Vale

Antes que eu me esqueça. Estreia em circuito nacional. Roteiro brilhante de Luísa Parnes e direção cirúrgica de Tiago Arakilian. Filme que realmente toca o coração. Atores e trilha sonora impecáveis.

Rodada Beethoven

Se estiver precisando de combustível para a alma, hoje é o último dia da apresentação do coro e Orquestra e Capital Philharmonia. Missa Solemnis Op. 123 IV – Sanctus – Benedictus e Sinfonia n9 Op.125 “Ode à Alegria”, com o coro Ad Infinitum, do maestro Eldon Soares. A regência desta noite será do maestro Artur Soares. O concerto começa às 17h, na Igreja Adventista Central, 611 Sul. Entrada Franca.

Bravíssimo

Por falar em concerto, com o desastre cometido com a saudosa Brasília FM, a única que substitui com maestria é a rádio MEC, do Rio de Janeiro. Não há programação comparável no país. A MEC FM faz parte da Diretoria de Produção Artística. A atual titular é a Cida Fontes e o gerente da rádio é o Thiago Regotto.

Link para acesso: Rádios EBC – Rádio MEC FM RJ

Imagem: facebook.com/radiomecfm
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Papo reto

Diego Maia, candidato a deputado distrital, lançou na Internet vários vídeos de suma importância para o eleitorado. Com uma linguagem didática, Diego ensina a cidadania. Veja alguns links no blog do Ari Cunha.

Link de acesso ao vídeos: www.facebook.com/novodiegomaia

 

 

Fato

Enquanto eram só as panelas batendo estava tudo muito bem, para alguns. Os preços continuaram subindo, a corrupção continuou acontecendo de dentro das cadeias. Os caminhões pararam. Todos sentimos as consequências. Mas quem desfalcou o erário não repôs as perdas. E por falta de leis nunca irá devolver aos cofres públicos.

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Estranho

O argumento que convenceu dona Márcia, a líder dos caminhoneiros que estavam no SIA, a liberar 10 caminhões tanques foi manter os carros da Saúde, Bombeiros, Limpeza abastecidos. O negociador do GDF usou esse argumento e conseguiu o que queria. Agora o anúncio de que com a crise do combustível as cirurgias dos hospitais públicos estão suspensas mostra que há algo de errado.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O governo aumenta o salário mínimo, e depois quer conter a onda de aumento de preços. (Publicado em 21.10.1961)